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Aula 05 - Telencéfalo e Diencéfalo (F)

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MEDICINA/ANATOMIA/3° PERÍODO/MÓDULO 1/AULA 5
DIENCÉFALO E TELENCÉFALO
Vamos falar de diencéfalo... Diencéfalo é essa região aqui, ela tem origem lá no prosencéfalo, é uma parte interna do prosencéfalo, outra dilatação vai dar a formação do mesencéfalo, centralmente você tem o diencéfalo, que nada mais é do que um monte de núcleo, só que tudo junto, o que a gente chama de base do cérebro. Ele tá em continuação com o tronco encefálico, a transição do diencéfalo para baixo vai dar no mesencéfalo e para cima você vai ter o corpo caloso, vai ter os hemisférios cerebrais e lateralmente você tem o telencéfalo. 
Se a gente dividir o diencéfalo, temos: o sulco hipotalâmico; embaixo do sulco hipotalâmico, temos o hipotálamo, 2g de tecido que coordenam a grande maioria das atividades do nosso corpo em relação às funções vegetativas, e que também estão relacionados com parte do controle emocional e com parte do controle do sistema nervoso autônomo, regula a ingestão de água e de alimentos, então, tudo passa pelo hipotálamo. Ele tem também ligação com uma região chamada de área límbica que controla a parte do sistema emocional. Acima do hipotálamo, temos o tálamo, que tem como função dividir as informações que vão para o córtex cerebral; todo impulso, motor ou sensitivo ou do ponto de vista comportamental, que precise chegar ao córtex cerebral, obrigatoriamente, tem que passar pelo tálamo. O tálamo funciona como um “relento” (acredito que foi essa a palavra – 2:46) para mandar informação, controlar a informação que chega ao córtex cerebral, tudo passa por ele. Comportamento emocional, sensibilidade geral, o controle dos movimentos pelos núcleos da base, o controle que o neocerebelo faz pra controlar a movimentação fina passa pelo tálamo também. Agora, as informações do nervo olfatório não passam, o único sensitivo que manda informação direto para o córtex é o trato olfatório. O Amundson comentou com vocês do trato óptico, ele chega lá no tálamo e depois é que vai para o córtex cerebral. O tálamo é uma massa, parece uma castanha, uma massa à direita, uma massa à esquerda, unidas por essa porção, a aderência intertalâmica. Ele todo é dividido em núcleos, você tem uma lâmina em forma de “Y” que divide em núcleos anteriores do tálamo, núcleos mediais e núcleos laterais, e a parte posterior nós chamamos de pulvinar do tálamo; mas, todos eles são núcleos separados (grupamentos de neurônios que têm a mesma função) que controlam determinadas informações que precisam chegar ao córtex cerebral. Uma outra região do diencéfalo é o epitálamo, que tem uma região pequena chamada de trígono das habénulas e mais a glândula pineal forma o epitálamo. Ele relaciona-se com o comportamento emocional (trígono das habénulas) e a glândula pineal produz a melatonina, substância relacionada com o ciclo circadiano (denominação antiga), que corresponde à necessidade que nós temos de viver em dois ambientes: o claro para desenvolvermos nossas atividades e o escuro para nós repousarmos. Quando você vive isso de uma forma normal, tem produção de determinados hormônios, como a própria melatonina, que vão interferir em várias questões fisiológicas. E essa produção ocorre justamente, à noite, durante o sono. A partir do momento que você tem ausência de luz, que você não tem a estimulação da sua retina, você vai ter comunicação com o núcleo supraquiasmático que pode produzir a melatonina, isso é produzido à noite. Pessoas que trabalham à noite têm o organismo descompensado justamente por esse “sistema” de claro e escuro, começam a haver oscilações de humor, por exemplo. Isso porque o nosso é atividade durante o dia e repouso durante à noite. Uma outra parte importante, é uma região que está interna na transição entre o mesencéfalo e diencéfalo, que é o chamado núcleo subtalâmico, que está localizado “embaixo” do tálamo, no meio da massa. É um núcleo muito pequeno.
Pergunta sobre o a disfunção causada pela desregulação do “sistema” claro e escuro.
Resposta: Você começa a ter um distúrbio geral, não é só pela melatonina, a falta dela começa a causar outros distúrbios. Modificação da textura da pele, queda de cabelo, cor do cabelo, você tem um padrão...
Por que dormir de dia não compensa isso?
Porque não vence, porque no processo de evolução em vertebrados superiores a calota craniana é transparente, o pessoal chama isso de terceiro olho, a luz do sol estimula a glândula pineal e ela funciona na ausência da luz. Embora ela esteja escondida na parte posterior do cérebro, na parte inferior, quando você dorme em um ambiente claro, o organismo não consegue se adaptar, não tem adaptação. Você pega um rato que tem um hábito de sono diurno, ele dorme aonde? Em toca, escondido, no escuro. À noite quando ele sai procura o claro. Se você não oferecer essas condições, o animal perde seu comportamento, o experimento fica alterado. Você entra numa criação de ratos, camundongos, durante o dia é silêncio e escuro. Você chega à noite, é aquela atividade total. Eles só vão procriar direito se tiverem um espaço todo fechado, sem janelas para passar o dia. Se você não tiver esse controle de claro e escuro, produção de animais cai. Nós entramos no mesmo esquema, você começou a mudar seus hábitos, passou a ter hábitos noturnos, o organismo não se adapta, não tem como. Quando você dorme durante o dia, o seu descanso não é normal, você acorda ainda precisando dormir à noite pra descansar. Cada noite mal dormida, requer 2/3 dias dormindo bem (à noite) para se retornar ao funcionamento normal do organismo. Nós somos animais de hábitos diurno. 
O tálamo, se a gente for cortar, como ele não é uma massa grande, você pode ir cortando ele que você vai encontrando os núcleos dele. Aqui você vê as duas “amêndoas” unidas pela aderência intertalâmica, que é aquela que se corta quando se separam os hemisférios. Você tem uma lâmina em forma de “Y” que separa os núcleos em grupos: anterior, lateral e medial. As informações motoras estão na região anterior, ventral anterior e ventral intermédia. As informações sensitivas na região mais posterior. Os núcleos anteriores estão relacionados com o comportamento emocional. A parte posterior, dois grandes núcleos, o corpo geniculado lateral está relacionado com a visão e o corpo geniculado medial está relacionado com a audição, eles são separados. Você não consegue visualizar os núcleos isoladamente, pra separar esses núcleos para visualização, você tem que, na área de projeção deles, demarcar determinados grupamentos de núcleos. Isso é uma forma de fazer um estudo do sistema nervoso, você corta, coloca um corante e vai seguindo o corante, aonde ele marcar um bolo de neurônios, você delimita.
