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Formação e desenvolvimento dentário Objetivo 1: entender a formação e o desenvolvimento dos dentes, destacando a sua função Apesar de cada dente se desenvolver como uma estrutura independente e de tipos dentários morfologicamente diferentes, isto é, incisivos, caninos, pré-molares e molares formarem-se finalmente, o processo de desenvolvimento do dente, denominado odontogênese, é basicamente o mesmo. Inicia-se como resultado da interação do epitélio oral com o ectomesênquima subjacente, originando a banda epitelial primária e, em seguida, a lâmina dentária. Os germes dentários seguem, subsequentemente, as fases de botão, capuz, campânula, coroa e raiz. A formação específica dos diversos tecidos que constituirão o dente e suas estruturas de suporte, entretanto, inicia-se a partir da campânula. Desse modo, esses processos recebem denominações também específicas. Assim, dentinogênese, amelogênese, cementogênese e osteogênese correspondem, respectivamente, à formação de dentina, esmalte, cemento e osso. A banda epitelial primária subdivde-se nas laminas vestibular e dentária O cordão epitelial, sofre, quase imediatamente após sua formação, uma bifurcação, resultando em duas populações epiteliais proliferativas que seguem a mesma forma dos arcos, correndo, portanto, uma paralela à outra. Lamina vestibular: subdivisão externa da banda epitelial primária que da ligar a uma fenda que futuramente irá constituir o fundo do saco do sulco vestibular, localizada entre a bochecha/lábios e os futuros arcos dentários. Lamina dentária: situada medialmente á anterior é responsável pela FORMAÇÃO DOS DENTES, representando um futuro arco dentário FASE DE BOTÃO: Representa o verdadeiro inicio da formação de cada dente Nessa fase, existe uma lata proliferação do epitélio oral e alta proliferação do ectomesenquima 1. Crescimento do epitélio oral em direção ao ectomesenquima 2. Concentração de células abaixo do botão ( representando a proliferação do ectomesenquima) >> dando origem e um formato chamado de botão FASE DE CAPUZ: Ocorre a proliferação do epitélio oral e do ectomesenquima >> Essas células ectomesenquimais começam a se concentrar no meio do botão, e já que está se proliferando, esse botão precisa crescer, mas ele encontra uma resistência do ectomesenquima e não consegue crescer verticalmente, fazendo com que ele cresça para os lados. E por isso, ele adquire a forma de capuz. A imagem representa a resistência ectomesenquimal e o crescimento das bordas do botão Na fase de capuz, é encontrado as estruturas que vão formar o germe dentário 1. Órgão do esmalte : formado por tudo aquilo que veio do epitélio oral primitivo É dividido em 3 regiões, que são: epitélio interno do órgão do esmalte, epitélio externo e retículo estrelado 2. Papila dentária: células ectomesenquimais localizadas abaixo do botão. São responsáveis pela formação da dentina e da polpa 3. Folículo dentário: células ectomesenquimais que envolvem as estruturas do germe dentário, que futuramente irá formar o periodonto FASE DE CAMPANULA: Há uma alta diferenciação celular, o que faz com que surja mais estruturas, como: 1. Alça cervical: localizada na base da campanula e é formada pela junção do epitélio interno do órgão do esmalte com o epitélio externo do órgão do esmalte. >> vai ser importante para a formação da raiz, futuramente. 2. Estrato intermediário: surge entre o reticulo estrelado e o epitélio interno do órgão do esmalte. >> responsável pela formação do esmalte >> nessa fase, o germe dentário fica isolado de outras estruturas, pois o folículo dentário vai cobrir todas as estruturas do germe. >> dobramento do epitélio interno do órgão do esmalte, dando origem ao formato da futura coroa do dente. >> diferenciação dos odontoblastos e ameloblastos: Após esses eventos, as células de epitélio interno localizadas nos vértices das cúspides, até então cilíndricas baixas com núcleo próximo à lâmina basal, tornam-se cilíndricas altas. O seu núcleo passa a se localizar do lado oposto à papila