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Port´folio 2 - Ciclo 4 - Ciencias

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1 INTRODUÇÃO. 
Durante o século passado o ensino de ciências da natureza e ciências humanas nem 
sempre teve seu lugar garantido nos primeiros anos de educação formal dos alunos brasileiro, 
foi, por várias vezes, alvo de discussões a respeito de sua real eficácia no desenvolvimento 
necessário da criança, assim como, muitas vezes, objeto para uma doutrinação de natureza 
ideológico e político. Atualmente a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) vê nessas 
disciplinas um aliado importante no desenvolvimento integral do aluno, pois, através delas, os 
alunos têm a oportunidade de conhecer o mundo físico e atuar sobre ele, desenvolver 
habilidades de argumentação e raciocínio, noções de tempo e espaço e cidadania. Habilidades 
e elementos fundamentais para formar um indivíduo capaz de refletir sobre a própria existência, 
de dar valor aos direitos humanos e a diversidade e de agir com autonomia e a responsabilidade 
coletiva sobre o mundo a ser herdado pelas próximas gerações. 
Contudo, a BNCC não pode, e nem tem a intenção de ser vista como um currículo e sim, 
como um documento balizador das habilidades e aprendizagens do aluno durante sua educação 
formal. Em uma analogia simplista a BNCC pode ser vista como um mapa que apenas indica o 
caminho a ser seguido, cabe ao professor, em articulação com o currículo (estadual ou 
municipal) e a proposta político pedagógico da instituição de ensino a qual ele pertence, 
encontrar a melhor forma de trilhar esse caminho, usando de seus conhecimentos teórico-
práticos acerca do fazer pedagógico para melhor enfrentar os obstáculos e desafios presentes 
na sala de aula. 
 
2 OBJETIVOS 
Compreender o processo de construção do conhecimento escolar nas áreas de Ciências 
da Natureza e Humanas. 
Refletir sobre algumas estratégias de ensino e experiências didático-pedagógicas do 
ensino de Ciências, História e Geografia nos anos iniciais do ensino fundamental. 
Propor situações de aprendizagem que favoreçam o processo de construção das noções 
e conceitos básicos nas áreas de Ciências da Natureza e Humanas nos anos iniciais do ensino 
fundamental. 
 
3 FUNDAMENTOS TEÓRICOS. 
Atualmente, como já mencionado, é a BNCC que prescreve as direções a serem tomadas 
durante a estadia dos alunos no âmbito escolar, portanto o seu entendimento é essencial para 
qualquer professor, seja ele um pedagogo experiente ou um futuro profissional da educação, 
pois suas práticas pedagógicas, sua atuação na sala de aula tem que estar fundamentada nas 
diretrizes propostas por esse documento, o que não significa, em hipótese alguma, menosprezar, 
os conhecimentos acerca do fazer pedagógico que a antecede. 
 De um modo geral a BNCC apregoa a importância de uma educação integral, o aluno, 
durante sua permanência na escola, deve, não apenas adquirir conteúdos pragmáticos, mas, 
também, adquirir habilidades para tornar-se um cidadão crítico, reflexivo, independente e 
atuante. Portanto, a simples transmissão de conhecimento, como concebida em um modelo de 
educação mais tradicional, não dariam conta do desenvolvimento esperado. No campo das 
ciências, da natureza e humana (cada uma delas com suas especificidades), espera-se que o 
aluno, eixo central do processo educacional, assume o protagonismo do seu aprendizado e, 
através de experiencias, experimentos, conhecimentos prévios, novos conhecimentos e 
conceitos, seja capaz de analisar, refletir criticamente e atuar sobre essas aprendizagens e 
desenvolver as habilidades esperadas, não basta saber, o aluno tem que saber (conceitos), saber 
fazer (pensar cientifico) e saber ser (se reconhecer como indivíduo que tem responsabilidades 
perante o mundo) para se tornar um ser humano pleno. Cabe a escola, como instituição 
 
 
formadora, oferecer espaços, oportunidades e conteúdo, que, aqui, refere-se a todos os 
processos do âmbito pedagógico, para esse desenvolvimento. 
Por motivos didáticos e para uma melhor organização desse relatório, uma vez que cada 
componente curricular tem suas especificidades (tanto nos pressupostos teóricos, como em suas 
aplicações na prática), optou-se por organizá-los, separadamente, em itens, mesmo entendedo 
que, na prática da sala de aula, há uma melhor assimilação dos alunos, principalmente nos anos 
iniciais do ensino fundamental, se forem trabalhadas, o máximo possível, em regime 
interdisciplinar. 
 
