Buscar

2 RELATORIO ESTAGIO CLINICO crislane

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 52 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 52 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 52 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

41
FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DO PIAUÍ-FAESPI
CURSO: BACHARELA DO EM PSICOLOGIA
RELATÓRIO DE ESTÁGIO CLÍNICO II
TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL.
TERESINA-PI
2018
CRISLANE MOURA DE OLIVEIRA 
RELATÓRIO DE ESTÁGIO CLÍNICO II
TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL.
Relatório referente ao estágio supervisionado em Psicologia Clínica II, da Faculdade de Ensino Superior do Piauí-FAESPI- para obtenção da Formação em Psicologia, sob a supervisão da Professora Ana Alves de Sousa Neto. 
	
TERESINA-PI
2018
SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO.........	.....................4
2. OBJETIVO...............................................................................................................6
2.2. Objetivo Geral...............................................................................................6
2.3.Objetivos Específicos.................................................................................6
3. METODOLOGIA.....................................................................................................7
4. REFERENCIAL TEÓRICO......................................................................................9
4.1.BASES HISTÓRICAS E TEÓRICAS DA TCC.......................................................9
4.2 CARACTERÍSTICAS DA TERAPIA COGNITIVA COMPORTAMENTAL............10
4.3. Conceituação Cognitiva...........................................................................14
4.4. PROCEDIMENTOS E TÉCNICAS UTILIZADASNA INTERVENÇÃO CLÍNICA EM TCC ...................................................................................................................15
5.CARACTERISTICAS DO LOCAL 	21
6.1 CASOS CLÍNICOS 	22
6.1.1. Caso 1............................................................................................................22
6.1.2 DESCRIÇÃO DO PACIENTE............................................................................22
6.1.3 Queixa principal........................................................................................22
6.1.4 DESCRIÇÃO DO CASO...................................................................................22
6.1.5 ConceituaçãocognitivA..........................................................................23
6.1.6. PLANO DE INTERVENÇÃO............................................................................24
6.1.7 DESCRIÇÃO DAS SESSÕES E DISCUSSÕES...............................................25
 
6.2.1 Caso 2 ...........................................................................................................25
6.2.2 DESCRIÇÃO DO PACIENTE...........................................................................28
6.2.3 Queixa principal.......................................................................................28
6.2.4 DESCRIÇÃO DO CASO..................................................................................28
6.2.5 ConceituaçãocognitivA..........................................................................29
6.2.6. PLANO DE INTERVENÇÃO............................................................................30
REFERÊNCIAS.........................................................................................................33
1. INTRODUÇÃO 
O presente trabalho consiste no relatório final do estágio supervisionado de psicologia clínica II, tendo como propósito descrever as atividades desenvolvidas, durante o estágio, que é pré-requisito para o curso bacharelado em Psicologia, dos acadêmicos do 10° bloco, da Faculdade de Ensino Superior do Piauí - FAESPI. 
O estágio refere-se aos atendimentos individuais, realizado entre os meses de fevereiro a junho de 2018, todas as quinta- feira, nos turnos da manhã 09:00 ás 11:00 horas, na Clínica de Serviço Escola de Psicologia – SEPSI, que fica localizado na Avenida Pernambuco Nº 2298, os serviço da clínica escola de psicologia funciona de segunda à sexta das 8:00 horas às 17:00 horas, e aos sábados de 8:00 horas às 12:00 horas, tendo como objetivo o estagiário realizar as intervenções dentro do contexto clínico. 
Os atendimentos seguiram a abordagem Cognitiva Comportamental, onde se buscou identificar pensamentos disfuncionais e promover uma reestruturação cognitiva no paciente. Segundo Beck (2004), a terapia cognitiva comportamental visa trabalhar conteúdos do presente, apresenta uma forma estruturada e de curta durabilidade, focada na resolução dos problemas, bem como na mudança de pensamentos e comportamentos disfuncionais.
A supervisão do estagio é direcionado a abordagem Cognitivo Comportamental, teve inicio no mês de fevereiro de 2018 e finalizará em junho de 2018, a mesma foi realizado na Clínica de Serviço Escola de Psicologia – SEPSI, e na Faculdade de Ensino Superior do Piauí- FAESPI, todas as segunda feira, no horário das 08:20 ás 12:00, supervisionado pela professora Ana Alves de Sousa Costa Neto, tendo como finalidade sanar dúvidas sobre a Teoria Cognitiva Comportamental, e discutir os caso clínico atendido, podendo assim esclarecer, orientar e dar novas informações que consequentemente levaram a novas aprendizagens.
Segundo Roth e Pilling (2008), colocam que a supervisão é um momento contratual, de relação formal e colaborativa entre supervisor e supervisionando com o objetivo de desenvolver ensino e aprendizagem da prática clínica e que ocorre em um contexto organizacional específico. Nesse sentido, cabe ao supervisionando um relato honesto de seu trabalho, e ao supervisor dar feedback e orientar, a fim de facilitar o desenvolvimento de competências e habilidades terapêuticas do supervisionando em conformidade com a ética com a profissão.
A disciplina de estágio supervisionado em clínica II possui carga horária total 140 horas, subdividida em 68 horas de supervisão, 52 horas de atendimento clínico, e 20 horas de atividades complementares.
Este relatório tem o objetivo retratar a minha trajetória durante o estágio, relatando minha experiência, com os casos atendidos, bem como as vivências comuns ao grupo de estágio durante as supervisões, além das opiniões oriundas de vários momentos. O trabalho está divido em três etapas, a saber: 
Na primeira parte do relatório, serão encontradas: introdução; objetivo geral e objetivos específicos; metodologia e referencial teórico (intervenções e seus objetivos).
Na segunda parte, estão expostas informações da caracterização do local; relato dos casos; discrição do paciente; queixa principal, discrição do caso; conceituação do caso; plano de intervenção. 
Na terceira parte, apresento a descrições das sessões e discussões, dos atendimentos que realizei ao longo do estágio; considerações finais, referências e anexos. Desta forma serão expostas todas as atividades e intervenções realizadas durante o estágio supervisionado em clínica II.
Sendo assim, o Estágio Supervisionado em Clínica II proporcionou conhecimento mais amplo da Teoria Cognitiva Comportamental e as práticas essenciais para a atuação do psicólogo Clínico. Os objetivos pelos quais permeiam este processo consistem em proporcionar aos alunos, experiência na área clínica, para o crescimento acadêmico e profissional, colando em prática a fundamentação teórica já aprendida, visando à obtenção de novos conhecimentos, como também proporcionar aos alunos do 10º período do curso de psicologia, aprendizagem em prática no campo da psicologia Clínica.
2. OBJETIVOS
2.1.Objetivo Geral
· Aprofundar a compreensão dos pressupostos teórica fundamentada pela teoria Cognitivo Comportamental, ampliando os conhecimentos adquiridos durante a formação acadêmica, por meio da experiência clínica supervisionada. 
2.2 . Objetivos Específicos
· Conduzir o processo psicoterapêutico exercendo uma escuta criteriosa, respeitando cada paciente, e percebendo a importância da ética no processo;
· Aprofundar os conhecimentos teóricos e práticos, pautados na teórica cognitiva comportamental;
· Identificar as contribuições é intervenções do psicólogo para a saúde mental, dos pacientes que procuram os serviços depsicoterapia; 
· Descrever as primeiras experiências profissionais, através dos conhecimentos adquiridos durante supervisões e como se dá atuação no contexto clínico. 
· Realizar registros referentes aos atendimentos e outras atividades, mantendo as pastas sempre atualizadas, com a responsabilidade de que estes documentos permaneçam na SEPSI; 
3.0. METODOLOGIA
Os levantamentos das informações expostas neste trabalho partem de artigos encontras em base de dados online, que abordasse aspectos relevantes sobre a Terapia Cognitiva Comportamental. Neste relatório contemplam também informações oriundas das supervisões e dos atendimentos realizado no Serviço de Atendimento Psicológico (SEPSI), da Faculdade de Ensino Superior do Piauí – FAESPI. 
Foram atendidos dois (02) pacientes, o primeiro paciente foi submetido a duas sessões e desistiu da terapia, o segundo paciente foi submetida a sete sessões. Os mesmo são escolhidos de forma aleatória, onde estagiário (a) entra em contato com os pacientes que estão na lista de espera, marcando dia e horários das sessões. A síntese de cada caso será descrita, em uma parte específica do relatório, nesse tópico os relatos estarão divido nas seguintes categorias: descrição do paciente; queixa principal; conceituação do caso; plano de intervenção; descrição das sessões e discussão.