dentária. Após esse fenômeno, denominado inversão da polaridade, essas células se denominam pré-ameloblastos. >> todas as mudanças que ocorreram o epitélio interno, vai provocar uma mudança na papila, então, a presença desses ameloblastos, o processo de diferenciação induz as células da papila a se transformarem e diferenciarem nos odontoblastos >> Esses odontoblastos são células maduras que conseguem produzir dentina (dentina do manto, pois é a primeira dentina que está sendo produzida). >> todo esse processo que acontece na papila dentária, diferenciação dos odontoblastos, formação de dentina, vai induzir os pre-ameloblastos a se transformarem em ameloblastos maduros e eles começam a secretar a primeira matriz de esmalte (esmalte não está completamente formado) FASE DE COROA: Também chamada de fase avançada de campanula Vai acontecer, basicamente, o que acontecia na fase de campanula: os ameloblastos secretando esmalte e os odontoblastos secretando dentina. Mas esse processo, vai ser mais acentuado. A fase de coroa caracteriza-se pela deposição de dentina, de fora para dentro do germe dentário, e de esmalte, de dentro para fora. Os eventos específicos correspondentes à dentinogênese e à amelogênese FASE DE RAIZ: ALÇA CERVICAL: responsável pela formação da raiz ESMALTE É PRODUZIDO PELOS PRE AMELOBLASTOS QUE IDUZIAM OS ODONTOBLASTOS A PRODUZIR DENTINA CORONÁRIA - mais superficial - (MAS FICA FALTANDO A DENTINA RADICULAR - da raiz) Quais são as células que vão induzir os odontoblastos a produzirem a dentina radicular, já que na raiz não tem pré ameloblastos pois não possui esmalte? RESPOSTA: Na fase de raiz, a alça cervical vai crescer em sentido apical, proliferando as suas células nesse sentido. Porém, todas as estruturas do germe dentário está coberta pelo folículo dentário. Ou seja, esse folículo está ao redor de todas as estruturas do dente, fazendo uma certa resistência pro crescimento apical da alça cervical. Fazendo com que, ela não cresça verticalmente, precisando sofrer uma dobradura, chamada de DIAFRAGMA EPITELIAL. Como não há aprofundamento no sentido vertical, a região proliferativa fica restrita à dobra que se continua com o diafragma epitelial. A partir desse momento, as células epiteliais continuam a proliferar, originando outra estrutura: a bainha epitelial radicular de Hertwig. Desse modo, as duas estruturas, bainhas radiculares e diafragma epitelial, são contínuas e constituídas pelas mesmas células. E essas bainha de Hertwig que vai induzir a diferenciação dos odontoblastos e a formação da dentina radicular. ESSA FASE DE RAIZ ACONTECE MESMO DEPOIS DA ERUPÇÃO DENTÁRIA Objetivo 2: conhecer as estruturas do dente, explicando as suas funções Os dentes são divididos em quatro quadrantes na boca, com a divisão ocorrendo entre as arcadas superior e inferior horizontalmente e ao longo da linha média da face, verticalmente. Essa divisão deixa oito dentes adultos em cada quadrante, e separa os pares opostos do mesmo osso alveolar, bem como seus correspondentes na arcada oposta. Para entender melhor os desenvolvimento dos dentes da infância até a vida adulta. Cada quadrante contém: · um incisivo medial; um incisivo lateral; um canino; dois pré- molares; entre dois a três molares Os dentes decíduos são os dentes primários que surgem inicialmente em bebês,e são mais comumente conhecidos como dentes de leite. Há 20 dentes decíduos, listados em baixo: · quatro incisivos mediais; quatro incisivos laterais; quatro caninos; quatro primeiros molares; quatro segundos molares Função dos dentes: Os incisivos são usados para cortar e morder, os caninos para prender, e os pré-molares e molares para triturar. As principais funções dos dentes incluem: · a mastigação do alimento que o transforma em um bolus que pode ser facilmente deglutido para continuar a digestão · dar estrutura, suporte tecidual e forma à face · auxiliar na pronúncia de sons durante a fala Estrutura do dente Superfície articular As superfícies articulares na parte mais superior das coroas dos dentes são formadas para realizar a função