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Portfólio 2 - Fundamentos e Métodos do Ensino de Ciências da Natureza e Humana - Euclides Garuti Jr - RA (8115489)

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Euclides Garuti Junior - RA (8115489)
Graduação a Distância
Pedagogia (Licenciatura) - DGPED2102RCOA1I
Tarefa Portfólio 2
Fundamentos e Métodos do Ensino de Ciências da Natureza e Humana
Batatais 2021
Descrição da atividade
a) Objetivos
Refletir sobre as possibilidades e desafios do ensino de Ciências, História e Geografia nos anos iniciais do Ensino Fundamental.
Repensar as práticas educativas do ensino de Ciências, História e Geografia nos anos iniciais do Ensino Fundamental.
Elaborar uma proposta de trabalho interdisciplinar que possibilite a construção de conhecimentos significativos e contextualizados.
b) Descrição da Atividade
3ª etapa - Observação
Esta etapa consiste no momento de observação de ambientes e situações de aprendizagem, ou seja, de aulas de Ciências, História e Geografia nos anos iniciais do Ensino Fundamental.
Para iniciar esta etapa, entre em contato com o(s) professor(es) da escola em que está realizando as atividades deste projeto de prática, verifique os horários das aulas de cada componente curricular e, depois, acompanhe o desenvolvimento de uma aula de cada um dos seguintes componentes: Ciências, História e Geografia.
Obs.: as aulas observadas devem ser do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental; após realizar a observação das aulas, o professor que as acompanhou deverá assinar o documento comprobatório conforme modelo disponível na aba Prática.
Caso não seja possível observar essas aulas presencialmente, propomos que analise as videoaulas desenvolvidas no período da pandemia, disponíveis nos repositórios das secretarias estaduais de educação de São Paulo e Minas Gerais ou de outro estado a que tiver acesso.
Escola interativa SEE-MG.
Centro de Mídias da educação de São Paulo.
Para analisar essas aulas, utilize o seguinte modelo:
Componente curricular.
Data da aula.
Duração.
Professor(a).
Ano/Série.
Unidade temática/objeto de conhecimento (conteúdo desenvolvido).
Habilidade(s).
Principais conceitos utilizados.
Recursos didáticos utilizados (imagem, vídeo, experimento etc.).
Proposta de atividades.
Referências utilizadas.
Trabalho interdisciplinar.
Breve relato da aula.
Análise crítica da aula (apresentar aspectos positivos e negativos, relação com os estudos realizados na disciplina, adequação à faixa etária, relevância para aprendizagem dos estudantes, etc.).
Depois de analisar as aulas, disponibilize os roteiros como anexo do relatório final deste projeto de prática.
4ª etapa - Planejamento
Nesta etapa, após a observação das aulas de Ciências, História e Geografia, você deverá planejar ações de ensino que atendam às necessidades de aprendizagem observadas.
Desse modo, propomos que você escolha um ano/série do Ensino Fundamental (do 1º ao 5º ano) e, em seguida, elabore dois planos de aula/sequências didáticas, com o tempo previsto de 4 aulas cada, em uma perspectiva interdisciplinar: o primeiro, envolvendo a área de Ciências Humanas e os componentes curriculares (História e Geografia) e o segundo, as áreas de Ciências da Natureza e Humanas e os componentes curriculares Ciências, História e Geografia.
Os Planos de aula/Sequências didáticas deverão ser desenvolvidos conforme o modelo do Claretiano.
Clique aqui para obter acesso ao modelo de plano de aula.
Depois de elaborar os Planos de aula/Sequências didáticas, disponibilize-os como anexo do relatório final deste projeto de prática.
5ª etapa - Aplicação
Nesta etapa, você deverá aplicar os Planos de aula/Sequências didáticas propostas como regência em ambientes de aprendizagem na escola que está realizando as atividades deste projeto de prática.
Obs.: após realizar as regências, o professor que as acompanhou deverá assinar o documento comprobatório conforme modelo disponível na aba Prática.
Caso não possa realizar as regências presencialmente, propomos a gravação de um vídeo para cada um dos Planos de aula/sequências didáticas com, no mínimo, 5 (cinco) e, no máximo, 8 (oito) minutos de duração, problematizando e apresentando a temática proposta e seus principais conceitos.
Comece pela elaboração de um roteiro escrito, considerando que as informações apresentadas devem introduzir a temática das aulas e orientar o desenvolvimento do plano de aula/sequência didática. Essa estratégia ajudará você na administração do tempo de duração do vídeo e na sequência das informações.
Depois de elaborar os roteiros, grave os vídeos e, em seguida, disponibilize os endereços de acesso ou os arquivos compactados como anexo do relatório final deste projeto de prática.
Atenção! É possível criar, gravar e hospedar vídeos no YouTube ou gravá-los a partir de aplicativos do smartphone.
6ª etapa - Relatório final
Nesta etapa, você deverá elaborar e entregar um relatório final crítico-reflexivo acerca da prática desenvolvida.
A estrutura do relatório deve conter:
Capa.
Introdução (justificativa e objetivos das atividades realizadas).
Fundamentação teórica (conforme estudo dos referenciais indicados na disciplina).
Descrição e análise das atividades realizadas (observação, planejamento e aplicação, articulando teoria e prática).
Considerações finais (contribuição das atividades realizadas para a formação docente).
Referências utilizadas.
Anexos (relatórios de observação das aulas/planos de aulas/sequências didáticas desenvolvidas/links ou arquivos dos vídeos gravados).
Normas para elaboração do relatório:
No mínimo, 5 e, no máximo, 8 laudas (Fonte Arial ou Times New Roman, tamanho 11 ou 12, espaçamento simples).
Seguir normas da ABNT.
c) Critérios de avaliação
Na avaliação desta atividade, serão utilizados como critérios:
Uso da norma-padrão da Língua Portuguesa e das normas da ABNT.
Articulação dos objetivos, conteúdos e estratégias de ensino.
Organização dos planos de aula/sequências didática contendo os itens indicados para sua elaboração.
Clareza na exposição de informações e ideias sobre as temáticas das aulas.
Capacidade de análise dos dados coletados e articulação com os referenciais estudados.
Clareza e objetividade na elaboração do relatório.
d) Pontuação
De 0 a 10 pontos.
1. INTRODUÇÃO 
Durante o século passado o ensino de ciências da natureza e ciências humanas nem sempre teve seu lugar garantido nos primeiros anos de educação formal dos alunos brasileiro, foi, por várias vezes, alvo de discussões a respeito de sua real eficácia no desenvolvimento necessário da criança, assim como, muitas vezes, objeto para uma doutrinação de natureza ideológico e político. Atualmente a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) vê nessas
disciplinas um aliado importante no desenvolvimento integral do aluno, pois, através delas, os alunos têm a oportunidade de conhecer o mundo físico e atuar sobre ele, desenvolver habilidades de argumentação e raciocínio, noções de tempo e espaço e cidadania. Habilidades e elementos fundamentais para formar um indivíduo capaz de refletir sobre a própria existência, de dar valor aos direitos humanos e a diversidade e de agir com autonomia e a responsabilidade coletiva sobre o mundo a ser herdado pelas próximas gerações.
Contudo, a BNCC não pode, e nem tem a intenção de ser vista como um currículo e sim, como um documento balizador das habilidades e aprendizagens do aluno durante sua educação formal. Em uma analogia simplista a BNCC pode ser vista como um mapa que apenas indica o caminho a ser seguido, cabe ao professor, em articulação com o currículo (estadual ou
municipal) e a proposta político pedagógico da instituição de ensino a qual ele pertence, encontrar a melhor forma de trilhar esse caminho, usando de seus conhecimentos teórico práticos acerca do fazer pedagógico para melhor enfrentar os obstáculos e desafios presentes na sala de aula.
