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Tutoria - insuficiência cardíaca

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Tutoria 1.3 – 2º semestre: insuficiência cardíaca
1) Caracterizar a insuficiência cardíaca (classificação, fatores de risco, sintomas, diagnóstico, causas) 
caracterizada pela incapacidade do coração de atuar adequadamente como bomba, quer seja por déficit de contração e/ou de relaxamento, comprometendo o funcionamento do organismo, e quando não tratada adequadamente, reduzindo a qualidade de vida e a sobrevida.
Deficiência entre a demanda tecidual e a suficiência cardíaca;
· Framingham Study, um dos maiores coortes já realizados na cardiologia, estima que a epidemiologia da IC como 8 casos por 1000 homens entre 50 e 59 anos, chegando a 66 por 1000 entre homens e 79 por mil mulheres dos 80 aos 89 anos;
· Maior prevalência na população negra do que na branca;
Sistólica – déficit na contração e ejeção do sangue – IMAGEM: eco; Raio x (derrame pleural oucardiomegalia; ECG, BNP
Critérios de Framingham: critérios clínicos exceto apenas pela cardiomegalia ao Raio x de tórax; 
Com 1 critério maior e 2 critérios menores ou 2 critérios maiores é possível diagnosticar IC.
Perfis: 
· A – quente e seco – boa perfusão e sem congestão – medidas convencionais – Alvo terapêutivo
· B – quente e úmido – algum nível de congestão – diuréticos e vasodilatadores – mais comum
· L – Frio e seco – má perfusão – hidratação cautelosa – mais raro
· C – frio e úmido – má perfusão e congestão – inotrópicos; diuréticos; medidas aux – mais letal;
Sintomas: Esquerda (pulmonar) – falência do VE; - dispneia aos esforços; tosse noturna; creptos pulmonares
Direita (sistêmica) – falência do VD; edema (perda de peso), estase de jugulares, refluxo hepato-jugular, hepatomegalia
· Classe funcional: extra-habituais, habituais, mínimos esforços, repouso;
Diástolica – déficit de enchimento e relaxamento nas fibras cardíacas
Alteração de ventrículo: estrutural ou funcional;
Tipos
Pode ser considerada sistólica, quando existe déficit de contração e/ou diastólica, na presença de alteração de relaxamento das câmaras cardíacas, além disso, pode acometer os ventrículos esquerdo e/ou direito.
Causas
A insuficiência cardíaca é considerada a via final comum das agressões sobre o coração e neste contexto, os fatores de risco cardiovasculares estão diretamente relacionados quer seja de forma independente, como a hipertensão arterial ou em conjunto (diabetes, hipertensão arterial, tabagismo, dislipidemia, sedentarismo) culminando no desenvolvimento da doença arterial coronariana que pode levar ao infarto agudo do miocárdio ou diminuição da performance do coração por déficit crônico de perfusão do músculo cardíaco. 
Outras causas incluem doenças que acometem as válvulas cardíacas (degenerativas ou inflamatórias, como a doença reumática), doenças congênitas, etilismo, doenças genéticas, auto-imunes, inflamatórias (periparto), por toxicidade (tratamento de câncer, anorexígenos e simpatomiméticos) e também infecciosas (mais comumente virais ou mediada por parasitas, como o Trypanossoma cruzi, responsável pelo desenvolvimento da doença de Chagas).  
Pela incapacidade do coração em se contrair e/ou relaxar adequadamente, existe um acúmulo progressivo de sangue nos pulmões, levando a intolerância ao exercício, falta de ar ao deitar, fraqueza, astenia, tosse seca e também, devido ao acúmulo de sangue no organismo como um todo, inchaço nas pernas e abdome.
· Envelhecimento da população e hábitos de vida sedentários; aumento da prevalência de doenças como HAS, diabetes, obesidade, principalmente em idosos; 
Diagnóstico
O diagnóstico da insuficiência cardíaca é clínico, através da história contada pelo paciente de intolerância aos esforços, falta de ar ao deitar e inchaço nos membros inferiores ou abdome, aliado aos achados do exame físico de acúmulo de sangue nos pulmões e no organismo como um todo.