do dente. Assim, os dentes anteriores do canino direito até o canino esquerdo possuem uma única borda incisiva que pode cortar e fatiar um pedaço de alimento, enquanto os pré-molares e molares possuem cúspides, fossas e fissuras que são capazes de triturar e amassar a comida, tornando-a fácil de ser deglutida. Coroa A coroa do dente é a parte visível do dente na boca, enquanto a raiz encontra-se escondida sob a gengiva e o osso alveolar. Ela possui uma coloração branca perolada a amarela, dependendo da espessura do esmalte, da idade do paciente, sua higiene oral e estilo de vida. O esmalte é a camada externa do dente e é extremamente dura e durável. Sob esse exterior rígido encontra-se uma segunda camada de tecido macio, que é levemente mais escura, conhecida como dentina. Essa é a cápsula que separa o tecido externo duro e a frágil cavidade pulpar que é a camada mais interna do dente, e contém os vasos sanguíneos e nervos. O esmalte e a dentina (mostrados na imagem, respectivamente) devem estar intactos para que o dente permaneça vivo e saudável, e uma vez que qualquer bactéria entre a câmara pulpar, o dano é irreversível. Raiz As raízes dos dentes, sejam única ou múltiplas em número, possuem cada uma duas das três camadas mencionadas previamente em sua constituição. . O cemento é histologicamente diferente do esmalte, mas atua como seu equivalente desde logo abaixo da linha gengival, e cobre toda a raiz do dente. O ponto de encontro entre o esmalte e o cemento é conhecido como junção cemento-esmalte. Objetivo 3: Entender como ocorre a erupção dentária, destacando os seus processos O processo pelo qual o dente se desloca do local em que inicia seu desenvolvimento – a cripta óssea (local que envolve todo o germe dentário) – até alcançar o plano oclusal funcional denomina-se erupção dentária. Classicamente, a erupção dentária foi dividida em três fases: pré- eruptiva, eruptiva e pós-eruptiva. Na fase considerada eruptiva, entretanto, podem ser diferenciados alguns momentos, nos quais ocorrem mudanças tanto na velocidade da erupção quanto nas estruturas envolvidas no processo. Por esse motivo, é mais didático dividir a erupção dentária em cinco fases: movimentação pré- eruptiva, erupção intraóssea, penetração na mucosa, erupção pré- oclusal e erupção pós-oclusal. Movimentação pré-eruptiva: Ocorre do inicio do desenvolvimento dentário até a conclusão da fase da coroa. Durante a fase de coroa da odontogênese, como consequência da deposição de dentina e esmalte, o germe dentário aumenta de tamanho. Esse crescimento faz com que a cripta óssea que rodeia o germe sofra reabsorção em suas superfícies, a fim de tornar possível a acomodação da coroa em crescimento. Além disso, os ossos da maxila e da mandíbula estão em franco crescimento neste momento do desenvolvimento craniofacial, o que possibilita também a acomodação dos dentes em formação. Quando termina a fase de coroa, os epitélios interno e externo do órgão do esmalte proliferam em direção apical e, em razão de estarem rodeados pelo folículo dentário e o osso da base da cripta, dobram-se, constituindo o diafragma epitelial. Entretanto, isso não significa que o osso da base não sofra reabsorção. Uma leve reabsorção é observada nesse momento, evidenciada pelos osteoclastos que reabsorvem pequenas porções da base da cripta óssea. Fase de erupção intraóssea Na fase de erupção intraóssea, o germe dentário se desloca para a cavidade oral A fase de erupção intraóssea corresponde ao deslocamento do germe dentário a partir da sua posição inicial na cripta óssea até sua penetração na mucosa oral. Inicia-se na fase da raiz, quando a raiz começa a ser formada Por volta do início da erupção intraóssea, o folículo que rodeia o germe dentário torna-se muito denso, denominando-se, dessa maneira, folículo dentário propriamente dito. Esse folículo adere ao epitélio externo do órgão do esmalte, formando uma camada densa, facilmente distinguível do tecido ectomesenquimal frouxo e altamente vascular que o separa das paredes ósseas da cripta. Movimento eruptivo