2. OBJETIVOS
Compreender o processo de construção do conhecimento escolar nas áreas de Ciências da Natureza e Humanas.
Refletir sobre algumas estratégias de ensino e experiências didático-pedagógicas do ensino de Ciências, História e Geografia nos anos iniciais do ensino fundamental.
Propor situações de aprendizagem que favoreçam o processo de construção das noçõese conceitos básicos nas áreas de Ciências da Natureza e Humanas nos anos iniciais do ensino fundamental.
3. FUNDAMENTOS TEÓRICOS.
Atualmente, como já mencionado, é a BNCC que prescreve as direções a serem tomadas durante a estadia dos alunos no âmbito escolar, portanto o seu entendimento é essencial para qualquer professor, seja ele um pedagogo experiente ou um futuro profissional da educação, pois suas práticas pedagógicas, sua atuação na sala de aula tem que estar fundamentada nas diretrizes propostas por esse documento, o que não significa, em hipótese alguma, menosprezar, os conhecimentos acerca do fazer pedagógico que a antecede.
De um modo geral a BNCC apregoa a importância de uma educação integral, o aluno, durante sua permanência na escola, deve, não apenas adquirir conteúdos pragmáticos, mas, também, adquirir habilidades para tornar-se um cidadão crítico, reflexivo, independente e atuante. Portanto, a simples transmissão de conhecimento, como concebida em um modelo de educação mais tradicional, não dariam conta do desenvolvimento esperado. No campo das ciências, da natureza e humana (cada uma delas com suas especificidades), espera-se que o aluno, eixo central do processo educacional, assume o protagonismo do seu aprendizado e, através de experiencias, experimentos, conhecimentos prévios, novos conhecimentos e conceitos, seja capaz de analisar, refletir criticamente e atuar sobre essas aprendizagens e desenvolver as habilidades esperadas, não basta saber, o aluno tem que saber (conceitos), saber fazer (pensar cientifico) e saber ser (se reconhecer como indivíduo que tem responsabilidades perante o mundo) para se tornar um ser humano pleno. Cabe a escola, como instituição formadora, oferecer espaços, oportunidades e conteúdo, que, aqui, refere-se a todos os processos do âmbito pedagógico, para esse desenvolvimento.
Por motivos didáticos e para uma melhor organização desse relatório, uma vez que cada componente curricular tem suas especificidades (tanto nos pressupostos teóricos, como em suas aplicações na prática), optou-se por organizá-los, separadamente, em itens, mesmo entendendo que, na prática da sala de aula, há uma melhor assimilação dos alunos, principalmente nos anos
iniciais do ensino fundamental, se forem trabalhadas, o máximo possível, em regime interdisciplinar.
4. Ciências da natureza.
As ciências da natureza preveem a alfabetização cientifica, “Para Lorenzetti e
Delizoicov (2001), a categoria letramento em Ciências refere-se à forma como as pessoas utilizarão os conhecimentos científicos, seja no seu trabalho ou na sua vida pessoal e social, a fim de auxiliar na tomada de decisões frente a um mundo em constante mudança.” (apud SPERANDIO; ROSSIERI; ROCHA; GOYA 2017, p. 15), ou seja, ao final do ensino básico o aluno deve estar apto a compreender os conceitos da ciência, a natureza do pensar científico, o impacto que a ciência e a tecnologia têm na sociedade e como agir sobre eles. É evidente que tais raciocínios complexos e capacidades de abstração não são esperadas dos alunos nesses anos iniciais, mas é neles que os conceitos básicos do saber científico são, através vivencias concretas, temas próximos ao cotidiano, interdisciplinaridade e sempre levando em consideração os conhecimentos prévios dos estudantes, fundamentados, garantindo ao aluno competências para o desenvolvimento de habilidades mais complexas.
Nesse sentido, não basta que os conhecimentos científicos sejam apresentados aos alunos. É preciso oferecer oportunidades para que eles, de fato, envolvam-se em processos de aprendizagem nos quais possam vivenciar momentos de investigação que lhes possibilitem exercitar e ampliar sua curiosidade, aperfeiçoar sua capacidade de observação, de raciocínio lógico e de criação, desenvolver posturas mais colaborativas e sistematizar suas primeiras explicações sobre o mundo natural e tecnológico, e sobre seu corpo, sua saúde e seu bem-estar, tendo como referência os conhecimentos, as linguagens e os procedimentos próprios das Ciências da Natureza. (BRASIL, 2017, p. 331).
Mas como trabalhar todos esses elementos em sala de aula? Em um primeiro momento é importante acessar os conhecimentos prévios dos alunos sobre o objeto de estudo, pois é esse conhecimento prévio aliado a problematização (novos conceitos, novas informações) trazida pelo professor e a proposta de atividade a ser exercida, que vai aguçar o interesse investigativo do aluno e dar-lhe oportunidade para a construção de novas aprendizagens. A problematização é sem dúvida um elemento chave no ensino de ciências.
De acordo com Zabala (1998), o professor poderá promover a desestabilização dos conhecimentos prévios, criando situações em que se estabeleçam os conflitos necessários para a aprendizagem - aquilo que estava suficientemente explicado não se mostra como tal na nova situação apresentada. (FARAGO; BARBIERI. 2014, p. 262).
Contudo, somente a problematização não é suficiente, é preciso que o professor oferece aos alunos atividades pedagógicas, aulas ou experimentos, onde eles possam investigar, interagir com o objeto estudado, com os colegas e com professor. Ciência é investigação e interação e nesse quesito há uma variedade de diferentes estratégias que podem ser usadas como, por exemplo, observação, experimentação e pesquisa em diferentes ambientes, uso de laboratório, aula expositiva dialogada. leitura de textos informativos, dramatização, estudo do meio, busca de informações em fontes variadas. Além das estratégias há uma infinidade de recursos que o professor pode lançar mão, recursos audiovisuais, jogos, confecção de portfólio, uso de livros didáticos, meios eletrônicos, para mencionar alguns. Cabe ao professor decidir, em seu planejamento pedagógico, quais, dentre as variedades de estratégias e recursos disponíveis, são as mais adequadas para promover um melhor desenvolvimento nos alunos de uma determinada turma em um determinado momento, com a ressalva de que tais práticas estejam alinhadas com o “projeto pedagógico e devem ser vistas no contexto da proposta educativa da escola e do professor, articulando-se a elas”. (FARAGO; BARBIERI. 2014, p. 260). Dito isso é importante frisar que o ensino de ciências, nos primeiros anos do ensino fundamental visa desenvolver nos alunos habilidades de observação do mundo ao seu redor (partindo do que é próximo para o mais distante), assim como motivá-los a pesquisar, experimentar, questionar e registrar os fatos, estimular suas capacidades de ouvir, falar, argumentar, debater e respeitar diferentes pontos de vista. E para isso é preciso que o professor os insira no centro da sua prática pedagógica, fazendo com que eles participem em todo o processo de aprendizagem e, mais importante, reconhecendo-os como “sujeitos intelectualmente ativos, que procuram compreender o mundo a seu redor, que aprendem, basicamente, por meio de suas ações sobre os objetos do mundo, os quais se convertem em objetos do seu conhecimento.” (FARAGO; BARBIERI. 2014, p. 263).
5. Ciências Humanas
De acordo com a BNCC, os estudos das ciências humanas abrangem os componentes curriculares, geografia e história.
