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Distúrbios Hemodinâmicos

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Distúrbios hemodinâmicos 
 
 
 
 
Ingrid Carvalho 
@dreamveterinary 
 
É um processo ativo resultante da dilatação arteriolar, 
levando a um aumento do fluxo sanguíneo. Os tecidos 
afetados tornam-se vermelhos (eritema) devido ao 
aumento no fornecimento de sangue oxigenado. 
Mecanismos: 
 
 Vasodilatação arteriolar 
 Diminuição da resistência pré-capilar 
 Expansão do leito vascular (os vasos de reserva se 
tornam funcionais). 
 
 
Hiperemia ativa fisiológica 
 
suprimento de oxigênio e nutrientes   demanda 
de trabalho 
 musculatura esquelética (exercícios musculares) 
 mucosa GI e glândulas do sist. Digestivo (digestão) 
 Rubor facial (emoção) 
 hiperemia ativa cutânea (glândulas sudoríparas) 
 encéfalo (trabalho mental) 
 
Hiperemia ativa patológica 
 
 Inflamações agudas 
 Reações de hipersensibilidade do tipo anafilático 
(alergia) 
 Injúria térmica 
 Agressão por radiação 
 Traumatismos 
Macroscopicamente: 
 
- Área afetada rósea ou avermelhada. 
– T° local. 
– Volume normal ou levemente aumentado. 
 
Microscopicamente: 
 
- Arteríolas, vênulas e capilares dilatados 
- Vasos repletos de sangue. 
-  número de capilares permeáveis. 
 
É o aumento do volume sanguíneo em um tecido decorre da 
redução da drenagem venosa, que provoca distensão das 
veias distais, vênulas e capilares; por isso mesmo, a 
região comprometida adquire coloração vermelho- escura 
(cianose) devido à alta concentração de hemoglobina 
desoxigenada. 
Mecanismos: 
 
 Obstrução intrínseca ou extrínseca de uma veia 
(compressão do vaso, trombose, torção de pedículo 
vascular). 
  retorno venoso (insuficiência cardíaca). 
 
Insuficiência cardíaca  do lado direito, em casos 
de estenose ou insuf. Mitral – (congestão pulmonar). Já do 
lado esquerdo – (congestão sistêmica). 
Congestão pulmonar  os capilares alveolares ficam 
dilatados e os septos tornam-se alargados por edema 
intersticial, os septos sofrem fibrose e ficam espessados. 
Com as microrrupturas dos capilares as hemácias passam 
para os alvéolos e ocorre a fagocitose pelos macrófagos 
alveolares  Células da insuficiência cardíaca. 
Congestão hepática  aguda ou crônica – 
(insuficiência cardíaca congestiva) menos comum por 
obstrução das veias hepáticas ou da veia cava inferior. 
 
 Congestão aguda o fígado aumenta de peso e volume 
tendo a cor azul-vinhosa, ao corte sai sangue das veias 
Distúrbios hemodinâmicos 
 
 
 
 
Ingrid Carvalho 
Pressão Intravascular 
Perfusão tecidual 
inadequada e hipóxia 
 
centrolobulares dilatadas. 
 Congestão crônica o órgão tem cor Vermelho-azulada, 
as regIões centrolobulares são deprImIdas e fIcam 
cIrcundadas por parênquIma hepátIco que as Vezes é 
amarelado. Em fase avançada (fIbrose cardíaca). 
Congestão do baço  Aguda – (insuficiência 
cardíaca), o órgão tem pouco aumento de volume, 
cianótico e repleto de sangue. crônica – (hipertensão), tem 
o aumento de volume (de forma acentuada, podendo pesar 
até 700g), endurecimento por fibrose e com focos de 
hemorragia recente ou antiga. 
Macroscopicamente: 
 
- Área ou órgão acometido encontra-se vermelho- 
azulado. 
– T° preservada ou diminuída. 
– Volume aumentado. 
 
Microscopicamente: 
 
- Arteríolas, Vênulas e capilares dilatados. 
– Vasos repletos de sangue. 
 
 
 
 
Congestão Crônica 
 
 
 
 
é o acúmulo anormal de liquido nos espaços intersticiais ou 
nas cavidades corporais. 
Líquido Intersticial – ele é o líquido que preenche os 
espaços que fica vazio entre as células e os capilares. 
Por ele ocorrem as trocas de plasmas e líquidos 
celulares. 
Tipos de liquido: 
 
 Transudato  pobre em proteínas. 
- Aspecto límpido (de cor transparente) 
– Baixa densidade 
– Não contém fibrinogênio (não coagula). 
 Exsudato  rico em proteínas. 
– Aspecto turvo (de cor opaca) 
- Alta densidade 
- Contém fibrinogênio (coagula) 
 
Macroscopicamente: 
 
- Úmido, gelatinoso e denso. 
- Levemente amarelado  (exsudação protéica). 
Microscopicamente: 
 
- Espaço tecidual fica distendido por líquidos 
proteináceos eosinofílicos. 
– Hiperemia (Vasos linfáticos dilatados) 
 
Aumento da Pressão Hidrostática 
 
Redução do retorno venoso: 
 Insuficiência cardíaca congestiva 
 Pericardite constritiva. 
 Ascite (cirrose hepática). 
 