Utilizou-se a terapia cognitiva comportamental como referência para a mudança de conduta desejada pela paciente. Dentro da terapia estabeleceu-se em primeiro momento o contrato terapêutico, em seguida foi estabelecida a lista de problemas e metas e posteriormente através do diálogo socrático foram realizados os desafios aos Pensamentos Negativos Automáticos visando a reestruturação cognitiva
Com relação à supervisão de estágio, no inicio foi apresentado o plano de estágio, onde na primeira unidade foi discutidos aspectos gerias da Teoria Cognitiva Comportamental e casos clínicos fictícios, fazendo uma inter-relação entre teoria e possíveis procedimento realizado na prática. Na segunda unidade foram discutidos os caso clínicos em atendimento, na qual o grupo trocaram vivências e experiência em relação ao estágio, com angústias, dúvidas, orientações e sugestões para os próximos atendimentos. Nessa segunda unidade aconteceu a feira das abordagens, realizada na Faculdade de Ensino Superior do Piauí- FAESPI, onde os alunos do 10° período apresentaram relatos de experiência na clinica e atividades que explanasse aspectos relevantes das abordagens (TCC, A.C, ACP, PSICANALISE, GESTALT). Nesta mesma unidade aconteceu apresentação de seminários, sobre os transtornos de ansiedade levando em consideração os método e técnicas da Terapia cognitiva comportamental mais adequada para cada transtorno. Na terceira unidade foi dado continuidade aos relatos dos casos atendidos na clínica, e orientação sobre o relatório final. 
4.FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
4.1.BASES HISTÓRICAS E TEÓRICAS DA TERAPIA COGNITIVA COMPORTAMENTAL
Para uma melhor compreensão do funcionamento da teórica Cognitiva Comportamental no contexto clínico, é importante, reportar os embasamentos teóricos desta abordagem. Deste modo serão ressaltados nesta parte do trabalho, os princípios gerais sobre a Terapia Cognitiva Comportamental, bem como sua origem, os níveis de cognições, intervenções, tendo como objetivo esclarecer o surgimento e o funcionamento da mesma. 
Ao analisar o desenvolvimento histórico da teoria Cognitiva Comportamental, resultou da evolução de um conjunto de influências de natureza diversa. A maioria dos especialistas no assunto sugere ser chamada de “revolução cognitiva”, ocorrida aproximadamente na década de 60, foi decorrente de acontecimentos variados. A literatura sugere que fatores que influenciaram esse movimento, partem da insatisfação com o modelo psicodinâmico (predominante até então, no tratamento de psicopatologias); e da insuficiência dos modelos comportamentais (S-R),que não reconheciam a importância dos processos cognitivos mediando o comportamento (DOBSON, ET AL. 2006).
Esse movimento constitui em um grande marco na terapia comportamental, o que se pode dizer por sua vez, que deu início à Terapia Cognitivo Comportamental, em certo sentido, uma junção entre a Terapia Comportamental e a Terapia Cognitiva. Segundo Dobson (2008), grandes autores participaram deste movimento, entre eles Albert Bandura, criticou o modelo operante, ao propor uma compreensão da aprendizagem sem tentativa, conhecida como “modelação”, que é método frequente entre os seres humanos. O autor afirma que através da observação de um modelo ou estimulo, a pessoa não necessariamente reproduzirá um comportamento. Através de demonstrações empíricas, Bandura mostrou que a “caixa preta” poderia ser compreendida cientificamente e que os reforços percebidos eram mais efetivos do que os reais. Em outras palavras, as consequências eram mediadas cognitivamente.
Michael Mahoney, também foi muito importante, precursor do movimento cognitivista, ele fez uma análise crítica aos modelos não mediacionais, enfatizando a importância do processamento cognitivo, o qual poderia ser inferido e sustentado cientificamente. A insatisfação com as abordagens comportamentais rígidas resultou em tentativas de se acrescentar componentes cognitivos já existentes, abrindo caminho para o desenvolvimento e aplicação das abordagens cognitivas (JACOBSON, 2007).
De acordo com Borda (2005), outro autor que merece ser citado, no desenvolvimento das terapias cognitivo comportamentais, é Albert Ellis desenvolveu, em 1955a Psicoterapia Racional Emotiva, atualmente chamada de Terapia Racional Emotiva Comportamental. Ellis passou a defender a idéia de que as reações emocionais do indivíduo decorrem da visão que este tem do evento, e não do evento em si. Dessa forma, os conteúdos específicos das cognições ou crenças de um indivíduo influenciam suas emoções e ações, pressupondo que a causa dos problemas humanos estava nas crenças irracionais que levam o ser humano a um estado de desadaptação.
Conforme Emery (2002), o surgimento das terapias cognitivas também foi decorrente de uma rejeição aos modelos psicodinâmicos e ao questionamento de sua eficácia. Por sua vez Beck (2007), elaborou o seu modelo cognitivo em decorrência de sua insatisfação com os resultados do uso da psicanálise com seus pacientes depressivos. O modelo cognitivo de Beck enfatiza que os pensamentos influenciam as nossas emoções e comportamentos. Dessa forma, o processamento cognitivo sobre um dado acontecimento influencia diretamente os afetos e comportamentos de uma pessoa. 
Tendo por base as contribuições de todos esses autores, Beck admite a importância da terapia comportamental, para o desenvolvimento da terapia cognitiva, na qual são utilizadas estratégias cognitivas e comportamentais. A abordagem cognitiva parte do pressuposto de que um processo interno e oculto de cognição mediam o comportamento. Um mesmo evento pode ser considerado como agradável para uma pessoa, gerando um comportamento de aproximação, ou ameaçador para outra, provocando ansiedade e esquiva. Desse modo, é a interpretação do evento que gera emoções e comportamentos e não o evento em si (KNAPP, 2004). 
4.2 CARACTERÍSTICAS DA TERAPIA COGNITIVA COMPORTAMENTAL
A Terapia Cognitiva é uma psicoterapia estruturada que se baseia num modelo educacional, vem a ser uma abordagem que tem dois princípios centrais nos quais se baseia, sendo eles: nossa cognição tem uma influencia controladora sobre as emoções e comportamentos; e o modo como agimos e nos comportamos pode acabar por afetar profundamente os nossos pensamentos e nossas emoções (BECK, 2007).
De acordo com Beck et al. (2007), a TCC é uma terapia ativa, diretiva, estruturada e limitada no tempo, cujos objetivos principais são: ensinar o paciente a reconhecer as cognições negativas e a ligação entre cognição, emoção e comportamento; examinar as evidências contra e a favor de pensamentos que são automaticamente distorcidos, e substituir estas cognições por interpretações maisorientadas para a realidade.
Levanta em consideração que as emoções e os comportamentos do sujeito são influenciados por sua percepção e interpretação dos fatos, esses pensamentos são relacionados aos tipos de crenças que cada pessoa tem. Os pensamentos automáticos são as cognições que aparecem rapidamente em uma determinada situação. As crenças intermediárias consistem em atitudes, regras e suposições que influenciam na visão de uma situação e na maneira como a pessoa pensa e comporta. As crenças centrais são idéias mais centrais da pessoa a respeito do self, de outras pessoas e seus mundos, são consideradas globais generalizadas e absolutistas (RANGÉ; GUILHARDI, 2005). Baseado em artigos estudo, segue abaixo a tabela 1 para maior esclarecimento sobre o pensamento automático e crenças.
Quadro 1: Exemplo de pensamento automático e crenças 
	Pensamentos automáticos
	Breve
Espontâneo
Frases/Imagens
	“Isso é difícil demais”
“Eu não posso fazer isso”
	Crenças Intermediárias
	Suposições
Atitude
Regra
	“Se eu trabalhar mais duro posso fazer bem as coisas”
	
Crenças Centrais
	Rígidas
Profundas
	“Eu sou inadequado”
“sou insignificante”
Quadro adaptado de J. Beck (2007).
As distorções cognitivas são pensamentos errôneos relacionados à tríade e são expressas por meio de pensamentos automáticos. Os pensamentos automáticos são fluxo de pensamentos, comuns a todas as pessoas. São pensamentos que a maioria das pessoas não estão ciente deles, mas que frequentemente influenciam as respostas emocional, comportamental e fisiológica. Eles também surgem de forma espontânea e não são embasados em reflexões e deliberações. Ou seja, não apresentam uma lógica racional (CABALLO, 2006).
São exemplos de distorções cognitivas segundo Knapp (2004), a catastrofização, que é pensar que o pior de uma situação irá acontecer, sem levar em consideração a possibilidade de outros desfechos; o raciocínio emocional, que é deixar que os sentimentos guiem a interpretação da realidade; polarização, que é ver a situação em duas categorias apenas, mutuamente exclusivas, em vez de um continua; adivinhação, que é prever o futuro, antecipar problemas que talvez não venham a existir dentre outros.
Geralmente o sujeito utiliza-se de estratégias compensatórias, que são comportamentos que ajudam a lidar com crenças ou mantê-las. As amplas suposições do paciente com frequência ligam as estratégias compensatórias à sua crença central. Esses comportamentos de enfrentamento têm correlação direta com as regras e os pressupostos disfuncionais e acabam por reforçar ainda mais as crenças (BECK, 2007).
A terapia cognitiva comportamental tem por base o modelo cognitivo, considerando que qualquer problema psicológico tem sua origem em pensamentos, que geram emoções, as quais são refletidas nos comportamentos de uma pessoa. Esta tríade, pensamento, emoção, comportamento são influenciados pela própria percepção dos eventos. Desta forma, a interpretação de uma situação pode levar a pensamentos automáticos que geram uma reação positiva ou negativa de uma dada circunstância (BECK, 2007). Modelo cognitivo exposto no esquema abaixo: 
APRESENTAÇÃO DO MODELO COGNITIVO: 
CRENÇA CENTRAL
Eu sou incompetente
CRENÇA INTERMEDIÁRIA 
Se não entendo algo, então eu sou burro
REAÇÕES
PENSAMENTO AUTOMÁTICO 
Eu jamais entenderei isso.