Há um esquema das vias que chegam ao grupo lateral e que vão em direção às áreas motora e sensitiva. A parte sensitiva vem de onde? Quais são as informações sensitivas que chegam ao sistema nervoso? Temperatura, dor, informações proprioceptivas, exteroceptivas conscientes. Essas informações chegam ao sistema nervoso através dos tratos espino-talâmicos anterior e lateral, dos fascículos grácil e cuneiforme, isso do corpo; da cabeça, quem vai levar essas informações ao sistema nervoso? O trato trigeminal, o V nervo que traz essas informações sensitivas da cabeça e da cavidade oral. Esses feixes de fibra trazem essas informações, chegam no tálamo, nos núcleos intermédio e póstero-lateral, fazem sinapse com neurônios dessa região e, informação sensitiva, vai pra uma área determinada que é chamada de giro pós-central, área somestésica principal. Nos grupamentos ventral anterior e lateral, informações motoras. Informações motoras que têm que chegar ao córtex cerebral, você tem aquelas que passaram pelos núcleos da base e que vieram ao globo pálido, foi feita a sinapse no globo pálido e ele se projeta para os núcleos ventral anterior e lateral. Desses locais, saem neurônios que vão para área do chamado giro pré-central, que vai dar origem ao trato córtico-espinal, que vai lá pra medula espinal; ao trato córtico-nuclear dos nervos cranianos do troncoencefálico. São informações motoras que vem do núcleo da base e também do núcleo denteado que vem lá do cerebelo, e vão em direção ao tálamo através do pedúnculo cerebelar superior. Essas informações que chegaram ao núcleo ventral lateral se projetam para o giro pré-central. As informações para atividades de planejamento vão para área motora. Você tem o lobo parietal, ao qual pertence a área somestésica principal, e que está relacionado com sensibilidade em geral. Você tem a área somestésica primária, que aquela que recebe a informação lá da medula espinal e vai identificar aquele estímulo, caso ela não reconheça aquela estímulo, ela tenta achar algo parecido com o que tá acontecendo nas áreas próximas. 
Existe um circuito fechado dentro do sistema nervoso, que envolve estruturas do lobo temporal e que fazem um fechamento com estruturas que são relacionadas ao hipotálamo, como são os corpos mamilares, fecham o circuito de transmissão de informação. Saem informações do lobo temporal, passam pelo hipocampo, ele processa e manda essas informações para o hipotálamo, que vai processá-las e mandá-las para os núcleos anteriores do tálamo e aí o circuito se fecha. As informações processadas nos núcleos inferiores chegam ao córtex cerebral a partir do tálamo. Tem-se o circuito de Papez que relaciona-se com o comportamento emocional e que nós veremos melhor quando estivermos vendo telencéfalo.
Nós temos a formação reticular do tronco encefálico estimulando núcleos centro-medianos. A Adriana deve ter falado pra vocês do sistema reticular ascendente, esse sistema desperta nosso córtex cerebral, ele faz a gente acordar. Grupamentos de células nervosas do tronco cerebral que mandam informação para o tálamo e de lá para o córtex cerebral pra acordar a pessoa. 
Formação reticular estimulando núcleos do centro mediano. Na formação reticular, existe uma área ascendente que auxilia na estimulação da função cortical. Fibras que se projetam no tálamo e partem para diferentes áreas no córtex, “acordando” o indivíduo. Uma lesão nessa área do tronco encefálico provoca um daqueles comas irreversíveis, pois é afetado o feixe de fibras que é responsável por acordar o indivíduo.
	Por exemplo, quando o indivíduo está vai dormir sozinho, qualquer barulho acorda essa pessoa. Por outro lado, na presença dos pais, é muito mais difícil despertar. A região responsável por isso é a porção ascendente da formação reticular, que conseguimos inibir quando nos sentimos seguros, com pessoas ao nosso redor (pai e mãe, por exemplo). Esse tipo de informação passa pela formação reticular. 
	Nós temos os corpos geniculados medial e lateral. O corpo geniculado lateral recebe informações através do trato óptico (informações que vêm da retina, passando pelo quiasma óptico, cujas firmas formam o trato óptico, o qual termina no corpo geniculado lateral). Regiões vizinhas, como os núcleos do hipotálamo, controlam a incidência de luz na retina. Quando dormimos, determinados núcleos (por exemplo, núcleo supra-quiasmático) do hipotálamo não são estimulados, pois não entra informação sensitiva na retina. Durante o dia, todo esse sistema é ativado (inclusive o corpo geniculado). Entretanto, as informações que chegam no corpo geniculado possuem uma sinapse nesse núcleo e mandam informação para o lobo occipital, numa área exclusiva do mesmo, que é chamada de área visual primária – onde é formada a imagem, nos lábios do sulco calcarino. 
Essa região é formada durante a fase de crescimento, com os estímulos visuais que entram: a maior incidência de luz na retina provoca maior estímulo também do corpo geniculado lateral e, consequentemente, do córtex visual. Caso haja algum bloqueio do nervo óptico, alguma parte do córtex visual não irá ser formada e a pessoa não conseguirá enxergar. Experimentos realizados com gatos demonstraram que aqueles que não recebiam estímulos visuais possuíam uma parte do córtex visual atrofiada. Por isso, é mais fácil conseguir reestabelecer a visão de uma pessoa que a perdeu durante a vida do que de outra que já tenha nascido com malformações, pois este último não terá uma formação correta do córtex visual.
O corpo geniculado medial recebe informações através do braço do colículo inferior, do sistema auditivo. O corpo geniculado medial se projeta para a área auditiva primária, que é no sulco lateral, no giro temporal transverso. Existem diferentes regiões para determinados tipos de som, a chamada fonotopia. No caso da visão, também há a presença dessa característica, que ocorre entre os quatro quadrantes (nasais superior e inferior e temporais superior e inferior). 
As aferências talâmicas: 
- Informações do corpo mamilar, relacionado com o comportamento emocional, que se projeta para o giro do cíngulo; 
- Do cerebelo, núcleo rubro e núcleo ventral lateral (córtex pré-motor); 
- Do tronco encefálico, trato lateral (somestesia dos membros e do tronco), que se projetam para o núcleo ventral póstero-lateral, indo para o giro pós-central (área somestésica);
- Trato trigeminal, que vai para o núcleo ventral póstero-medial, levando também informações somestésicas para o giro pós-central;
- Via auditiva, que vem do colículo inferior passando para o corpo geniculado medial;
- Trato óptico, chegando ao corpo geniculado lateral, que converge para a área do córtex visual;
	Evidentemente, existem diversas outras conexões. Há revistas especializadas em diencéfalo, com centenas de trabalhos publicados sobre essas ligações. No geral, o que se deve saber é que os impulsos sensitivos, a fim de chegar ao córtex, precisam passar pelo tálamo. O único estímulo sensitivo que não passa pelo tálamo é o estímulo olfatório. 
	O hipotálamo é composto por três estruturas: os corpos mamilares, o túber cinereum - de onde sai a haste hipofisária - e a região do quiasma óptico. No corte sagital, é possível observar a parte do quiasma óptico, a região que está acima dele (núcleo supra-quiasmático, núcleo pré-cortical e núcleo supra-óptico). Próximo ao túber cinereum existem os núcleos arqueado, ventro-medial e dorso-medial. Na parte posterior da região tuberal, existe o núcleo posterior. Todos estes constituem o chamado hipotálamo medial. O hipotálamo lateral é definido por um feixe de fibras que vem do lobo temporal, levando informação para o corpo mamilar, que é o fórnix, um feixe de fibras que sai do hipocampo, vem medialmente e se flete, “perfurando” o hipotálamo em uma região medial e outra lateral. 
