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Distúrbios hemodinâmicos 1 Distúrbios hemodinâmicos Definição Alterações no fluxo sanguíneo normal no organismo. Distúrbios que acometem a irrigação sanguínea e o equilíbrio hídrico. INCLUI: EDEMAS E EFUSÕES HIPEREMIA E CONGESTÕES HEMOSTASIA, DISTÚRBIO HEMORRÁGICO, TROMBOSE EMBOLIA INFARTO CHOQUE CAMADAS DOS VASOS SANGUÍNEOS: Pressão hidrostática X oncótica FORÇAS DE STARLING → forças que impulsionam o fluxo de fluidos entre vasos e tecidos; pressão hidrostática e oncótica. PRESSÃO HIDROSTÁTICA → pressão que água faz; PRESSÃO ONCÓTICA → pressão que as proteínas fazem ao concentrar o meio. A diferença dessas pressões intersticiais e vasculares determina o sentido da passagem de líquido. O ideal é, primeiramente, a passagem de "líquido" do território arterial do leito capilar para os tecidos e, após irrigação, a passagem de líquido do interstício para o território venoso do leito capilar. Nem sempre o líquido que sai é o que volta, e o sistema linfático é responsável por captar esse líquido intersticial restante (para o ducto torácico e para a v. subclávia esquerda). Quando há distúrbio desse equilíbrio entre forças, há distúrbios hemodinâmicos. Distúrbios hemodinâmicos 2 ALTERAÇÃO HÍDRICA INTERSTICIAL → EDEMA OBSTRUÇÃO INTRAVASCULAR → EMBOLIA, TROMBOSE, ISQUEMIA, INFARTO ALTERAÇÃO DO VOLUME SANGUÍNEO → HIPERMIA, HEMORRAGIA, CHOQUE Edema/Efusão Nosso corpo é composto 70% de água - 2/3 intracelular e 1/3 extracelular (em 50% é intravascular). EDEMA → acúmulo de líquido no interstício do organismo. EFUSÃO → acúmulo de líquido em cavidades do organismo. Edema de cavidades = efusão. obs.: quando há edema generalizado = anasarca. obs.: sinal de cacife → identificação de edema. Ocorre por alteração de pressão hidrostática e/ou oncótica. CAUSAS: Aumento da pressão hidrostática sanguínea; Diminuição da pressão hidrostática intersticial; Diminuição da pressão coloidosmótica sanguínea; Aumento da pressão coloidosmótica intersticial; Aumento da permeabilidade capilar; Obstrução da drenagem linfática. Fisiopatologia do edema/efusão TRANSUDATO - líquido - não inflamatório: Aumento da pressão hidrostática → hipertensão, ICC, varizes Diminuição da pressão coloidosmótica → síndrome nefrótica, cirrose EXSUDATO - líquido + proteínas - inflamatório: Aumento da permeabilidade capilar → infecções, inflamação, neoplasias Obstrução da drenagem linfática → neoplasias, traumatismo Classificação do edema/efusão LOCALIZADO SISTÊMICO TRANSUDATO EXSUDATO EFUSÃO/EFUSÃO CAVIDADES = HIDRO + LOCAL (ex.: hidrotórax) EDEMA GENERALIZADO = ANASARCA → diminuição da pressão oncótica (ex.: desnutrição) Hiperemia Distúrbios hemodinâmicos 3 Aumento da quantidade de sangue (volume) em um tecido ou órgão. PODE SER: ATIVA/ARTERIAL → diminuição da pressão arterial e/ou diminunição da resistência pré-capilar = vasodilatação; tecido mais avermelhado; PASSIVA/VENOSA/CONGESTÃO → aumento da resistência pós-capilar = diminuição da drenagem venosa (pode ser por obstrução localizada/congestão ou redução do retorno venoso pulmonar ou sistêmico); tecido mais arroxeada/cianótica; insuficiência cardíaca; MISTA → inflamação (vasodilatação e aumento da permeabilidade vascular, com perda de proteínas e diminuição da pressão coloidosmótica). Ativa/arterial PODE SER: FISIOLÓGICA → transitória; tubo GI durante a digestão, m. esquelético durante exercícios físicos (estímulo metabólico), cérebro durante estudo, gl. mamária durante lactação, rubor facial após hiperestimulação psíquica (estimulação neurogênica); PATOLÓGICA → mais duradoura; injúria térmica (queimaduras ou congelamento), irradiações intensas, traumatismos, infecções, inflamação aguda (estímulos por mediadores químicos). Passiva/venosa/congestão PODE SER: LOCAL → obstrução ou compressão vascular, torção de vísceras (hiperemia passiva aguda), trombos venosos, compressão vascular por neoplasias, abscessos; SISTÊMICA → ICC, trombose, embolia pulmonar, lesões pulmonares extensas. Consequências hiperemia PASSIVA: EDEMA HEMORRAGIA TROMBOSE DEGENERAÇÃO, NECROSE, FIBROSE Hemorragia Saída de sangue do compartimento vascular ou das câmaras cardíacas para o meio externo, para o interstício ou para as cavidades pré-formadas. Classificação Distúrbios hemodinâmicos 4 QUANTO AO LOCAL: INTERNA EXTERNA QUANTO AO MEIO: ARTERIAL → saída intermitente, sangue vermelho brilhante; VENOSA → saída contínua, sangue vermelho escuro; CAPILAR → saída de sangue em pequena quantidade. EXTENSÃO DO SANGRAMENTO: Hemorragias puntiformes ou petéquias (até 3mm de diâmetro) Púrpura (até 1cm de diâmetro) Equimose (mancha azulada ou arroxeada) Hematoma (tumoração) Hemorragias em cavidades: Hemartro ou hemartrose → cavidade articular Hemopericárdio, hemotórax e hemoperitônio → respectivas cavidades serosas Hemossalpinge, hemoatométrio e hematocolpo → luz da tuba uterina, na cavidade uterina e na cavidade vaginal, respectivamente; Hemobilia → interior da vesícula biliar ou ductos biliares A exteriorização de hemorragias por orifícios corpóreos também recebe denominações específicas - epistaxe é a eliminação de sangue pelas narinas etc. Etiopatogênese CAUSAS: Alteração na integridade na parede vascular; Alterações dos mecanismos de coagulação sanguínea (aumento de anticoagulantes e/ou fibrinólise e/ou diminuição de fatores de coagulação), incluindo fatores plasmáticos e teciduais; Alterações qualitativas ou quantitativas das plaquetas (trombocitopenia - não forma tampão plaquetário e não contém hemorragia; neoplasia na MO, medicamentos, etc; trombocitopatia - não funciona bem); Mecanismos complexos e ainda mal definidos.
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