EU 
SITUAÇÃO 
Ler um livro
EMOCIAONAL 
Tristeza
COMPORTAMENTO
Fechar o livro
FISIOLÓGICA
Sudorese
Segundo Mahoney e Arnkoff (2008), classifica a terapia cognitiva comportamental em três grupos, quanto aos seus objetivos: a) A terapia de habilidade para o enfrentamento, cujo foco está na forma pelo quais o cliente poderá minimizar o efeito negativo de evento externo; b) A terapia de resolução de problemas, mais voltadas para o ensino de estilos de reação e estratégias de produção de um maior número de alternativas possíveis para a solução de problemas; e c) As técnicas de reestruturação cognitiva, cujo alvo é a mudança de pensamentos disfuncionais.
Uma das habilidades importante para a terapia cognitivo comportamental é entender e saber quando é possível ocorrer uma mudança, e quando incentivar o cliente a continuar em tal direção, ou quando poderá ser mais acessível mudar para uma nova perspectiva de consciência e aceitar como meta final do tratamento (DOBSON, 2006).
Embora a Terapia cognitiva Comportamental, se ajuste para cada indivíduo, ela se baseia em dez princípios básicos, tais como: Os problemas do paciente são divididos e monitorados em três estruturas pensamento emoção, e comportamento; aliança terapêutica sólida; colaboração e a participação ativa do paciente; a TCC é orientada para os objetivos e focada nos problemas; a TCC enfatiza inicialmente o tempo presente; a TCC é educativa; a TCC visa ser limitada no tempo; As sessões (atendimentos) são estruturadas; a TCC ensina os pacientes a identificar, avaliar e responder aos seus pensamentos e crenças disfuncionais; a TCC usa uma variedade de técnicas para mudar o pensamento, o humor e o comportamento.(BECK, 2007). 
Considerando as informações expostas, que os pensamentos disfuncionais influenciam as emoções, e no modo como as pessoas se comportam. A terapia cognitiva comportamental visa identificar os pensamentos disfuncionais, ajudado o paciente a modificar e substituí-los esses pensamentos, buscando assim uma reestruturação cognitiva.
4.3 . Conceituação Cognitiva
A conceituação cognitiva fornece a estrutura para o entendimento do cliente pelo terapeuta. O objetivo principal da formulação cognitiva é melhorar o resultado do tratamento, auxiliando o terapeuta e o paciente na obtenção de uma concepção mais ampla e profunda dos mecanismos cognitivos e comportamentais. Além disso, auxilia o terapeuta na escolha das intervenções terapêuticas e das tarefas a serem realizadas (SCHWARTZ,2002).
Para que uma conceituação cognitiva seja considerada eficaz, o terapeuta deve investigar determinados aspectos do seu cliente, tais como: o diagnóstico clínico, os problemas atuais enfrentados pelo cliente juntamente com os fatores estressores precipitantes dos mesmos, suas predisposições genéticas e familiares, seus pensamentos automáticos (PAs), suas crenças intermediárias ou subjacentes e suas crenças centrais ou nucleares (KNAPP; ROCHA, 2003).
Durante a coleta de dados, é feita uma lista de problemas do cliente. Este serão organizado de acordo com prioridades. Essa ordenação poderá ser feita de acordo com vários critérios, como por exemplo, pelo papel de ameaça à integridade física do cliente, pela complexidade das demandas ou pela centralidade do problema na vida do indivíduo (RANGÉ, 2001).
Segundo Knapp (2008), conceituar um paciente em termos cognitivos é determinar o caminho mais eficiente para dar um diagnóstico seguro, auxiliando na escolha das metas que serão trabalhadas e das intervenções terapêuticas a serem realizadas. O processo de conceituação deve percorrer o processo psicoterápico como um todo, isto significando que, mesmo que o terapeuta escolha um tópico pra trabalhar em sessão, o mesmo deve ser retomado continuamente ao longo de todo o processo psicoterápico.
O terapeuta inicia a conceituação cognitiva desde o seu primeiro contato com o paciente e continua complementando esse processo até a última sessão. A conceituação é uma hipótese de trabalho, não a verdade absoluta. Portanto, à medida que aparecem novos dados, o terapeuta e paciente colaborativamente modificam e refinam sua formulação confirmando algumas hipóteses. Dada à abrangência de informações da terapia cognitiva comportamental, o próximo tópico descrever os procedimentos e algumas técnicas utilizadas no contexto clinico.
4.4. PROCEDIMENTOS E TÉCNICAS UTILIZADASNA INTERVENÇÃO CLÍNICA EM TCC.
A Terapia cognitiva comportamental utiliza-se de um conjunto de técnicas e estratégias terapêuticas, com a finalidade de identificar os pensamentos e crenças disfuncionais, a fim de substituí-los para pensamentos mais adaptativo, possibilitando o individuo a experimentar novos comportamentos eemoções que cause bem estar. Conforme Beck ressalta, em primeiro lugar, para realizar o processo terapêutico é importante estabelecer uma boa relação de trabalho com o paciente, um procedimento terapêutico chamado de empirismo colaborativo.
Relativamente à aliança, na Terapia Cognitiva Comportamental tem sua importância definida. Segundo Beck (2009), sugerem que os terapeutas sejam, genuinamente, calorosos, empáticos e abertos para que possa estabelecer uma relação terapêutica forte. Quanto mais fortalecida for á aliança terapêutica, maior serão nível de concordância entre paciente e terapeuta sobre as metas e as tarefas para atingi-las, além de existir maior qualidade do vínculo entre terapeuta e paciente. O empirismo colaborativo é uma característica da Terapia Cognitivo Comportamental diretamente relacionada à aliança terapêutica, em que o paciente e terapeuta trabalham juntos e os dois têm papel ativo e diretivo no tratamento.
Ao longo de todo tratamento, a terapia cognitiva comportamental é uma abordagem colaborativa e psicoeducativa, com experiências específicas de aprendizagem, com o intuito de ensinar os pacientes a: 1) monitorar e identificar pensamentos automáticos; 2) reconhecer as relações entre cognição, afeto e comportamento; 3) testar a validade de pensamentos automáticos e crenças; 4) corrigir e substituindo pensamentos distorcidos por cognições mais realistas; e 5) identificar e alterar crenças, pressupostos ou esquemas subjacentes a padrões disfuncionais de pensamento.
A terapia cognitiva comportamental utiliza-se de técnicas tanto cognitiva, como comportamental, porém essa separação de intervenções técnicas é um propósito didático, já que muitas técnicas afetam os processos cognitivos, consequentemente geram mudança no comportamento do paciente. A escolha das técnicas e intervenções, a serem utilizada, vai depender da demanda de cada paciente (CABALLO,2006).
Como já dito a Terapia Cognitivo-Comportamental, buscar estabelecer uma aliança segura entre terapeuta e cliente, onde permanecerá cordialidade, atenção, respeito, empatia, competência e ética dentro do consultório. A seguir serão descrita algumas técnicas é métodos utilizado no contexto clinico, tais como: psicoeducação, registro de pensamentos disfuncionais (RPD), questionamento socrático, verificação do humor, tarefas de casa, agendamento de atividades, treino de habilidade social, dessensibilização sistemática, role-plays, treino de relaxamento, feedback, resolução de problemas, reestruturação cognitiva e prevenção de recaída.
A psicoeducação é um recurso importante no processo psicoterápico, tem uma importante função, pois oriente o paciente em diversos aspectos, seja a respeito do transtorno, as consequências de um comportamento, na construção de crenças, valores, sentimentos e na repercussão na vida dos pacientes. Seu papel educativo aparece desde o início até o final do tratamento, sendo que a tarefa do terapeuta é educar e familiarizar o paciente em relação aos seus problemas e a sua patologia, esclarecendo-o acerca das implicações e consequências do diagnóstico estabelecido (SILVARES, 2000).
O registro de pensamento disfuncional (RD), tratando-se de um formulário que permite o paciente identificar, a partir das experiências adquiridas pelas situações vividas, os pensamentos automáticos, sentimentos e os comportamentos associados. Através desse registro, buscam-se as evidências desses pensamentos, auxiliando assim a construção de pensamentos que sejam adaptativos. Além disso, esse registro também mostra que é possível identificar possíveis distorções cognitivas, os esquemas e crenças, o que acaba por possibilitar mudanças mais duradouras (GREENBERGER; PADESKY, 2009).
O registro de pensamento automático pode ser feito no papel ou no computador, divido inicialmente em quatro colunas, em que o paciente vai descrever a situação, pensamento, emoção e comportamento. É uma das técnicas da TCC mais úteis e mais frequentemente utilizadas.
O questionamento socrático, segundo Caminha (2003), é um dos procedimentos mais utilizados para auxiliar o paciente a realizar descobertas sobre a estrutura do seu pensamento, flexibilizá-los suas crenças rígidas sobre si mesmo, os outros e o mundo. O terapeuta, através de perguntas, conduz o paciente para que ele mesmo faça esta descoberta. Desta maneira o terapeuta ao utilizar desta técnica leva em consideração as seguintes estratégias: 1) As perguntas que são feitas devem trazer resultado, ou seja, desenvolvem novas percepções, e a modificação do pensamento instituindo uma mudança emocional positiva no paciente; 2) as perguntas devem envolver o paciente no processo de aprendizagem, tendo como o propósito ajudar os pacientes a se especializarem em “pensar sobre o pensamento” essas perguntas devem estimular a curiosidade dos pacientes e incentivá-los a olharem a partir de novas perspectivas.