Obstrução ou compressão venosa: 
 Trombose 
 Pressão externa (ex.: tumor) 
 Inatividade dos membros inferiores, pendentes por 
períodos prolongados. 
Edema e ruptura de capilares 
(hemorragias focais) 
Morte celular parenquimatoso e 
fibrose tecidual 
Distúrbios hemodinâmicos 
 
 
 
 
Ingrid Carvalho 
 
Dilatação arteriolar: 
 Calor 
 Desregulação neuro-humoral. 
 
Redução da Pressão Osmótica do 
Plasma (Hipoproteinemia) 
 
 Glomerulonefrite com perda de proteína (síndrome 
nefrótica). 
 Cirrose hepática (ascite) 
 Desnutrição 
 Gastroenteropatia com perda de proteínas. 
 
Obstrução Linfática 
 
 Inflamatória 
 Neoplásica 
 Pós-cirúrgica 
 Após irradiação 
 
Retenção de Sódio 
 
 Consumo excessivo de sódio com insuficiência renal 
 
Aumento da reabsorção tubular de sódio 
 Hipoperfusão renal. 
 Aumento da secreção de renina-angiotensina- 
aldosterona. 
Inflamação 
 
 Inflamação aguda 
 Inflamação crônica 
 Angiogênese 
 
Edema Local 
 
 Obstrução linfática – indícios de lesões nos Vasos 
linfáticos eferentes (ex.: Inflamação ou neoplasia). 
Edema Generalizado 
 
  da pressão hidrostática do sangue  (ex.: sist.. 
venoso da insuficiência cardíaca). 
  pressão osmótica coloidal das proteínas 
plasmáticas  (ex.: proteína albumina) 
 Em casos graves  anasarca 
Edema Pulmonar 
 
 Pulmões espumosos, pálidos e maciços  com 
suspeita de problemas circulatórios ou dano súbito 
difuso e direto ao leito capilar dos pulmões. 
Edema Nefrítico 
 
  da taxa de filtração glomerular + da excreção de 
água e sódio (hipertensão arterial) +  da pressão 
hidrostática do leito capilar  EDEMA. 
Edema Nefrótica 
 
  da excreção de sódio, aumentando a retenção de 
sódio e água,  da pressão hidrostática no leito capilar 
 EDEMA 
 Alteração da membrana de filtração + proteinúria + 
hipoalbuminemia + Redução da plasma +  pressão 
osmótica na extremidade venosa do leito capilar  
EDEMA 
Edema Cardíaco 
 
  do débito cardíaco (consequência da falência do 
miocárdio)  pressão venosa sistêmica  no volume 
arterial, e com isso temos o acúmulo de água e sódio 
porém a pressão hidrostática continua na extremidade 
venosa do capilar dificultando o retorno do líquido 
intersticial para o capilar  EDEMA 
Efusão 
 
 É o extravasamento (saída) de líquido para o tecido. 
 
Acúmulo de líquido edematoso nas principais 
cavidades corpóreas: 
 
Hidroperitônio (ascite) – é o acúmulo de líquido 
na cavidade abdominal 
(A ascite é comum em casos de insuficiência 
cardíaca crônica) 
Distúrbios hemodinâmicos 
 
 
 
 
Ingrid Carvalho 
1 
2 
 
Hidrotórax – é o acúmulo de líquido na cavidade pleural (tórax) 
– (derrame pleural com transudato). 
Hidropericárdio – é o acúmulo de líquIdo no pericárdIo. 
 
Tipos importantes de Edema: 
 
Inflamatório  é o dano endotelial  permeabilidade 
capilar. Transudato se converte em exsudato! 
(ex.: queImaduras, traumatIsmo, cIrurgIa e Infecção). 
Não-inflamatório  é o deslocamento de líquidos 
para os espaços teciduais em função de alterações nas 
pressões osmótica coloidal e hidrostática. 
 
 
É a saída de sangue devido a ruptura de vasos 
sanguíneos. 
A hemorragia pode ser de origem: 
 Venosa  Arterial  Capilar  Cardíaca 
 
Ela pode ser: 
Recente - hemácias íntegras nos cortes histológicos. 
Antiga - hemólise e hemossiderina presentes. 
 
A hemorragia é decorrente de: 
 Traumatismo – ruptura/laceração dos vasos 
sanguíneos e do escape/extravasamento de sangue 
total. 
 ToxIna bacteriana – são os vírus vasculotrópicos e 
isquemia. 
O grau de gravidadepode ser: 
Crônica – anemia. 
Aguda – choque hipovolêmico. 
 
Quanto à relação com o organismo: 
 Petéquias  possui o tamanho minúsculo, indica 
defeitos qualitativos ou quantitativos de plaquetas, 
atingi a pele, mucosas e serosas, sua presença pode 
indicar um processo generalizado e grave. Há casos 
que podem ocorrer: 
- Destruição do endotélio  Por toxinas bacterianas. 
- Replicação do vírus no endotélio vascular  Por 
doenças virais. 
 
