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Gabriela Sensi Santhiago TXIX Medicina Universidade Positivo Alterações Circulatórias o o funcionamento adequado do corpo humano necessita do bom aporte sanguíneo para os tecidos o problemas em qualquer desses componentes podem gerar diversos distúrbios hemodinâmicos o distúrbios hemodinâmicos: são distúrbios que afetam de alguma maneira, a circulação sanguínea do indivíduo, levando a um quadro patogênico o exemplos: hiperemia, congestão, edema, hemorragia, hemostasia, trombose, embolia, isquemia, infarto e choque Hiperemia e Congestão o aumento local do volume sanguíneo o consequência da dilatação arteriolar 1. TGI durante a digestão 2. musculatura esquelética durante exercícios 3. glândula mamária durante a lactação 4. corpos cavernosos durante a excitação 5. injúria térmica (queimaduras e congelamentos) 6. irradiações intensas, traumatismos e infecções 7. inflamações agudas 8. varizes hiperemia o processo ativo o resultante da dilatação das artérias e aumento da oferta sanguínea o ocorre em locais de inflamação ou no músculo esquelético em exercício o forma-se eritema congestão o processo passivo o resultante do comprometimento da circulação venosa de um tecido e redução da oferta sanguínea o pode ocorrer sistemicamente (insuficiência cardíaca) ou localmente (obstrução venosa isolada) o forma-se cianose/edema Edema o resultado do movimento de fluido da vasculatura para dentro do espaço intersticial o aumento da quantidade de líquido intersticial dos tecidos ou das cavidades orgânicas o esse fluido pode ser: transudato (pobre em proteínas) e exsudato (rico em proteínas) principais causas 1. pressão hidrostática aumentada a. retorno venoso comprometido: o insuficiência cardíaca congestiva o pericardite constritiva o ascite (cirrose hepática) o obstrução ou compressão venosa o trombose o pressão externa (exemplo: venosa) o inatividade da extremidade inferior com dependência prolongada b. dilatação arteriolar: o calor o desregulação neuro-humoral 2. pressão osmótica plasmática reduzida: o glomerulopatias perdedoras de proteína (síndrome nefrótica) o cirrose hepática (ascite) o desnutrição o gastroenteropatia perdedora de proteína 3. obstrução linfática: o inflamatória o neoplásica o pós-cirúrgica o pós-irradiação 4. retenção de sódio: o ingestão excessiva de sal com insuficiência renal o reabsorção tubular aumentada de sódio o hipoperfusão renal o secreção aumentada de renina-angiotensina- aldosterona o inflamatória o neoplásica o pós-cirúrgica o pós-irradiação 5. inflamação: o inflamação aguda o inflamação crônica o angiogênese principais tipos o subcutâneo o periorbital Gabriela Sensi Santhiago TXIX Medicina Universidade Positivo o pulmonar o cerebral nomenclatura o tórax = hidrotórax o abdômen = hidroperitônio/ascite o bolsa escrotal = hidrocele o saco pericárdio = hidropericárdio o anasarca = edema generalizado Hemorragia o extravasamento de sangue de dentro do capilar para fora dele o ocorre devido a lesões aos vasos sanguíneos ou à formação defeituosa do coágulo o externa ou interna (acúmulo dentro do tecido) exemplos o hemopericárdio = saco pericárdico o hemoperitôneo = cavidade peritoneal o hemotórax = cavidade pleural denominações o petéquias: hemorragias puntiformes – leucemia, púrpura, perda citopenica idiopática ou trombótica o equimoses: maiores que 1 cm o púrpura: com até 1 cm Hemostasia o hemostasia normal: compreende uma série de processos regulados envolvendo plaquetas, fatores de coagulação e o endotélio – formação de um tampão fibrinoplaquetário que limita o sangramento de um vaso lesado o contraparte patológica da hemostasia = trombose trombose o processo de solidificação do sangue no leito vascular ou no interior das câmaras cardíacas em um individuo