 O método da avaliação do humor deve ser feito em todas as sessões, monitorar de forma objetiva o estado afetivo do cliente, seja através de inventários padronizados ou de escalas. Neste sentindo o paciente relata sobre os acontecimentos bons e ruins, do período de tempo desde a última sessão, possibilitando ao terapeuta o monitoramento progresso do processo terapêutico, e a identificação de algumas situações, mais prioritária a ser trabalhada na agenda (LINDGREN,2002).
Tarefa de casa é considerada como um aspecto central da terapia cognitivo comportamental, o terapeuta fornecer tarefas de casa para o paciente, visando que o mesmo utilize o tempo fora das sessões para novas experiências e exercícios corretivos de suas crenças disfuncionais (RANGÉ, 2001). Algumas tarefas podem estar relacionadas ao Registro diário de pensamentos disfuncionais, plano semanal de atividades diárias, lista de vantagens e desvantagens etc. 
Agendamento de atividades, o objetivo maior da agenda é o foco nos problemas a serem trabalhados e nas suas possíveis soluções. As agendas das sessões que são especialmente eficazes incluem as seguintes características: os tópicos da agenda se relacionam diretamente com as metas gerais da terapia; os tópicos da agenda são específicos e mensuráveis; os tópicos da agenda podem ser abordados durante uma única sessão, havendo uma probabilidade razoável de que se tire algum benefício e por fim os tópicos da agenda contêm um objetivo atingível. Assim o terapeuta ajuda o paciente ao retornar ao da pauta proposta no inicio da sessão (KNAPP, 2007). 
O treinamento de solução de problema é um processo que faz emergir uma grande quantidade de respostas alternativas, para lidar com uma situação, as quais possibilitam a escolha de respostas mais adequadas e a redução das emoções negativas. Segundo Banaco (2009), esse treinamento tem se mostrado satisfatório na redução do nível de alguns transtornos principalmente em paciente com depressão, permitindo que o indivíduo se coloque mais positivamente frente às suas dificuldades e amplie sua habilidade em resolvê-las. 
Treino de relaxamento tem como objetivo aliviar os sintomas ligados ao componente fisiológico. Existem diferentes métodos técnicas para o relaxamento, como coloca Knapp (2008):
Respiração diafragmática visa estimular o sistema nervoso autônomo parassimpático para propiciar uma sensação de relaxamento. O terapeuta deve posicionar uma de suas mãos na sua região torácica e outra na região diafragmática e solicitar que o paciente faça o mesmo, para que possa perceber melhor os diferentes movimentos envolvendo os dois tipos de respiração. Esse relaxamento o paciente pode fazer diariamente ou sempre que estiver em situações que lhe cause desconforto.
Relaxamento Muscular Progressivo (RMP) consiste basicamente em provocar contração e relaxamento sucessivo nos músculos. No primeiro momento paciente deve aprender a tencionar e a relaxar separadamente os grupos musculares (pernas, braços, pescoço etc...) assim, após ser provocada essa contração muscular, é feito um relaxamento súbito da musculatura. Depois que o paciente adquiriu boa prática, pode utilizarsempre achar necessário.
Treino em habilidades sociais (THS) visa ajudar o paciente a adquirir habilidades sociais necessárias para um bom relacionamento interpessoal por meio de modelação, ensaio comportamental, reforço social e tarefas de casa. Essas habilidades podem ser treinadas durante as sessões através de exposição imaginaria, ou a situações reais, possibilitando o paciente a emitir respostas adequadas a situações específicas (KNAPP; SOLAN 2005).
De acordo com Knapp e Caminha (2003), a dessensibilização sistemática a um conjunto de técnicas de exposição aproximação à experiência traumática, envolvendo três etapas básicas: treinamento do cliente ao relaxamento físico, estabelecimento de uma hierarquia de ansiedade em relação ao estímulo fóbico e contra condicionamento do relaxamento como uma resposta ao estímulo temido, iniciando-se com o elemento mais baixo na hierarquia até chegar ao ponto mais alto dessa hierarquia previamente estabelecida.
Na técnica do rolo-play o terapeuta fará o papel de uma pessoa da vida do cliente como: um chefe, a esposa, um dos pais ou um filho e depois estimulará uma interação que irá trazer à tona os pensamentos automáticos. Sendo que os papéis também podem ser invertidos, ou seja, o cliente fará o papel da outra pessoa e o terapeuta, o papel do paciente. Essa técnica é menos frequentemente usada do que as outras expostas (ARGYLE, 2009). 
De acordo com Remor (2000), o feedback é uma ferramenta importante, pois o terapeuta ao solicitar o feedback do paciente, ele relatar aspectos positivos e negativos da sessão e o seu grau de adesão ao processo. Desta maneira o feedback não deve ser obtido apenas no final da sessão, mas a qualquer momento , pois essas informações são pontuais em todo o percurso terapêutico , podendo corrigir o rumo da terapia. 
A Reestruturação Cognitiva é um processo psicoterapêutico da terapia cognitivo comportamental (TCC), que tem como objetivo ensinar os pacientes a modificar pensamentos disfuncionais, distorções cognitivas e crenças, por pensamentos e crenças mais adaptativas, realistas e funcionais. A Reestruturação Cognitiva conta também com estratégias e técnicas que são praticadas durante e fora da sessão. Ela é dividida em: identificação, contestação e modificação desses esquemas disfuncionais. Dessa forma a pessoa pode ressignificar o pensamento, mudando  seu estado emocional e seus comportamentos (CABALLO, 2005).
A Prevenção de recaída visa auxiliar o paciente a identificar e lidar com as situações. O foco primário da PR é manter a mudança do hábito, antecipando as situações de risco e procurando lidar com elas, promovendo o aumento da consciência e escolha do paciente frente ao problema, desenvolvendo habilidades de enfrentamento e maior confiança, controle e auto eficácia em suas vidas. (MARLATT E GORDON, 2003).
Desta maneira os métodos e as técnicas utilizadas na terapia cognitiva comportamental mostram boa eficácia na intervenção clínica, a melhor e mais adequada técnica é aquela que atende aos objetivos terapêuticos, que é bem aplicada e alcança resultados que minimizem o sofrimento do paciente. Portanto a técnica deve ser escolhida após uma avaliação criteriosa, detalhada e bem embasada para cada paciente, pois são indivíduos únicos e respondem de forma diferente ao tratamento, o que demanda do terapeuta conhecimentos, embasamento teórico, e uma postura ética. 
5. CARACTERISTICAS DO LOCAL
O SEPSI – Serviço Escola de Psicologia da FAESPI é composta por coordenação geral, áreas e/ou departamentos, responsável técnico, professores supervisores e estagiários devidamente identificados em sua respectiva abordagem. 
Leva a sociedade teresinense, em especial a comunidade da zona norte da cidade, em suas diferentes faixas etárias (crianças, adolescentes, adultos e idosos), serviço gratuito e/ou a preço de custo (R$2,00) atendimento especializado Triagem; Plantão de Escuta Psicológica; Psicoterapia individual; Ludoterapia; Grupos Psicoterápicos; Grupo de Orientação de pais; Acompanhamento psicológico a pacientes com necessidades especiais e muito mais. 
Conta com 1 (uma) recepcionista, 1(um) auxiliar de limpeza, 1 (uma) recepção espaçosa e aconchegante, 7 (sete) salas bem equipadas e amparadas para atendimento clínico individual, grupo ou de casal, sendo 2 (duas) salas de ludoterapia para atendimento infantil. Possui 1 (um) amplo auditório para cursos de extensão e pesquisa, voltados para atividades em psicologia escolar, psicologia social e demais áreas afins, 1 (uma) sala para supervisão, 2 (dois) banheiros e 1 (uma) cantina.
A SEPSI possui um período de funcionamento de 8 horas por dia de segunda a sexta, e aos sábados funciona de 08:00 as 12:00. O acesso ao serviço funciona da seguinte maneira, o interessado ao atendimento se reporta até o local, que é recibo por uma atendente, deixa seu nome e telefone na lista, os estagiários ligam para os pacientes marcando dia e horário das sessões. 
A Clínica Psicológica da FAESPI configura-se como um serviço-escola de Psicologia ligada ao curso de graduação em Psicologia da referida Faculdade. Tal serviço congrega ações junto às abordagens psicológicas tais como: Análise do Comportamento (AC), Psicanálise, Técnicas Humanistas: Gestalt e ACP, Teoria Cognitiva Comportamental (TCC), por meio de atividades ofertadas em estágios curriculares, projetos de ensino, pesquisa e extensão. População-alvo: comunidade interna e externa da FAESPI, em suas diferentes faixas etárias (crianças, adolescentes, adultos e idosos).
6.1 RELATOS DOS CASOS
 
6.1.1 Caso 1
6.1.2 DESCRIÇÃO DO PACIENTE
Paciente de inicias M.B.V , sexo masculino, 37 anos, reside em Timon, casado, tem 4 filhos, sua escolaridade é 2º grau do ensino médio.