O exame que confirma a insuficiência cardíaca é o ecocardiograma e substâncias produzidas pelo coração insuficiente também podem auxiliar no diagnóstico, como o peptídeo natriurético tipo B, conhecido como BNP. Parte fundamental do diagnóstico é tentar estabelecer a causa, uma vez que pode implicar em tratamentos específicos.
Por se tratar de uma doença que leva a acúmulo de líquido nos pulmões e no organismo como um todo, o uso de diuréticos e orientação de restrição de ingesta de sal e líquidos para os pacientes sintomáticos é parte fundamental para alívio dos sintomas. 
Nos pacientes compensados em relação ao acúmulo de líquido, a atividade física orientada deve ser estimulada e melhora a qualidade de vida e tolerância ao exercício. 
Atualmente existe uma série de classes de medicamentos que atuam em mecanismos que podem amplificar a lesão do coração e quando utilizados de forma combinada, podem estabilizar ou até mesmo reverter a disfunção cardíaca, melhorando a qualidade de vida e também a sobrevida. 
Destacamos dentre eles os betabloqueadores (carvedilol, succinato de metoprolol ou bisoprolol), antagonistas do sistema renina-angiotensina-aldosterona (captopril, enalapril, losartan, valsartan, entre outros), os antagonistas mineralocorticoides (espironolactona, eplerenona) e mais recentemente um uma combinação de antagonista da angiotensina e inibidor da neprilisina (valsartan / sacubitril). 
Em casos específicos podem ser considerados o uso de marcapasso biventricular que auxilia na ressincronização da contração das câmaras cardíacas e o cardiodesfibrilador implantável, reduzindo o risco de morte súbita (por arritmia). 
Outros procedimentos cirúrgicos podem ser considerados, em especial a correção de cardiopatias congênitas, revascularização miocárdica na presença de doença arterial coronariana obstrutiva e as trocas valvares em situações de comprometimento das válvulas cardíacas.  
Para os pacientes refratários ao tratamento clínico, o transplante cardíaco é uma excelente opção para melhorar de qualidade de vida e sobrevida. 
Além disso, os dispositivos de assistência circulatória mecânica (ventrículos artificiais) podem auxiliar a manter o paciente estável após uma lesão aguda do coração com potencial de recuperação (ponte para recuperação pós- infarto ou miocardite), manter o paciente até a realização de um transplante (ponte para o transplante) ou até mesmo na contra-indicação ao transplante (terapia de destino).
· Eletro: auxilia a detecção de sinais de sobrecarga de câmaras, bloqueios ou atrasos da condução de estímulo elétrico podem ser avaliados, alterações da repolarização ventricular e até mesmo arritmias cardíacas;
· Radiografia de tórax: Mostra índice cardiotorácito; avalia sinais de congestão pulmonar; detecção de cisurites pelo acúmulo de líquido nas cisuras pulmonares e permite a visualização de derrames pleurais;
· ECO: permite avaliar a dimensão das câmaras cardíacas, presença de valvopatias associadas;
· BNP (pectídeo natriurético cerebral) e NT-proBNP: com a dilatação das câmaras cardíacas, há estímulo à produção do BNP e ANP (peptídeo natriurético cerebral e atrial, respectivamente) no intuito de aumentar a excreção de sódio e água e assim reduzir a pré-carga; Assim, o BNP é útil para diagnosticar pacientes que se apresentam com quadros de dispneia e tosse seca.
· 
Prevenção
· Tratamento adequado da hipertensão arterial, diabetes, dislipidemia, tabagismo, sedentarismo. 
· Melhoria das condições higiênicas e de moradia (visando minimizar a doença reumática e doença de Chagas)
· Redução da ingestão de álcool
· Acompanhamento de familiares de pacientes com insuficiência cardíaca de causa indeterminada, bem como de pacientes que utilizam certos quimioterápicos.