4.1 Ciências da natureza. 
As ciências da natureza preveem a alfabetização cientifica, “Para Lorenzetti e 
Delizoicov (2001), a categoria letramento em Ciências refere-se à forma como as pessoas 
utilizarão os conhecimentos científicos, seja no seu trabalho ou na sua vida pessoal e social, a 
fim de auxiliar na tomada de decisões frente a um mundo em constante mudança.” (apud 
SPERANDIO; ROSSIERI; ROCHA; GOYA 2017, p. 15), ou seja, ao final do ensino básico o 
aluno deve estar apto a compreender os conceitos da ciência, a natureza do pensar científico, o 
impacto que a ciência e a tecnologia têm na sociedade e como agir sobre eles. É evidente que 
tais raciocínios complexos e capacidades de abstração não são esperadas dos alunos nesses anos 
iniciais, mas é neles que os conceitos básicos do saber científico são, através vivencias 
concretas, temas próximos ao cotidiano, interdisciplinaridade e sempre levando em 
consideração os conhecimentos prévios dos estudantes, fundamentados, garantindo ao aluno 
competências para o desenvolvimento de habilidades mais complexas. 
Nesse sentido, não basta que os conhecimentos científicos sejam apresentados aos 
alunos. É preciso oferecer oportunidades para que eles, de fato, envolvam-se em 
processos de aprendizagem nos quais possam vivenciar momentos de investigação 
que lhes possibilitem exercitar e ampliar sua curiosidade, aperfeiçoar sua capacidade 
de observação, de raciocínio lógico e de criação, desenvolver posturas mais 
colaborativas e sistematizar suas primeiras explicações sobre o mundo natural e 
tecnológico, e sobre seu corpo, sua saúde e seu bem-estar, tendo como referência os 
conhecimentos, as linguagens e os procedimentos próprios das Ciências da Natureza. 
(BRASIL, 2017, p. 331), 
Mas como trabalhar todos esses elementos em sala de aula? Em um primeiro momento 
é importante acessar os conhecimentos prévios dos alunos sobre o objeto de estudo, pois é esse 
conhecimento prévio aliado a problematização (novos conceitos, novas informações) trazida 
pelo professor e a proposta de atividade a ser exercida, que vai aguçar o interesse investigativo 
do aluno e dar-lhe oportunidade para a construção de novas aprendizagens. A problematização 
é sem dúvida um elemento chave no ensino de ciências 
De acordo com Zabala (1998), o professor poderá promover a desestabilização dos 
conhecimentos prévios, criando situações em que se estabeleçam os conflitos 
necessários para a aprendizagem - aquilo que estava suficientemente explicado não se 
mostra como tal na nova situação apresentada. (FARAGO; BARBIERI. 2014, p. 262) 
Contudo, somente a problematização não é suficiente, é preciso que o professor oferece aos 
alunos atividades pedagógicas, aulas ou experimentos, onde eles possam investigar, interagir 
com o objeto estudado, com os colegas e com professor. Ciência é investigação e interação e 
nesse quesito há uma variedade de diferentes estratégias que podem ser usadas como, por 
exemplo, observação, experimentação e pesquisa em diferentes ambientes, uso de laboratório, 
aula expositiva dialogada. leitura de textos informativos, dramatização, estudo do meio, busca 
de informações em fontes variadas. Além das estratégias há uma infinidade de recursos que o 
professor pode lançar mão, recursos audiovisuais, jogos, confecção de portfólio, uso de livros 
didáticos, meios eletrônicos, para mencionar alguns. Cabe ao professor decidir, em seu 
planejamento pedagógico, quais, dentre as variedades de estratégias e recursos disponíveis, 
 
 
são as mais adequadas para promoverum melhor desenvolvimento nos alunos de uma 
determinada turma em um determinado momento, com a ressalva de que tais práticas estejam 
alinhadas com o “projeto pedagógico e devem ser vistas no contexto da proposta educativa da 
escola e do professor, articulando-se a elas”. (FARAGO; BARBIERI. 2014, p. 260). Dito isso 
é importante frisar que o ensino de ciências, nos primeiros anos do ensino fundamental visa 
desenvolver nos alunos habilidades de observação do mundo ao seu redor (partindo do que é 
próximo para o mais distante), assim como motivá-los a pesquisar, experimentar, questionar e 
registrar os fatos, estimular suas capacidades de ouvir, falar, argumentar, debater e respeitar 
diferentes pontos de vista. E para isso é preciso que o professor os insira no centro da sua 
prática pedagógica, fazendo com que eles participem em todo o processo de aprendizagem e, 
mais importante, reconhecendo-os como “sujeitos intelectualmente ativos, que procuram 
compreender o mundo a seu redor, que aprendem, basicamente, por meio de suas ações sobre 
os objetos do mundo, os quais se convertem em objetos do seu conhecimento.” (FARAGO; 
BARBIERI. 2014, p. 263) 
 
4.2 Ciências Humanas 
De acordo com a BNCC, os estudos das ciências humanas abrangem os componentes 
curriculares, geografia e história. 
 