	Os núcleos mais conhecidos são oito, localizando-se na região supra-óptica, na região tuberal e na região mamilar. Atualmente, existem revistas dedicadas exclusivamente ao hipotálamo, pois este possui relação com o comportamento emocional, fazendo com que ele seja bastante estudado. Uma das coisas interessantes é que destruindo determinados núcleos do hipotálamo, há uma domesticação do animal. Um dos experimentos que já foram feitos foi o de colocar um gato dentro de uma caixa de vidro ou de acrílico (transparente) e um rato na caixa vizinha: os ratos normais ficam extremamente agitados ao ver o gato; já os ratos cujo hipotálamo foi modificado (destruição da via do medo) não apresentaram reação nenhuma, pois foi modificada sua área relacionada ao medo. Algumas pessoas até defendem a hipótese de que algumas pessoas que praticam esportes radicais têm algum déficit dentro dessas áreas.
	O hipotálamo recebe e emite muitas informações, possuindo diversas funções. Relaciona-se com o hipocampo, uma região relacionada à formação da memória: tanto a curto, quanto a longo prazo. Além disso, essa região do hipocampo se projeta do hipotálamo para o tálamo, através de um feixe de fibras, chamado feixe mamilo-talâmico, que vai trabalhar o comportamento emocional. É justificado isso em termos de memória porque toda vez que você tenta estudar compenetrada, prestando atenção, eu preciso aprender isso (com exceção de anatomia rs), vocês aprendem. Se vocês ficarem lendo sem compromisso, vou ler anatomia e coloco uma musiquinha ao mesmo tempo. Lógico que a música é mais agradável,lógico que você não vai entender nada do que está lendo. Porque seu cérebro é igual ao de todo mundo, ele não quer fazer esforço para aprender, gasta energia quando você pensa. Ele prefere ficar no piloto automático, ouvir música. O nosso cérebro não é uma força multitarefa, ele só faz uma coisa de cada vez. Se você não prestar atenção no que você está fazendo, você vai fazer besteira; por exemplo, dirigir e ficar tentando teclar mensagem no celular, acontece um monte de bobagem, até andando o cara se perde. O nosso cérebro faz uma coisa por vez, ele é monotarefa. Por isso é tão difícil estudar. O nosso cérebro é igual ao de quem não estuda, daquele pião da roça. Não há diferença alguma, o que o nosso pode ter um pouco a mais é formação de sinapses dentro de determinadas áreas, já a habilidade manual do cortador de cana com o facão é muito maior, ele tem uma habilidade motora. Você pergunta alguma coisa e ele não consegue fazer. Pede para ele ler 5 palavras, ele não lembra a primeira, porque o cérebro dele não está acostumado a fazer isso. Esse é o grande problema das pessoas, é treino. Estudar requer trabalho intelectual, obrigação, que você preste atenção, senão você não guarda essas informações, elas se perdem. O início do negócio acontece onde? No hipocampo. E o hipocampo está ligado com o comportamento emocional.
Falam que a diferença do cérebro da mulher é justamente essa, que, tudo que ela faz, ela consegue juntar as coisas, elas trabalham com o emocional muito mais que os homens. Daí ela tem maior capacidade de absorção das coisas. Vocês são assim mesmo, nós (homens) somos diferentes, não misturamos tudo, elas misturam. Discutir relação só para mulher né?!
Esses neurônios do hipotálamo também vêm da medula espinal, tanto que o hipotálamo é o grande regulador do SNA. O neurônio pré-ganglionar do simpático e do parassimpático são controlados pelo hipotálamo. Você tem lá, não o trato cortico-espinhal, mas o trato hipotálamo-espinal que vai levar informações do hipotálamo para a medula espinhal para fazer sinapse lá no neurônio pré-ganglionar da medula espinhal, que está localizado naquela coluna lateral, de C8 até L2.
Você tem saindo do corpo mamilar projeções, então o mesmo núcleo do hipotálamo do corpo mamilar se projeta para o tálamo anteriormente, se projeta para a substância [50:52] que está relacionado com movimentação, movimento dos olhos, e se projeta para o fascículo longitudinal que desce em direção à medula espinhal. Você tem projeções que saem de uma área chamada área septal e que se projetam para o mesencéfalo, passando para a estria medular do tálamo. Essa área septal está relacionada também com comportamento emocional, ela pertence ao lobo frontal, a área do lobo frontal que regula/mexe com parte do comportamento do nosso freio social, do que a gente faz e do que a gente se limita a fazer quando estamos convivendo socialmente. A prof Adriana deve ter comentado do Phineas Gage, que teve uma lesão no lobo frontal e mudou completamente seu comportamento emocional, ele manteve todas as áreas íntegras do SNC só teve uma lesão na área frontal. Essa área frontal que regula o comportamento emocional do cara, foi lesado um dos lóbulos, ele mudou completamente a vida dele, a gente comenta daqui a pouco também. Isso está relacionado com as comunicações da chamada área septal. 
Outra parte do hipotálamo regula a neurohipófise e adenohipófise, são os núcleos paraventricular e supraótico, levando informação para a hipófise, para região anterior e posterior dela. 
Tem trato mamilo-tegmentar eferente na fossa interpeduncular, com formações de sinais com os núcleos dos nervos cranianos e da medula espinhal. Fascículo longitudinal dorsal, para músculos do parassimpático do tronco encefálico. Trato mamilo-talâmico eu já tinha comentado antes lá na região do tálamo.
Tem essa tabelinha. Núcleo pré-optico [o que eu entendi]. O que ele faz: manutenção da constância reguladora corporal. Em caso de lesão tem hipotermia central. Mas como é que lesa uma região dessa? Acidente vascular. Normalmente acidente vascular isquêmico, leva a lesões de pequenas regiões, normalmente o isquêmico pega regiões pequenas, mas que leva a alguns comprometimentos. Você pega a região posterior, reação de mudança de temperatura, suor em caso de lesão, levando a hipotermia. Região antero-medial do hipotálamo: ele dá o estímulo, ativação do simpático. Regiões paraventriculares: dá o estímulo, ativação do parassimpático. Núcleo supra-ótico: regulação límbica, relacionado com o sistema renina-angiotensina. Núcleos anteriores: regulação de ingesta de alimentos, porção medial e lateral, lesão das duas leva a motricidade ou lesão da região lateral leva a anorexia. É uma região que o pessoal trabalhou muito com o hormônio leptina, para controlar a dieta das pessoas. Criavam uns ratos obesos, eles inibiam as partes desse núcleos, porção medial e lateral do hipotálamo para que o bicho começasse a comer e ele não parava de comer. Depois se injetava leptina para tentar provocar uma perda na alimentação. O grande problema é que você pode levar à anorexia e perder o controle do negócio. Por isso que pararam aquelas pesquisas. Até hoje eles usam para tratar aqueles depressores do SN, só que o risco das pessoas se viciarem é muito grande. Pensou que um hormônio seria mais tranquilo, esses moduladores de alimento mexem muito com o comportamento emocional, por isso o pessoal tenta controlar a leptina porque um hormônio teria menos prejuízo, mas também não vingou. Eu não sei como está hoje. De repente as pesquisas pararam, a coisa mudou de foco.
Então, novamente, o hipotálamo regula ingesta de alimentos. Se estimular o hipotálamo lateral leva a hipofagia. Faziam isso com gato, colocavam ele em uma gaiola com eletrodo no hipotálamo estimulando ou lesão na área para ver o que acontecia. Uma das coisas era ingestão de água, que hoje acontece com o êxtase (ecstasy). Tomam o êxtase na festa, aquilo dá um distúrbio dentro do sistema de ingesta de água e o cara começa a beber água, uma sede absurda. O problema é que o rim não consegue filtrar para eliminar essa urina e morre afogado. Porque ele não consegue eliminar o líquido que ele bebe e começa a levar a [57:43] pulmonar. Não sai em jornal em nada, só falam que é ruim, mas ele mexe em quê? Na ingesta de água, perturba a ingesta e você bebe, bebe, bebe água e não consegue eliminar. Se você estimula em animais a área com eletrodos, ele começa a beber água direto e morre por excesso. 