vivo COÁGULO TROMBO brilhante úmido elástico forma livre não aderido fosco consistência friável inelástico tamanhos variados aderido indivíduos vivos Patogênese da Trombose o processos: coagulação sanguínea e atividade plaquetária o componentes: lesão endotelial, alteração do fluxo sanguíneo e alteração na coagulabilidade do sangue o tríade de Virchow: fluxo sanguíneo anormal, lesão endotelial e hipercoagulabilidade 1. lesão endotelial: o agressões à parede endotelial estimula ação pró- coagulante – agentes físicos, químicos ou biológicos o estes agentes podem provocar: - aumento na síntese de fatores da coagulação - fatores ativadores de plaquetas - redução na capacidade anticoagulante - perda na integridade do revestimento vascular 2. alteração do fluxo sanguíneo: o alteração na velocidade o sangue (aumento ou redução) e turbulência no fluxo são fatores na gênese de trombos o a estase (redução do fluxo) ocasiona: - desagregação do fluxo laminar: ativação do endotélio e agregação de plaquetas - concentração dos fatores da coagulação: também há redução na chegada de fatores anticoagulantes - impacto mecânico da retenção sanguínea: desnudamento da camada intima e ativação plaquetária 3. alteração na coagulabilidade do sangue: o condições que favorecem: - policitemia vera - distúrbios hereditários (exemplo: fator V de Leiden) - queimaduras graves - traumatismos graves - fases finais da gestação - insuficiência cardíaca - câncer disseminado Destino do Trombo o resolução completa = trombo é reabsorvido o fragmentação = solta pequenos fragmentos formando êmbolos o cicatrização = organização com incorporação à parede do vaso o recanalização: fica retido em um canto do vaso e se readapta à passagem por ele Embolia o êmbolo = massa intravascular solta, de natureza sólida, líquida ou gasosa, que é transportada pelo sangue até uma região distante do seu ponto de origem Gabriela Sensi Santhiago TXIX Medicina Universidade Positivo tromboembolismo 1. sistêmico: o resulta de êmbolos da circulação arterial o principalmente de trombos murais cardíacos que acabam obstruindo principalmente extremidades inferiores e o SNC o pode levar a oclusão parcial ou total da luz vascular, isquemia tecidual e infarto 2. pulmonar: o originados de veias grandes e profundas do MMII o quando há comprometimento de mais de 60% da circulação pulmonar pode ocorrer: hipóxia, hipotensão, IC direita, choque e morte súbita embolismo gorduroso o presença de gotículas de lipídeos na circulação Causas o fraturas de ossos longos o traumatismo intenso o infusão de substâncias oleosas na corrente sanguínea o lise de hepatócitos com estresse Possíveis Sintomas o taquipneia e dispneia o taquicardia o distúrbios neurológicos o trombocitopenia o lesão endotelial o aumento da permeabilidade vascular o CID (coagulação intravascular disseminada) CID Formação de microtrombos em capilares, arteríolas e vênulas. Fatores predisponentes: agentes infecciosos (septicemia – endotoxinas), vírus com tropismo pelos endotélios, complexo antígeno-anticorpo, toxinas/venenos, neoplasias malignas. EMBOLIA DE LÍQUIDO AMNIÓTICO o incomum o ruptura de membranas da placenta e veias uterinas o entrada de liquido amniótico na circulação durante trabalho de parto o liberação de substâncias trombogênicas do liquido amniótico o CID embolia gasosa o presença de bolhas de gás que obstruem vasos sanguíneos causando lesão isquêmica 1. venosa: o grande quantidade de ar penetra rapidamente pela veia o punções, cirurgias, pneumotórax, parto, sistemas de infusão 2. arterial: o passam para a circulação arterial através dos capilares pulmonares o mudanças bruscas de pressão – expansão dos gases sanguíneos o obstruem capilares o promovem formação de fibrina e agregação plaquetária doença de descompressão