4.2.1 Geografia. 
O componente geografia prevê que, o aluno, no decorrer do ensino fundamental, seja 
capaz de reconhecer o espaço geográfico como uma construção histórico e as relações 
sociedade/natureza como parte desse processo de construção, ampliando assim sua consciência 
ambiental e reforçando sua identidade como sujeito histórico e social capaz de atuar sobre o 
mundo onde vive. Respeitando os princípios de progressão de habilidades prescrito pela BNCC, 
essa aprendizagem se dá dos conteúdos mais simples para os mais complexos, portanto, nos 
anos iniciais os reconhecimentos de espaços e sua relação com a sociedade e natureza são 
direcionadas as experencias cotidianas do aluno. “Nessa fase, é fundamental que os alunos 
consigam saber e responder algumas questões a respeito de si, das pessoas e dos objetos: Onde 
se localiza? Por que se localiza? Como se distribui? Quais são as características 
socioespaciais?” (BRASIL, 2017, p. 367), é através da concretude das situações que aluno vai 
assimilando conceitos simples, mas essenciais, para suas futuras aprendizagem. Outro aspecto 
importante do ensino da geografia nos anos iniciais é o início do desenvolvimento de uma 
consciência cartográfica que o habilitara, mais adiante, a compreender e analisar mapas. 
A geografia é a ciência que estuda os espaços e suas relações no âmbito físicas, social e 
cultural. E é com esse pensar científico que ela deve ser transportada para a esfera da educação 
e da sala de aula, mesmo nos anos iniciais do ensino fundamental. É importante que o professor 
polivalente, que não é, necessariamente, um geografo por formação, se aprofunde nos conceitos 
geográficos para conseguir criar estratégias pedagógicas eficientes que ajudem os alunos nas 
aprendizagens e desenvolvimento necessários nesse componente. É importante que os alunos, 
nessa fase da educação sejam capazes de observar, investigar criar hipóteses (mesmo que de 
maneira ainda simples) sobre o espaço ao seu redor, ensinar geografia nessa etapa não é ensinar 
(no sentido tradicional da palavra) conceitos geográficos e sim, fazer com que os alunos, através 
de suas pesquisas, comecem a construir esses conceitos. Contudo, deve-se levar em conta que 
O conhecimento e as representações dos alunos no processo de ensino, 
particularmente nas series iniciais [...] quando é maior a dificuldade fazer abstrações 
que não partam de algo vivenciado empiricamente. Nesse sentido, chama-se a atenção 
para a importância de colocar em relevo os significados dos conceitos aqui 
trabalhados no nível do vivido, para se poder efetivar um trabalho de construção que 
ultrapasse esse vivido (CAVALCANTI, 2015. p 105) 
 
 
Portanto o ensino de geografia deve, inicialmente, ser pautado no cotidiano dos alunos, 
naquilo que lhes é conhecido, nos seus saberes prévios, mas assim como em ciências da 
natureza, é essencial que o professor problematize, provoque, com novos conhecimentos e 
desafios para que os alunos possam avançar em suas aprendizagens. Além das atividades em 
grupo, que contribuem para o desenvolvimento de habilidades de comunicação e 
argumentação, as atividades individuais, as atividades práticas, que visam aguçar a 
curiosidade dos alunos para determinado objeto de aprendizagem, o professor deve colocar 
em sua grade curricular momentos para desenvolver pesquisa de campo, que, inicialmente, 
podem ser nos arredores da escola, no pátio ou mesmo na própria sala de aula, para depois 
aumentar o seu escopo (uma ótima oportunidade para fazer uso das tecnologias digitais, como 
por exemplo o Google Maps). Nessas pesquisas de campo a observação da paisagem, como 
um espaço construído que é influenciado e influencia o homem, pode dar vazão a uma serie 
de descobertas e hipóteses que vão na direção da aquisição dos conceitos necessários para o 
pensar geográfico. “Ligada a função psíquica de um plano mais sensorial, a observação é 
fundamental para produzir motivação, com base na problematização do real observado e, 
consequentemente, possibilitar a construção do conhecimento.” (CAVALCANTI, 2015. p 
105). Outro aspecto importante, e específico do componente curricular geografia é o 
letramento cartográfico. “O mapa é uma forma de expressão muito característica do discurso 
geográfico, é uma linguagem peculiar dessa ciência e precisa ser aprendida pelos alunos.” 
(CAVALCANTI, 2015. p 150) e deve ser apreendido progressivamente, começando do 
simples, do que está próximo a realidade do aluno e, paulatinamente, desenvolver-se para 
atividades de leitura e desenho de mapas mais complexos. Pode-se iniciar, por exemplo, com 
mapas imaginários, extraídos de contos de fadas ou brincadeiras tradicionais, para depois 
desenhar mapas da sala de aula, da escola e do seu entorno e assim por diante, sempre com o 
aluno como referência. Habilidades que dizem respeito a lateralidade, a compreensão de 
grandezas e escalas e o próprio conceito de que mapas tem a função de representar 
graficamente espaços físicos reais, assim como especificidades e características desse espaço, 
aos poucos vão sendo desenvolvido no decorrer dos anos iniciais do ensino fundamental. É 
importante lembrar que o letramento cartográfico também envolve a capacidade de ler e 
interpretas gráficos e diagramas, atividades que tem uma grande relação com a linguagem 
matemática. 
 
4.2.2 História. 
No componente de história são exploradas relações entre homem, sociedade espaço e 
cultura só que com uma diferente abordagem. Para esse componente as relações temporais são 
muito importantes, para se entender o presente é de suma importância que o passado seja 
entendido. O entendimento e a reflexão crítica e multilateral das inúmeras narrativas que 
compõe o arcabouço, a herança histórico-cultural de um povo (sejam eles m(eu) povo ou o povo 
de outro sujeito) provocam no aluno a aprendizagem de habilidades de “comunicação e diálogo, 
instrumento necessário para o respeito à pluralidade cultural, social e política, bem como para 
o enfrentamento de circunstâncias marcadas pela tensão e pelo conflito” (BRASIL, 2017, p. 
398), Assim como nos outros componentes, o ensino de história nos anos iniciais baseia-se nas 
experencia cotidianas e próximas dos alunos e aos poucos vai distanciando e ampliando seu 
escopo. O tempo vivido, que é o tempo biológico (infância vida adulta velhice), que já são 
temas presentes no ensino infantil, aos poucos dá lugar a compressão do tempo concebido, um 
tempo culturalmente construído (o cronológico, por exemplo, nas culturas ocidentais) e 
finalmente, um pouco mais a frente, do tempo histórico. É na interaçãodesses três conceitos de 
tempo que os se trabalha de relações temporais no aluno. 
 