5.1 Geografia
O componente geografia prevê que, o aluno, no decorrer do ensino fundamental, seja capaz de reconhecer o espaço geográfico como uma construção histórico e as relações sociedade/natureza como parte desse processo de construção, ampliando assim sua consciência ambiental e reforçando sua identidade como sujeito histórico e social capaz de atuar sobre o mundo onde vive. Respeitando os princípios de progressão de habilidades prescrito pela BNCC, essa aprendizagem se dá dos conteúdos mais simples para os mais complexos, portanto, nos anos iniciais os reconhecimentos de espaços e sua relação com a sociedade e natureza são direcionadas as experencias cotidianas do aluno. “Nessa fase, é fundamental que os alunos consigam saber e responder algumas questões a respeito de si, das pessoas e dos objetos: Onde se localiza? Por que se localiza? Como se distribui? Quais são as característicassocioespaciais?” (BRASIL, 2017, p. 367), é através da concretude das situações que aluno vai assimilando conceitos simples, mas essenciais, para suas futuras aprendizagem. Outro aspecto importante do ensino da geografia nos anos iniciais é o início do desenvolvimento de uma consciência cartográfica que o habilitara, mais adiante, a compreender e analisar mapas. 
A geografia é a ciência que estuda os espaços e suas relações no âmbito físicas, social e
cultural. E é com esse pensar científico que ela deve ser transportada para a esfera da educação e da sala de aula, mesmo nos anos iniciais do ensino fundamental. É importante que o professor polivalente, que não é, necessariamente, um geografo por formação, se aprofunde nos conceitos geográficos para conseguir criar estratégias pedagógicas eficientes que ajudem os alunos nas aprendizagens e desenvolvimento necessários nesse componente. É importante que os alunos, nessa fase da educação sejam capazes de observar, investigar criar hipóteses (mesmo que de maneira ainda simples) sobre o espaço ao seu redor, ensinar geografia nessa etapa não é ensinar (no sentido tradicional da palavra) conceitos geográficos e sim, fazer com que os alunos, através de suas pesquisas, comecem a construir esses conceitos. Contudo, deve-se levar em conta que:
O conhecimento e as representações dos alunos no processo de ensino, particularmente nas series iniciais [...] quando é maior a dificuldade fazer abstrações que não partam de algo vivenciado empiricamente. Nesse sentido, chama-se a atenção para a importância de colocar em relevo os significados dos conceitos aqui trabalhados no nível do vivido, para se poder efetivar um trabalho de construção que ultrapasse esse vivido (CAVALCANTI, 2015. p 105)
Portanto o ensino de geografia deve, inicialmente, ser pautado no cotidiano dos alunos, naquilo que lhes é conhecido, nos seus saberes prévios, mas assim como em ciências da natureza, é essencial que o professor problematize, provoque, com novos conhecimentos e desafios para que os alunos possam avançar em suas aprendizagens. Além das atividades em grupo, que contribuem para o desenvolvimento de habilidades de comunicação e argumentação, as atividades individuais, as atividades práticas, que visam aguçar a curiosidade dos alunos para determinado objeto de aprendizagem, o professor deve colocar em sua grade curricular momentos para desenvolver pesquisa de campo, que, inicialmente, podem ser nos arredores da escola, no pátio ou mesmo na própria sala de aula, para depois aumentar o seu escopo (uma ótima oportunidade para fazer uso das tecnologias digitais, como por exemplo o Google Maps). Nessas pesquisas de campo a observação da paisagem, como um espaço construído que é influenciado e influencia o homem, pode dar vazão a uma serie de descobertas e hipóteses que vão na direção da aquisição dos conceitos necessários para o pensar geográfico. “Ligada a função psíquica de um plano mais sensorial, a observação é fundamental para produzir motivação, com base na problematização do real observado e, consequentemente, possibilitar a construção do conhecimento.” (CAVALCANTI, 2015. p105). Outro aspecto importante, e específico do componente curricular geografia é o letramento cartográfico. “O mapa é uma forma de expressão muito característica do discurso geográfico, é uma linguagem peculiar dessa ciência e precisa ser aprendida pelos alunos.” (CAVALCANTI, 2015. p 150) e deve ser apreendido progressivamente, começando do simples, do que está próximo a realidade do aluno e, paulatinamente, desenvolver-se para atividades de leitura e desenho de mapas mais complexos. Pode-se iniciar, por exemplo, com mapas imaginários, extraídos de contos de fadas ou brincadeiras tradicionais, para depois desenhar mapas da sala de aula, da escola e do seu entorno e assim por diante, sempre com o aluno como referência. Habilidades que dizem respeito a lateralidade, a compreensão de grandezas e escalas e o próprio conceito de que mapas tem a função de representar graficamente espaços físicos reais, assim como especificidades e características desse espaço, aos poucos vão sendo desenvolvido no decorrer dos anos iniciais do ensino fundamental. É importante lembrar que o letramento cartográfico também envolve a capacidade de ler e interpretas gráficos e diagramas, atividades que tem uma grande relação com a linguagem matemática.
5.2 História
No componente de história são exploradas relações entre homem, sociedade espaço e cultura só que com uma diferente abordagem. Para esse componente as relações temporais são muito importantes, para se entender o presente é de suma importância que o passado seja entendido. O entendimento e a reflexão crítica e multilateral das inúmeras narrativas que compõe o arcabouço, a herança histórico-cultural de um povo (sejam eles m(eu) povo ou o povo de outro sujeito) provocam no aluno a aprendizagem de habilidades de “comunicação e diálogo, instrumento necessário para o respeito à pluralidade cultural, social e política, bem como para o enfrentamento de circunstâncias marcadas pela tensão e pelo conflito” (BRASIL, 2017, p. 398), Assim como nos outros componentes, o ensino de história nos anos iniciais baseia-se nas experencia cotidianas e próximas dos alunos e aos poucos vai distanciando e ampliando seu escopo. O tempo vivido, que é o tempo biológico (infância vida adulta velhice), que já são temas presentes no ensino infantil, aos poucos dá lugar a compressão do tempo concebido, um tempo culturalmente construído (o cronológico, por exemplo, nas culturas ocidentais) e finalmente, um pouco mais a frente, do tempo histórico. É na interação desses três conceitos de
tempo que os se trabalha de relações temporais no aluno.
Pode-se dizer que o grande tema das aulas de história nos anos iniciais é “eu, os outros e nós”, um resgate de um dos campos de experencia da educação infantil, mas que aqui, recebe um significado específico. O “eu” representa um sujeito no tempo presente, dotado de uma identidade histórica e culturalmente construída e um potencial narrador de sua história; O “outro” pode ser entendido como a diversidade e pluralidades de “eus” que habitaram, habitam
e habitarão os espaços do planeta; O “nós”, por sua vez, é a experiência vivida que nos une como famílias, comunidades, cidades, nações e, em última instância, como raça humana. Através das diversas relações entre esses três objetos de conhecimento que os alunos vão gradualmente construindo conceitos sobre história e, também, sobre sua própria identidade. Contudo, o conhecimento histórico não é estático, muito menos temporalmente linear, o entendimento do que é um passado histórico só pode ser compreendido em relação ao um presente, onde se encontra o sujeito e é essa relação passado/presente que desenvolve no aluno um raciocínio temporal. Segundo a BNCC:
A relação passado/presente não se processa de forma automática, pois exige o conhecimento de referências teóricas capazes de trazer inteligibilidade aos objetos históricos selecionados. Um objeto só se torna documento quando apropriado por um narrador que a ele confere sentido, tornando-o capaz de expressar a dinâmica da vida das sociedades. Portanto, o que nos interessa no conhecimento histórico é perceber a forma como os indivíduos construíram, com diferentes linguagens, suas narrações sobre o mundo em que viveram e vivem, suas instituições e organizações sociais. (BRASIL. 2017, p. 397).