Incidência
A insuficiência cardíaca acomete qualquer faixa etária e estima-se sua prevalência em 1 a 2% da população, além disso, por se tratar da via final comum de agressões sobre o coração, incide de forma progressiva com o aumento da idade, sendo que após os 70 anos, mais de 10% da população é acometida; após os 55 anos, existe um risco de aproximadamente 30% de desenvolvimento da insuficiência cardíaca.
Tratamento
· Focado no alívio de sintomas,sendo que alguns medicamentos podem diminuir o fenômeno de remodelamento cardíaco;
· A terapêutica busca melhorar a função sistólica ventricular, aliviar os sintomas, regular as alterações neuro-humorais da insuficiência cardíaca, reduzir o fenômeno de remodelamento ventricular, minimizar complicações como trombo-embolismo e arritmias;
2) Entender o funcionamento do eletrocardiograma e seus parâmetros. 
· é um exame básico e inicial para avaliação da saúde cardiovascular e apontar para algumas anormalidades cardíacas. Este exame também é solicitado pelo cardiologista para acompanhar a melhora ou piora de algumas doenças, e também, se medicamentos para arritmia ou marca-passos estão sendo eficazes.
· avalia a atividade elétrica do coração por meio de eletrodos fixados na pele. Através desse exame, é possível detectar o ritmo do coração e o número de batimentos por minuto.
A partir disso, pode-se diagnosticar a existência de vários problemas cardíacos. Como por exemplo:
· Irregularidades no ritmo cardíaco (arritmia), seja por um coração acelerado (taquicardia), devagar (bradicardia) ou fora do ritmo;
· Aumento de cavidades cardíacas;
· Patologias coronarianas;
· Infarto do miocárdio;
· Distúrbios na condução elétrica do órgão;
· Problemas nas válvulas do coração;
· Pericardite - Inflamação da membrana que envolve o coração;
· Hipertrofia das câmaras cardíacas - átrios e ventrículos;
· Doenças que isolam o coração - derrame pericárdico ou pneumotórax;
· Infarto em situações emergenciais;
· Doenças genéticas;
· Doenças transmissíveis (Doença de Chagas)
O eletrocardiograma também pode ser usado para verificar a saúde do coração quando outras doenças ou condições estão presentes, tais como:
· Pressão alta ou hipertensão;
· Colesterol alto;
· Tabagismo;
· Diabetes;
· Histórico familiar de doença cardíaca precoce.
Além disso, o exame também pode monitorar se dispositivos mecânicos implantados no coração estão funcionando, tais como marca-passos, e se o uso de determinados medicamentos está causando efeitos colaterais no coração.
Esse exame também é comumente solicitado na avaliação pré-operatória.,
Os impulsos elétricos do coração são registrados em um pedaço de papel. Para a realização do ECG, o paciente fica deitado numa maca em repouso por 5 minutos antes do procedimento, para que o resultado não sofra influência de fatores externos, tais como atividades físicas ou uso de cigarros e de preferência que o paciente esteja em jejum.
Em seguida, são colocados os eletrodos na parede torácica anterior (região frontal do peito), nos punhos e tornozelos, e aplica-se um gel sobre esses dispositivos para facilitar a medição da corrente elétrica. A pele deve estar bem limpa e desengordurada nos locais de fixação dos eletrodos. Se o corpo do paciente tiver muitos pelos, a depilação deve ser feita e se a pele for especialmente oleosa deve ser promovida uma limpeza local com álcool. O eletrocardiógrafo é ligado e conectado aos eletrodos por meio de fios que irão registrar a atividade elétrica do coração. Após o exame, o aparelho fará a impressão de 12 visões distintas do órgão.
CONTRA-INDICAÇÕES 
Apesar de não haver contra-indicações, o resultado do exame pode não ser confiável em caso de pessoas que não conseguem ficar paradas, como por tremores ou Parkinson, por exemplo. De maneira geral, qualquer pessoa pode realizar o exame, incluindo gestantes ou lactantes.
Tempo de duração
O eletrocardiograma geralmente leva de 5 a 10 minutos para ser concluído.