 
Pode-se dizer que o grande tema das aulas de história nos anos iniciais é “eu, os outros 
e nós”, um resgate de um dos campos de experencia da educação infantil, mas que aqui, recebe 
um significado específico. O “eu” representa um sujeito no tempo presente, dotado de uma 
identidade histórica e culturalmente construída e um potencial narrador de sua história; O 
“outro” pode ser entendido como a diversidade e pluralidades de “eus” que habitaram, habitam 
e habitarão os espaços do planeta; O “nós”, por sua vez, é a experiência vivida que nos une 
como famílias, comunidades, cidades, nações e, em última instância, como raça humana. 
Através das diversas relações entre esses três objetos de conhecimento que os alunos vão 
gradualmente construindo conceitos sobre história e, também, sobre sua própria identidade. 
Contudo, o conhecimento histórico não é estático, muito menos temporalmente linear, o 
entendimento do que é um passado histórico só pode ser compreendido em relação ao um 
presente, onde se encontra o sujeito e é essa relação passado/presente que desenvolve no aluno 
um raciocínio temporal. Segundo a BNCC 
A relação passado/presente não se processa de forma automática, pois exige o 
conhecimento de referências teóricas capazes de trazer inteligibilidade aos objetos 
históricos selecionados. Um objeto só se torna documento quando apropriado por um 
narrador que a ele confere sentido, tornando-o capaz de expressar a dinâmica da vida 
das sociedades. Portanto, o que nos interessa no conhecimento histórico é perceber a 
forma como os indivíduos construíram, com diferentes linguagens, suas narrações 
sobre o mundo em que viveram e vivem, suas instituições e organizações sociais. 
(BRASIL. 2017, p. 397) 
 Mas, como trabalhar esse componente em sala de aula? Devido a pouca capacidade de 
abstração do aluno nessa fase é importante que, assim como geografia e ciências, se inicie 
com o que está próximo do aluno, temas como a história da escola, da família, do entorno 
escolar, do bairro aos poucos, com o passar do tempo, dão lugar a os estudos fatos históricos 
da cidade em que o aluno vive e finalmente a história do Brasil, mas não de maneira linear 
com datas e personagens a serem memorizados, mas de forma que os tempos históricos se 
relacionem entre si e, principalmente se relacione com o presente, o “aqui” do aluno. Mas 
todos esses conhecimentos devem se basear “em uma construção pedagógica que tenha como 
principal pressuposto do ensino a investigação, a pesquisa, a produção de saberes.” 
(FONSECA, 2003, p 160) e para isso o professor tem ao seu alcance inúmeras estratégias. Ele 
pode planejar aulas interativas, com discussões coletivas ou em grupo, propor temas para 
pesquisas, individual ou em grupo, visitas a museus bibliotecas, arquivos ou lugares de 
interesse histórico na sua região, entrevistas, além é claro, das inúmeras linguagens 
(dramatização, escrita, oral, tecnológica, para citar algumas). A variedade de linguagens, que 
coabitam no cotidiano dos alunos e do professor, é essencial nesse componente. 
A formação do aluno/cidadão se inicia e se processa ao longo de sua vida nos 
diversos espaços de vivência. Logo, todas as linguagens todos os veículos e 
materiais, frutos de múltiplas experiências culturais vírgulas contribuem com a 
produção /difusão de saberes históricos responsáveis, pela formação do pensamento, 
tais como os meios de comunicação de massa - rádio, TV, imprensa em geral -, 
literatura, cinema, tradição oral, monumentos, museus etc.” (FONSECA, 2003, p 
164) 
Mais adiante, no mesmo livro, Fonseca (2003), chama a atenção para a importância da 
formação de um aluno/cidadão por meio do ensino de história, mas questiona, qual tipo de 
cidadão queremos formar? A resposta não é simples e requer do professor, como individuo 
histórico, cultural e atuante, um posicionamento político, não no sentido partidário 
doutrinador, e sim, em um contexto amplo, em sua visão de mundo e do futuro do país. 
 