É legal no SN porque se você lesa determinada área tem uma consequência, tem que ter um conhecimento geral das partes para você conseguir dá um diagnóstico. Olha uma determinada ressonância e tem uma área de incidência nessa região, o que tem nessa região? Nessa região tem isso, isso e isso, então vai acontecer isso. Por isso que neuroanatomia é a parte mais tranquila da anatomia, ela está muito concentrada, mas se você souber o que é motor, sensitivo, sensibilidade geral e especial consegue fazer um monte de diagnóstico. Por exemplo, lesão no neurônio motor inferior o que acontece? Atrofia muscular, não tem como. Conforme o nível da medula espinhal você tem os músculos que vão parar. O Amundson comentou com vocês sobre os núcleos motores na medula espinhal: grupamento medial, lateral, anterior e posterior, cada região tem uma paralisia. Não tomou mais vacina, tem paralisia infantil, ele vai pegar neurônio motor inferior, qual grupamento que ele pega? Normalmente ele pega determinados grupamentos e determinados músculos que dá toda aquela deformidade da paralisia infantil e o pessoal da ortopedia tenta através da cirurgia melhorar. Quando você perde parte dos movimentos dos músculos, dos agonistas do lado oposto vai trazer e você vai ter deformidade dos membros. Porque aquele vírus não destrói todos os neurônios, só uma parte deles, normalmente eles pegam determinados grupos de neurônios. Mas fulano tem paralisia e está todo atrofiado, ele deu azar, teve uma carga em uma determinada região em determinado nível e tevetodas essas disfunções. O normal é pegar determinados grupos.
Os núcleos tuberais, que estão nos cinéricos, os seus neurônios e axônios se projetam em linha, seus fatores de estimulação dentro do seu sistema porta, dentro dos vasos, vão ganhar aporte sanguíneo e vão estimular a adenohipófise com os fatores de produção de hormônio a cada uma das glândulas do corpo, controlado por neurônios do núcleo tuberal do gipotálamo. Tem a região mamilar e tuberal do hipotálamo e a supra-óptica. A supra-óptica está relacionada com o controle de ingesta d´água. A regulação vocês já viram no período passado com a Jacqueline. 
Na realidade o hipotálamo vai mexer com a adenohioófise, com o SN autônomo, com comportamento emocional (frontal), com a porção do epitálamo, tudo relacionado. 
Aqui uma figura clássica do Netter que tem as projeções do hipotálamo em todo o corpo através das influências de neurônios pré-ganglionares tanto do simpático como do parassimpático. O hipotálamo é grande regulador do SN autônomo, que não é autônomo, ele depende do hipotálamo e o hipotálamo está relacionado com o comportamento emocional. Você fica nervosa, descontrola. Quando eu (prof) fico ansioso, eu como muito. 
	O subtálamo é uma região que tem a cápsula interna. Vai ter uma região no mesencéfalo e nos núcleos da base, ele é extremamente pequeno, minúsculo, visto só em corte frontal e em corte sagital só quando você vai para o meio da massa. O núcleo subtalâmico, que é o representante dessa região (do subtálamo), está nessa transição entre mesencéfalo e diencéfalo, limita-se posteriormente pelo tálamo e cápsula interna e medialmente pelo hipotálamo. Ele faz conexão com o tálamo. Lesões do núcleo subtalâmico o Amundson já comentou com vocês. O núcleo subtalâmico recebe informações do globo pálido, troca informações com o globo pálido, cruzado, antes do globo pálido se projetar para o tálamo. Quando tem uma submissão do núcleo subtalâmico tem-se um distúrbio do movimento chamado hemibalismo. A pessoa não consegue controlar, eu mandei dois vídeos para o email de vocês, tanto de uma senhora quanto de uma mais nova, aquele movimento é o tempo inteiro. Ela vai à exaustão, cai e aquilo volta novamente. Lesão do lado direito compromete o lado direito e lesão do lado esquerdo compromete o lado esquerdo. Mas aquilo é o tempo todo, você coloca essa pessoa para dormir em uma cama, ela cai da cama. Tem que colocar o colchão no chão, porque mesmo dormindo fica movimentando. Só para se você aplicar uma anestesia geral, mas ninguém vai aplicar uma anestesia geral todo dia para dormir. Hemibalismo, lesão do núcleo subtalâmico.
[Fala de um vídeo que mandou para o email porque na apresentação dos slides ele não estava abrindo]
Pergunta incompreensível
Resposta: O membro superior todo, superior e inferior. Você vê aquela mulher lá, ela vai andando, o membro superior e inferior dela também vai. Ela tá na maca, mas não para, não tem como. 
O que o espinotalâmico faz é controlar a saída do impulso pro tálamo. Quando você tem aquela distribuição, no globo pálido é liberado pro vestibular e tálamo (?) aí você tem a sequência de movimento, tá dentro daquelas lesões. O Amundson colocou lá o circuito básico, o circuito secundário, não é? Aquele da via nigroestriatal da substância negra e o outro do subtalâmico. Da via nigroestriatal é o Parkinson, a doença de Parkinson diminui o nível de dopamina no caudado e no putâmen, a mudança de disparo do subtálamo pro globo pálido, leva a uma perturbação no movimento, a pessoa continua com o movimento, mas não tem controle desse movimento. Isso é diferente de você não ter o movimento. O duro do hemibalismo é que você não para, constantemente aquele movimento.
Aqui o epitálamo: você tem uma parte endócrina que é a glândula pineal e o trígono das habênulas, que é essa região pequena e ela é minúscula mesmo, são poucos neurônios, então você tem a formação não endócrina que esta relacionada a núcleos habenulares e essa estria que é a parte posterior que fecharia o terceiro ventrículo.  Essa região está relacionada com o sistema límbico, vai trabalhar o comportamento emocional, já a glândula pineal vai secretar a melatonina que controla essa parte do ciclo claro e escuro.
Aqui o trígono das habenulas, aqui tá bonito porque tá grandão, mas você olha na peça e se arrepende, como o tronco encefálico que todo 
As principais comunicações do trígono das habênulas é com a área occiptal, que está relacionada com o sistema (?) que recebe (?) que está relacionada com o comportamento emocional. Região pré óptica se projeta no mesencéfalo e no núcleo tegmento na ponte na parte tegmentar, a parte mais porterior do mesencefalo, na transição entre ponte e mesencéfalo, você tem esse trato que é um trato habenopeduncular, com o pedúnculo cerebral.
Funcionalmente nós temos que a parte frontal vai ser motora, essa parte motora é motora direta ou planejamento motor com os giros anteriores, a área pré-motora. Na parte mais anterior a parte do comportamento emocional, lobo parietal, principalmente a área somestésica. Lobo temporal, a área cognitiva e a área de comportamento emocional, vão ter relações de giros específicos trabalhando (não entendi a próxima palavra). O lobo occipital está relacionado com a parte visual.
O professor mostra imagem dos ventrículos, que resumindo:
3Cornos - Anterior ou Frontal, Posterior ou Occiptal, Inferior ou Temporal.
