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SUS: Estratégia de Saúde da Família x Programa de Saúde da Família

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Estratégia de Saúde da Família ou Programa de Saúde da Família?
ESF ou PSF?
→ É uma estratégia política assistencial para o estabelecimento de uma nova lógica na
atenção à saúde.
Programa: estrutura verticalizada na atenção à saúde, com pouca articulação no conjunto
da assistência prestada
Formada em 1994 e teve continuidade, deixou de ser um programa específico de uma
governo para se tornar uma estratégia
Veio a romper com a técnica centrada a doença; inverte a lógica: quem antes buscava
apenas o PSF por doença vai ser cuidado antes que ela apareça: PREVENÇÃO E
EDUCAÇÃO
→ Cuidado à saúde, sendo a base de todo o cuidado dela. Não só focar na doença
→ Lugar de atendimento inicial, antes de ser encaminhado ao hospital
Por que focar na família?
As práticas e comportamentos, esse olhar para o cuidado. Entender que o olhar ampliado
vai tratar de condutas de saúde, pensando em mudar a lógica de atendimento.
ex: cuidado com um paciente diabético- quem cuida e ajuda a cuidar, quem cozinha, quem
dá suporte → Núcleo familiar sendo o FOCO DE INTERVENÇÃO
Entender que vamos trabalhar com ciclos de vida, pessoas com as mesmas condições no
núcleo familiar. Gestantes, crianças, adolescentes, adultos, adultos jovens…
Algumas práticas se reproduzem naquela família: é previsível que algo que venha a ocorrer
com os pais venha a ocorrer com um filho.
→ Entendemos a dinâmica familiar conhecendo o que acontece dentro de uma casa.
→ Elaborar práticas de famílias
INTEGRALIDADE:
Comunicação do paciente/SUS, ainda é uma fragilidade a ser resolvida
HIERARQUIZAÇÃO:
Atenção primária (porta de entrada- UBS), secundária (centro de especialidades) e terciária
(atenção hospitalar)
A atenção primária/básica é aquela que precisa resolver grande parte dos problemas de
saúde da população
TERRITORIALIZAÇÃO E ADSCRIÇÃO DE CLIENTELA:
-Toda UBS tem uma área de atendimento definida, um território, uma área de abrangência
-Adscrição: cadastramento das pessoas que vivem naquele território
Cadastramento no mapa da UBS → continuidade de tratamento
Agente comunitário de saúde: faz o cadastramento. UBS não tem ACS, já a ESF tem
Equipe multiprofissional: importância para o cuidado da saúde. Ganho e aprendizado com
outros profissionais
Onde surge a ESF:
No Ceará em 1991 com a implantação do Programa Agentes Comunitários de Saúde
(PACS). Em 1994 surgem as primeiras equipes de Saúde da Família (ESF), sendo que
cada equipe conta com 4-6 ACS → Demandas e elos de ligações
Não é obrigatório ter a saúde bucal inclusa pelos municípios
Médico: atende demanda programada e espontânea
Enfermeiro: supervisiona o trabalho do ACS e do auxiliar de enfermagem, realiza consultas
na US, assiste as pessoas à domicílio.
Auxiliar/técnico de enfermagem: procedimentos de enfermagem e orientação sanitária
ACS: é a ligação entre as famílias e o serviço de saúde. Visita o domicílio pelo menos 1 x o
mês e faz o mapeamento da área, cadastramento das famílias e estimula a saúde
Processo de trabalho das Equipes de Saúde da Família
→ Definição do território de atuação e de população sob responsabilidade da UBS e das
equipes
→ Programação e implementação das atividades de atenção à saúde de acordo com as
necessidades de saúde da população, com a priorização de intervenções clínicas e
sanitárias nos problemas de saúde
→ Prover atenção integral, contínua e organizada à população adscrita
→ Realizar atenção à saúde na UBS, em domicílios, em locais do território (salões
comunitários, escolas, creches, praças, etc.) e em outros espaços que comportem a ação
planejada
→ A equipe precisa elaborar um relatório todos mês, busca ativa e mapeamento, avaliando
as necessidades e dificuldades
→ Avaliar as famílias que estão em vulnerabilidade social, outros setores como a
assistências social- um olhar mais apurado
→ Dentista que atua em uma ESF tem muito trabalho dentro de uma escola, não fica só
atendendo, se envolve com outras coisas que não estão relacionadas às quatro paredes de
uma clínica
ÁREA DE ABRANGÊNCIA → MICROÁREAS
Cada microárea tem 1 médico, 1 enfermeiro, 1 técnico de enfermagem e 4 a 6 ACS
Existe uma vigilância muito grande: sabe-se quantos estão com tal doença/agravo
É muito importante ter esse cuidado
Cada UBS vai ter programas de saúde: para gestantes, para diabéticos, hipertensos…
→ Acompanhamento e cuidado
Princípios básicos do SUS
→ Universalidade, integralidade e equidade
Princípios organizativos do SUS
→ Hierarquização, descentralização, controle social (participação da iniciativa privada)
Hierarquização entram aqueles setores: primário, secundário e terciário
Descentralização: processo de municipalização. O responsável por garantir a saúde da
população é o município e não mais o Governo Federal, como no tempo do INAMPS
O município é quem organiza tudo, o governo do estado (SESA) promove a atenção
especializada e a atenção hospitalar. O Governo Federal financia uma parte e fiscaliza.
O Conselho de Saúde é o órgão colegiado que dá o aval para a realização dos projetos.
Tudo que o prefeito faz na área da saúde, precisa ser aprovado e apresentado ao conselho.
Eles analisam se vai ou não ser aprovado ou se as contas estão dentro do teto estabelecido
Caso ocorra fraude, o perfeito se torna inelegível
Atenção domiciliar: a importância na abordagem familiar e o jeito especial de trabalhar com
cada lar.