RESULTADOS DO ELETROCARDIOGRAMA CONVENCIONAL
Se os resultados detectarem qualquer problema com os batimentos cardíacos, pode ser necessário repetir o ECG ou fazer outros exames, como um ecocardiograma, holter ou exames mais complexos. Porém, um resultado normal não exclui a presença de doenças cardíacas. Por isso a importância da avaliação geral com um médico.
· RESULTADOS NORMAIS DO ELETROCARDIOGRAMA
O coração bate em um ritmo regular, geralmente entre 60 e 100 batidas por minutos (bpm); ou o traço parece normal.
· RESULTADOS ANORMAIS
O coração bate muito lentamente (abaixo de 60 bpm); O coração bate muito rápido (acima de 100 bpm), o ritmo cardíaco não é regular e o traço não parece normal.
Resultados normais
· Ritmo sinusal, frequência cardíaca de 71 batimentos por minuto.
· Eixo de ativação elétrica ventricular aproximado de 60º.
· Intervalo PR de 0,16 segundos, intervalo QT de 0,38 segundos.
· Ausência de arritmias, sobrecargas ou isquemias agudas importantes.
Conclusão: Exame dentro dos limites da normalidade.
Outras situações como:
1. Bloqueio divisional ântero-superior esquerdo do feixe de His.
2. Distúrbio de condução pelo ramo direito do feixe de His.
3. Distúrbio de condução pelo ramo esquerdo do feixe de His de grau leve.
4. Bloqueio atrio-ventricular de primeiro grau.
5. Extra-sístoles ventriculares isoladas.
6. Extra-sístoles supraventriculares isoladas.
7. Bradicardia sinusal.
8. Taquicardia sinusal.
Nos casos acima, um paciente pode ser considerado normal se não existir nenhuma outra anormalidade nos exames de investigação complementar.
Resultados anormais a saber como é feito o ECG
· Ritmo sinusal, frequência cardíaca de 66 batimentos por minuto.
· Eixo de ativação elétrica ventricular aproximado de 60º.
· Intervalo PR de 0,16 segundos, intervalo QT de 0,38 segundos.
· Presença de Corrente de lesão em parede ântero-septal, infarto agudo em evolução.
· Sugiro encaminhar urgente para um Cardiologista.
Veja que no caso descrito acima o paciente está infartando e necessita de tratamento urgente.
Outros exemplos de resultados anormais:
1. Bloqueio atrio-ventricular de segundo e terceiro graus.
2. Presença de zona inativa inferior.
3. Presença de fibrilação atrial controlada.
4. Taquicardia sinusal.
5. Sobrecarga de ventrículo esquerdo.
6. Fibrilação atrial de alta resposta ventricular.
7. Taquicardia supra-ventricular.
8. Flutter atrial.
9. Sobrecarga de átrio esquerdo.
10. Sobrecarga de ventrículo direito.
11. Sobrecarga bi-ventricular.
12. Wolf-Parkinson-White.
13. Long-Ganong-Levine.
Meu eletrocardiograma mostrou alterações e agora?
O laudo do eletrocardiograma vem descrito de uma forma técnica onde traz uma rotina descrita pelo Cardiologista que explica sobre 11 possibilidades distintas:
1. O ritmo cardíaco.
2. Intervalos dentro da atividade elétrica cardíaca.
3. Bloqueios de ramo direito ou esquerdo do feixe de His.
4. Distúrbios de condução intracardíacos.
5. Sobrecarga de cavidades como átrios e ventrículos.
6. Funcionamento de um marcapasso.
7. Avaliação de atividade de dispositivos implantáveis como desfibriladores.
8. Gravidade de uma pericardite.
9. Disritmias nas miocardites.
10. Isquemia miocárdica, que representa falta de irrigação sanguínea.
11. Infarto do miocárdio antigo não diagnosticado.
Vale ressaltar que as mesmas alterações encontradas numa pessoa normal, mas presentes em um paciente com pressão alta, colesterol elevado, diabetes, doença numa válvula cardíaca é considerada uma evolução ruim.