 
 Causas Exemplo clínico 
 - Cardiopatia congestiva 
 
 na pressão 
hidrostática 
– Pericardite/miocardite 
– Hepatopatia grave 
 - Desnutrição 
Sistêmico 
 
 na pressão 
osmótica do plasma 
- Gastroenterite 
- Glomerulonefropatia 
 - Redução na perfusão 
 
 na pressão 
osmótica do líquido 
intersticial 
renal. 
– Incremento na 
reabsorção tubular 
 relacionado à 
 retenção de sódio 
 - Neoplasia 
 
Obstrução linfática 
– Formação cicatricial 
– Inflamatória 
 - Malformações 
Local 
 Congênitas 
 
Obstrução linfática 
 
- Traumatismo 
 (Dano à drenagem 
 venosa) 
 
Distúrbios hemodinâmicos 
 
 
 
 
Ingrid Carvalho 
 
Púrpura  São maiores que as petéquias, são 
associadas a distúrbios dos mecanismos de coagulação 
que permite o escape mais amplo do sangue por falha 
de bloqueio do vaso lesado. 
 
 
 
Equimoses  hemorragia que aparece como mancha 
azulada ou arroxeada, mais extensa que a púrpura e que 
pode provocar aumento discreto de volume local. 
frequentes em traumatismos . 
 
 
 Hematomas  hemorragia em que o sangue se 
acumula formando uma tumoração. frequente após 
traumatismos. 
 
 
A hemorragia pode ser de forma: 
Interna ou externa  Em ambos o casos não 
a presença de sangue (exsanguinação). 
– Acúmulo de sangue na cavidade torácica, no espaço 
pericárdico, ou no espaço peritoneal (cavidade 
abdominal)  Hemotórax, hemopericárdio, ou 
hemoperitônio. 
Hemorragia de superfícies  ocorre em massas 
teciduais anormais que se projetam em direção aos 
lúmens ou em superfícies facilmente traumatizadas por 
rupturas de vasos sanguíneos já fragilizados. 
Características: 
As hemorragias são rapidamente reabsorvidas. o 
sangramento na pele produz uma mancha equimótica 
vermelha, que logo passa para um tom mais escura e 
depois púrpura (roxeado), desbotando para amarelo- 
acastanhado, e vai desaparecendo em 2-3 semanas. 
 
É a síndrome resultante de uma desproporção entre o 
volume do sangue e o volume do sistema circulatório que 
precisa ser preenchido, ou seja, esta relacionado ao 
colapso generalizado agudo do leito capilar. 
– Perda de sangue 
– Redução do débIto cardíaco 
- Perda do controle do vasomotor periférico 
 
Tipos de choque: 
 Hipovolêmico  é causado pela perda de volume 
sanguíneo. hemorragias graves (choque hemorrágico). 
- Queimaduras extensas - intoxicação por diuréticos. 
- Diarreias e vômitos intensos. 
 Hemorrágico  é causado pela perda maciça de 
sangue total durante a hemorragia. 
 Cardiogênico  é causado pela insuficiência de 
irrigação sanguínea (perfusão), já que o coração não 
consegue bombear o sangue com eficiência. 
 Neurogênico  é causado pelo aumento acentuado 
da capacitância vascular (volume circulante não é 
Distúrbios hemodinâmicos 
 
 
 
 
Ingrid Carvalho 
 
suficiente para preencher o sistema circulatório) ou por 
depressão do sistema nervoso central (ex.: anestesia geral 
profunda - depressão do centro vasomotor), (anestesia 
espinal (bloqueio das descargas simpáticas) e por (lesão 
dos neurônios vasomotores no tronco cerebral) 
 Anafilático  ocorre devido a um colapso circulatório que 
acompanha a ligação de antígenos a anticorpos ligados às 
células, a partir disso ocorre a liberação intravascular 
maciça de histamina, que vai induzir o aumento na 
dilatação arteriolar e venosa. 
 Choque associado à inflamação sistêmica  pode ser 
acionado por diferentes tipos de agressão, especialmente 
infecções microbianas, queimaduras, trauma e pancreatite. 
 Séptico (exotóxico)  é causado pela resposta 
do organismo a uma infecção sistêmica 
 Cardíaco  ocorre devido a queda inesperado no 
débito cardíaco que vem acompanhado de amplo e súbito 
dano ao coração. 
Sinais clínicos: 
- Apresenta letárgia (inconsciente) 
– Sem estímulos externos 
– Fraqueza muscular 
- Temperatura corpórea tende a ficar subnormal 
– Pele pálida e fria 
– Frequência cardíaca elevada, mas pode esta lenta e 
irregular. 
Fases do choque: 
 Fase não-progressiva inicial  mecanismos 
compensatórios ativados, a perfusão para os órgãos é 
mantida. 
 Fase progressiva:  hipoperfusão tecidual e início 
de desequílibrios circulatórios e metabólicos crescentes, 
incluindo acidose. 
 Fase irreversível  lesão celular e tecidual intensa.

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