extraósseo ou fase de penetração na mucosa Passagem do germe dentário pela via eruptiva, até chegar no ep. oral. Velocidade da erupção se torna mais rápida. Germe chega a pressionar a lâmina própria da mucosa oral, comprimindo alguns vasos sanguíneos e outras estruturas, causando edema e prurido na região, pouco antes do aparecimento do dente na cavidade oral. Movimento Pós eruptivo: Manutenção do dente erupcionado na sua posição oclusal, enquanto os maxilares continuam a crescer. à Fase demorada, continuo por toda vida do dente, desenvolvimento e manutenção da oclusão. Cemento (celular) completa sua formação, fechando o ápice radicular. Teorias da erupção dentária: * Vários aspectos da erupção dentária ainda permanecem desconhecidos * Embora a erupção dentária tenha sido extensivamente estudada, até hoje há apenas teorias sobre o seu mecanismo. Ao longo das últimas décadas, praticamente todas as estruturas do dente e/ou suas estruturas de suporte têm sido em algum momento consideradas responsáveis pelo movimento eruptivo. Assim, as teorias classicamente formuladas foram: o crescimento da raiz; a pressão hidrostática aumentada na polpa e/ou na região apical do ligamento periodontal; a formação e reabsorção do osso da cripta; a tração do dente em formação a partir da contração dos fibroblastos do ligamento e/ou das fibras colágenas. Objetivo 4: Diferenciar os dentes de leite e os permanentes, destacando as suas funções Depois de mais ou menos seis anos de idade, os dentes decíduos (também conhecidos como dentes do bebê, dentes de leite ou dentes decíduos) caem e são substituídos pelos dentes permanentes. De acordo com a Associação Odontológica Americana, os dentes de leite começam a aparecer na boca da criança aos seis meses de idade e vão continuar até mais ou menos ela completarem seis anos quando iniciará a troca da dentição decídua para a permanente. Os dentes de leite têm um papel importante ao ajudar a criança a aprender a mastigar e falar e servem para manter espaço para os futuros dentes permanentes. Composição De acordo com a Academia Americana de Pediatria (AAP), o dente decíduo é menos mineralizado do que o dente permanente, sendo bem mais brancos que os dente permanente. Se uma criança tem uma dentição mista, com dentes decíduos e permanentes, é fácil saber quais são os dentes permanentes, já que eles tendem a ser um pouco maiores . Devido ao esmalte da dentição decídua ser mais fino, o consumo de açúcar atrelado a uma inadequada higienização bucal pode levar a um risco maior de desenvolver cárie nos dentes primários,o que também é conhecido como cárie da mamadeira, forma mais comum de cárie em crianças com idade inferior a 3 anos, de modo que é importantíssimo ir ao dentista regularmente para iniciar os seus cuidados com a saúde bucal desde pequeno. Estrutura O formato dos dentes de leite é um pouco diferente. Quando os dentes permanentes da frente nascem, eles têm geralmente, de acordo com a AAP, um pequeno número de irregularidades/ondulações na borda, as quais são conhecidas como flor-de-lis ou a famosa serrinha, que se desgastam com o passar do tempo, deixando-os mais uniformes Se os dentes encaixarem corretamente, os mamelos vão se desgastar com o tempo. Uma vez que os dentes decíduos são concebidos para cair, eles têm raízes com formatos diferentes aos dos dentes permanentes, isso segundo o site Saúde das Crianças, as raízes da dentição decídua são mais finas que as raízes dos dentes permanentes. Número de dentes Outra grande diferença entre os dentes primários e os dentes decíduos é o número deles. De acordo com a Associação Odontológica Americana, normalmente as pessoas têm 20 dentes de leite e 32 permanentes, incluindo os quatro dentes do siso. Parte do que determina a diferença em termos numéricos é o fato de que a boca de uma criança é muito menor que a de um adulto, as crianças não têm espaço para 8 a 12 molares. No entanto, à medida que as crianças crescem, a mandíbula também cresce dá espaço aos dentes adicionais.
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