· Eletrodos: no ECG mais comum são utilizados 10; 4 eletrodos periféricos fixados nos braços e tornozelos do paciente; e 6 (precordiais) posicionais no tórax; juntos eles registram 12 ângulos diferentes, ou 12 derivações;
· Eixo vertical – voltagem; eixo horizontal – duração, medida em segundos
· Pode ser acelerado, atrasado ou normal;
· Cada batimento possui uma onda P, um complexo QRS, uma onda T
· Ausência da onda P indica arritm.ia chamada de fibrilação atrial; tal onda mostra a contração dos átrios
· Complexo QRS registra a contração dos ventrículos
· Uma onda P normal é arredondada e suave, durando menos de 0,10 segundo (2,5 mm) e tem voltagem máxima de 0,25 mV. No ritmo sinusal, o intervalo entre a onda P e a onda R dura entre 0,12 e 0,20 segundo, evidenciando que o impulso elétrico está seguindo a trajetória normal.
· Composto por três ondas, uma positiva (R) e duas negativas (Q e S), o complexo QRS dura de 0,06 a 0,10 segundo. A onda Q costuma ter menos de 0,04 segundo de duração e 2 mm de profundidade, já que é sempre negativa. A ondaT aparece após o complexo QRS, indicando a repolarização dos ventrículos. Assimétrica, a onda T normal tem amplitude máxima inferior a 15 mm nas derivações precordiais, é menor que 5 mm nas derivações periféricas.
Um exemplo são os bloqueios átrio ventriculares, nos quais o intervalo entre a onda P e o complexo QRS é aumentado, durando mais de 0,21 segundo.
O bloqueio átrio ventricular pode ser decorrente de infarto, miocardiopatia chagásica (uma forma da doença de chagas), tumores, doenças infecciosas, da aorta, dentre outras.
Já as alterações na onda T podem indicar isquemia.
Lesões no músculo cardíaco costumam causar modificações no intervalo entre a onda S e a onda T.
Se houver desnível no intervalo ST, pode significar isquemia ou um infarto em evolução.
A necrose, ou morte das células em partes do coração, provoca mudanças no perfil da onda Q.
A identificação de um quadro de taquicardia ventricular, uma elevação nos batimentos do coração que pode levar à morte, também é feita com a verificação das ondas.
Nela, a onda P quase não aparece, é difícil identificar a onda T, e o intervalo QRS se torna largo, com mais de 0,14s de duração.
Isquemia, infarto, insuficiência cardíaca, doenças nas válvulas do coração, intoxicação química e hipocalemia (potássio insuficiente no sangue) são algumas causas da taquicardia ventricular.
Um ritmo cardíaco caótico, ondas P, T e complexo QRS não discerníveis no traçado do ECG expressam a fibrilação ventricular.
Nessa condição, os ventrículos tremem em vez de se contrair, levando muitos pacientes a óbito.
Isquemia, infarto, taquicardia ventricular não tratada, choque elétrico e hipotermia intensa são alguns males que levam à fibrilação ventricular.
3) Entender o funcionamento do ecocardiograma transtorácico.
· Avalia em tempo real: tamanho, forma das válvulas, espessura do musculo, capacidade de funcionamento e fluxo sanguíneo, avalia estado dos grandes vasos, artéria pulmonar e aorta; identifica: sopros cardíacos, disfunções, arritmias, coração crescido, consequências de determinadas doenças (ex infarto);
· Vários tipos: unidimensional, bidimensional ou tridimensional 
· Tipos: transtorácico, fetal, com doppler, transesofágico
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· Gel serve para tirar o contato do ar com o paciente;
· O ecocardiograma transtorácico é o tipo mais comum, menos invasivo e totalmente indolor. O aparelho é utilizado externamente e movimentado por todo o lado esquerdo do peito para captar ondas e checar a atividade do coração.
 
4) Relacionar os exames laboratoriais no quadro clínico de insuficiência cardíaca.
Exames indicados de rotina: Hemograma completo, função renal e eletrólitos, gasometria arterial, lactato, marcadores de necrose miocárdica (troponina, CK-MB), peptídeo natriurético tipo-B e/ou N-terminal proBNP, proteína C-reativa, eletrocardiograma, radiografia de tórax e ecocardiograma.
