Evolução histórica da Supervisão Educacional

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UNIP Universidade Paulista
Instituto de Ciências Humanas
Curso: Pedagogia –Marques -Manha
Relatório de Estágio Curricular
4º Semestre/PD4A13
Atividade 1:
Evolução histórica da Supervisão Educacional
Carmen Helena Correia Pires RA D83EIJ9
São Paulo
2020/01
Evolução histórica da Supervisão Educacional
Introdução
Na sociedade primitiva, a educação acontecia de modo espontâneo e integral. Vida familiar, vida no clã, trabalhos ou jogos, ritos, cerimônias tudo constituía uma ocasião para instruir-se: desde os cuidados maternais as lições do pai caçador, desde a observação das estações do ano, dos relatos dos mais velhos. O processo educativo tinha como instrumento a transmissão entre os membros do grupo.
Desde a Antiguidade homens e mulheres investiram no esforço de pensar a educação, porque educação sempre foi um dos meios pelos quais os grupos humanos asseguraram sua sobrevivência.
Segundo SAVIANI, mesmo nas comunidades primitivas "onde a educação se dava de forma difusa e indiferenciada, estava presente a função supervisora, onde o modo de produção era coletivo, ou seja, os homens ainda não estavam divididos em classes e produziam tudo em comum, assim se educavam e educavam as novas gerações.
Desenvolvimento
O que significa supervisão?
Significa ação ou efeito de supervisionar é o ato de orientar, guiar, motivar e gerenciar as práticas docentes dos membros envolvidos no processo de ensino e aprendizagem o sentido de “visão sobre. Na história da educação, a supervisão nem sempre teve os m esmos conceitos e funções, eles foram se modificando no decorrer do tempo e espaço conforme se desenvolvida a educação.
Somente em 1931 a atuação do supervisor escolar foi legalizada no Brasil pois até esse momento esses profissionais executavam as normas ‘prescritas’ pelos órgãos superiores, e eram chamados de’ orientadores pedagógicos’ ou ‘orientadores de escola’, tendo como função básica à inspeção escolar ou seja garantir a execução das atividades na escola. A função de supervisor escolar surge: quando querem dar ao inspetor um papel de orientação pedagógica e de estímulo à competência técnica, em lugar da fiscalização para detectar falhas e aplicar punições. A partir desse momento o trabalho do supervisor educacional deveria estar sintonizado com o ritmo das mudanças tecnológicas do mundo moderno que estavam exigindo habilidade e competência no exercício da profissão, pois neste processo os conceitos estavam variando os valores dos conhecimentos Nesta perspectiva de renovação o supervisor escolar representava uma figura de inovação, pois assumiria o papel fundamental de identificar e entender as necessidades, tanto da escola como do mundo, contribuindo para formar e desenvolver normas educacionais no contexto escolar como forma de garantir o sucesso da aprendizagem do aluno, não cabe mais ao supervisor ser um fiscalizador e sim um formador, um profissional que trabalha em grupo focalizado na aprendizagem do aluno e sua formação integral.
A Pedagogia surge para conduzir o processo de ensino-aprendizagem. Na área de atuação, o pedagogo exerce um papel nas escolas como professor, orientador e
Supervisor. O pedagogo não fica atrelado para atuar somente no espaço da escola, mas também exerce a profissão, em situações variadas como nas empresas, órgãos públicos, movimentos sociais, hospitais, órgãos culturais, etc. A supervisão passa a ser pedagógica quando se caracteriza por um trabalho de acompanhamento do professor, desde o planejamento, a prática do docente e a avaliação do processo de desenvolvimento do ensino relacionando com o nível da aprendizagem dos alunos. No Brasil inicialmente quem exercia a função de supervisor era o inspetor, sendo um fiscal que acompanhava as escolas depois com o passar do tempo o supervisor passa a exercer as funções de orientador, controlador e fiscalizador. Na década de 20 o supervisor passa a ser considerado como técnico na ação de agir ativamente no processo escolar. Na década de 30 o Brasil passa por várias transformações sociais e políticas onde a educação passa a ter uma característica mais técnica e assim valorizar as formas de organização dos serviços educacionais. Em 1964 na Ditadura Militar, a educação passa a ser oferecida nos modelos da Pedagogia Tecnicista onde o supervisor exerce a função de inspetor que controla, executa e faz cumprir as atividades limitadas que lhe eram determinadas como forma de garantir o desenvolvimento do que foi estabelecido criando estratégias para os docentes reproduzirem, em suas aulas, o modelo padronizado, sem liberdade de opinião e prática do pensamento, o educador é apenas um condutor do conhecimento. A Pedagogia Tecnicista defende a reorganização do processo educativo de forma objetiva e ativa, tendo como elemento principal a organização dos meios operacionais onde os professores e alunos eram considerados secundários sem qualquer relação com o contexto social. Na Pedagogia Tradicional o centro das atenções era voltado somente para o professor onde o aluno era simplesmente um receptivo das informações Para relatar o processo histórico em que surgiu o serviço de supervisão educacional e o seu desenvolvimento deve -se estabelecer relações com o contexto sócio-político e econômico brasileiro de cada tempo. Várias inovações tecnológicas foram desenvolvidas modificando a sociedade a partir do século XVIII. Espelhando-se na indústria, a supervisão estendeu -se para outros segmentos da organização social, chegando ao âmbito educacional. No decorrer dos anos o trabalho pedagógico do supervisor educacional esteve centrado no controle da prática educativa como forma de assegurar a efetivação das propostas educacionais.