 
 
 
 
 
4.3 Interdisciplinaridade. 
O ensino por meio da interdisciplinaridade pressupõe o estudo de um mesmo tema por várias 
componentes curriculares simultaneamente. Assim, um determinado tema é abordado sob 
múltiplas perspectivas, possibilidade aos alunos, uma maior compreensão da temática 
estudada através de uma visão mais ampla sobre o objeto de estudo e isso faz com que 
os alunos fiquem mais críticos e reflexivos. Apesar de a BNCC recomendar essa metodologia 
entre o maior número de componentes possíveis, percebe-se que as ciências da natureza e, 
principalmente, as ciências humanas possuem qualidades (objetos de estudo, natureza 
investigativa e cientifica que podem facilitar nesse processo. Para Fonseca, 
o tema é instigante por diversas razões, mas fundamentalmente porque faz pensar na 
construção de propostas pedagógicas capazes de garantir o princípio que funda e 
justifica a educação escolar: o desenvolvimento pleno do educando nas suas 
múltiplas dimensões: cognitivas, sociais, políticas. afetivas, éticas e estética. 
((FONSECA, 2003, p 99)) 
 
5 DESCRIÇAO E ANÁLISE DAS ATIVIDADES REALIZADAS. 
 
5.1 Observação de aulas. 
A proposta dessa prática pedagógica prevê a observação de 3 aulas, uma de cada 
componente curricular. Devido a pandemia, as aulas assistidas foram online, no site do Centro 
de Medias da Educação de São Paulo. Essas aulas, veiculadas por todos o estado para todos os 
alunos de ensino público (estadual), foram uma das formas que o governo de São Paulo 
encontrou para tentar suprir a ausência das aulas presenciais. Ficou evidente, que nessas 
circunstancias, muitas das teorias e práticas metodológicas estudadas nessa disciplina não 
foram encontradas nas aulas, como, por exemplo a interação professor/aluno (feita, 
ineficientemente, por meio do chat), a interação aluno/aluno (inexistente) e, mesmo, o 
planejamento pedagógico do professor ou professora que é centrado nos alunos de uma turma 
especifica e que deveria levar em conta tanto os saberes prévios dos educandos como seus 
níveis de desenvolvimento e dificuldades. Apesar de toda essa dificuldade notou-se que os 
professores e professoras estavam tentando ao máximo passar conteúdos de maneira 
interessante, com linguagem adequada, pequenas problematizações e boa vontade. 
 
5.2 Elaboração de sequencias didáticas. 
Foram elaborados 2 planos de aulas para o 1º ano do ensino fundamental, com a 
duração de 4 aulas cada. O primeiro de ciências com interdisciplinaridade com história e 
geografia e o segundo um plano interdisciplinar com história e geografia. Para a elaboração 
desses planos, além da interdisciplinaridade, foram usados inúmeras estratégia como, por 
exemplo, rodas de conversas, dramatização, pesquisa de campo, entrevistas, atividades 
praticas e de observação. 
 
5.2.1 Plano de aula 1 - Ciências, história e geografia 
É por meio do corpo físico que se atua no mundo, para pegar um lápis, usa-se as mãos, 
para comer, a boca, para ver os olhos e assim por diante. Pode-se até dizer que, na verdade, é 
o cérebro que envia estímulos, através de ondas eletromagnéticas, para os membros, mas, em 
última instancia, são os membros que agem e podem transformar o meio. É também, através 
do corpo físico que se tem a primeira impressão sobre outra pessoa, se ela é alta, tem uma 
testa grande ou braços longos, antes mesmo de decidir se ela é bonita ou feia ou outros 
conceitos subjetivo e socialmente construído. 
Localizar, nomear e representar graficamente (por meio de desenhos) partes do corpo 
humano e explicar suas funções. É uma das habilidades prevista pela BNCC para o 1º ano do 
 
 
ensino fundamental no componente curricular de ciências. Nesse plano de aula pretende-se 
relacionar as partes do corpo externas e suas funções com atividades de trabalho (quais partes 
do corpo são necessáriaspara desempenhar uma determinada profissões) das diferentes 
pessoas do ambiente familiar dos alunos, dando, assim, a eles a oportunidade de observar e 
identificar as diferentes funções desempenhadas pelos membros de suas famílias, geralmente 
em um espaço diferente do que o âmbito familiar. Tais relações vão em direção do 
desenvolvimento de habilidades relacionadas pela BNCC aos componentes curriculares de 
geografia e história. 
No decorrer das aulas os alunos terão a oportunidade de explorar as problematizações 
trazidas pelo professor por meio de conversas coletivas e interações em pequenos grupos, 
atividades práticas de desenho, identificação das partes do corpo, mímica (que não deixa de 
ser uma forma de dramatização) que serão realizadas em grupos e individualmente e, para 
iniciar os alunos em um fazer ou pensar científico, uma pesquisa de campo com elaboração de 
um relatório coletivo. 
 
