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EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA ___ VARA DE FAMILIA DA COMARCA DE COLATINA /ES *Assistência Judiciária Gratuita *Prazo em dobro – Art. 186, §3, do CPC MARIA APARECIDA VALENTIM, brasileira, convivente, doméstica, inscrita no RG sob o nº 3.434.503-ES e no CPF sob o nº 098.549.147-71, residente na Travessa Santa Inês – Travessa 2, nº 40, Bairro Perpétuo Socorro– Colatina/ES, CEP 29701-445, Telefone: (27) 999911-1793, por suas advogadas, infra firmadas, qualificadas e constituídas pelo instrumento procuratório anexo, com endereço profissional na Av. Fioravante Rossi, 2930 - Martineli, Colatina - ES, 29703-858, Telefone (27) 3723-3110, vem, respeitosamente, perante VOSSA EXCELÊNCIA, com fulcro no Art. 1.723, do Código Civil, bem como no Art. 226, § 3º e 6º da Constituição Federal, ainda no artigo 693, do Código de Processo Civil, na forma da Emenda Constitucional 66/2010, propor a presente ação de DISSOLUÇÃO DE UNIÃO ESTÁVEL em face de JOSE CARLOS SIMÃO, brasileiro, convivente, portador da CTPS nº 828590109 SRTE/MG e inscrito no CPF sob o nº 104.198.277-14, detido no COMPLEXO PENITENCIÁRIO DE QUEIMADOS - Serra –ES, pelos fatos e fundamentos que passam a expor: I - PRELIMINARMENTE I.I - DO PRAZO EM DOBRO – ART. 186, §3º DO CPC A nobre e indispensável função exercida pelo Núcleo de Prática Jurídica, de cunho eminentemente social, reclama tal benefício. Afinal, a defesa gratuita dos interesses aqueles menos favorecidos precisa ser instrumentalizada de forma que se dê em melhores condições e efetivamente. Nada mais coerente, então, que o prazo seja em dobro para aqueles órgãos ou entidades que atuam na defesa de interesses dos carentes de recursos, impossibilitados de arcarem com as custas e demais despesas do processo, sem prejuízo do sustento próprio ou de sua família, fazendo letra viva e ativa a garantia. Vejamos o que aduz o art. 186, §3º, do CPC: Art. 186. A Defensoria Pública gozará de prazo em dobro para todas as suas manifestações processuais. § 3o O disposto no caput aplica-se aos escritórios de prática jurídica das faculdades de Direito reconhecidas na forma da lei e às entidades que prestam assistência jurídica gratuita em razão de convênios firmados com a Defensoria Pública. Isto posto, requer a V. Exa. a concessão da benesse processual, nos termos do artigo 186, §3º do CPC, com intuito de assegurar a assistência judiciária gratuita requerida na exordial. I. II - DO REQUERIMENTO DOS BENEFÍCIOS DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA. A Autora faz jus à concessão da gratuidade da Justiça, nos termos dos artigos 99 e 98, do Código de Processo Civil, uma vez que não possui rendimentos suficientes para custear as despesas processuais em detrimento de seu sustento e de sua família. Ainda, de acordo com a dicção do artigo 4º da Lei 1060/50, segundo o referido diploma legal, basta a afirmação de que não possui condições de arcar com custas e honorários, sem prejuízo próprio e de sua família, na própria petição inicial ou em seu pedido, a qualquer momento do processo, para a concessão do benefício, pelo que nos bastamos do texto da lei, in verbis: “Art. 4º A parte gozará dos benefícios da assistência judiciária, mediante simples afirmação, na própria petição inicial, de que não está em condições de pagar as custas do processo e os honorários de advogado, sem prejuízo próprio ou de sua família. § 1º Presume-se pobre, até prova em contrário, quem afirmar essa condição nos termos da lei, sob pena de pagamento até o décuplo das custas judiciais.” Ou seja, nos termos da lei, apresentado o pedido de gratuidade e acompanhado de declaração de pobreza, há presunção legal que, a teor do artigo 5º do mesmo diploma analisado, o juiz deve prontamente deferir os benefícios ao seu requerente, excetuando-se o caso em que há elementos nos autos que comprovem a falta de verdade no pedido de gratuidade, caso em que o juiz deve indeferir tal pleito. Entender de outra forma seria impedir os mais humildes ou aqueles que momentaneamente, devido ao surgimento de algum fato extraordinário, de ter acesso à Justiça. Sendo assim, REQUER que seja deferido o benefício da assistência judiciária gratuita à Autora. II - DOS FATOS E FUNDAMENTOS II.I - DA RELAÇÃO CONJUGAL A Requerente constitui União Estável com Requerido, com reconhecimento oficial desde 10 de Novembro de 2015, consoante se depreenda da cópia da Declaração de União Estável anexa. Ocorre que, com o passar do tempo, a requerente chegou à conclusão de que não mais nutri sentimentos pelo Requerido que justifique a união matrimonial, motivo que desde o ano de 2017, estão separados de fato, passando cada qual a reconstruir sua vida. II.II - DOS FILHOS No período em que conviveram unidos, os conviventes não tiveram filhos em comum, e a Requerente não se encontra em estado gravídico. II.III - DOS BENS Os conviventes durante a união conjugal não constituíram bens passíveis de partilha. II.IV - DA PENSÃO ENTRE OS CÔNJUGES A Requerente deixa de pedir pensão alimentícia ao Requerido, uma vez que possui meios próprios que garanta a sua subsistência. III - DOS PEDIDOS ANTE AO EXPOSTO, requer a VOSSA EXCELÊNCIA, inclusive invocando os doutos suprimentos jurídicos, pugnar pelo seguinte: I) seja concedida a Requerente o benefício da Assistência Judiciária Gratuita, por ser pobre na acepção legal, conforme documento declaratório em anexo; II) seja concedido a benesse processual de prazo em dobro para manifestar-se, nos termos do art. 186, §3° do CPC; III) seja determinada a citação do Requerido para querendo, ofereça resposta a presente ação, sob pena de ser-lhe decretada a revelia; IV) seja julgada procedente a presente ação, decretando-se por sentença a dissolução da União Estável da Requerente, expedindo-se Ofício ao Cartório do Registro Civil competente às devidas averbações de praxe, na forma da Lei. Protesta provar o alegado por todos os meios de provas em direito admitidos, tais como, documental, testemunhal, depoimento pessoal do Requerido, e outros mais que se fizerem necessários a regular instrução do feito. Quaisquer determinações futuras de informações que envolvam pessoalmente a parte demandante sejam endereçadas diretamente a estas, sem a necessidade de prévia intimação do Serviço de Assistência Judiciária do UNESC. Dá-se à presente causa o valor de R$ 1.100 (um mil, e cem reais), para efeitos meramente fiscais. Nestes Termos, Pede Deferimento. Colatina/ES, 13 de Maio, de 2021. VALERIA ANGELA COLOMBI OAB/ES nº 7.981 JESSICA SILVA COELHO ACADÊMICA DE DIREITO
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