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A sociologia como passatempo individual

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Aluna: Mariana Alves de Almeida 
A Sociologia como passatempo individual
A sociologia não ocupa no imaginário popular um papel de grande destaque. Isso explica a escassez de piadas sobre sociólogos em relação a quantidade de piadas sobre psicólogos, por exemplo. No entanto, ainda assim, há inúmeras visões equívocas acerca do verdadeiro trabalho do sociólogo nos dias atuais.
Quando perguntados acerca do porque estudam sociologia, é comum os universitários responderem que escolheram esse ramo do conhecimento porque gostam de trabalhar com pessoas. Muitos desses desejam ainda engajar-se no campo da assistência social. Assim, pode-se concluir que o sociólogo é visto como uma pessoa participante de atividades cuja intenção é beneficiar indivíduos e a sociedade em si. 
No entanto, poucos sabem que na verdade não há apenas ações humanitárias dentro desse viés. Sociólogos podem ser participes também de órgãos empenhados no extermínio de comunidades inimigas. Um exemplo dessa implicação imoral dos estudos sociológicos é a relevância da criminologia (ramo da sociologia) tanto para a polícia quanto para os criminosos. É evidente que a policia emprega muito mais sociólogos dessa área do que os criminosos devido a falta de sofisticação científica da maioria dos malfeitores e claro, a ética dos profissionais da criminologia. 
Outra imagem do sociólogo é a de simples teórico do serviço social. O serviço social, independente de suas bases teóricas, representa uma ação na sociedade. A sociologia, no entanto, não configura uma ação, e sim uma tentativa de compreensão da sociedade. Dessa forma, segundo Max Weber, a sociologia é uma disciplina "isenta de valores". 
Além dessa, outra visão equivoca do sociólogo é a de reformador social. O sociólogo como árbitro de todos os ramos do conhecimento em prol da comunidade. Essa imagem é tão falsa quanto a do sociólogo como teórico do serviço social. A reforma social pode ter origem na aplicação de estudos sociológicos, mas o sociólogo em si é encarregado primariamente de procurar compreender a sociedade e não de promover mudanças nela. 
Há também quem acredite que o trabalho sociológico se resume à coleta de estatísticas comportamentais. Essa imagem reduz a sociologia à mera constatação formal de informações que todos já conheciam. Entretanto, a sociologia em si não é constituída simplesmente por dados estatísticos - a sociologia verdadeira é a interpretação por trás dessas estatísticas, ou seja, os números representam a matéria prima para os estudos sociológicos. 
Outra visão do sociólogo é a de um homem que busca uma metodologia cientifica aplicável ao comportamento humano. A competição por prestigio e empregos no ramo obriga cada vez mais os sociólogos a enquadrarem-se nesse perfil, no entanto, a sociologia, a medida que se firma melhor no meio acadêmico, espera-se que dê menos destaque a esse "metodismo". 
Finalmente, uma imagem do sociólogo relacionada não a sua função, mas a sua personalidade é a de que se trata de um observador impessoal e manipulador. No entanto, mais uma vez, trata-se de uma definição equivoca do que é verdadeiramente ser um sociólogo. Assim, o sociólogo pode ser descrito como uma pessoa encarregada de compreender a sociedade, mantendo suas descobertas dentro de rígidas regras de verificação, uma vez que a sociologia trata-se de uma ciência. E o sociólogo, por sua vez, como cientista, deve manter suas preferencias e preconceitos distantes de sua analise.
Em suma, a sociologia só será interessante para aqueles que gostam de observar os homens e compreender suas ações. Dessa forma, a sociologia configura um passatempo individual, a medida que algumas pessoas a amam e se divertem com ela enquanto outras se entediam. 
Eu, Mariana Alves de Almeida, autorizo a publicação deste trabalho por João Pedro Barretto no site Passei Direto (PD produtores).

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