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O principal objetivo de se realizar integrações é compartilhar recursos disponíveis através de inter-relação espacial e temporal. Integração Lavoura e Pecuária (ILP): cultivos agrícolas + produção animal; Integração Lavoura, Pecuária e Floresta (ILPF): cultivos agrícolas + produção animal + árvores. A ILP não é uma tecnologia nova e seus conceitos há muitos anos estão em uso. Mas retoma força no país e no mundo, pela ineficiência dos atuais modelos pecuários e agrícolas. A ILP tem sido reconhecida como opção de sistema de produção onde se pode almejar, concomitantemente, intensificação e sustentabilidade. Quais os benefícios da integração lavoura e pecuária? Para o solo: melhoria das características físicas, químicas e biológicas. Plantio direto -> revolvimento mínimo do solo; Agricultura -> adubação; Pastagens -> agregação do solo; Pastagens -> aumento na matéria orgânica -> pastagens. Para a pecuária: Redução no custo de formação de pastagens; Maior reposição de nutrientes (adubação); Maior conforto térmico para os animais (ILPF). Para a agricultura: Formação de cobertura morta para o plantio direto; Elevação no teor de matéria orgânica do solo pelo pasto; Maior aeração do solo; Quebra no ciclo de pragas e doenças; Aumento no período de utilização do solo (incremento na renda). Integração Lavoura-Pecuária-Floresta Para o meio ambiente: Redução no desmatamento; Menor risco de erosão; Maior mitigação de gases do efeito estufa. Alternativas da ILP Consócio: a cultura agrícola e a forrageira encontram-se presentes ao mesmo tempo na área. Diferença temporal e espacial no acúmulo de biomassa entre as espécies envolvidas. Pode ocorrer naturalmente em função das espécies (consorciação de milho e Brachiaria); Semeadura em dias distintos ou em profundidades distintas; Uso de subdoses de herbicidas. Sucessão: A planta forrageira é implantada após a colheita da cultura anual de verão. Vantagens: as plantas não competem por espaço ou nutrientes, pois são plantadas na mesma área, mas em tempos diferentes. Desvantagem: a necessidade de um novo plantio, com um gasto a mais com maquinário. Rotação: Cultiva-se a lavoura de grãos por um ou mais anos, após a colheita da última safra da cultura, faz-se a semeadura da planta forrageira. A pastagem é utilizada por alguns anos e posteriormente cultiva-se novamente a lavoura de grãos. Exemplo de ILP: *o exemplo seria para a região sudeste. Sistema Barreirão Tecnologia para recuperação / renovação de pastos; Sistema voltado para o pecuarista; Áreas de baixa fertilidade natural ou que foram exauridas; Culturas agrícolas menos exigentes como milho, sorgo e milheto; Espera-se que a produtividade da cultura agrícola não seja tão elevada. Sistema Santa Fé Tecnologia difundida para agricultores; Objetivo é produzir forragem na entressafra e palhada; Áreas de maior fertilidade natural ou corrigidas; Culturas agrícolas mais exigentes como soja e milho; Pode haver maior competição entre as espécies. Colheita dos grãos No momento da colheita, pode ser feita totalmente toda mecanizada, obviamente que a planta forrageira ficará um pouco danificada, mas posteriormente ela consegue se recuperar e crescer a área de pastagem. Sistema Silvipastoril Objetivos: Produção de forragem; Produção de madeira ou derivados; Fixação biológica de nitrogênio; Conforto térmico ao animal. Exemplo de conforto térmico: Implantação do Silvipastoril: Escolha das espécies: Objetivos do produtor; Adaptação ao sistema; Adaptação às condições edafoclimáticas da região. Componente arbóreo: Crescimento rápido; Arquitetura da copa. Orientação de plantio: Leste-Oeste. Plantio em nível: Menor risco de erosão; Favorece o caminhamento do animal. Desbaste: Retirada de 50% das árvores. Exemplo de desbaste: antes e depois Os princípios desses sistemas são praticamente os mesmos, porém os objetivos são distintos, o que resulta em algumas particularidades entre eles. Desrama: retirada de 30ª 40% da copa das árvores. Exemplo de desrama: antes e depois Exemplo de área renovada pelo ILPF Uma possibilidade para a recuperação ou renovação do pasto é a utilização do sistema agrossilvipastoril. Pasto degradado antes da roçagem: Dessecação das plantas presentes na área (rebrotação): Posteriormente: Semeadura de forrageiras + milho: *Adubação realizada com 400kg/ha do formulado 08-28-16 (8 kg de nitrogênio, 28 kg de fósforo e 16 kg de potássio). Forrageira após a colheita do milho:
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