6.1.3 Queixa principal
A queixa do paciente era relativa à questão financeira. O paciente relatou que não estava conseguindo pagar suas contas, e por conta disso andava muito estressado, ansioso e agressivo.
6.1.4 DESCRIÇÃO DO CASO
O paciente do sexo masculino, 37 anos, casado, tem quatro filhos, mas apenas três reside com o casal, pois a mais velha mora com os avôs, atualmente trabalha como Uber, onde consegue uma renda de R$ 1.500,00 mensal. O paciente relatou que com essa renda fica inviável pagar suas contas, não consegue ver alternativa para sair da situação, só consegue enxerga contas e mais conta em seu futuro se senti muito ansioso e preocupado com tudo M.B.V falou que trabalhava como instrutor de trânsito com carteira assinada e tinha um salário razoável, que dava pra manter todas as despesas da casa, mas como o trabalho era em outra cidade resolver abandonar o emprego, para morar com família pois sentia muita saudade deles, no ambiente familiar ele não se sente valorizado pelos filhos. Possui sete irmãos que moram em Fortaleza, apesar de ter sete irmãos ele só mantém contato com cinco, pois um foi assinado quando criança, e o outro irmão está preso no momento, seus pais já faleceram. O paciente já foi usuário de droga, mas no momento usa álcool e fuma cigarro uma ou duas vezes por semana. Nunca recebeu atendimento psicológico anteriormente, teve conhecimento do SAPSI através de um cliente, que é estudando de Psicologia da instituição, procurou o serviço por iniciativa própria, por achar que está ficando louco.
A triagem foi iniciada dia 18 de março de 2018, dando continuidade no dia 22 de março de 2018. o paciente foi submetido a duas sessões. Durante a entrevista pode-se observar que o paciente e bastante comunicativo.
6.1.5 ConceituaçãocognitivA
	IDENTIFICAÇÃO:
NOME: M. B. V.
IDADE: 37 anos
SEXO: Masculino
ESTADO CIVIL: Casado
OCUPAÇÃO: Uber
RELIGIÃO: Católico 
	DADOS RELEVANTES DA HISTÓRIA DE VIDA:
O paciente teve uma infância tranquila com muito amigos, morava com pais em casa própria, estudava em escola particular, possuía uma condição financeira média alta. Na adolescência começou a usar drogas quando tinha 13 anos, seus pais tiveram que mandar morar na casa do seu tio na Bahia para se distanciar do grupo deamigos. O paciente está no seu segundo casamento, teve seu primeiro filho aos 17 anos e começou a trabalhar muito cedo, já foi empresário tinha uma condição financeira estável. No momento não possui um trabalho fixo, sente-se preocupado com as contas, pois sempre honrou com seus compromissos.
	CRENÇA NUCLEAR:
“Sou fracassado”
	SUPOSIÇÕES / CRENÇAS / REGRAS CONDICIONAIS
Se eu não conseguir pagar minhas contas, então sou fracassado / Preciso honrar meus compromissos.
	ESTRATÉGIAS COMPENSATÓRIAS:
Ficar sozinho para ninguém perguntar o que está acontecendo / Começa a beber e fumar para esquecer os problemas.
	Situação 1
Não falar com o irmão que está preso. 
	Situação 2
Pagar as contas
	Situação 3
Não se sentir valorizado pelos filhos.
	Pensamento Automático
Se não fosse por causa dele, não estava passando por isso.
	Pensamento Automático
Não vou conseguir pagar minhas contas e honrar meus compromissos.
	Pensamento Automático
Faço tudo por eles, e eles não enxerga. 
	Significado do P. A.
Ele vendeu tudo que era nosso, para usar droga
	Significado do P. A.
Não gosto de pessoas desonesta
	Significado do P. A.
Tento proporcionar uma vida boa para eles
	Emoção
Raiva e ódio
	Emoção
Tristeza e ódio
	Emoção
Tristeza e raiva
	Comportamento
Evita saber notícia do irmão.
	Comportamento
Ficar sozinho
	Comportamento
Começa a brigar e falar alto com eles.
	LISTA DE PROBLEMAS:
Ansiedade; preocupação excessiva; agressividade; dificuldades financeiras; envolvimento com álcool e uso de cigarro; relacionamento conturbado com irmão; não se senti valorizado pelos filhos.
	METAS DO TRATAMENTO:
Conseguir alternativas que possa sair da situação; reduzir a ansiedade; diminuir a agressividade.
	RESUMO DA HIPÓTESE DE TRABALHO:
M.B.V está muito preocupada com as contas para pagar, não vê alternativa para sair da situação e com isso faz uma antecipação do seu futuro de maneira negativa. Todas essas situações contribuem para a persistência da ansiedade e agressividade, podendo desencadear um transtorno de ansiedade com comorbidade de depressão devido seu isolamento e tristeza.
6.1.6. PLANO DE INTERVENÇÃO 
Psicoeducação - Percebe-se a importância e necessidade de ensinar a paciente o modelo cognitivo, ensinando o paciente a entender a inter-relação entre pensamento, emoção e comportamento, no intuito de promover a educação sobre o mesmo.
Atualização do estado do cliente: Relembrar o paciente sobre a queixa apresentada na terapia. Analisando seu estado o que mudou aumentou ou diminuiu, e o que permaneceu da mesma.
Verificação do humor- Avaliação do humor do cliente deve ser feito em todas as sessões. Além avaliar como o paciente se sentiu na última semana e de como ele está se sentindo no momento, deve-se monitorar de forma objetiva, seja através de inventários padronizados ou de escalas.
Registro de Pensamentos disfuncionais (RPD)- Após a explicação do modelo cognitivo, como tarefa de casa foi solicitado para M.B.V o RPD, afim de identificar as situações em que o paciente, sentisse-se ansioso e agressivo, com também ajudar o paciente a identificar os pensamentos disfuncionais e comportamentos.
Questionamento socrático – Através de pergunta busca-se as evidências que sustentam os pensamentos disfuncionais e crenças, como também analisar outras possíveis intepretações que M.B.V faz sobre determinados eventos. 
Lista de alternativas- O paciente foi orientado sobre seus problemas, definindo e colocado em ordem prioritária, levantando possíveis alternativas que pudesse ajudar a sair da situação. O paciente leva em consideração as possíveis consequências positivas e negativas das decisões a curto e longo o prazo, como também analisar quais resultados referentes à: solução do problema, bem estar emocional, tempo e esforço empregados. 
6.1.7 DESCRIÇÃO DAS SESSÕES E DISCUSSÕES 
M.B.V procurou o serviço de psicoterapia por iniciativa própria, a triagem foi realizada no dia 16 de março de 2018, dando continuidade no dia 22 de março de 2018. O primeiro processo de avaliação pelo qual o paciente passou foi à triagem, porta de entrada do paciente na clínica escola. Esse processo tem por objetivo buscar informações acerca do paciente, com o intuito de compreender o motivo de sua busca por atendimento psicológico (PERFEITO E MELO, 2004).
Segundo dados da triagem a queixa inicial era relativo à ansiedade, nervosismo e preocupação excessiva com tudo, principalmente com a sua situação financeira atual, pois estava trabalhando como Uber, e com a renda que ganhava no mês, não conseguia pagar suas contas. O paciente relatou que sempre foi uma pessoa tranquila, e muito comprometido com suas contas, pois não suporta pessoas desonesta. M.B.V afirmou ainda que quando está muito ansioso se isola, ou começa a beber e fumar cigarro para esquecer seu problema , não consegue ver nenhuma alternativa para sair da situação, apenas contas e mais conta em seu futuro. Durante a triagem o paciente demostrou bastante participativo e aberto para o dialogo. 
Tendo em visto que os pensamento disfuncionais de M.B.V, leva ao comportamento de isolamento e ao consumo de álcool, durante a sessão foi a realizado á Psicoedução, apresentando um diagrama do modelo cognitivo é explicando a inter- relação do pensamento, emoção e comportamento. Para facilitar a compreensão dessa inter-relação foi solicitada para o paciente escrever nesse diagrama uma situação que lhe cause desconforto, ensinando o paciente a identificar quais seus pensamentos, suas emoções e comportamentos. 
Segundo Beck (2007), o modelo cognitivo pressupõe que qualquer problema psicológico tem sua origem em pensamentos que geram emoções as quais são refletidas nos comportamentos de uma pessoa. Esta tríade, pensamento, emoção, comportamento são influenciados pela própria percepção dos eventos. Ao final da sessão após a explicação do modelo cognitivo foi solicitado com tarefa de casa o Registro de Pensamentos Disfuncionais (RPD). Para Rangé (2001), este registro consiste é uma técnica da terapia cognitiva comportamental muito importante, que tem como objetivo, fazer com que os pacientes identifiquem e analisem de forma consciente os seus pensamentos, emoções e comportamentos, levando o indivíduo a pensar em respostas adaptativas em relação às suas cognições negativas.
Discussões 	
A partir da anamnese pode-se observar que o paciente apresentava pensamento automático disfuncional, sendo possível identificar distorção cognitiva tais como: catastrofização- antecipando seu futuro de maneira negativa, vendo apenas conta; abstração seletiva- o fato de conseguir pagar suas contas no momento se considera como uma pessoa desonesta, desconsiderando todos os anos que conseguiu honrar com seus compromissos. Esses pensamentos disfuncionais contribuem para manter sua ansiedade e preocupação excessiva frente a situações do seu dia a dia. 