Mas, como trabalhar esse componente em sala de aula? Devido a pouca capacidade de abstração do aluno nessa fase é importante que, assim como geografia e ciências, se inicie com o que está próximo do aluno, temas como a história da escola, da família, do entorno escolar, do bairro aos poucos, com o passar do tempo, dão lugar a os estudos fatos históricos da cidade em que o aluno vive e finalmente a história do Brasil, mas não de maneira linear com datas e personagens a serem memorizados, mas de forma que os tempos históricos se relacionem entre si e, principalmente se relacione com o presente,o “aqui” do aluno. Mas todos esses conhecimentos devem se basear “em uma construção pedagógica que tenha como principal pressuposto do ensino a investigação, a pesquisa, a produção de saberes.” (FONSECA, 2003, p 160) e para isso o professor tem ao seu alcance inúmeras estratégias. Ele pode planejar aulas interativas, com discussões coletivas ou em grupo, propor temas para pesquisas, individual ou em grupo, visitas a museus bibliotecas, arquivos ou lugares de interesse histórico na sua região, entrevistas, além é claro, das inúmeras linguagens (dramatização, escrita, oral, tecnológica, para citar algumas). A variedade de linguagens, que coabitam no cotidiano dos alunos e do professor, é essencial nesse componente. 
A formação do aluno/cidadão se inicia e se processa ao longo de sua vida nos diversos espaços de vivência. Logo, todas as linguagens todos os veículos e materiais, frutos de múltiplas experiências culturais vírgulas contribuem com a produção /difusão de saberes históricos responsáveis, pela formação do pensamento, tais como os meios de comunicação de massa - rádio, TV, imprensa em geral -, literatura, cinema, tradição oral, monumentos, museus etc.” (FONSECA, 2003, p 164).
Mais adiante, no mesmo livro, Fonseca (2003), chama a atenção para a importância da formação de um aluno/cidadão por meio do ensino de história, mas questiona, qual tipo de cidadão queremos formar? A resposta não é simples e requer do professor, como individuo histórico, cultural e atuante, um posicionamento político, não no sentido partidário doutrinador, e sim, em um contexto amplo, em sua visão de mundo e do futuro do país.
6. Interdisciplinaridade.
O ensino por meio da interdisciplinaridade pressupõe o estudo de um mesmo tema por várias componentes curriculares simultaneamente. Assim, um determinado tema é abordado sob múltiplas perspectivas, possibilidade aos alunos, uma maior compreensão da temática estudada através de uma visão mais ampla sobre o objeto de estudo e isso faz com que os alunos fiquem mais críticos e reflexivos. Apesar de a BNCC recomendar essa metodologia entre o maior número de componentes possíveis, percebe-se que as ciências da natureza e, principalmente, as ciências humanas possuem qualidades (objetos de estudo, natureza investigativa e cientifica que podem facilitar nesse processo. Para Fonseca, o tema é instigante por diversas razões, mas fundamentalmente porque faz pensar na construção de propostas pedagógicas capazes de garantir o princípio que funda e justifica a educação escolar: o desenvolvimento pleno do educando nas suas múltiplas dimensões: cognitivas, sociais, políticas. afetivas, éticas e estética. ((FONSECA, 2003, p 99))
7. Descrição e análise das atividades realizadas
a. Observação de aulas
A proposta dessa prática pedagógica prevê a observação de 3 aulas, uma de cada componente curricular. Devido a pandemia, as aulas assistidas foram online, no site do Centro de Medias da Educação de São Paulo. Essas aulas, veiculadas por todos o estado para todos os alunos de ensino público (estadual), foram uma das formas que o governo de São Paulo encontrou para tentar suprir a ausência das aulas presenciais. Ficou evidente, que nessas circunstâncias, muitas das teorias e práticas metodológicas estudadas nessa disciplina não foram encontradas nas aulas, como, por exemplo a interação professor/aluno (feita, ineficientemente, por meio do chat), a interação aluno/aluno (inexistente) e, mesmo, o planejamento pedagógico do professor ou professora que é centrado nos alunos de uma turma especifica e que deveria levar em conta tanto os saberes prévios dos educandos como seus níveis de desenvolvimento e dificuldades. Apesar de toda essa dificuldade notou-se que os professores e professoras estavam tentando ao máximo passar conteúdos de maneira interessante, com linguagem adequada, pequenas problematizações e boa vontade.
b. Elaboração de sequencias didáticas.
Foram elaborados 2 planos de aulas para o 1º ano do ensino fundamental, com a duração de 4 aulas cada. O primeiro de ciências com interdisciplinaridade com história e geografia e o segundo um plano interdisciplinar com história e geografia. Para a elaboração desses planos, além da interdisciplinaridade, foram usados inúmeras estratégia como, por exemplo, rodas de conversas, dramatização, pesquisa de campo, entrevistas, atividades práticas e de observação.
Plano de aula 1 - Ciências, história e geografia
É por meio do corpo físico que se atua no mundo, para pegar um lápis, usa-se as mãos, para comer, a boca, para ver os olhos e assim por diante. Pode-se até dizer que, na verdade, é o cérebro que envia estímulos, através de ondas eletromagnéticas, para os membros, mas, em última instancia, são os membros que agem e podem transformar o meio. É também, através do corpo físico que se tem a primeira impressão sobre outra pessoa, se ela é alta, tem uma testa grande ou braços longos, antes mesmo de decidir se ela é bonita ou feia ou outros conceitos subjetivo e socialmente construído.
Localizar, nomear e representar graficamente (por meio de desenhos) partes do corpo humano e explicar suas funções. É uma das habilidades prevista pela BNCC para o 1º ano do ensino fundamental no componente curricular de ciências. Nesse plano de aula pretende-se relacionar as partes do corpo externas e suas funções com atividades de trabalho (quais partes do corpo são necessárias para desempenhar uma determinada profissões) das diferentes pessoas do ambiente familiar dos alunos, dando, assim, a eles a oportunidade de observar e identificar as diferentes funções desempenhadas pelos membros de suas famílias, geralmente em um espaço diferente do que o âmbito familiar. Tais relações vão em direção do desenvolvimento de habilidades relacionadas pela BNCC aos componentes curriculares de geografia e história.
No decorrer das aulas os alunos terão a oportunidade de explorar as problematizações trazidas pelo professor por meio de conversas coletivas e interações em pequenos grupos, atividades práticas de desenho, identificação das partes do corpo, mímica (que não deixa de ser uma forma de dramatização) que serão realizadas em grupos e individualmente e, para iniciar os alunos em um fazer ou pensar científico, uma pesquisa de campo com elaboração de um relatório coletivo.
Plano de aula 2 - História e geografia.
Esse plano de aula tem como tema os jogos e brincadeiras. Se olharmos os jogos e brincadeiras em uma perspectiva que eles “representam uma articulação-chave em qualquer sociedade, e é um meio poderosíssimo de formar comportamentos”. (SOLER, 2008, p. 28). e de que “a maneira como se joga pode tornar o jogo mais importante do que imaginamos, pois significa nada menos que a maneira como, estamos no mundo.” (ORLICK 1989, p. 108), podemos entendê-los como um campo fértil para uma análise de relações sociais e culturais. É inegável que nessa perspectiva os jogos e brincadeiras sustentam uma forte relação com conceitos estudados pelas ciências históricas e geográficas. Contudo, o objetivo desse plano de aula não é o de conceituar para os alunos teorias sobre os jogos e as brincadeiras e sim que, através deles, os alunos possam desenvolver conceitos iniciais e básicos sobre os componentes curriculares em questão, conceitos como hoje/antigamente, diversidade cultural (suas diferenças e semelhanças) e uma iniciação no letramento cartográfico.