5.2.2 Plano de aula 2 - História e geografia. 
Esse plano de aula tem como tema os jogos e brincadeiras. Se olharmos os jogos e 
brincadeiras em uma perspectiva que eles “representam uma articulação-chave em qualquer 
sociedade, e é um meio poderosíssimo de formar comportamentos”. (SOLER, 2008, p. 28). e 
de que “a maneira como se joga pode tornar o jogo mais importante do que imaginamos, pois 
significa nada menos que a maneira como, estamos no mundo.” (ORLICK 1989, p. 108), 
podemos entendê-los como um campo fértil para uma análise de relações sociais e culturais. É 
inegável que nessa perspectiva os jogos e brincadeiras sustentam uma forte relação com 
conceitos estudados pelas ciências históricas e geográficas. Contudo, o objetivo desse plano 
de aula não é o de conceituar para os alunos teorias sobre os jogos e as brincadeiras e sim que, 
através deles, os alunos possam desenvolver conceitos iniciais e básicos sobre os 
componentes curriculares em questão, conceitos como hoje/antigamente, diversidade cultural 
(suas diferenças e semelhanças) e uma iniciação no letramento cartográfico. 
Por meio da observação de pinturas e fotos de diversas épocas e lugares diferentes, 
assim como trechos de filmes e documentários, conversas coletivas e atividades práticas 
(desenhos e os jogos e as brincadeiras per se) busca-se criar um questionamento nos alunos 
em cima do que eles já sabem e conhecem visando assim uma ampliação desses 
conhecimentos. A elaboração e execução da entrevista com um membro de mais idade da 
família tem como pressuposto uma iniciação no processo científico de fazer história, assim 
como o desenho de um mapa simples, extraído da brincadeira de amarelinha (e suas inúmeras 
variantes), uma iniciação ao letramento cartográfico. 
 
5.3 Aplicação. 
Devido ao avanço da pandemia não foi possível a aplicação das sequencias didáticas. 
Contudo, foram gravados 2 vídeos, um para cada sequência didática, com os pressupostos 
teóricos e as linhas gerais das sequencias elaboradas. 
 
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Como já mencionado a BNCC entende as áreas de conhecimentos das ciências da 
natureza e das ciências humanas como umas fortes aliadas no desenvolvimento integral do 
aluno e seu desenvolvimento para tornar-se um cidadão crítico, reflexivo, que respeite da 
diversidade humana, consciente e atuante em seu meio social e físico, assim como 
desenvolver o raciocínio espacial e temporal. Para o futuro professor é essencial entender os 
 
 
pressupostos teóricos, as práticas pedagógicas e a complexa realidade das salas de aula e seus 
desafios. A articulação teórica pratica dessa prática pedagógica, com certeza, é um 
movimento importante nessa direção. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 REFERENCIAS 
BRASIL. Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Educação é a Base. Brasília, 
MEC/CONSED/UNDIME, 2017. Disponível em: 
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/wpcontent/uploads/2018/11/7._Orienta%C3%A7%C3
%B5es_aos_Conselhos.pdf Acesso em: 02.03.2021 
 
CAVALCANTI, Lana de Souza. Geografia, escola e construção de conhecimentos. 
Campinas, SP: Papirus, 2015. 
 
FARAGO, Alessandra Corrêa; BARBIERI, Neusa Regina Pires. Fundamentos e Métodos de 
Ensino das Ciências da Natureza. Batatais: Claretiano, 2014. 
 
FONSECA, Selva Guimarães. Didática e Prática de ensino em História. Campinas: Papirus, 
2003 
 
ORLICK, Terry. Vencendo a competição. São Paulo: Círculo do Livro, 1989. 
 
SOLER, Reinaldo. Brincando e aprendendo com os jogos cooperativos. Rio de Janeiro: 
Sprint, 2008 
 
SPERANDIO, Maria Regina da Costa; ROSSIERI, Renata Aparecida; ROCHA, Zenaide de 
Fátima Dante Correia; GOYA, Alcides. O ensino de ciências por investigação no processo de 
alfabetização e letramento de alunos dos anos iniciais do ensino fundamental. Porto Alegre: 
EM ENSINO DE CIÊNCIAS (UFRGS), v. 12, p. 1-17, 2017. Disponível em: 
https://fisica.ufmt.br/eenciojs/index.php/eenci/article/view/623. Acesso em: 02.05.2021 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/wpcontent/uploads/2018/11/7._Orienta%C3%A7%C3%B5es_aos_Conselhos.pdf
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/wpcontent/uploads/2018/11/7._Orienta%C3%A7%C3%B5es_aos_Conselhos.pdf
https://fisica.ufmt.br/eenciojs/index.php/eenci/article/view/623
 