Comunicação:
- Ventrículos Laterais e 3 Ventrículo: Forame Interventricular.
- 3 Ventrículo e 4 Ventrículo: Aqueduto cerebral.
O liquor é produzido dentro dos ventrículos e vai preencher o espaço subdural, fazendo com que o sistema nervoso fique boiando dentro da caixa craniana, essa circulação é (não entendi a palavra). O excesso, a troca de líquor acontece na aracnóide nas granulações aracnóideas que estão em contato com o seio sagital superior, na parte alta, onde parte desse líquor é jogado pra o sistema circulatório, dentro do seio sagital superior. 
Todo o excesso de líquor precisa ser retirado, se você não retirar, o que acontece? Aumenta o volume e a caixa craniana tem um determinado espaço, se você aumentar o liquor dentro dela vai aumentar o volume e vai comprimir o córtex cerebral. Se essa disfunção acontece logo após o nascimento, surge um quadro chamado hidrocefalia. Como melhora isso? Tentando drenar, colocando um cateter próximo à cisterna magna e joga essa cateter pro subcutâneo e vai drenando, torcendo pra que a produção seja menor do que o que está escorrendo. Se for muito menor você pode ter as chamadas hérnias no cerebelo Esse volume tem que estar constante pra não dar distúrbios com relação à pressão intracraniana. 
Pergunta: Na anestesia raquidiana, ela é colocada no liquor. Por que geralmente essa anestesia vai ser utilizada para o membro inferior?
Você tem um determinado período, como o anestésico que você coloca é mais denso, ele fica na parte de baixo, por gravidade. Você coloca numa quantidade que vai ser absorvida o mais rapidamente possível. Tem um cálculo de tempo que prevê essa absorção. Se por um acaso você colocou a mais, ficou e a pessoa se movimenta, se esse anestésico subir, ele vai bloqueando. Se chega no tronco encefálico por exemplo no bulbo, você pode ter uma parada cardiorrespiratória. Tem que ter cuidado, do mesmo jeito na hora que você for retirar o líquor numa punção. A agulha tem que ser uma agulha forte porque tem que atravessar um ligamento, o ligamento amarelo que fica pra prender as lâminas (?) das hérnias, quando passa dele, temos a dura máter que também é espessa pra você chegar na aracnóide. Então quando você vai retirar esse líquor, você retira devagar, porque a pressão pode fazer hérnias, tanto no lobo temporal como no cerebelo. Então você precisa tirar o líquor de modo que a pressão não abaixe demais.
Como é que é o cérebro? Ele é cheio de vilosidades, tem sulcos, ora mais ora menos profundos. Se a gente for olhar esses sulcos, essas minhoquinhas que a gente chama de circunvoluções, tem um nome como giro pré-central, giro pós-central.Cada uma delas está relacionada com alguma coisa. O que eu peço pra vocês, são pelo menos as áreas primárias, a área primária motora que é o giro pré-central, a área somestésica primária que é o giro pós-central. O sulco central separa os dois, pra lá é frontal e pra cá é parietal. 
Você tem a área 6, que é a área suplementar, que é a área de planejamento da atividade motora. Atrás você tem áreas suplementares de somestesia, e à medida que você é submetido a estímulo você vai formando uma memória, que vai ficar perto dessas regiões. Na sede da atividade motora, toda vez que você faz um movimento você tem o que? Aquela atividade dos núcleos da base e do cerebelo ajeitando e fazendo os movimentos, você tem uma constância de informações que passam pelo giro pré-central.
A mesma coisa com as informações principais que chegam aqui de sensibilidade, você tem elas estabilizadas dentro da área somestésica. Qualquer coisa que saia desse padrão você tem que procurar as informações. Toda e qualquer informação, seja ela motora ou de sensibilidade, tudo vai rodar e vai correr dentro do sistema nervoso. Não é só essa área motora ou só essa área somestésica. Toda a informação que chega no sistema nervoso vai para diversas áreas. Aí está o mistério da neurociência, onde se guarda a memória? O pessoal sabe que para guardar memória você precisa ter potenciais de longa duração, informação da sinapse. Mas qual é o local em que essa memória é armazenada ninguém sabe. Fala-se nas áreas supramodais, áreas terciárias, que estão espalhadas dentro do cérebro, dentro do córtex cerebral. 
Sabe-se ao certo que nós temos áreas primárias, que estão relacionadas diretamente com a atividade motora e com a atividade sensitiva; temos áreas secundárias, que agem indiretamente com as atividades motora e sensitiva, sejam elas motora primária, sensitiva primária, sensitiva geral ou sensitiva especial; temos as chamadas áreas terciárias, que o pessoal não sabe direito onde elas estão, mas sabe que a memória está dentro desses locais. Quando vai chegar isso ninguém sabe também. 
O que a gente sabe de memória na realidade? Que se você destruir o hipocampo o indivíduo perde a capacidade de armazenar memória. Isso todo mundo sabe desde a década de 50, ninguém ultrapassou isso ainda. Então, lesão no lobo temporal, pegando o hipocampo a pessoa perde a capacidade de armazenar memória. Todo mundo viu o filme Como se fosse a primeira vez? É um exemplo típico, todas as lesões no temporal. De acordo com a extensão da lesão você pode guardar mais ou menos informações. Lembra lá o Tom dos 10 segundos? Ele não consegue guardar mais de 10 segundos, então ele tem uma disfunção grande no hipocampo. Isso é o que se sabe de memória. 
Sabe-se também que você faz memória com o potencial de longa duração. Então não tem jeito: memória é hipocampo; disfunção de hipocampo leva a perda de memória. Você só lembra o que tinha guardado, onde está ninguém sabe. A medida que estruturas vão sendo lesadas, perseguindo-se essas disfunções, encontram-se áreas associadas. Mas em geral, tudo que se sabe sobre isso hoje é da década de 40. Melhorou um pouco? Melhorou, principalmente com essas ressonâncias com atividade cerebral. 
Os sulcos na base do cérebro eles são mais rasos (são mais marcados na parte superior, onde a gente divide em lobo frontal, lobo temporal, lobo occipital). Na parte lateral nós temos um sulco, chamado sulco lateral, que separa o lobo frontal e parietal do lobo temporal. E tem o sulco central que separa o lobo frontal do lobo parietal. 
E aí você tem as correspondências: sulco central (área 4 (motora)) – giro pré-central e giro pós-central (área 6 (somestésica)). Fácil de visualizar, na maioria das peças. Os giros frontais vão no sentido anteroposterior até a chegada no giro pré-central, onde daí ele desce transversalmente. Fica fácil de delimitar que o que é giro pré-central e o que são os giros frontais superior, médio e inferior. Dá nome para cada um deles. Chega no lobo temporal, o sulco lateral separa o lobo frontal, parietal e temporal. Aí você tem o giro temporal superior, o giro temporal médio e o giro temporal inferior. Cada um deles tem nome. Pra mim interessa o que? O giro lateral posterior profundamente, dentro do sulco onde ele tem a área auditiva primária. É ela que interessa. Se você lesar a área motora primária, você tem lesão do neurônio motor superior, que leva a uma paralisia esparstica. Se você lesar a área somestésica, você tem perda de sensibilidade em determinadas regiões do corpo. Estímulo doloroso não. Tem um pessoal que defende que você ainda consegue pegar do tálamo esse estímulo doloroso, não precisa chegar na área de somestesia. Se você lesa a área auditiva primária, você pode perder parte da audição. Para você perder a audição inteira você tem que perder as duas áreas auditivas primárias. É muita coisa! Ou acontece de um lado ou do outro. Como você tem uma circulação separada, ou você perde de um lado ou do outro. Por isso você tem aquela separação metade/metade, tanto na motora como na sensitiva, nunca acontece inteiro.