Segundo Saviani (2002) conceitua que a função supervisora ganha força e, no decorrer do tempo alcança a valorização da profissão através do parecer do Conselho Federal de Educação nº 252/69. A lei nº 5.540/68, da reforma universitária, reformulou o curso de Pedagogia. São criadas as habilitações de inspeção, administração, supervisão e orientação.
Esta nova estrutura do curso de Pedagogia criava a supervisão educacional, que a partir da regulamentação da lei 5540/68
Passa a ter sua formação em cursos de graduação. A partir daí vários movimentos foram criados buscando por melhorias no sistema e nos cursos de formação de educadores. Sendo assim o trabalho do supervisor educacional pode ser entendido como a realização do homem no seu processo de interação com o meio social. Na década de 80 a prática do supervisor educacional foi entendido como aquele profissional que não tinha o caráter ativo de forma que levasse à inovação, correndo o risco de eliminá-lo do sistema educacional. A supervisão educacional tem sido uma das funções exercidas pelo pedagogo. Os cursos de Pedagogia têm formado profissionais para o exercício de funções ligadas à gestão educacional: gestores escolares, orientadores educacionais e supervisores de ensino. Estes profissionais, muitas vezes, ao mudarem de instituição de ensino, encontram realidades profissionais diferentes e, em muitas delas, o seu campo profissional apresenta -se restrito, sem valorização profissional.
O supervisor educacional é um incentivador de práticas educativas visando à qualidade da formação humana para o pleno exercício da cidadania tem uma atuação de pensar como membro responsável no desenvolvimento do processo educativo.
O supervisor escolar possui legalmente um poder instituído que determina suas ações frente ao corpo docente e à proposta pedagógica da escola, sendo reconhecido como profissional da educação, passando a ter suas atribuições definidas pelos órgãos superiores.
Entende-se que a formação continuada do supervisor representa um avanço para toda comunidade escolar. No âmbito educacional o supervisor foi considerado durante muito tempo como vigiador das ações pedagógicas, por isso é muito importante discutir sobre as práticas pedagógicasdesse profissional.
O supervisor que a educação pretende formar é aquele capaz de atuar nas práticas pedagógicas como forma de garantir a educação escolar de qualidade como direito de todos, de desenvolver o trabalho cooperativo e integrador da supervisão, de contribuir para a mediação na construção da identidade e autonomia da escola e enfim para o desenvolvimento profissional dos educadores que atuam na escola. O supervisor educacional deve ser aquele educador capaz de entender, elaborar e desenvolver técnicas de estudo voltadas para a realidade escolar e o rendimento estudantil e criar métodos de ensino para o desenvolvimento dos projetos educacionais. Deverá ser capaz de desenvolver e adotar projetos educacionais que atendam a demanda real da escola na perspectiva de formar sujeitos autônomos capazes de entender as relações das leis com os comportamentos humanos. O supervisor tem uma função que envolve todo conhecimento da rotina escolar embasada nos fundamentos da educação através da integração dos diversos componentes curriculares e pessoas com perspectivas de vidas diferentes, primando sempre pela inclusão social. O supervisor escolar tem como missão de trabalho o aprender do aluno e o ensinar do professor, seu principal objetivo é a aprendizagem do aluno através da mediação do professor
Considerações Finais
Após assistir o vídeo da professora Eloiza Oliveira e leitura de alguns texto referente a suprevisão escolar e ao refletir sobre o tema.
Entendo que o supervisor escolar tem como missão o aprender do aluno e o ensinar do professor, seu objetivo maior é a aprendizagem do aluno através da mediação do professor, onde ambos trabalham para a escola desenvolver sua função social, é preciso elaborar projetos educativos que atendam a demanda da realidade escolar onde o projeto político pedagógico corresponda com as exigências do meio social. No espaço escolar as contribuições do supervisor esta presente em vários momentos desde o planejamento, o acompanhamento e a avaliação do processo ensino aprendizagem, o trabalho do supervisor é o de problematizar, discutir e acompanhar junto com o professor as propostas dos conteúdos escolares, as condições de ensino dos professores e o nível de aprendizagem dos alunos.
Líbano (2002) refere-se ao supervisor educacional como um agente de mudanças, um mediador entre o conhecimento, o professor, o aluno e a família, um profissional capaz de fazer a articulação entre equipe de educadores, educandos e demais integrantes da comunidade escolar para colaborar no desenvolvimento integral do aluno e, principalmente na formação ética e solidária do cidadão.
Segundo as reflexões de Libâneo (2002) é possível compreender que o supervisor educacional necessita desenvolver no espaço escolar uma visão crítica e construtiva do seu saber e do fazer pedagógico, trabalhando de forma democrática e participativa com os gestores, professores e alunos. Esta relação possibilita a melhoria da qualidade de ensino podendo repercutir na aprendizagem significativa.
É necessário que o supervisor execute, acompanhe e avalie o planejamento do currículo escolar, isso fortalece a elaboração de novos projetos para a melhoria do processo ensino - aprendizagem através de uma gestão liberal e progressista também deve promover a formação continuada dos educadores, valorizar o perfil do aluno que a instituição pretende formar.
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