 
ANEXOS 
 
Observação de aulas de ciências 
 
Observação de aulas de geografia 
 
Observação de aulas de histórias 
 
Plano de aula – Ciências, geografia e história 
 
Plano de aula – Geografia e história 
 
Documentos: Termo de consentimento livres das professoras entrevistadas na primeira parte 
da prática pedagógica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Observação - Aula de ciências: 
1. Componente curricular: Ciências da natureza 
2. Duração: 25min 
3. Professora: Juliana Naddeo e Franciele Lopes 
4. Ano/Série: 1º 
5. Unidade temática/objeto de conhecimento: Vida e evolução / Corpo humanas, 
respeito à diversidade 
6. Habilidade(s): (EF01CI03) Discutir as razões pelas quais os hábitos de higiene do 
corpo (lavar as mãos antes de comer, escovar os dentes, limpar os olhos, o nariz e as 
orelhas etc.) são necessários para a manutenção da saúde 
7. Link: https://repositorio.educacao.sp.gov.br/#!/midia?videoPlay=8457&id=659 
8. Principais conceitos utilizados: Alimentação balanceada, importância da higiene 
bucal, como escovar os dentes corretamente. 
9. Recursos didáticos Slides: lousa digital, uma réplica da cabeça de um jacaré (feito de 
papelão), interação pelo chat, desafio em aula, atividade prática, cruzadinha 
10. Proposta de atividades: Escovação de dente 
11. Trabalho interdisciplinar: No final da aula, ocorreu a proposição de uma mina palavra 
cruzada, criando assim uma interdisciplinaridade com o componente de língua 
portuguesa (alfabetização). 
12. Breve relato da aula: Depois de um breve momento para as boas-vindas, a professora 
introduziu a figura do Bocão, um jacaré com hábitos alimentares bastante saudáveis 
(nesse momento a professora ressaltou a importância de uma alimentação balanceada), 
mas que, mesmo assim começou a sentir dor de dentes e foi procurar um dentista, o Dr. 
Passarinho, e descobriu que tinha uma carie. Nesse momento a professora perguntou 
aos alunos se eles já tiveram dor de dente, e porque as caries acontecem, depois de ouvir 
algumas respostas dadas pelos alunos via chat, ela pediu para que todos pegassem as 
escovas de dentes para aprenderem como se escova o dente corretamente, essa parte da 
aula foi feita com a alternância de slides mostrando como se deve escovar os dentes e a 
professora, com uma escova varremesa de cerdas brancas (simulando a escova de 
dentes) escovando os dentes da réplica do jacaré. O uso de fio dental pós escovação foi 
rapidamente mencionado. No final dessa aula a professora executou uma pequena 
palavra cruzadas (com palavrasreferentes ao conteúdo da aula). 
13. Análise crítica da aula: Certamente uma aula relevante para a aprendizagem dos alunos 
dessa faixa etária. Tentou-se, através do chat uma interação professor/aluno que, 
evidentemente (por não ser uma aula presencial), não foi suficiente. A professora usou 
uma linguagem adequada e tentou, através da atividade prática engajar os alunos nas 
aprendizagens. Diferente dos slides que demonstravam como escovar os dentes bem 
apropriados para a idade dos alunos, a história do jacaré, que aparentemente foi colocada 
na aula como estratégia de segurar a atenção dos alunos, juntamente com suas 
ilustrações soou um pouco infantil e de pouca relevância para o contexto da aula. Teria 
sido mais efetivo se a professora apenas conversa com os alunos nessa parte podendo, 
assim, dar um maior tempo para a interação no chat. Acredito que a substituição do 
fantoche do jacaré por uma representação de uma arcada dentaria humana, mesmo que 
rudimentarmente confeccionada, deixaria a aula com um “teor mais científico”. A 
interdisciplinaridade com as aulas de alfabetização certamente contribuiu para tornar a 
aula mais interessante do ponto de vista da prática pedagógica. 
 
 
Observação - Aula de geografia: 
1. Componente curricular: Geografia 
2. Data da aula: 07/12/2020 
3. Duração: 25min 
4. Professora: Kelly Cristina de Souza Barroso Muniz Moraes 
5. Ano/Série: 1º ano 
6. Unidade temática/objeto de conhecimento: Formas de representação e pensamento 
espacial / Pontos de referência. 
7. Habilidade(s): (EF01GE09) – Elaborar e utilizar mapas simples para localizar 
elementos do local de vivência, considerando referenciais espaciais (frente e atrás, 
esquerda e direita, em cima e embaixo, dentro e fora) e tendo o corpo como referência. 
8. Link: https://repositorio.educacao.sp.gov.br/#!/midia?videoPlay=5894&id=457 
9. Principais conceitos utilizados: Mapas como referência representativa de espaço 
físico, referencias espaciais a partir do próprio corpo. Letramento cartográfico. 
10. Recursos didáticos utilizados: Slides, lousa digital, experimento prático. 
11. Proposta de atividades: Analisar e compreender um mapa simplificado do ambiente 
escolar. 
12. Trabalho interdisciplinar: Durante a aula houve momentos em que os alunos tinham 
que escrever as respostas das perguntas, criando assim uma interdisciplinaridade com o 
componente de língua portuguesa (alfabetização) 
13. Breve relato da aula: Depois de um breve momento de boas-vindas a professora 
anunciou o tema da aula, fazer observações acerca de um mapa de uma escola tendo 
como referência o próprio corpo. Antes de mostrar o mapa a professora executou um 
exercício pratico (ela chamou de aquecimento) para firmar os conceitos de referência 
corporal. Convidou os alunos a ficarem de pé e pediu que eles imaginassem quatro 
linhas horizontais imaginarias em partes especificas do corpo (sobre a cabeça, no 
pescoço, na cintura e sob os pês), dividindo o corpo em três partes (cabeça, tronco e 
pernas e pés). Então, utilizando essa divisão como referência, ela pediu que os alunos 
tocassem partes do corpo (por exemplo: Toquem uma parte do corpo que está abaixo da 
cabeça) Uma vez concluída esse exercício ela mostrou aos alunos um mapa simplificado 
de uma escola, reforçando o conceito de que mapas são representações de um espaço 
físico. Depois de observar com os alunos cada ambiente representado no mapa, 
perguntou se a escola do mapa era igual, parecida ou diferente das escolas dos alunos. 
Logo após ele propôs uma série de questões, para serem respondidas por escrito, sobre 
a forma (geométrica) que os ambientes eram representados, se haviam ambientes 
representados de formas ou cor diferentes, quais os ambientes que ficavam à esquerda 
ou a direita de uma área delimitada do mapa. Feito isso a professora se despediu e 
encerrou a aula. 
14. Análise crítica da aula: Por se tratar de uma aula online, veiculada para todo o estado 
de São Paulo, a interação professor/aluno foi mínima, resumindo a algumas interações 
no chat. Contudo, e dada as circunstâncias, essa aula foi muito bem estruturada. 
Primeiro houve o exercício pratico de aquecimento que, além de propiciar a aquisição 
de alguns conteúdos, foi uma maneira divertida de começar a aula. A parte da aula 
referente ao mapa foi boa, com várias problematizações trazida pela professora acerca 
do mapa projetado na tela. Com a falta de interação já mencionada, foi difícil comprovar 
a eficácia metodologia usada, mas acredito que os alunos, que assistiram essa aula com 
atenção e realizado, em casa, as atividades propostas, tenham adquirido alguns novos 
conhecimentos nesse processo. 
 