A separação entre lobo parietal, temporal e occipital acontece através da incisura pré-occipital onde o cérebro praticamente se apoia na tenda do cerebelo, na incisura pré-occipital. Uma linha imaginária que você traça na face medial, você tem um sulco bem profundo que separa o lobo occipital do parietal. 
Quando você corta parte anterior do lobo frontal e lobo parietal, e pega essa parte do lobo temporal você descobre um outro lobo que foi escondido, que ficou envolvido pelos outros 4 lobos, só pelos 3 primeiros (frontal, temporal e parietal), é o chamado lobo da ínsula, que está relacionado principalmente com a atividade visceral. É menos conhecido que os outros, tem giros pequenos, que são chamados giros curtos, e os giros longos da ínsula, que são 4. É um lobo bem minúsculo, quando se compara com os lobos frontal, parietal, temporal e occipital. 
Uma figura clássica do Netter sobre o mesmo tema (mostra os lobos na figura).
Os dois hemisférios são unidos por quem? Por um feixe de fibras que é chamado de corpo caloso. São fibras comissurais, ou seja, atravessam perpendicularmente o plano sagital mediano. Você tem o corpo do corpo caloso, os esplênios do corpo caloso, o joelho e o tronco dele. Você tem uma massa de substância cinzenta, que é o septo pelúcido; o fórnix, que fecha o septo pelúcido e a parede medial do ventrículo lateral. A comunicação do 3º ventrículo com o ventrículo lateral acontece por esse lugar.
Você tem um novo giro, que circunda o corpo caloso. É o giro do cíngulo, que a gente vai comentar um pouco mais daqui a pouco. Esse giro contorna todo o corpo caloso e se estreita nessa região chamada istmo do giro do cíngulo.
P: o terceiro ventrículo tá aonde?
R: o terceiro ventrículo está lá entre um lado e outro do diencéfalo, em forma de fenda, achatado. 
Na parte posterior, o aqueduto mesencefálico comunica o terceiro ventrículo com o quarto ventrículo.
Lembrar sempre: na hora que você olha o cérebro, seccionado no plano sagital, você vê a parede lateral do terceiro ventrículo. O diencéfalo, na parte do tálamo e do hipotálamo, é a parede lateral do terceiro ventrículo. A parede anterior do terceiro ventrículo é a lâmina terminal, no final do corpo caloso. 
Aqui o córtex, que é uma camada extremamente fina de substância cinzenta, menos de meio centímetro. Passou disso você já tem a substância branca, os axônios, que chegam e que saem do córtex. Conforme a posição que você observa, você vê uma massa de substância branca e os núcleos da base no meio dela. 
Aqui uma imagem da dissecação do cérebro (mostra a imagem). Aqui foi retirada a pia-máter, a aracnoide, e você a aracnoide e as granulações aracnoideas que estão na parte alta. O sulco central, o giro pré-central (área motora principal) e o giro pós-central (área somestésica primária). Você tem o giro temporal superior e o giro temporal médio. Posteriormente você tem o occipital (continua apontando os sulcos, giros e lobos). 
Aquilo quecomentei: se você tem axônios chegando ao córtex cerebral, você vai ter feixes de fibras que vão conectar as informações que estão chegando com as que estão saindo. O pedúnculo cerebral é formado por fibras que estão saindo principalmente da área motora principal. Então você tem dentro do pedúnculo cerebral parte da capsula interna; dentro dessa capsula interna você vai ter fibras que chegam dos olhos e vão ter comunicação com o lobo occipital. Os neurônios que estão no córtex cerebral possuem axônios curtos, chamados de células granulares, que fazem o circuito dentro do próprio córtex, naquela mesma região. A mesma coisa, células granulares iguais aquelas lá do cerebelo, não saem da região. E axônios longos, você tem axônios do CD (?) e das células piramidais, formadas principalmente para levar informação para o trato corticoespinal e corticonuclear. As fibras ascendentes e células de Maynot (?); As células horizontais vão comunicar áreas cerebrais distantes dentro do córtex. Esses neurônios, a quantidade deles e o tipo deles vai depender de como é a área: se é uma área motora, se é uma área sensitiva, se é uma área de associação. Conforme a área, o córtex vai mudar as camadas. 
Lá no cerebelo nós temos três camadas no córtex: camada de células granulares, camada de células de Purkinje, e camada molecular onde você tem as células em cesto. E essa formação é em toda a extensão. 
No córtex cerebral, conforme a área que você está, se é uma área sensitiva, uma área de associação ou de córtex motor, as camadas de células vão variar. Em córtex sensitivo você tem camada granular grande; a camada granular e a piramidal externa são diferenciadas. A medida que você vai para uma área motora, a camada granular vai se diminuindo dentro do córtex, porque não tem necessidade, pois nessa área aqui o que interessa é chegar informação dos neurônios piramidais, que vão formar os tratos descendentes. Na área das células granulares o importante é você ter células que recebam e retransmitam informação dentro da área.
A área de associação do córtex, que é aquele que todos estão achando que armazena as informações, apresenta uma diversidade maior de células e uma zona intermediária de células granulares que fazem circuito intermediário, com uma quantidade menor de células piramidais, que são células cujos axônios são longos, e vão atravessar grandes distâncias. Vai sair do córtex cerebral e vai para o reticuloespinal (?), vai sair do córtex cerebral e vai para a ponte, ou vai para o bulbo, ou vai para o mesencéfalo; são longas distâncias. Então no córtex motor você precisa de mais células para levar as informações para ter atividade motora, para a porção tanto somática da medula espinal como tronco encefálico, então as células piramidais estão em maior quantidade. 
Isso é visualizado dentro de lâmina pelo pessoal da histologia quando você faz os cortes. As camadas vêm nessa sequência: camada molecular, granular externa, piramidal externa, granular interna, piramidal interna ou ganglionar e multiforme (que faz conexão de áreas próximas dentro do córtex). 
Tem um circuito vermelho estimulatório e um preto inibitório. Os principais neurônios vão ser piramidais, que são projeções que saem do córtex cerebral e vão em direção a outras áreas do sistema nervoso, por exemplo, tronco encefálico e medula espinal. Você tem projeções de associação que une áreas diferentes dentro do próprio telencéfalo. Os neurônios de projeção se projetam para áreas fora do cérebro, lá para o tronco encefálico ou para a medula espinal, por aqueles feixes de fibras que a gente vai comentar. Quando você corta o cérebro você tem o córtex, que é uma fina camada, e a substância branca. 
Aí você começa a visualizar parte, fazendo saliência no ventrículo lateral, você tem o núcleo caudado. À medida que você vai descendo você tem outras estruturas no meio da substancia branca: o núcleo caudado, o putâmen, o núcleo lentiforme, o tálamo. O tálamo vai formar um espaço aqui que vai ser o terceiro ventrículo. Desce mais um pouquinho, a visualização característica, num corte frontal você tem a cápsula interna – perna anterior da cápsula interna, o joelho da cápsula interna e a perna posterior. Você tem os núcleos da base – núcleo caudado, putâmen e globo pálido, claustro – cápsula extrema, externa e interna.