1° sessão 
Na primeira sessão realizada no dia 22 de março de 2018, foi realizado a verificação do humor, no intuito de saber como tinha sido a semana do paciente. M.B.V relatou que tinha sido uma semana muito estressante, afirmou que se irrita facilmente, sente-se que está se tornando uma pessoa agressiva. A partir das informações relatados por M.B.V foi realizada a psicoeducação, para Friedberg (2011), está técnica tem como função orientar o paciente quanto a seu funcionamento diagnóstico, sintomas e sobre o próprio tratamento, facilitando o processo de mudança. 
O paciente trouxe a tarefa passada na primeira sessão o RPD, neste registro o paciente havia trocado seus comportamento e emoções, durante a sessão esse registro foi refeito, ensinando o paciente a diferenciar suas emoções e comportamentos. No RPD o paciente descreveu duas situação, a primeira situação estava relacionada ao trânsito, em que o motorista da sua frente não sinalizou, avisando que iria mudar de faixa, ele começou a xingar o motorista tendo pensamentos: “poderia causar um acidente” / “é uma irresponsável esse condutor”, suas emoções foram raiva e ódio e seu comportamento foi falarpalavrões. A segunda situação está relacionada à suas contas para pagar, aprestando pensamento: “meu nome vai ficar sujo”/ “não vou honrar com meus compromisso” sua emoção e raiva e ódio, seu comportamento e se isolar. De acordo com Paulo (2006), este registro serve para flexibilizar o paciente diante de seus pensamentos distorcidos, como também reconhecer evidência contra e a favor daquele pensamento negativo e passar a pensar de maneira mais funcional.
A partir da apresentação do RPD o paciente foi questionado como ele enxergava seu futuro, o paciente relatou que só ver conta e mais conta, e que não consegue enxerga alternativa para sair da situação. Durante a sessão o paciente relatou que tem experiência com instrutor de trânsito, e que conheci vários donos de auto escola, o paciente foi questionada se ele não poderia conversar com seus conhecidos, apresentar sua experiência, é se isso não seria uma possível alternativa para conseguir um emprego e resolver a situação, neste momento o paciente respondeu que sim. 
Na sessão o paciente falou sobre a possível venda do seu carro para pagar as contas, é foi questionado se a venda do carro poderia ser uma alternativa para resolver seu problema, o paciente respondeu que sim. Após o questionamento foi proposto para o paciente com tarefa de casa fazer uma lista das possíveis alternativas, com intuito de desmistificar a visão negativa que ele sobre seu futuro, trazendo possibilidade reais que ele ainda tem. As estratégias de resolução de problemas utilizadas neste caso são embasadas nos esquemas sugeridos por Dobson (2010), os quais envolvem a identificação do problema, geração de soluções alternativas para o problema, tomada de decisões e escolha de soluções, implementação da solução e, por último, a avaliação do resultado.
Discussões 
Ao longo da sessão observou-se que a manutenção dos pensamentos disfuncionais permanecia, o paciente relata não saber mais o que fazer para sair da situação que lhe causa muito sofrimento. O paciente foi submetido apenas á duas sessões, por motivo de ausência, já que uma vez que todos os procedimentos que regem o contrato foram cumpridos e após três faltas consecutivas o paciente é automaticamente desligado. Como não foi possível uma melhor análise do caso, foram expostos apenas ás informações da triagem e a descrição da primeira sessão. 
6.1.7 ENCAMINHAMENTO 
Foi ligado duas vezes para o paciente, porém o celular estava sempre desligado, após três falta consecutiva sem justificativa, o atendimento do paciente foi cancelado.
Desligamento do paciente: 5 de maio de 2018.
6.2 Caso 2
6.2.1 DESCRIÇÃO DO PACIENTE
Paciente de iniciais L.B.S.G, sexo feminino, 23 anos, solteira, escolaridade ensino superior completo.
6.2.2 Queixa principal
A queixa inicial apresenta pela paciente foi á decepção com o pai, que teve um relacionamento extraconjugal e tem uma filha fruto desse relacionamento, tinha seu pai como referência e por conta disso não consegue mais criar expectativa e nem confiar nas pessoas.
6.2.3 DESCRIÇÃO DO CASO
A paciente L.B.S.G, sexo feminino, tem 23 anos, possui duas graduação completa e está na sua terceira graduação em letras, reside em Timon-MA, mora com os pais e sua irmã , sua religião é o cristianismo , trabalha como atendente em uma padaria, no ambiente de trabalho possui um relação amigável com os demais funcionários. No que se refere ao relacionamento e dinâmica familiar, procura sempre ficar só em seu quarto lendo livros, acha sua irmã muita chata, sua mãe briga muita, pois considera ela muito desorganizada, possui pouco contato com pai, pois não considera um pai presente. A paciente descobriu á um ano que seu pai possui um caso extraconjugal, onde tem uma filha de dois anos, isso deixou muito triste e decepcionada, pois tinha seu pai com referência, como um homem bom e fiel. A partir dessa situação terminou seu relacionamento de dois anos, pois não conseguia mais confiar em ninguém, seu ex-namorado começou a namorar sua “melhor amiga”, por conta disso passou a se relacionar e fazer sexo com qualquer homem relata que no momento se sente atraente e desejada, mas depois se sente usada e carente, afirma que gostaria de ter um companheiro fixo. L.G.S.G relatou que possui poucos amigos e que tem dificuldade em fazer amizade, sente se prazer em ficar sozinha. Procurou o serviço da SEPSI através de uma amiga que faz acompanhamento, já tinha ido ao Psicólogo antes, mas não gostou da terapeuta, só fez uma consulta e desistiu. No que se refere aos atendimentos psicológicos, disse que não criar nenhum tipo de expectativa para não se frustra. 
A triagem deu iniciou no dia 16 de março de 2018, já foi submetida a sete sessões e continua em processo psicoterápico.
6.2.4 ConceituaçãocognitivA
 
	IDENTIFICAÇÃO:
NOME: L.B.S.G
IDADE: 23 anos
SEXO: Feminino
ESTADO CIVIL: Solteira
OCUPAÇÃO: Atendente
RELIGIÃO: Cristianismo 
	DADOS RELEVANTES DA HISTÓRIA DE VIDA:
L.B.S.G sempre morou com os pais e sua irmã, nasceu sem complicações, a gravidez foi desejada pelos pai, foi uma criança tímida, sempre ficava quieta sem falar com os colegas, tendo vergonha de conversar . Na adolescência manteve o mesmo comportamento no colégio, até hoje seu ciclo de amizade e pouco. L.B.S.G prefere ficar sozinha nos tempos livre lendo livros de poesia, se acha feia e magra, afirma sentir insegurança quanto aos futuro e se questiona por que não dar certo com ninguém quando está sozinha.
	CRENÇA NUCLEAR:
Não sou amada
	SUPOSIÇÕES / CRENÇAS / REGRAS CONDICIONAIS
Meus pais nunca gostaram tanto assim de mim / não sou uma pessoa atraente.
	ESTRATÉGIAS COMPENSATÓRIAS:
Se isolar/ ler livros/ fazer tudo que as pessoas pedem.
	Situação 1
	Situação 2
	Situação 3
	Não conseguir um relacionamento fixo
	Relacionamento com pai.
	Como ela se ver.
	Pensamentos automáticos
Por que ninguém quer nada sério comigo.
	Pensamentos automáticos
Ele poderia ser mais presente.
	Pensamentos automáticos
Sou uma pessoa feia.
	Significado da P.A.
Sou chata e feia ninguém gosta de mim.
	Significado da P.A.
Ele só pensa nessa filha de dois anos, dar tudo pra ela.
	Significado da P.A.
Ninguém se aproxima de mim, pela minha aparência.
	Emoção
Tristeza e solidão
	Emoção
Angustia e tristeza
	Emoção
Insegurança e tristeza.
	Comportamento
Ficar sozinha
	Comportamento
Afastar do pai, quando ele entra em casa.
	Comportamento
Evita relacionamentos, com as pessoas.
	LISTA DE PROBLEMAS:
Dificuldade no relacionamento com pai; falta de iniciativa em fazer amizade; necessidade de ter um companheiro; autoimagem distorcida; expectativas negativas quanto a seu futuro, insegurança; prioriza seus defeitos.
	METAS DO TRATAMENTO:
Melhorar o relacionamento com o pai; Permitir ter um autoconhecimento; Ajudar a paciente a se compreender e se aceitar; Identificar suas potencialidades; Melhora sua autoestima; Aumentar sua autoconfiança. 
	RESUMO DA HIPÓTESE DE TRABALHO:
A hipótese baseou-se ao longo da história de desenvolvimento da paciente, tendo poucos amigos, suas atividades são sempre sozinha. Analisou-se também um conjunto de experiências ocorridas principalmente no contexto familiar do pai ter o relacionamento extraconjugal, não existindo muito afeto na relação pai, mãe e filha. A paciente não apresenta nenhum diagnóstico específico, a problemática em voga é o sentimento de solidão, baixa autoestima, desconsiderando e desqualificado aspecto positivos que existem.