 
Observação - Aula de história: 
1. Componente curricular: História. 
2. Data da aula: 19/04/2021 
3. Duração: 25min 
4. Professor: Sebah Nunes 
5. Ano/Série: 1º ano 
6. Unidade temática/objeto de conhecimento: Mundo pessoal: meu lugar no mundo / As 
diferentes formas de organização da família e da comunidade: os vínculos pessoais e as 
relações de amizade e Identificar, respeitar e valorizar as diferenças entre as pessoas de 
sua convivência1. 
7. Habilidade(s): (EF01HI03) – Identificar, descrever e distinguir os seus papéis e 
responsabilidades relacionados à família, à escola e à comunidade. E (EF01HI09*) – 
Identificar, respeitar e valorizar as diferenças entre as pessoas de sua convivência2. 
8. Link: https://repositorio.educacao.sp.gov.br/#!/midia?videoPlay=9869&id=458 
9. Principais conceitos utilizados: A escola em diferentes tempos e espaço. O que é uma 
escola, importância de uma boa convivência. 
10. Recursos didáticos utilizados: Slides, lousa digital, interatividade via o chat. 
11. Proposta de atividades: Discussão, pesquisa (para ser realizada oralmente). 
12. Breve relato da aula: Depois de um momento de boas-vindas, agradecimentos e 
registro do dia no caderno, o professor relembrou que, como os alunos já haviam 
estudado em aulas passadas, o primeiro espaço de convivência de uma pessoa é a família 
e indagou, mas qual seria o segundo espaço de convivência? Sim, a escola. O professor 
então, passou a explicar o conceito de convivência relacionando-o com às palavras 
conviver, coexistir, equilíbrio e harmonia e seus respectivos significados. Então, através 
de uma imagem em um slide, os alunos foram introduzidos a personagem Carla, uma 
menina loira e clarinha (um tipo de desenho muito parecido com aqueles desenhos das 
cartilhas das décadas passadas) que os acompanharia nas descobertas diferentes escolas 
em diferentes tempos. Nessa parte da aula o professor questionou os alunos com a 
pergunta, será que todas as escolas são iguais, ou há diferenças entre as escolas antigas 
e de hoje em dia ou mesmo de uma outra parte do país? E lançou o desafio (um dever 
de casa), uma pesquisa, onde os alunos deveriam perguntar a seus pais, avos ou 
familiares com mais idade como era a escola na sua infância. Ainda com a ajuda das 
imagens da Carla o professor explicou o conceito de escola e aproveitou para, junto com 
os alunos, criar uma imagem de quais tipos profissionais trabalham (ou são necessários), 
em uma escola, Antes de terminar a aulo foi mostrado uma imagem de uma sala de aula 
na Guiné-Bissau dos anos setenta e uma imagem de uma escola atual, e os alunos foram 
questionados sobre as diferenças e semelhanças entre essas duas escolas. A finalização 
da aula foi uma pergunta (múltipla escolha) para os alunos responderem em casa. 
13. Análise crítica da aula: Apesar de a linguagem do professor estar adequada a faixa 
etária em questão, essa aula foi bastante conceitual, no sentido de transmitir conteúdo. 
Houve muito pouco interação, a distância via chat, com os alunos, apesar de o professor 
ter formulado várias perguntas (mas não esperou por resposta) e explicou vários 
conceitos. Apenas quando ele, junto dos alunos, tentou descobrir quem trabalha na 
escola nas escolas foi que o professorleu algumas respostas postadas pelos alunos. A 
estratégia de pedir para os alunos fazerem uma entrevista com pais, mães, avos, está 
bem alinhada com o material estudo. Foram mostradas apenas 2 figuras de escola, uma, 
mais antiga, na Guiné-Bissau, trazendo assim um pequeno elemento da história da 
África, e outra da atualidade. O passo da aula foi rápido, o professor tentou trazer muita 
 
 
informação, conteúdo, em um pequeno espaço de tempo. A figura da menina Carla, loira 
e de tez bem clara, certamente não corresponde com o biotipo da maioria dos estudantes 
das escolas públicas e causou estranheza, pois um sistema escolar que prega a 
importância da identidade e diversidade deveria ser mais cauteloso com essas questões. 
Notas 
1- Objeto de conhecimento específico do Currículo Paulista 
2- Habilidade específica do Currículo Paulista

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