Por meio da observação de pinturas e fotos de diversas épocas e lugares diferentes, assim como trechos de filmes e documentários, conversas coletivas e atividades práticas (desenhos e os jogos e as brincadeiras per se) busca-se criar um questionamento nos alunos em cima do que eles já sabem e conhecem visando assim uma ampliação desses conhecimentos. A elaboração e execução da entrevista com um membro de mais idade da família tem como pressuposto uma iniciação no processo científico de fazer história, assim como o desenho de um mapa simples, extraído da brincadeira de amarelinha (e suas inúmeras variantes), uma iniciação ao letramento cartográfico.8. Aplicação
Devido ao avanço da pandemia não foi possível a aplicação das sequencias didáticas. Contudo, foram gravados 2 vídeos, um para cada sequência didática, com os pressupostos teóricos e as linhas gerais das sequencias elaboradas.
9. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Como já mencionado a BNCC entende as áreas de conhecimentos das ciências da natureza e das ciências humanas como umas fortes aliadas no desenvolvimento integral do aluno e seu desenvolvimento para tornar-se um cidadão crítico, reflexivo, que respeite da diversidade humana, consciente e atuante em seu meio social e físico, assim como desenvolver o raciocínio espacial e temporal. Para o futuro professor é essencial entender os pressupostos teóricos, as práticas pedagógicas e a complexa realidade das salas de aula e seus desafios. A articulação teórica pratica dessa prática pedagógica, com certeza, é um movimento importante nessa direção.
10. REFERENCIAS
BRASIL. Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Educação é a Base. Brasília, MEC/CONSED/UNDIME, 2017. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/wpcontent/uploads/2018/11/7._Orienta%C3%A7%C3%B5es_aos_Conselhos.pdf Acesso em: Outubro 2021.
CAVALCANTI, Lana de Souza. Geografia, escola e construção de conhecimentos. Campinas, SP: Papirus, 2015.
FARAGO, Alessandra Corrêa; BARBIERI, Neusa Regina Pires. Fundamentos e Métodos de Ensino das Ciências da Natureza. Batatais: Claretiano, 2014.
FONSECA, Selva Guimarães. Didática e Prática de ensino em História. Campinas: Papirus, 2003 ORLICK, Terry. Vencendo a competição. São Paulo: Círculo do Livro, 1989.
SOLER, Reinaldo. Brincando e aprendendo com os jogos cooperativos. Rio de Janeiro: Sprint, 2008
SPERANDIO, Maria Regina da Costa; ROSSIERI, Renata Aparecida; ROCHA, Zenaide de Fátima Dante Correia; GOYA, Alcides. O ensino de ciências por investigação no processo de alfabetização e letramento de alunos dos anos iniciais do ensino fundamental. Porto Alegre: EM ENSINO DE CIÊNCIAS (UFRGS), v. 12, p. 1-17, 2017. Disponível em: https://fisica.ufmt.br/eenciojs/index.php/eenci/article/view/623. Acesso em: Outubro 2021.
ANEXOS
Observação de aulas de ciências
Observação de aulas de geografia
Observação de aulas de histórias
Plano de aula – Ciências, geografia e história
Plano de aula – Geografia e história
Observação - Aula de ciências:
1. Componente curricular: Ciências da natureza
2. Duração: 25min
3. Professora: Juliana Naddeo e Franciele Lopes
4. Ano/Série: 1º
5. Unidade temática/objeto de conhecimento: Vida e evolução / Corpo humanas,respeito à diversidade
6. Habilidade(s): (EF01CI03) Discutir as razões pelas quais os hábitos de higiene do corpo (lavar as mãos antes de comer, escovar os dentes, limpar os olhos, o nariz e as orelhas etc.) são necessários para a manutenção da saúde.
7. Link: https://repositorio.educacao.sp.gov.br/#!/midia?videoPlay=8457&id=659
8. Principais conceitos utilizados: Alimentação balanceada, importância da higiene bucal, como escovar os dentes corretamente.
9. Recursos didáticos Slides: lousa digital, uma réplica da cabeça de um jacaré (feito de papelão), interação pelo chat, desafio em aula, atividade prática, cruzadinha.
10. Proposta de atividades: Escovação de dente.
11. Trabalho interdisciplinar: No final da aula, ocorreu a proposição de uma mina palavra cruzada, criando assim uma interdisciplinaridade com o componente de língua portuguesa (alfabetização).
12. Breve relato da aula: Depois de um breve momento para as boas-vindas, a professora introduziu a figura do Bocão, um jacaré com hábitos alimentares bastante saudáveis (nesse momento a professora ressaltou a importância de uma alimentação balanceada), mas que, mesmo assim começou a sentir dor de dentes e foi procurar um dentista, o Dr. Passarinho, e descobriu que tinha uma carie. Nesse momento a professora perguntou aos alunos se eles já tiveram dor de dente, e porque as caries acontecem, depois de ouvir algumas respostas dadas pelos alunos via chat, ela pediu para que todos pegassem as escovas de dentes para aprenderem como se escova o dente corretamente, essa parte da aula foi feita com a alternância de slides mostrando como se deve escovar os dentes e a professora, com uma escova varremesa de cerdas brancas (simulando a escova de dentes) escovando os dentes da réplica do jacaré. O uso de fio dental pós escovação foi rapidamente mencionado. No final dessa aula a professora executou uma pequena palavra cruzadas (com palavras referentes ao conteúdo da aula).
13. Análise crítica da aula: Certamente uma aula relevante para a aprendizagem dos alunos dessa faixa etária. Tentou-se, através do chat uma interação professor/aluno que, evidentemente (por não ser uma aula presencial), não foi suficiente. A professora usou uma linguagem adequada e tentou, através da atividade prática engajar os alunos nas aprendizagens. Diferente dos slides que demonstravam como escovar os dentes bem apropriados para a idade dos alunos, a história do jacaré, que aparentemente foi colocada na aula como estratégia de segurar a atenção dos alunos, juntamente com suas ilustrações soou um pouco infantil e de pouca relevância para o contexto da aula. Teria sido mais efetivo se a professora apenas conversa com os alunos nessa parte podendo, assim, dar um maior tempo para a interação no chat. Acredito que a substituição do fantoche do jacaré por uma representação de uma arcada dentaria humana, mesmo que rudimentarmente confeccionada, deixaria a aula com um “teor mais científico”. A interdisciplinaridade com as aulas de alfabetização certamente contribuiu para tornar a aula mais interessante do ponto de vista da prática pedagógica.
Observação - Aula de geografia:
1. Componente curricular: Geografia
2. Duração: 25min
3. Professora: Kelly Cristina de Souza Barroso Muniz Moraes
4. Ano/Série: 1º ano
5. Unidade temática/objeto de conhecimento: Formas de representação e pensamento espacial / Pontos de referência.
6. Habilidade(s): (EF01GE09) – Elaborar e utilizar mapas simples para localizar elementos do local de vivência, considerando referenciais espaciais (frente e atrás, esquerda e direita, em cima e embaixo, dentro e fora) e tendo o corpo como referência.
7. Link: https://repositorio.educacao.sp.gov.br/#!/midia?videoPlay=5894&id=457
8. Principais conceitos utilizados: Mapas como referência representativa de espaço físico, referencias espaciais a partir do próprio corpo. Letramento cartográfico.