6.2.5. PLANO DE INTERVENÇÃO 
Psicoeducação- trata-se de uma ferramenta terapêutica que ensina o paciente temas tratados no processo de forma fundamentada e organizada. Para isso foi utilizamos com paciente o modelo cognitivo explicado como a terapia funciona a inter-relação do pensamento, emoção e comportamento. Ao final da sessão, como tarefa de casa e extensão da psicoeducação, foi solicitado que ela preenchesse o registro de pensamento disfuncional (RPD).
Verificação de humor- Coletar informações de como foi à semana da paciente, e de como está se sentindo no momento.
Revisão das tarefas de casada sessão anterior- Relembrar o cliente as tarefas de casa passadas na sessão anterior, uma a uma. Proporcionado ao terapeuta uma análise do paciente fora do processo terapêutico. 
Registro pensamentos disfuncionais (RPD)- A paciente é educada a identificar seus pensamentos disfuncionais, visando uma análise realista, considerando seus pensamentos e sentimentos que podem levá-lo ao e ter sua autoimagem distorcida.
Questionamento Socrático- Através de pergunta, busca auxiliar a paciente a realizar descobertas sobre a estrutura do seu pensamento, para flexibilizá-los e  muda-los. 
Lista de metas- Avaliar quais os problemas que a paciente desejava trabalhar na terapia de maneira hierárquica. 
Exame das qualidades e defeitos- A paciente é estimulada a escrever suas qualidades e seus defeitos, a fim de ter uma análise do que prevalece naquele momento.
Desenvolver as novas qualidades- A paciente foi desafiada a escolher algumas qualidades que ela gostaria de desenvolver nela, e colocar em prática no seu dia à dia.
Cartões de enfrentamento- São cartões que auxiliam o paciente a lembrar do que foi discutido e refletido durante o processo terapêutico.
Feedback- Busca saber do paciente o que ele está achando da terapia, de modo geral. 
Distorção cognitiva- Apresentar a lista de distorção cognitiva, a fim de que ela analisasse e marcasse quais as distorções ela se identificava, para ser trabalhado nas próximas sessões. 
Registo de mudança de pensamento- Durante a seção a paciente registrava situações semelhantes a situações que foram trazidos nas primeiras sessões e análise seus pensamentos, emoção e comportamento atual, podendo assim comparando os pensamentos, comportamento e emoção que ela tinha nas primeiras sessões. 
Resumo das sessões- Frente às pequenas evoluções que a paciente foi demonstrando e tendo em vista sua motivação para realizar as atividades propostas e melhorar, foi reforçado seu esforço, e a realização de tarefas de casa que inclua atividade que lhe desse prazer.
Prevenção de recaídas- As sessões finais de terapia são destinadas à avaliação dos ganhos na terapia. A melhora do paciente pode ser fornecida como recurso para o enfrentamento de novas situações que incluam perdas e adaptações a novas situações e problema que podem aparecer. Durante a sessão foi feito uma lista de todos os problemas e quais as estratégias que a paciente aprendeu na terapia para resolver determinada situação. 
6.2.7 DESCRIÇÃO DAS SESSÕES E DISCUSSÕES
A anamnese realizada no 22 de março de 2018, trata-se de uma paciente chamada L.B.S.G de 22 anos, sexo feminino, possui duas graduação completa é está na sua terceira graduação, atualmente trabalha como atendente em uma padaria, mora com os pais, possui duas irmãos. L.B.S.G procurou o serviço de psicoterapia de maneira espontânea, contou que havia descoberto a um ano que tinha uma outra irmão, fruto de relacionamento extraconjugal que seu pai teve, o pai nega a existência dessa outra filha, porém ela e sua irmã viram fotos no celular do pai. A mãe tenta se divorciar, mas o pai não aceita e vivem na mesma casa até hoje. Nesta etapa inicial foi utilizado um modelo de entrevista semi estruturada. Conforme Tavares (2012), a entrevista, como ponto de contato inicial, é crucial para o desenvolvimento de uma relação de ajuda. A aceitação das recomendações ou a permanência no tratamento dependem de algumas características importantes desse primeiro contato, que são influenciadas por um conjunto de competências do entrevistador. Neste momento o Psicólogo clínico colherá informações sobre a procura do atendimento.
Diante dessa situação a paciente relatou que se decepcionou muito com o Pai, pois tinha seu pai com referências de homem bom e fiel, devido a essa decepção terminou seu relacionamento de dois anos, pois não conseguia mais acreditar em homens, seu ex namorado começou a namorar sua melhor amiga, isso foi algo que lhe deixou muito magoada, , após um certo tempo ela voltou a ficar com seu ex namorado, não mais como um relacionamento sério, apenas coisa de uma noite e momento. 
Devido a tantas decepções a paciente conta que faz sexo com qualquer homem, como uma forma de refúgio, afirmou ainda que no momento sente prazer e se sente atraída, mas depois se sente usada e carente, e que gostaria de um companheiro fixo. A mesma já havia iniciado tratamento psicológico, mas que não aderiu ao processo, e que dessa vez procurava não criar nenhum tipo de expectativa quanto ao processo, para não se decepcionar. 
Discussão 
Nesta etapa, através da entrevista buscou-se por informações sobre os dados pessoais da paciente e suas queixas, estabelecendo o rapport, a paciente assinou o contrato terapêutico, onde foram estabelecidos todos os acordos da terapia. Nesta etapa já pode perceber, uma desordem psíquica, ao mesmo tempo em que paciente relata não confia mais em ninguém, logo em seguida afirma que gostaria muito de ter um companheiro fixo, e utiliza como estratégia compensatória ficar com qualquer homem.
1° sessão 12/04/18 
No inicio da sessão a paciente foi questionada sobre sua semana, L.B.S.G relatou que sua semana foi difícil, por que uma tia havida falecido de C.A, a partir da checagem da verificação do humor, a paciente foi relembrada da suas queixas apresentada na anamnésia e questionada por onde ela gostaria de começar a falar. A paciente começou falando de um rapaz que ela conheceu a 6 anos atrás, eles ficam a um ano, afirmando que se sente bem quando está com ele, é que gostaria de ter algo mais sério, porém o rapaz já havido sido claro que não queria nada sério com ela. A paciente foi questionada se rapaz na qual ela se referia impedia de ficar com outras pessoas, ela disse que não, que até conheci outros rapazes, mas ela não quer nada com eles, pois gosta de ter sua liberdade. 
Durante a sessão pedi para paciente falar mais sobre sua rotina com amigos, no trabalho e em casa. L.B.S.G comenta que gosta muito de estar só, que vai ao cinema só, e que não suporta estar em um local com muita gente, em casa sempre procura ficar em seu quarta lendo os livros. Com relação ao trabalho relata que não e algo muito confortável, pois lida com pessoas diretamente. 
A paciente diz que gosta de ficar só, mas às vezes bate uma “depre”, a paciente foi questionada sobre os pensamentos que ela tem quando fica só, L. diz que se pergunta “por que não dar certo com ninguém”, “ qual e o meu problema”, “queria ter uma pessoa por perto um companheiro”, após os pensamento a paciente diz que fica triste e se isola mais ainda. O método socrático são perguntas que o terapeuta faz para o paciente buscando questionar os fundamentos de seus pensamentos automáticos, buscando evidências que sustentam o as crenças e pensamentos automáticos, bem como sobre outras possíveis alternativas de interpretar as situações (RANGÉ, 2001). O questionamento socrático foi amplamente utilizado durante as sessões.
Quando a paciente citou seus pensamentos disfuncionais foi explicado sobre o modelo cognitivo, como o nossos pensamentos, comportamentos e estados de humor estão intimamente interligados, dando exemplos de como pensamentos interferem diretamente na maneira como nos sentimos, e nós comportamos. Segundo Beck (2007), o modelo cognitivo explicar como os pensamentos podem influenciar na forma pela qual nos sentimos emocionalmente, fisiologicamente, influenciando também na maneira como nós comportarmos. Tal forma refere-se á percepção que as pessoas têm dos eventos, é a interpretação que determina o que as pessoas sentem e a maneira pela qual se comportam. 
Na tentativa questionar seus pensamentos disfuncionais, e fazer com que a paciente se perceba, foi trabalhado a técnica do espelho, em que a paciente olhava para o espelho e listava em um papel seus defeitos e qualidade, como qualidade a paciente citou pontualidade e prontidão, afirmando ser uma pessoa muito pontual e que faz tudo que as pessoas pedem. Como defeitos colocou feia, magra, insegura, chata e suja, quando foi questionada o porquê dela ter colocadotais defeitos, a paciente explicou que feia, era porque não gosta da imagem que reflete no espelho; suja estaria relacionada ao fato assistir filme pornô e se masturbar; quanto ao magro L falou que não se sente atraente com o seu corpo; insegura diz que e porque tem medo de confiar nas pessoas; e chata por reclama de tudo.
Após coleta de informações adicionais referentes ao seu estado atual, foi desenvolvida uma lista de metas, em uma folha de papel a paciente escreveu o que gostaria de trabalhar durante o processo terapêutico, nela a paciente descreveu: confiança, autoestima e expectativa, a fim de se tornar uma pessoa melhor. De acordo com tais informações trazidas pelo paciente é feito uma lista de problemas. Conforme Basco (2009), a lista deve buscar ser a mais completa possível, incluindo não somente problemas de ordem psicológica como também problemas interpessoais, psicossociais, trabalhistas, financeiros, de um modo geral. 