Radiografia de Tórax:
· Objetivo: Avaliar a presença de congestão pulmonar, edema agudo de pulmão e cardiomegalia.
· Indicações: Indicado em todos os pacientes com suspeita de insuficiência cardíaca.
· Importância na decisão clínica: No quadro agudo, pode avaliar o quadro de congestão pulmonar e guiar o tratamento. Pode também sugerir um diagnóstico alternativo ou concomitante, como infecção pulmonar e doença pulmonar obstrutiva crônica descompensada.
Eletrocardiograma:
· Objetivo: Avaliar a presença de sinais isquêmicos, aumentos cavitários, bloqueios de condução e arritmias pricipitantes.
· Indicações: Deve ser solicitado em todo pacientes com suspeita de insuficiência cardíaca aguda e no edema agudo de pulmão para avaliação de causa isquêmica.
· Importância na decisão clínica: Inespecífico para insuficiência cardíaca, porém pode ajudar na determinação etiológica. Pode exibir sinais de isquemia aguda (como supra de ST e inversão de onda T), sinais de necrose (zona de inatividade elétrica), aumentos cavitários (sendo a sobrecarga atrial esquerda a alteração mais sensível) e pode evidenciar arritmias como precipitantes. A presença de bloqueio de ramo esquerdo é forte marcador de função ventricular esquerda comprometida.
Ecocardiograma:
· Objetivo: Avaliar a função ventricular sistólica e diastólica, presença de déficit segmentar, doenças orovalvares, aumentos cavitários, estimar pressões de enchimento e pressão sistólica de artéria pulmonar, bem como avaliar o estado volêmico no quadro agudo.
· Indicações: Indicado na avaliação inicial de pacientes com suspeita de insuficiência cardíaca e nos quadros de descompensação para avaliação evolutiva e resposta terapêutica.
· Importância na decisão clínica: Capacidade de diferenciar a insuficiência cardíaca em sistólica ou diastólica, o que determina terapêuticas distintas. Capacidade de avaliar estado volêmico no manejo terapêutico do paciente com IC descompensada.
Cateter de Swan-Ganz:
· Indicações: Não é indicado para uso de rotina. Sua indicação é restrita a pacientes com IC aguda e sintomas persistentes apesar do tratamento empírico e/ou quando o padrão hemodinâmico é incerto. Também indicado nas seguintes situações: Piora da função renal com o tratamento; Necessidade de agentes vasoativos; Considerado o uso de mecanismo avançados de assistência ventricular ou transplante pode ser requisitado.
· Objetivo e Achados: Estimar a pressão capilar pulmonar, pela pressão de oclusão da artéria pulmonar (POAP), sendo o valor ≥ 18 mmHg favorável a edema pulmonar cardiogênico. Porém uma POAP elevada não exclui a possibilidade de edema pulmonar não-cardiogênico, visto que cerca de 20% dos pacientes com síndrome da angústia respiratória aguda (edema pulmonar não-cardiogênico) também tenham disfunção ventricular falseando a medida (falso-positivo). Falso-negativos também não são incomuns, caso a medida da POAP seja realizada após melhora da função ventricular, por exemplo, a mesma pode ser subestimada, como nos casos isquêmicos já revertidos.
· Importância na decisão clínica: O uso do cateter de Swan-Ganz é cada vez menor dadas as limitações apresentadas, porém quando sua informação é bem usada, pode auxiliar nos casos duvidosos.
Angiocoronariografia:
· Indicações: Sua indicação na insuficiência cardíaca aguda está relacionada a presença de síndrome coronariana aguda bem documentada, havendo benefício em proceder com a angiocoronariografia e angioplastia, caso identificado lesão condizente.
· Objetivo: Evidenciar placas ateroscleróticas abordáveis em coronárias cuja angioplastia possa reverter isquemia e melhorar a função ventricular.
· Importância na decisão clínica: A revascularização, na presença de síndrome coronariana aguda e disfunção sistólica, pode melhorar a função ventricular, e deve ser realizada precocemente e com urgência.
5) Discutir sobre os tipos de valvopatia e seus graus de classificação.