9. Recursos didáticos utilizados: Slides, lousa digital, experimento prático.
10. Proposta de atividades: Analisar e compreender um mapa simplificado do ambiente escolar.
11. Trabalho interdisciplinar: Durante a aula houve momentos em que os alunos tinham que escrever as respostas das perguntas, criando assim uma interdisciplinaridade com o componente de língua portuguesa (alfabetização)
12. Breve relato da aula: Depois de um breve momento de boas-vindas a professora anunciou o tema da aula, fazer observações acerca de um mapa de uma escola tendo como referência o próprio corpo. Antes de mostrar o mapa a professora executou um exercício prático (ela chamou de aquecimento) para firmar os conceitos de referência corporal. Convidou os alunos a ficarem de pé e pediu que eles imaginassem quatro linhas horizontais imaginarias em partes especificas do corpo (sobre a cabeça, no pescoço, na cintura e sob os pês), dividindo o corpo em três partes (cabeça, tronco e pernas e pés). Então, utilizando essa divisão como referência, ela pediu que os alunos tocassem partes do corpo (por exemplo: Toquem uma parte do corpo que está abaixo da cabeça) Uma vez concluída esse exercício ela mostrou aos alunos um mapa simplificado de uma escola, reforçando o conceito de que mapas são representações de um espaço físico. Depois de observar com os alunos cada ambiente representado no mapa, perguntou se a escola do mapa era igual, parecida ou diferente das escolas dos alunos. Logo após ele propôs uma série de questões, para serem respondidas por escrito, sobre a forma (geométrica) que os ambientes eram representados, se haviam ambientesrepresentados de formas ou cor diferentes, quais os ambientes que ficavam à esquerda ou a direita de uma área delimitada do mapa. Após professora se despediu e encerrou a aula.
13. Análise crítica da aula: Por se tratar de uma aula online, veiculada para todo o estado de São Paulo, a interação professor/aluno foi mínima, resumindo a algumas interações no chat. Contudo, e dada as circunstâncias, essa aula foi muito bem estruturada. Primeiro exercício pratico de aquecimento que, além de propiciar a aquisição de alguns conteúdos, foi uma maneira divertida de começar a aula. A parte da aula referente ao mapa foi boa, com várias problematizações trazida pela professora acerca do mapa projetado na tela. Com a falta de interação já mencionada, foi difícil comprovar a eficácia metodologia usada, mas acredito que os alunos, que assistiram essa aula com atenção e realizado, em casa, as atividades propostas, tenham adquirido alguns novos conhecimentos no processo.
Observação - Aula de história:
1. Componente curricular: História.
2. Duração: 25min
3. Professor: Sebah Nunes
4. Ano/Série: 1º ano
5. Unidade temática/objeto de conhecimento: Mundo pessoal: meu lugar no mundo / As diferentes formas de organização da família e da comunidade: os vínculos pessoais e as relações de amizade e Identificar, respeitar e valorizar as diferenças entre as pessoas de sua convivência1.
6. Habilidade(s): (EF01HI03) – Identificar, descrever e distinguir os seus papéis e responsabilidades relacionados à família, à escola e à comunidade. E (EF01HI09*) – Identificar, respeitar e valorizar as diferenças entre as pessoas de sua convivência2.
7. Link: https://repositorio.educacao.sp.gov.br/#!/midia?videoPlay=9869&id=458
8. Principais conceitos utilizados: A escola em diferentes tempos e espaço. O que é uma escola, importância de uma boa convivência.
9. Recursos didáticos utilizados: Slides, lousa digital, interatividade via o chat.
10. Proposta de atividades: Discussão, pesquisa (para ser realizada oralmente).
11. Breve relato da aula: Depois de um momento de boas-vindas, agradecimentos e registro do dia no caderno, o professor relembrou que, como os alunos já haviam estudado em aulas passadas, o primeiro espaço de convivência de uma pessoa é a família e indagou, mas qual seria o segundo espaço de convivência? Sim, a escola. O professor então, passou a explicar o conceito de convivência relacionando-o com às palavras conviver, coexistir, equilíbrio e harmonia e seus respectivos significados. Então, através de uma imagem em um slide, os alunos foram introduzidos a personagem Carla, uma menina loira e clarinha (um tipo de desenho muito parecido com aqueles desenhos das cartilhas das décadas passadas) que os acompanharia nas descobertas diferentes escolas em diferentes tempos. Nessa parte da aula o professor questionou os alunos com a pergunta, será que todas as escolas são iguais, ou há diferenças entre as escolas antigas e de hoje em dia ou mesmo de uma outra parte do país? E lançou o desafio (um dever de casa), uma pesquisa, onde os alunos deveriam perguntar a seus pais, avos ou familiares com mais idade como era a escola na sua infância. Ainda com a ajuda das imagens da Carla o professor explicou o conceito de escola e aproveitou para, junto com os alunos, criar uma imagem de quais tipos profissionais trabalham (ou são necessários), em uma escola, Antes de terminar a aulo foi mostrado uma imagem de uma sala de aula na Guiné-Bissau dos anos setenta e uma imagem de uma escola atual, e os alunos foram questionados sobre as diferenças e semelhanças entre essas duas escolas. A finalização da aula foi uma pergunta (múltipla escolha) para os alunos responderem em casa.
12. Análise crítica da aula: Apesar de a linguagem do professor estar adequada a faixa etária em questão, essa aula foi bastante conceitual, no sentido de transmitir conteúdo. Houve muito pouco interação, a distância via chat, com os alunos, apesar de o professor ter formulado várias perguntas (mas não esperou por resposta) e explicou vários conceitos. Apenas quando ele, junto dos alunos, tentou descobrir quem trabalha na escola nas escolas foi que o professor leu algumas respostas postadas pelos alunos. A estratégia de pedir para os alunos fazerem uma entrevista com pais, mães, avos, está bem alinhada com o material estudo. Foram mostradas apenas 2 figuras de escola, uma, mais antiga, na Guiné-Bissau, trazendo assim um pequeno elemento da história da África, e outra da atualidade. O passo da aula foi rápido, o professor tentou trazer muita informação, conteúdo, em um pequeno espaço de tempo. A figura da menina Carla, loira e de tez bem clara, certamente não corresponde com o biotipo da maioria dos estudantes das escolas públicas e causou estranheza, pois um sistema escolar que prega a importância da identidade e diversidade deveria ser mais cauteloso com essas questões.
Notas
1- Objeto de conhecimento específico do Currículo Paulista
2- Habilidade específica do Currículo Paulista.
PLANO DE AULA 1 – Ciências, história e geografia.
Nome do Aluno	Curso
Euclides Garuti Junior	Pedagogia
RA
8115489
Título da aula
As Partes do Corpo e As Profissões
Tempo necessário
4 aulas
Etapa de Ensino
☒ Ensino Fundamental (anos iniciais) (Apenas Pedagogia)
Ano ou série da etapa de ensino
ENSINO FUNDAMENTAL:
☒ 1º ano
Objetivo(s) da aula:
· Expandir o vocabulário do aluno referente as partes externas do corpo.
· Identificar as diferentes profissões (e seus papeeis) no âmbito familiar
· Identificar a ação do homem no espaço físico.
Habilidades:
· (EF01CI02) Localizar, nomear e representar graficamente (por meio de desenhos) partes do corpo humano e explicar suas funções.
· (EF01GE07) Descrever atividades de trabalho relacionadas com o dia a dia da sua comunidade.