Entre o putâmen e o globo pálido você tem uma membrana. Aqui você tem o tálamo. Você tem o córtex da insula, o claustro está separado da insula pela chamada cápsula extrema. Aqui você está no ponto da aderência intertalamica: os tálamos direito e esquerdo estão unidos.
[Indica área frontal, giro pré-central (área motora principal), área motora suplementar e área relacionada ao comportamento emocional, área somestésica primária e secundária, área visual, área auditiva que vai estar junto com a do comportamento]. Nessa área ligada ao comportamento emocional temos o circuito de Papez, ou do sistema límbico, você tem o giro do cíngulo, que continua com o istmo do giro do cíngulo, pega a parte interior do lobo temporal, esse giro parahipocampal, ele penetra no corno inferior do ventrículo lateral, onde vai estar conectado com o hipocampo. O hipocampo vai se continuar através do fórnix, o hipotálamo se projeta para o tálamo.
Na região anterior do lobo frontal você tem uma região que é a área motora da fala (área de Broca). Você também tem uma projeção no final do sulco lateral que é a área de sensibilidade da fala (área de Wernicke), que esta próxima à área auditiva primaria. Toda vez que você escuta alguma coisa você tem uma troca de informações entre a área de sensibilidade da fala para a área motora da fala. Você escuta alguma coisa, essas coisas têm que ser passadas para essas áreas de percepção para você dar uma resposta. Você só dá resposta se você escutar alguma coisa. Mas você tem que comunicar essas porções. Se você tira a parte auditiva você não consegue formular a resposta das coisas porque você não entende o que o outro está falando.
Então toda vez que falarmos em alguma atividade do cérebro, você tem que lembrar que tudo lá dentro está conectado. Não existe “cérebro em caixinha” do homem. Todas as áreas estão se comunicando. Então você escuta alguma coisa, essa informação é processada e passa para a área motora da fala, que em 90% das pessoas está no lobo frontal esquerdo, e essa área motora manda as informações pra a região da laringe, para que você verbalize suas intenções. Se você tiver uma lesão, um acidente vascular, nessa região, você perde a capacidade de falar. E aí o que faz? Treina o outro lado. O outro lado é uma área silenciosa. O que você precisa para aprender a falar? Aprender a ouvir. Você pode ter uma lesão, um acidente isquêmico na área posterior (auditiva), mas você não vai conseguir elaborar o discurso corretamente. Você pensa no que você quer, mas não consegue montar uma frase, então você fala coisas desconexas.
Então as áreas primárias vão estar relacionadas diretamente com atividade motora ou sensitiva. As áreas secundárias estão relacionadas indiretamente. Por exemplo, a área motora suplementar: toda vez que você vai fazer um movimento, antes de iniciá-lo você tem que fazer um planejamento da atividade motora. De todo o córtex cerebral, as informações vão para os núcleos da base – caudado e putâmen – levando que tipo de informações? Distancia que você vai fazer, se vai saltar de algum lugar, tipo de força que você vai fazer, você pode não pensar em nada disso, mas o seu sistema está preparando tudo pra você, ele prepara a cada passo que você dá quando você vai caminhar, essas informações são trocadas em todo o córtex cerebral, vão lá para os núcleos da base programar o movimento para que você consiga executar essa ação. Mas quando você está para iniciar o passo, quem vai mandar informação é a área motora principal.
Nas áreas secundárias você tem campos próximos que vão melhorar a ação, chegando na área motora e falar alguma coisa. Eu falei de área motora. O pessoal começou a fazer exercício PET Scan, e começou a colocar outrasinformações e áreas principais que normalmente em uma lesão não se percebe, mas se percebe durante a atividade que o cara ta fazendo. O PET Scan é a grande jogada, porque você mexe com o cara acordado e começa a ver quais áreas estão recebendo maior quantidade de sangue e começa a pontuar outras áreas. Isso aqui, essas áreas motoras primárias e secundárias, são da década de 50, que o cara bolou isso, um canadense, o Broca, que publicou um livro com uma novidade no desenvolvimento das áreas. Como o pessoal testava isso? Como você faz uma cirurgia no cérebro do cara? Você anestesia o couro cabeludo, corta, separa, abre a calota e começa a mexer lá dentro, aspira. Se for um tumor grande você não vai fazer cirurgia estereotáxica, você vai aspirar.
Tem um monte de área que a gente não conhece. Como eles descobriram essas áreas? Estimulando-as. Quando você estimula o tecido cerebral, se você estimula a parte motora, o giro pré-central, o cara faz movimentos na parte do corpo correspondente. Se você mexe na parte do giro pós-central, na área somestésica, o cara refere sensibilidade nessas áreas. Se você estimula a área visual o cara refere-se a clarões.
Na maioria das neurocirurgias você tira coisa demais ou deixa sobrar, porque você não tem divisão de área, você não tem um limite que te bloqueia, você não tem uma matriz extracelular que separa as coisas, é uma massa comum, que varia de acordo com a região. Área motora vai ter tal neurônio a mais, área de sensibilidade vai ter outro. A cirurgia estereotáxica geralmente se faz quando você tem que entrar na substância branca, atingir determinado núcleo, aí se faz o posicionamento. Faz uma imagem tridimensional e com um aparelho estereotáxico se faz a perfuração para chegar a determinado ponto. Mas a maioria das cirurgias neurológicas é por aspiração, porque a maioria são tumores, entao você faz tentando mexer no córtex cerebral.
Aqui são as áreas principais. Área 4 é a área motora principal, área 6 é área motora suplementar, área 8 e 9 já vai estar relacionada com comportamento emocional, áreas 44 e 45 são a área motora da fala, área 40 e área 42 são a área de Wernicke, área 41 é área auditiva primária, área 17 é a área visual primária, o restante (próximo) é a área visual secundária, então você vai tendo uma dispersão das informações. Aqui (área 17) é onde você tem a formação da imagem, se você tem lesão aqui você perde parte do campo visual. Porque? Você tem na retina os quatro quadrantes, que se projetam em determinadas posições aqui dentro. Lesões dessas regiões você tem perda de determinados pontos do campo visual, conforme o que se lesou. O Machado traz isso na parte das artérias, vocês vão ver. Vai cair na prova? VAI!!!
Isso é uma somatotopia. É a representação tanto motora quanto sensitiva na superfície.
A parte motora grande é na mão e na face (musculatura da mimica facial, da expressão facial). Tórax e membro inferior quando comparado com mão e face é muito pouco. Do mesmo jeito a área de sensibilidade dessas regiões (mão e face) é uma área muito grande, equivalente a área motora. Então, a região da face e das mãos possuem as maiores projeções no que se refere a sensibilidade e motricidade. Os pés também têm muita sensibilidade.
Quem fez isso foi de Penfield. Penfield desenvolveu o Modelo dos Homúnculos.