Portaria GM nº 648/2006
Número de assistentes suficientes para suprir 100% da população cadastrada, com um
máximo de 750 pessoas por ACS e de 12 ACS por equipe de Saúde da Família- supervisor
enfermeiro.
Portaria GM nº 2488/2011
Cada ESF deve ser responsável por no máximo 4.000 pessoas, sendo a média
recomendada de 3.000 pessoas.
Portaria GM nº 2355/2013
Fica alterado o número de teto máximo de ESF, pelas quais o Município e o Distrito Federal
poderão fazer jus ao recebimento de recursos financeiros específicos, o qual passará a ser
obtido mediante a seguinte fórmula: População/2.000.
Portaria GM nº 2488/2011
Cadastramento de cada profissional de saúde em apenas 1 ESF, exceção feita somente ao
profissional médico que poderá atuar em no máximo 2 ESF e com carga horária total de 40
horas semanais.
Portaria GM nº 2488/2011
Equipes transitórias → próximo de 2.500 pessoas
2 médicos (30 hrs) em 1 USF → 1 ESF
3 médicos (30 hrs) em 1 USF → 2 ESF
4 médicos (30 hrs) em 1 USF → 3 ESF
2 médicos (20 hrs) em 1 USF → 85% ESF
1 médicos (20 hrs) em 1 USF → 60% ESF
Portaria GM nº 648/2006
-Os municípios com até 50 mil hab. nos estados da Amazônia Legal e os municípios com
até 30 mil habitantes e IDH menor que 0,7, quilombos
-Os municípios que estiverem implantados o Programa de Interiorização do Trabalho da
Saúde (PITS)
-ESF modalidade 2: são as ESFs implantadas em todo o território nacional que não se
enquadram nos critérios da modalidade 1.
→ RECEBEM SUBSÍDIOS DO GOVERNO FEDERAL
Lei 12.994, de 17 de junho de 2014
R$ 1.014,00 por ACS, cada mês o valor do Incentivo Financeiro referente aos Agentes
Comunitários das Estratégias ACS e SF
Portaria GM nº 978/2012
Incentivo para implementação das EFS
R$ 20.0000 por equipe implantada
Manutenção:
ESF I: R$ 10.695,00/ mês
ESF II: R$ 7.130,00/mês
Em 2011 o Governo Federal criou o NASF, Núcleo de Apoio à Família, que veio para
garantir melhor a questão da integralidade no cuidado. O município pode ter:
Pode ter até 5 desses profissionais
Município faz um diagnóstico e vê quais são as suas necessidades
O NASF atende várias unidade de saúde ao mesmo tempo
→ Cada dia na semana essa equipe estará em uma UBS diferente
→ Trabalha com consulta compartilhada, ex: o cirurgião dentista junto com a nutricionista
atende um paciente.
Processo de trabalho do NASF e o Apoio Matricial
→ Projeto Terapêutico Singular (PTS) cada indivíduo é único e deve ter um projeto especial
baseado na sua singularidade
TRABALHO EM EQUIPE NA SAÚDE DA FAMÍLIA
Trabalho em grupo x Trabalho em equipe
Grupo: cada um trabalha na sua área, individual
Equipe: todo mundo trabalha junto, liderança compartilhada
Construir junto com o paciente o PTS. Olhar diferente paraos diferentes.
Para impactar sobre os múltiplos fatores que interferem no processo saúde-doença é
importante que a atenção à saúde esteja fundamentada no trabalho em equipe a saúde.
Deve-se estimular práticas multiprofissionais, visando facilitar a abordagem familiar
Equipe: sempre faz referência a uma situação de trabalho
→ Associada à realização de uma tarefa ou trabalho compartilhado entre vários indivíduos,
que tem, nessa tarefa, um objetivo comum para alcançar
→ Destaque devida à importância que possui para a realização de um trabalho coletivo e
para a qualidade de assistência prestada aos usuários
Problema no Trabalho em Equipe
→ Serviço de saúde especializado tende a fragmentação do cuidado prestado ao paciente
→ Ações executadas por diferentes profissionais de saúde em separado tem possibilidade
de atender às demandas dos pacientes
→ Nenhum profissional de saúde em separado tem possibilidade de atender às demandas
de saúde dos pacientes
→ Comunicação: busca de consenso entre os profissionais
→ Articular diversas ações realizadas em um setor, integrar setores e serviços entre si
MUDAR O PERFIL DE OLHAR PARA O PACIENTE, agora de uma maneira integrada
→ Autonomia relativa de cada tipo profissional assegurada pela legitimidade do conjunto de
competências ou saberes que caracteriza um
→ Interdependência entre os distintos profissionais na execução das ações, em benefício
dos pacientes
EQUIPES:
Articulação: profissionais colocam em evidência as conexões existentes entre as distintas
ações e os variados conhecimentos técnicos
Interação: prática comunicativa, na qual os indivíduos se colocam em acordo comum, capaz
de promover a cooperação e integração do paciente
Equipe agrupamento:
→ Justaposição de tarefas
→ agrupamento de agentes
ex: 5 grupos de 10, realizando uma determinada atividade. Cada grupo é livre para escolher
o tema/projeto a ser realizado, estando tudo fragmentado e correndo o risco de ter a mesma
informação abordada, fragmentada e desencontrada.
Equipe integração:
→ articulação das ações
→ interação dos agentes
ex: 5 grupos de 10, que previamente discutem o que cada um vai abordar. Observamos
articulação das ações e interação dos agentes. As reuniões são periódicas e há um
coordenador que estabelece as regras e o andamento do trabalho em equipe.

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