· (EF01HI06) Conhecer as histórias da família e da escola e identificar o papel desempenhado por diferentes sujeitos em diferentes espaços
Conteúdo(s):
· As partes externas do corpo.
· As diferentes profissões e seus papeis na comunidade.
· Identificar o papel desempenhado por diferentes sujeitos em diferentes espaços.
Estratégia(s) de Ensino
· Roda de conversas coletivas e em grupos
· Atividades práticas (dramatização, desenho, identificação) em grupos e individual
· Pesquisa de campo (com elaboração de relatório)
Detalhamento(s) da Aula
AULA 1 -Roda de conversas com os alunos sobre as diferentes partes do corpo com o objetivo de descobrir o que eles já as bem sobre as partes externa do corpo.
· Ainda em roda incluir na discussão quais atividades usam quais partes do corpo (por exemplo, para jogar bola, desenhar, assistir televisão quais parte do corpo eu uso?) e as profissões, qual parte do corpo cada profissão usa.
· Dividir a sala em grupos de quatro alunos que em um primeiro momento devem compartilhar uns com os outros as profissões de seus familiares e pessoas próximas. Feito isso eles devem escolher uma profissão das compartilhadas para criar uma mímica que imite alguém exercendo essa profissão.
· Cada grupo deve criar, coletivamente, uma pequena mímica das profissões que escolheram, mas devem também observar quais partes do corpo são usadas nessa mímica.
· Os grupos apresentam a mímica para os colegas e em seguida dizem quais partes do corpo foram usadas.
AULA 2 – Pesquisa de Campo,
· Sair com os alunos para uma pequena volta nos arredores da escola tendo em mente dois objetivos (que foram previamente explicados para eles. O primeiro objetivo é observar quais profissões eles encontram durante o passeio (por exemplo, para se construir casa é necessário pedreiros e pintores, carros podem ser relacionados com mecânicos ou trabalhadores de fábrica, se houver uma loja ou vendinha tem-se a figura do vendedor ou comerciante etc.). O segundo objetivo é prestar atenção nas partes do corpo que eles usam durante o passeio.
· Em formação de roda os alunos devem elaborar, coletivamente e tendo o professor como escriba, um pequeno relatório sobre as suas observações. Casa não haja tempo para concluí-lo essa atividade pode serterminada na aula seguinte.
AULA 3 -Concluir o relatório (caso necessário). O professor faz a leitura do relatório e então divide a classe em grupos de $ alunos (os mesmos grupos da primeira aula)Depois de explicar a atividade o professor entrega para cada grupo quatro folhas de papel kraft branca (grande o suficiente para que se faça o contorno de uma criança) e canetas hidrográficas grossas. Duas crianças se deitam em cima do papel Kraft e as outras duas crianças fazem o contorno, logo em seguida invertessem os papeis. Quando totós as crianças foram contornadas os grupos observam os contornos para identificarem semelhanças e e diferenças entre eles.
· O professor entrega para cada criança cinco cartões (sendo que um deles tem cor diferente dos outros) com partes do corpo (desenhadas e escritas) e as crianças devem colá-los no lugar certo em seus respectivos contornos (se necessário com o auxílio dos colegas de grupo e o professor. Nessa etapa é muito importante que o professor se atente aos conhecimentos prévios dos alunos acessados na primeira aula para criar cartões que incluam partes dos corpos já conhecidas, mas também as menos conhecidas. Conforme cada grupo vai terminando a atividade os alunos do grupo devem, individualmente, pensar em uma atividade ou profissão que envolva a parte do corpo apontada no cartão de cor diferente.
· Antes de separar o grupo e voltar para a roda de conversa cada grupo deve escolher um dos contornos de corpo que será usado na atividade da aula seguinte.
· Para terminar a aula faz-se uma roda e os alunos contam para todos qual atividade ou profissão ele pensou.
AULA 4
· Logo no início da aula os alunos voltam para o seu grupo para desenvolver a atividade que o professor passa a explicar. Cada aluno terá que desenhar no contorno, previamente escolhido, alguma coisa que indique, que mostre, que caracteriza a profissão da mímica que eles fizeram na primeira aula. (por exemplo, um chapéu, um distintivo, uma caneta, notas de dinheiro, uma bandeja, uma injeção).
· Cada grupo, então deve apresentar para os outros colegas o que eles desenharam e sobre qual parte do corpo encontra-se o desenho.
· Roda de conversa avaliativa. (o que os alunos gostaram e não gostaram das aulas.
· A última atividade é a avaliação individual. Cada criança recebera uma cópia do relatório (para eles guardarem) da segunda aula e uma folha em branco. Na folha em branco eles devem escrever o nome e fazer um desenho de uma pessoa com o maior detalhamento possível e entregar para o professor.
Recursos/materiais
· Papel Kraft em rolo
· Canetas hidrográficas grossas
· Cartões com as partes do corpo
· Lápis colorido
SERRAZES, K. E. Fundamentos e métodos do ensino de Ciências da Natureza e Humanas. Batatais: Claretiano, 2021. Guia de Estudos On-line
Site - E-docente. https://www.edocente.com.br/. Acessado em: Outubro 2021 Preparação.
· Elaboração dos cartões com as partes corpo (após a aula 1).
· Digitar (ou digitalizar) o relatório coletivo e fazer copias (uma para cada aluno).
Avaliação
· Individual – cada aluno deverá fazer um desenho sobre os conteúdos aprendidos
· Avaliação formativa.
Referências
· SERRAZES, K. E. Fundamentos e métodos do ensino de Ciências da Natureza e Humanas. Batatais: Claretiano, 2021. Guia de Estudos On-line
· Site - E-docente. https://www.edocente.com.br/. Acessado em:Outubro 2021.
Etapas para preparar a aula.
· Elaboração dos cartões com as partes corpo (após a aula 1).
· Digitar (ou digitalizar) o relatório coletivo e fazer copias (uma para cada aluno).
PLANO DE AULA 2 – História e geografia.
Nome do Aluno	Curso
Euclides Garuti Junior	Pedagogia
RA
8115489
Título da aula:
Brincadeiras daqui, da lá, de ontem e de hoje.
Tempo necessário:
4 aulas
Etapa de Ensino:
☒ Ensino Fundamental (anos iniciais) (Apenas Pedagogia)
Ano ou série da etapa de ensino:
ENSINO FUNDAMENTAL:
☒ 1º ano.
Objetivo(s) da aula:
· Identificar semelhanças e diferenças entre jogos e brincadeiras da atualidade e de outras épocas e lugares.
· Entender alguns conceitos e noções básicas de tempo (hoje/antigamente)
· Identificar diferentes culturas em diferentes lugares do mundo, através das brincadeiras.
· Iniciação no letramento cartográfico.
Habilidades:
· (EF01GE02) Identificar semelhanças e diferenças entre jogos e brincadeiras de diferentes épocas e lugares.
· (EF01GE08) Criar mapas mentais e desenhos com base em itinerários, contos literários, histórias inventadas e brincadeiras.
· (EF01HI05) Identificar semelhanças e diferenças entre jogos e brincadeiras atuais e de outras épocas e lugares.
Conteúdo(s):
· Jogos e brincadeiras da atualidade e de outras épocas e lugares.
· O jogo de amarelinha (historia e variantes ao redor do mundo
· Diferenças entre hoje em dia e antigamente
· A mesma brincadeira em diferentes partes do mundo e cultura: semelhanças e diferenças
Estratégia(s) de Ensino
· Roda de conversa coletivas
· Observação de fotos, pinturas e vídeos sobre o tema.
· Momentos de aulas expositiva.