Áreas funcionais do córtex. Dentre as áreas funcionais do córtex tem as áreas de primárias. As áreas primárias são áreas de projeção e seus neurônios vão para grandes distâncias, estando diretamente relacionadas com a sensibilidade geral e especial e motricidade somática. As áreas de associação secundárias sensitiva e motora vão trabalhar no planejamento, na busca de informação. Áreas visual primária e visual secundária. Você encontra alguém na rua e a imagem é de alguém extremante com alguém que você já viu... Onde você está procurando? É na área visual primaria? Não! É na área visual secundária, na área que guarda informação. Onde estão essas áreas nós não sabemos dizer ainda. São provavelmente nessas áreas supramodais (áreas terciárias) que não tem nada a ver com motricidade e nem com sensibilidade. Em amarelo é a parte do comportamento que mexe com o giro do cíngulo, o giro parahipocampal, o uncus e entra profundamente na área do hipocampo. Essa área de comportamento emocional tem componentes corticais (giro parahipocampal, giro do cíngulo, istmo do giro do cíngulo, o uncus, que é uma continuação do giro parahipocampal). Além dessas áreas corticais vai ter o hipocampo que é tecido cortical. A parte cortical do chamado sistema límbico é hipocampo, uncus, giro parahipocampal e giro do cíngulo. Do hipocampo as fibras saem por axônios de projeção e terminam no hipotálamo, mais especificamente no corpo mamilar. O corpo mamilar é uma parte do sistema límbico que é subcortical, que são núcleos. Corpo mamilar do hipotálamo, núcleo anterior do tálamo e a área estriatal. Quem entra também nos componentes subcorticais é o corpo amidaloide (que está no final do núcleo caudado), os núcleos habenulares e a chamada área septal. 
O que faz esse sistema límbico? Regula o sistema nervoso através do hipotálamo. Regula os processos motivacionais para a sobrevivência. Age em memória e aprendizado. Tem regulação do sistema endócrino com o núcleo das habenulas.
Aqui você vê do hipocampo para o tálamo, do tálamo para o córtex do giro do cíngulo. Depois volta para o hipocampo. É um circuito fechado. Essas porções corticais podem se projetar para outras áreas área anterior (relacionada com o comportamento emocional).
O hipocampo é córtex mas, diferentemente do restante do tecido cortical onde a substancia cinzenta está por fora, no hipocampo a substancia cinzenta está por dentro como se fosse um rocambole (yumy yumy delícia :p). Os neurônios piramidais nessa região entram na formação das fibras que vão formar o chamado fornix. O fornix por sua vez vai se projetar para o hipotálamo. Do giro parahipocampal eles vão em direção ao hipocampo. Essa região é importante. Lesão nesses córtex acarreta em diminuição da capacidade de aprendizado, na capacidade de fazer memória. Esse circuito da memória vai acontecer durante a fase do sono, por isso o indivíduo tem que dormir para poder aprender.
Quando parte desse circuito é destruído... EXEMPLO DO CARA QUE TEVE A PARTE MAIS SUPERIOR DO LOBO FRONTAL PERFURADA ENQUANTO UTILIZAVA UMA BARRA PARA DESTRUIR PEDRA E QUE MUDOU COMPLETAMENTE O COMPORTAMENTO SOCIAL APÓS O OCORRIDO. 
A área frontal é responsável pelo nosso freio social. Quando sentimos um cheiro esse cheiro vai direto para o córtex na área septal e que está relacionada com o comportamento emocional. Por isso se faz perfume. Tumores nessa área frontal também levam a perda desse controle, ao aumento da libido. Acredita-se inclusive que ataques de predadores sexuais estão relacionados com distúrbios nessa área.
Aquela parte do corpo vestibular ???? [2:36:27] substância branca tem vai ter fibras de associação inter-hemisféricas. O fascículo longitudinal superior que une lobo frontal com o lobo occipital. O fascículo longitudinal inferior une o lobo occipital com o temporal. O fascículo unciforme envolve frontal ao temporal. Todos os lobos estão unidos por feixes de fibras. Neurônios que saem de uma região vão para outra e vice-e-versa. Sempre tem troca de informação para que possamos sobreviver. Dentre fibras de associação inter-hemisféricas o corpo caloso é a maior delas, ?? fusiforme também. 
Comissura anterior e posterior. A anterior une os lobos temporais.
As fibras de projeção são aquelas que vão sair da área cortical do cérebro em direção aos centros subcorticais. O Trato corticoespinal vai formar o trato corticoespinal lateral e anterior. O corticonuclear vão para os núcleos dos nervos motores ou núcleo rubro. Corticopontinos, Corticoestriados vão para os núcleos da base. Corticoreticular para a formação reticular para controlar aquele circuito da formação reticular em direção ao córtex. Fibras corticorubro vão para o núcleo rubro no mesencéfalo. Fibras corticotalâmicas,como o tálamo joga toda a informação paro o córtex cerebral, o cérebro tem que controlar essas informações advindas do tálamo, diminuindo a quantidade. A coroa radiata, saindo do tálamo, subindo para o córtex, parte constitui a acápsula interna, e, descendo, as fibras que formam o trato cortiço-espinal, nas pirâmides. No cerebelo, o núcleo denteado, as fibras se projetam para o núcleo rubro e para o tálamo pelo pedúnculo cerebelar superior. Aqui fibras saindo dos corpos mamilares em direção ao tálamo, fibras mamilo-talâmicas. Tem-se uma técnica de coloração que identifica algumas estruturas, como as fibras ponto-cerebelares e as fibras que saem da retina, passam pelo quiasma óptico, circundam o trato óptico e vão para o lobo occipital.
Todos esses mecanismos só funcionam se tiver sangue. Quem irriga o sistema nervoso? Duas artérias principais, carótida interna e as artérias cerebrais, advindas do sistema vertebro-basilar. As artérias basilares irrigam o cerebelo e o tronco encefálico. Chegando encima da ponte, a basilar se curva, originando a cerebral posterior esquerda e a cerebral posterior direita. A carótida interna, quando entra atravessando o canal carotídeo, passa pelo sifão carotídeo, faz comunicação com a artéria cerebral posterior e dá dois ramos, uma artéria cerebral média e uma cerebral anterior. As duas cerebrais anteriores irrigam a face medial do cérebro; a cerebral média irriga a face lateral; e as posteriores irrigam uma porção do lobo temporal e todo o occipital. Como a artéria cerebral anterior percorre a face medial, vocês viram que na face medial tem a comunicação com o membro inferior, então um AVC que afete o ramo cerebral anterior, o paciente vai apresentar alguma consequência nos membros inferiores. A cerebral média vem para a face lateral, comunicando-se com a mão, com a face e com a porção emocional do cérebro, essa cerebral média emite ramos para os núcleos da base, para o hipotálamo, então se tiver um AVC na base dessa artéria vai ser um daqueles que mata a pessoa. Lesou parte posterior vai comprometer principalmente o lobo occipital, que está relacionado com o sistema visual.
A drenagem venosa acontece nos seios da dura-máter, que são grandes vasos que recebem o sangue drenado da superfície do cérebro e também fazem a absorção de líquor, que atravessa as granulações aracnoides e levam o líquor para dentro dos seios venosos. Esses seios venosos são encontrados no alto (seio sagital superior), sobre o corpo caloso (seio sagital inferior) e também há o seio transverso. A drenagem das veias vai para o seio sagital superior, que vai desembocar na confluência dos seios. Parte do seio sagital superior vai receber sangue do cérebro e vai se juntar com a veia cerebral magna, formando o seio reto. Na parte posterior, há a confluência do seio sagital inferior com uma porção da veia magna e com a veia basilar. O seio sagital superior e o seio reto drenam para a confluência dos seios. O seio sagital superior forma o seio transverso de cada lado, e estes jogam ramos, os seios sigmoides, que vão sair como veia jugular interna.

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