o alterações bruscasna pressão atmosférica o ar inalado sob altas pressões propicia a dissolução do nitrogênio do sangue o descompressão súbita expande o nitrogênio nos tecidos formando êmbolos gasosos o isquemia tecidual Isquemia o redução ou falta de suprimento sanguíneo em determinado órgão ou estrutura o depende de grau de obstrução o se instala toda vez que a oferta de sangue é menor que a necessidade do órgão em questão 1. obstrução de pelo menos 70% da luz vascular: o causa mais frequente e mais importante o obstruções anatômicas: compressão por tumor, hematoma, decúbito espessamento da parede arterial (aterosclerose), trombos, coágulos 2. diminuição da pressão entre artérias e veias: o estados de choque por redução da pressão arterial o reduz o fluxo sanguíneo nos capilares 3. aumento da viscosidade sanguínea: o diminui o fluxo especialmente na microcirculação (desidratação) 4. aumento da demanda: o geralmente sozinha não causa isquemia o quando associado a outros das causas acima torna-se importante Infarto o áreas de necrose isquemia causada, normalmente, por oclusão arterial (tipicamente por trombose ou embolização) o as consequências dependem da extensão do infarto e do órgão acometido Classificação o infartos vermelhos o infartos brancos o infartos sépticos Variam De o insignificantes = infarto esplênico o gravíssimos = infartos no miocárdio, nos pulmões, nas alças intestinais e no cérebro o em geral, há dor local ou irradiante, febre, aumento na velocidade de hemossedimentação e de enzimas Choque o falência circulatória caracterizada por queda abrupta da pressão arterial, hipoperfusão generalizada de tecido e órgãos e hipóxia celular Gabriela Sensi Santhiago TXIX Medicina Universidade Positivo choque cardiogênico o coração incapaz de bombear adequadamente o sangue o destruição extensão do miocárdio (40%) o debito cardíaco bastante reduzido choque hipovolêmico o perda súbita de grandes quantidades de líquidos o hemorragia, desidratação choque séptico o provocado por bactérias gram-negativas produtoras de endotoxinas o ativação generalizada de leucócitos – síndrome da resposta inflamatória sistêmica o liberação de No, II-2 e TNF-𝛼 – vasodilatação e diminuição da força contrátil cardíaca choque anafilático o reação antígeno-anticorpo mediada por IgE/mastócito o liberação de substâncias que provocam dilatação de vasos na microcirculação o queda da pressão arterial e retorno venoso choque neurogênico o desregulação neurogênico (hemorragia/traumatismo) o redução do tônus de artérias e veias o diminuição do retorno venoso do coração EVOLUÇÃO DO CHOQUE 1. forma hiperdinâmica: o encontrada no início do choque quando não há transtorno na macro- circulação o há taquicardia e retenção de líquidos pelos rins 2. forma hipodinâmica: Fase Compensada o queda da pressão arterial pela redução da volemia o adrenalina - vasoconstrição periférica (diminuição do fluxo sanguíneo) o aumento da reabsorção de água - edema o aumento do metabolismo anaeróbio e queda do pH sanguíneo Fase Descompensada o intensidade e duração da acidose são importantes no prognóstico o acidose paralisa a musculatura dos vasos arteriais o hipovolemia se agrava e viscosidade sanguínea aumenta o hipoperfusão - falência múltipla de órgãos Fases 1. fase não progressiva: o taquicardia o vasoconstrição periférica o manutenção de líquidos nos rins 2. fase progressiva: o instaura-se um quadro de hipóxia nos tecidos o leva a diminuição do efeito de vasoconstrição na microcirculação devido ao acúmulo de ácido lático o leva ao maior débito cardíaco e à parado do sangue nos pequenos vasos – debito da função renal já se faz presente 3. fase irreversível: o os tecidos atingem um grau de degeneração e morte celular
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