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Resenha Critica Adolescencia

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UNIVESIDADE SANTO AMARO
Curso De Psicologia 
	
Hercia Simone Palhano Oliveira Pereira RA 4094395
RESENHA CRÍTICA DO ARTIGO “CONTRIBUIÇÕES DAS TEORIAS DO DESENVOLVIMENTO HUMANO PARA A CONCEPÇÃO CONTEMPORANEA DA ADOLESCÊNCIA”
	
 SÃO PAULO
 2021
SENNA, Sylvia Regina Carmo Magalhães; DESSEN, Maria Auxiliadora. Contribuições das teorias do desenvolvimento humano para a concepção contemporânea da adolescência. Psicologia: Teoria e Pesquisa, [S.L.], v.28, n.1, p.101-108, mar.2012. FapUNIFESP (SciELO). http://dx.doi.org/10.1590/s0102-37722012000100 013.
O artigo “Contribuições das teorias do desenvolvimento humano para a concepção contemporânea da adolescência” apresenta um estudo científico da adolescência, e busca compreendê-la, com base nas explicações teóricas que orientam suas concepções ao longo do tempo.
Na primeira seção, composta por duas fases, é exposto o percurso do estudo científico da adolescência no século XX. A primeira fase é marcada por estudos descritivos com ênfase na teoria biológica, baseados na filogênese e na ontogênese. Para Stanley Hall (1904), a adolescência era basicamente biológica, contudo reconheceu a influência da cultura e da plasticidade. 
Outro grupo foi o das teorias baseadas na psicanálise, no qual Sigmund Freud não identificou a adolescência como fase distinta do desenvolvimento, afirmou que nesse período ocorre a reativação de vários impulsos sexuais e agressivos experimentados pela criança nas fases iniciais de seu ciclo vital e evidenciou os conflitos da puberdade como necessários ao seu funcionamento adaptativo e na construção da sua personalidade. Erik Ericsson utilizou as propostas da psicanálise com os achados da antropologia cultural e propôs a Teoria Psicossocial, em que o adolescente passa por crises, devido ao fato de estar em constante desenvolvimento da sua identidade, sendo influenciado pelas experiências e informações adquiridas nas interações sociais.
Ainda na primeira fase está o terceiro grupo, que foi reconhecido por abordar os aspectos socioculturais da adolescência e evidenciou que o comportamento do adolescente é moldado pelo ambiente social imediato (pais e pares) e pelo ambiente social amplo (cultura). Liderados por Jean Piaget, o quarto grupo, privilegiou os processos cognitivos do desenvolvimento quando afirmou que os comportamentos adolescentes têm sua gênese na transformação da maneira de pensar.
A segunda fase refletia uma visão contextualista, na qual enfatiza a interação pessoa-contexto com um fenômeno do desenvolvimento. De acordo com essa perspectiva, cada indivíduo tem diversos fatores interativos que variam de acordo com o tempo, o contexto e o processo. Deste modo, a teoria do curso da vida propõe a identificação dos estágios da vida (infância, adolescência, fase adulta e velhice), nas questões temporais, contextuais, processuais e adota uma visão holística contribuindo para a compreensão atual da concepção da adolescência. O modelo ecológico de Urie Bronfenbrenner postula que para compreender o desenvolvimento do indivíduo, é preciso analisar as influências múltiplas dos diferentes ambientes diretos ou indiretos ao ser humano. Isso implica identificar os quatro elementos básicos inter-relacionados e dinâmicos: processos (P), pessoa (P), contexto (C) e tempo (T). Nessa conjuntura, o adolescente é visto como um sujeito ativo, produto e produtor da sua história. Pois o desenvolvimento do indivíduo é resultado da interação e das modificações geradas reciprocamente entre ele e ambiente no qual está inserido. Esse ambiente é composto por um conjunto de sistemas denominados microssistema, mesossistema, exosistema e macrossistema. 
Entre as tendências atuais que o século XXI trouxe consigo está a visão do desenvolvimento positivo, que busca desfazer a visão ultrapassada, negativa e deficitária que dominou os campos da psicologia, sociologia e educação. Essa perspectiva está interessada em promover o desenvolvimento positivo do adolescente, identificando os seus recursos pessoais e posteriormente elaborando programas específicos para a estimulação dos seus talentos e interesses construtivos, formando assim, indivíduos comprometidos consigo mesmos, com suas famílias e com a sociedade.
O artigo promove uma reflexão relevante a respeito da construção da adolescência como um período de vida essencial ao desenvolvimento do indivíduo e discorre sobre os aspectos biológicos, psicanalíticos, socioculturais, cognitivos e sistêmicos dessa fase do ciclo vital, proporcionado discussões a respeito da posição da ciência como instrumento de propagação do conhecimento. Abrindo espaço para o diálogo sobre a complexidade do adolescer, possibilitando ações afirmativas e políticas que garantam a saúde e o desenvolvimento físico, social e psicológico do adolescente.
Sylvia Regina Carmo Magalhães Senna possui graduação em Psicologia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro, especialização em Psicopedagogia pelo Instituto Sedes Sapientiae, Mestrado e Doutorado em Desenvolvimento Humano pelo Programa de Pós-Graduação em Psicologia do Desenvolvimento e Saúde, na Universidade de Brasília. Atua como psicóloga clínica e psicopedagoga, e professora de Psicologia Jurídica na Faculdade Processus. Tem experiência na área de psicologia escolar e magistério superior.
Maria Auxiliadora Dessen possui graduação em Bacharel e Licenciatura em Psicologia, Psicólogo pela Universidade de São Paulo (1978), mestrado em Psicologia pela Universidade de Brasília (1984) e doutorado em Psicologia Experimental pela Universidade de São Paulo (1992), atualmente, é Professora Colaboradora do Programa de Pós-graduação em 'Família na Sociedade Contemporânea' da Universidade Católica do Salvador. Desde 1981, realiza pesquisas na área de Psicologia do Desenvolvimento Humano e Processos Familiares, com ênfase no desenvolvimento infantil e nas relações parentais e conjugais e suas implicações para o desenvolvimento de crianças pré-escolares e escolares, tendo sido bolsista do CNPq de 1996-2013. É autora de 55 artigos, 30 capítulos de livros, 3 livros organizados e 92 resumos em Anais de Congressos. Em 1997, foi agraciada com o título de sócio pleno da Sociedade Brasileira de Psicologia-SBP pela contribuição significativa à sociedade e à Psicologia no Brasil e, em 2010, pelo trabalho voluntário em prol de crianças e adolescentes de risco, outorgado pela 1a. Vara da Infância e Juventude do Distrito Federal (TJDF). 
Hercia Simone Palhano Oliveira Pereira acadêmica do Curso de Psicologia da Universidade Santo Amaro (UNISA).

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