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Recursos Educacionais Abertos (REA)

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A ideia de que o uso das tecnologias poderia aprimorar a educação esteve 
presente nas principais propostas de reforma educacional por todo o século XX, 
século vinte, envolvendo desde os meios de comunicação de massa até as 
tecnologias digitais e a Internet. 
Foram vários os projetos e políticas que – com mais ou menos sucesso – 
buscaram explorar usos educacionais do cinema, rádio, televisão e, recentemente, 
dos computadores e Internet. 
Nos anos 80, ocorreu as primeiras iniciativas de uso pedagógico das 
tecnologias digitais de informação e comunicação (TIC) no Brasil, especialmente 
com experiências de programação para crianças e jovens a partir de uma linguagem 
especificamente desenvolvida para o uso pedagógico. No entanto, somente por volta 
de 1995 a internet foi expandida para os meios acadêmicos. E foi no ano 2000 que 
tivemos a popularização da internet, compreendida como uma biblioteca infinita de 
conteúdos e se materializou a ideia de produção colaborativa e da educação 
centrada no estudante. Nesse contexto, a educação foi bastante influenciada, 
principalmente pela atmosfera de “inovação” que a “cultura de participação” da 
internet trazia. Havendo, portanto, uma necessidade de inovar nas práticas 
pedagógicas da escola tradicional. 
Com a disseminação da ideia de cultura e do conhecimento livre, diversos 
movimentos pela liberdade de usar, compartilhar e adaptar trabalhos e obras 
criativas ganharam força. Um deles se organiza ao redor da proposta de Educação 
Aberta e de Recursos Educacionais Abertos (REA). A ideia é simples: o 
conhecimento é um bem da humanidade e deve, portanto, estar acessível a todos. 
Os REA estão intimamente ligados à ideia de fomentar novos olhares, novas 
apropriações, inovação e uma visão dos professores e professoras como autores e 
colaboradores. Mas afinal, como funciona o REA na educação básica? 
Segundo a Unesco, os REA podem incluir cursos completos, partes de 
cursos, módulos, livros didáticos, artigos de pesquisa, vídeos, testes, software, e 
qualquer outra ferramenta, material ou técnica que possa apoiar o acesso ao 
conhecimento. Com eles, qualquer pessoa pode utilizar esse recurso educacional e 
contextualizar um conteúdo para sua realidade, traduzi-lo para seu idioma ou 
atualizá-lo de acordo com os mais recentes avanços científicos, baseando-se em 
três principais elementos: Conteúdos, Ferramentas tecnológicas e recursos legais. A 
ideia principal é que qualquer recurso que você publique pode ser utilizado e 
recombinado por outras pessoas, aumentando o conhecimento de todos. 
Como podemos usar esse recurso na educação básica? 
O REA também pode ser previsto fora das salas de aula em breve, tendo em 
vista que a maioria dos alunos tendem a ter mais acesso a conexão em casa. Os 
recursos da educação básica são muito similares a educação universitária, sendo 
elas: Objetos de aprendizagem, Fotos, desenhos e imagens, Arquivos de áudio, 
Textos e livros, Pesquisas, Vídeos, Jogos, Cursos de tamanho e duração variados. 
Com a atuação crescente da comunidade REA no país desde 2008 e cada 
ano ganhando mais força, os projetos começaram a se multiplicar, principalmente por 
iniciativa das universidades públicas e pela produção de literatura específica sobre o 
tema, adotando políticas específicas para o desenvolvimento desse tipo de material, 
fazendo com que a tecnologia educacional brasileira a cada dia mais possa se inovar, 
podemos ter acesso a essa ciência em qualquer lugar do globo, possibilitando o 
impulsionamento de ao acesso ao conhecimento.

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