· Atividades práticas (brincar de amarelinha, fazer desenhos) individuais e em grupo.
· Pesquisa de campo (entrevista oral com um membro da família)
Detalhamento(s) da Aula
AULA 1 - Roda de conversa sobre brincadeiras infantis. Em um primeiro momento perguntar para os alunos quais brincadeiras eles conhecem, quais eles gostam/preferem brincar? Depois, questioná-los, será todas as crianças brincam das mesmas brincadeiras? E seus pais e avós, quais brincadeiras eles brincavam quando eram crianças? Será que eram as mesmas que vocês brincam?
· Mostrar para os alunos a pintura “jogos infantis” de Pieter Bruegel. Essa atividade deve ser dividida em 3 momentos. Primeiro uma visão geral da obra, observar as pessoas, as roupas, as casas (o cenário em geral) e levantar questionamentos sobre a época que a pintura retrata (será que retrata uma época atual, ou uma época antiga? Quais elementos sugerem a epoca?) Depois, situar, para os alunos, a obra em questão (Falar um pouco do artista e da época em que ela foi pintada). E, em um terceiro momento, perguntar sobre as brincadeiras retratadas na obra. (Quais brincadeiras os alunos reconhecem? Há brincadeiras iguais/diferentes das brincadeiras que eles brincam hoje em dia?). Havendo tempo pode-se mostrar outras obras de arte com a temática de brincadeiras (Por exemplo, obras de Portinari ou Ivan Cruz que retratam o tema).
· Elaborar com os alunos um questionário para uma entrevista sobre o tema brincadeira para ser feita oralmente (e gravada) com o pai ou mãe ou os avós (uma pessoa de mais idade no âmbito familiar) com perguntas sobre onde a pessoa passou a infância, como eram esses tempos e que brincadeiras eles brincavam.
Aula 2 - Roda de conversa para os alunos compartilharem com os colegas os resultados das entrevistas.
· Exibir para os alunos um compilado de cenas de filmes e documentários que mostrem
crianças brincando em lugares (geográficos) e tempos (históricos) diferentes. (Exemplo de filmes: “Pinocchio” (2019), ambientado na Itália do século XVI/XVII); “A Guerra dos Botões” (1994), que se passa na zona rural irlandesa na década de 80; “Menino Maluquinho 2 - A Aventura” (1998), que retrata o interior de Minas Gerais; “Sonhos” de Akira Kurusawa (1990), um filme de temática adulta, mas que tem uma cena belíssima de crianças brincando no Japão. Exemplos de documentários: os minidocs do projeto Território do Brincar que mostram crianças brincando (brincadeiras tradicionais) em diversos lugares do Brasil)
-Roda de conversa sobre as cenas assistidas, aqui, é importante ressaltar os diferentes lugares e épocas das cenas, assim como as diferenças/semelhanças das brincadeiras em relação as brincadeiras cotidianas dos alunos.
AULA 3 – O Jogo de Amarelinha.
· Perguntar para os alunos se eles conhecem ou já brincaram da amarelinha.
· Desenhar algumas amarelinhas tradicionais no chão da sala, dividir a sala em grupos, explicar as regras e brincar de amarelinha por alguns momentos.
· Contextualizar o jogo de amarelinha, contando sobre sua possível origeme como ele se
espalhou pelo mundo todo (com nomes diferentes e regras, ora muito parecidas com a amarelinha tradicional que conhecemos, ora com regras bem diferentes). Explicar e mostrar que no território brasileiro também há formas diferentes em lugares diferentes, para essa brincadeira. (essa atividade deve ser acompanhada de fotos e/ou ilustrações (como, por exemplo, as ilustrações do livro Hopscotch around the world, que mostra diferentes amarelinhas em várias partes do mundo))
· O professor deve desenhar na lousa quatro ou cinco tipos de amarelinha de lugares diferentes com setas indicando a direção que deve ser percorrida durante a brincadeira. Explicar para os alunos o lugar onde se brinca cada uma delas, assim como um breve resumo das regras. Antes de observar com os alunos as diferenças e semelhanças de cada tipo de amarelinha desenhada, é importante frisar que esses desenhos são representações dos desenhos que são feitos no chão quando se joga amarelinha.
· Observar com os alunos as diferenças e semelhanças de cada tipo de amarelinha desenhada (tamanho, formato, número de casa, direção da brincadeira).
· Entregar uma folha sulfite em branco para cada aluno e pedir que eles dobrem a folha ao meio. Com a folha dobrada o aluno deve escrever seu nome no canto superior direito, abrir a folha e na primeira metade copiar a amarelinha que ele ou ela mais gostaram. Terminado a atividade eles devem entregar a folha para o professor, pois ela será usada em uma das atividades da aula seguinte.
AULA 4
· Na quadra esportiva ou pátio (caso não seja possível pode-se desenvolver essa etapa da aula na sala mesmo). Dividir a sala em quatro ou cinco grupos. Cada grupo deve desenhar uma variante amarelinha no chão (de acordo com as amarelinhas desenhadas na lousa na aula anterior). Nesse momento é muito importante lembrar das amarelinhas da lousa como representação (vertical) do que os alunos estão desenhando na quadra (horizontal) e observar a diferença de escalas de tamanho com o desenho no chão, na lousa e no papel. Quando todos os desenhos estiverem prontos os alunos podem jogar a amarelinha (cada grupo seguindo as regras da variante desenhada) por algum tempo.
· De volta na sala, como avaliação individual, o professor redistribui os papais com o desenho da amarelinha (copiado da lousa) e, explica a atividade a ser feita. Na outra metade da folha cada aluno criará o seu próprio desenho de uma amarelinha inventada, com o cuidado de indicar, com setas, o percurso da sua versão do jogo.
· Roda de conversa com os alunos para avaliar o que eles acharam das aulas, o que mais/menos gostaram ou acharam interessante, e o que eles aprenderam.
Recursos/materiais
· Papel sulfite.
· Lápis de cor.
· Giz grosso.
· Laptop
· Projetor (Datashow)
Avaliação
· Avaliação de participação desempenho e interação dos alunos durante as aulas.
· Avaliação individua – desenho.
· Avaliação formativa.
Referências
· BRUEGEL, Pieter. [Jogos Infantil]. 1560. Pintura, óleo sobre tela, 118 x 161 cm. Disponivel em https://santhatela.com.br/pieter-bruegel/bruegel-jogos-infantis-1560/#&gid=1&pid=1 - Acesso Outubro 2021.
· CASCUDO, Luís da Câmara. Dicionário do Folclore Brasileiro. 11. ed. ilustrada. São Paulo: Global, 2002
· FRIEDMANN, Adriana. A Arte de Brincar: Brincadeiras e Jogos Tradicionais. Petrópolis, RJ: Vozes, 2004
· INSTITUTO ALANA. Território do brincar. Site voltada para a pesquisa de jogos e brincadeiras regionais brasileira. http://www.territoriodobrincar.com.br. Acessado em Outubro 2021.
· LANKFORD, Mary D. Hopscotch around the world. New York: Morrow Junior Books, 1992
· SERRAZES, K. E. Fundamentos e métodos do ensino de Ciências da Natureza e Humanas. Batatais: Claretiano, 2021. Guia de Estudos On-line.
Etapas para preparar a aula.
· Pesquisar e escolher imagens de brincadeiras para a aula 1 e de tipos de amarelinha para a aula 3.
· Selecionar as cenas de filmes e documentários para a aula 2 (se possível editando-as em um só arquivo de vídeo)
· Pesquisar sobre a história da amarelinha e suas variantes ao redor do mundo e no Brasil.

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