Há divergência para diagnóstico e conduta das valvopatias entre as diretrizes internacionais e há baixa aplicação de muitas dessas recomendações na prática médica diária.
Foi por essas razões que a Sociedade Brasileira de Cardiologia e a Sociedade Interamericana de Cardiologia (SIAC) empenharam-se em organizar a Diretriz Brasileira de Valvopatias - SBC 2011 / I Diretriz Interamericana de Valvopatias - SIAC 2011, com visão holística do problema e apoio de vários grupos e departamentos, contemplando as várias realidades possíveis dos países latino-americanos.
· Qualquer valva cardíaca pode se tornar estenosada ou insuficiente, provocando alterações hemodinâmicas muito antes dos sintomas;
Disfunções da valva cardíaca incluem
· Regurgitação aórtica: insuficiência da valva aórtica que causa fluxo reverso do sangue da aorta para o ventrículo esquerdo durante a diástole
· Estenose aórtica: estreitamento da valva aórtica, obstruindo o fluxo sanguíneo do ventrículo esquerdo para a aorta ascendente durante a sístole
· Regurgitação mitral: insuficiência da valva mitral que provoca o fluxo do sangue do ventrículo esquerdo para o AE durante a sístole ventricular.
· Estenose mitral: estreitamento do orifício mitral que obstrui o fluxosanguíneo do AE para o ventrículo esquerdo.
· Prolapso da valva mitral: abaulamento das cúspides da valva mitral para o AE durante a sístole
· Regurgitação pulmonar: insuficiência da valva pulmonar que provoca fluxo sanguíneo da artéria pulmonar para o ventrículo direito durante a diástole.
· Estenose pulmonar: estreitamento da via de saída pulmonar provocando obstrução do fluxo sanguíneo do ventrículo direito para a artéria pulmonar durante a sístole
· Regurgitação tricúspide: insuficiência da valva tricúspide, que provoca fluxo sanguíneo do ventrículo direito para AD durante a sístole
· Estenose tricúspide: estreitamento do orifício tricúspide que obstrui o fluxo sanguíneo do AD para o ventrículo direito
DIAGNÓSTICO
· Exame físico suplementado por ultrassonografia cardíaca;
· Estudos 2-D padrão mostram a anatomia. Ecocardiografia com Doppler avalia os gradientes de pressão e o fluxo sanguíneo. A avaliação também é feita por ECG (para detectar o ritmo cardíaco e as alterações das câmaras) e radiografia de tórax (para detectar alterações das câmaras cardíacas, congestão pulmonar e outras doenças pulmonares).
TRATAMENTO
A intervenção só é normalmente indicada quando uma lesão valvar moderada ou grave provoca sintomas ou disfunção cardíaca.
· Valvuloplastia ou substituição valvar
Dois tipos de prótese valvar cardíaca são utilizados:
· Bioprotética (porcina ou bovina) – maior probabilidade de reintervenção;
· Mecânica (fabricada) – maior taxa de complicação hemorrágica;
A valvopatia mitral reumática mais comum é a dupla disfunção não balanceada (insuficiência e estenose em diferentes estágios de evolução) manifestada entre a 2ª e a 5ª décadas de vida. Caracteristicamente, a Insuficiência Mitral (IM) corresponde à lesão aguda, enquanto a estenose, às lesões crônicas; entretanto, é possível que pacientes apresentem graus variados de estenose e insuficiência mitral. O Prolapso da Valva Mitral (PVM), no Brasil, é a segunda causa de IM, cuja evolução é dependente da intensidade do prolapso e tem idade média de apresentação em torno de 50 anos.
a) VALVOPATIA REUMÁTICA:
· Doença autoimune secundária a infecção da orofaringe por uma determinada cepa de bactérias chamada de streptococcus do grupo B de lancefield; Após a infecção, o sistema imune do ser humano começa a formar anticorpos contra essas bactérias, mas que em determinado momento, confundem os antígenos do coração com os antígenos das bactérias levando a uma agressão à diversas estruturas cardíacas, incluindo as valvas.
·

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