Por fim, foi comentado sobre as tarefas que serão passadas na psicoterapia, os objetivos e a importâncias das tarefas de casa, explicando mais sobre o funcionamento da Terapia Cognitiva Comportamental. A psicoeducação é um recurso importante no processo psicoterápico e deve ser o pontapé inicial neste processo. O paciente deve ser informado sobre a funcionalidade ou não das suas reações comportamentais. Segundo Barlow e colaboradores (2009, p. 235), "os pacientes recebem informações em relação às sequelas cognitivas, fisiológicas e comportamentais das reações emocionais e como esses três componentes interagem"
Discussões 
Através da primeira sessão pode-se perceber que a paciente possui, pensamento disfuncionais tais como: qual o seu problema por não encontrar ninguém, se cobrar de ninguém querer nado serio com ela, se feia acha, magra, não se sentir atraente, enaltecendo sempre as características negativas. De um modo geral, os fatos negativos sobre si que L. citava, sobressaiam os positivos, o que induz a reforçar tais pensamentos distorcidos. Observa-se também que o repertorio social da paciente é limitado, pois ela gosta de fazer atividade que seja sozinha. Desta maneira hipotetizou que a paciente tenha autoestima baixa o que será o foco da terapia.
2° sessão 26 de abril de 2018
A sessão foi iniciada relembrando alguns eventos da sessão anterior. Quando foi indagada como foi sua semana, a paciente relatou que se afastou do ex-namorado durante a semana, pois se colocou no lugar da atual, afirmando que se fosse com ela, não iria gostar de ver seu namorado próximo da sua ex. A paciente foi questionada sobre seus defeitos o que havia mudado o que tinha continua na sua percepção, a paciente comentou que não estava assistindo filme pornô, nem se masturbando, afirmando se sentia melhor com esse comportamento, porém estava lendo livros que falava de sexo de maneira bem explicita. A paciente disse que começou a assistir filme pornô porque não queria ficar mais com ninguém sem compromisso, fala que acho beijo e o sexo muito íntimo ressaltando mais uma vez que gostaria de um companheiro fixo. 
Com relação sua baixa estima, foi solicitada para paciente descrever característica de uma mulher que ela achava bonita, a paciente citou a atriz Bianca Bin, pois era uma mulher magra, baixa e se identificava muito com a maneira como ela interpretava, pois ela já havia feito teatro, lodo depois foi pedido para paciente colocar as semelhanças entre ela e a atriz, na qual ela citou magra e baixa, a paciente foi questionada o porquê da atriz ser bonita e atraente com tais características, que são semelhantes as suas, neste momento a paciente ficou calada. 
Durante a sessão foi sugerido para paciente se desenhar em uma folhar de papel, e citar aspetos positivos, onde ela respondia as seguintes perguntas: o que eu amo em mim? L respondeu “os olhos, pois são a janela da alma, tudo que vai fazer precisa do contato visual”. O que eu faço de melhor? L respondeu “prontidão, afirmando que tudo que as pessoas pedem ela faz, se considerando uma pessoa capaz”. O que eu posso me dar de melhor? L respondeu “amor próprio, as pessoa devem se amar acima de tudo”. Após a utilização do método socrático, os pensamentos foram questionados, ajudando a paciente a perceber as evidências de tais pensamentos. 
A sessão foi encerrada, pedindo para a paciente dar o feedback do processo terapêutico, L. B. S. G relatou está gostando muito da terapia. Nesse momento foi ressalto para paciente a importância dela falar abertamente sobre as sessões, pois o objetivo é fazer com que ela se sinta bem, podendo assim mudar o foco da terapia. O feedback proporciona informação específica ao terapeuta, ele extremamente necessário para conquistar uma posição assertiva na terapia (CABALLO, 2006).
Como tarefa de casa foi entregue para paciente um envelope, em que a paciente escreveria vários elogios, ou anotar situações que lhe causam bem estar. O objetivo e fazer com a paciente melhore sua autoestima, percebendo os aspectos positivos. Um dos aspectos central da terapia cognitiva comportamental é o terapeuta fornecer tarefas de casa para o paciente, visando que o mesmo utilize o tempo fora das sessões para novas experiências e exercícios corretivos de seus pensamentos disfuncionais (RANGÉ, 2001). 
 
DISCUSSÕES 
Durante a sessão a paciente estava mais participativa, de acordo com o feedback a paciente demonstra está motivada com o processo psicoterápico. Foi observado que a paciente vive em um conflito entre querer um companheiro fixo, e o gostar de estar sozinha. Os pensamentos da paciente oscilam muito, apresentando algumas distorções cognitivas como: catastrofização o fato da paciente nunca querer criar expectativa, por medo de se decepcionar, ela já esta pensando que algo de ruim pode acontecer no futuro; Supergeneralização a paciente durante as sessões afirmou várias vezes não dou certo com ninguém, não sou atraente, porque ninguém me quer; Abstração seletiva a paciente ficou presa a único fato do pai ter traído sua mãe, sem analisar tantos casais que são fieis e felizes. Verificou-se ainda que a paciente desvaloriza seus aspecto positivos, o que contribui para sua baixa estima e falta de confiança, esses questão serão trabalha nas sessões seguintes.
3° sessão realizada no dia 3 de maio de 2018
A sessão foi iniciada verificando como tinha sido a semana da paciente, L. B. S. G relatou que teve uma semana agradável, pois foi a semana do seu aniversario seus amigos e familiares fizeram uma surpresa. A paciente trouxe a tarefa de casa passada na sessão anterior, onde foi questionada se ela gostaria de discutir alguma ocasião específica antes, ou se poderíamos discutir o que ela colocou no envelope. L. B. S.G preferiu falar sobre á tarefa, durante as discussões sobre a tarefa de casa a paciente foi questionada sobre seus pensamentos, e suas emoções, na qual iria identificar cada pensamento, e a intensidade de cada emoção em uma escala 0 a 100. 
No dia 29 de abril a paciente descreveu como uma situação agradável, a surpresa que fizeram em seu aniversario, foi questionamento quais os pensamentos que ela teve no momento “me senti amada”, “sei que tenho amigo e família, posso sempre contar com eles”, disse que sentiu muito feliz e que a intensidade da sua emoção seria 90%.
No dia 30 de abril se sentiu otimista no trabalho, pois era véspera de feriado e o seu chefe havia comentado que a equipe iria trabalhar no feriado. Começou a pensar “ele não vai fazer isso com a gente”, “vamos torcer para que ele mude de idéia”, sua emoção foi preocupação com uma intensidade de 50%.
No dia 01 de maio a paciente relatou que se sentiu bonita e inteligente, pois tinha se arrumado, questionada sobre seus pensamentos a paciente disse que “se ninguém me achar bonita hoje, o importante e eu está me sentindo bem” sua emoção foi alegria com intensidade de 70%.
No dia 02 de maio se sentiu confiante, pois começou a ficar com um rapaz, seu pensamento “eu sou atraente” sua emoção foi satisfação com intensidade de 40%.
A partir desta intervenção foi explicaçãopara a paciente que no momento em que mudamos nossos pensamentos consequentemente nossas emoções e comportamento também mudam. Diante dos elogios que a paciente trouxe, foi pedido para paciente anotar as vantagens que teria em desenvolver essas novas habilidades durante as semanas seguintes, e analisar até que ponto ajudaria a melhorar sua autoestima. 
 O cartão de enfrentamento possibilita a paciente a colocar em praticas todas as qualidades aprendidas nas sessões, que ela gostaria de ter, o que acabou suscitando uma melhor em sua autoestima. Os cartões de enfrentamento são papeis que o paciente coloca frases motivacionais, pensamentos realistas que ajudam as pessoas a manterem o foco, ou a verem as coisas por uma lente menos negativo , eles são mantido em locais de fácil acesso (SOUZA, 2008).
Discussões 
No decorrer da terapia observou uma gradativa mudança, em seus pensamentos, comportamentos e seu estado de humor, pois a paciente estava bastante sorridente e mais participativa durante a sessão. Vale ressaltar o progresso que ela teve na maneira de como ela enxergava o mundo, a si mesmo e o futuro (tríade cognitiva), faz com que L. B. S. G perceba que os aspectos negativo que ela tinha, dizem respeito somente aos seus próprios pensamentos, visto que L. B. S. G não conseguiu nenhuma evidência exterior que apoiem tais pensamentos passou a questiona-lo e consequentemente a muda-los, afirmando o quanto é amado e querida pelos seus familiares e seus amigos.
4° sessão realizada no 10/05/2018
A sessão iniciou em silencio, esperando ver a reação da paciente e testando sua habilidade social, visto que está séria uma das demanda a ser trabalhada, já que nas primeiras sessões a paciente demostra dificuldade em interagir com outas pessoas. A paciente ficou calada e após dois minuto foi questionada sobre sua semana, L. B. G. S falou que teve uma semana boa, não havia acontecido nada de diferente só teve uma pequena discussão em seu trabalho e em casa, mas que foram coisas pequenas, que não lhe afetou. Em seu trabalho ficou chateada por que sua colega de trabalho pegou sua bolsa sem permissão e colocou em outro armário, porém manteve-se calma e só pediu para que ela não fizesse mais isso. Em casa a discussões começou por que ninguém queria colocar comida para o cachorro, mas para evitar tal problema se levantou e foi colocar a comida para o cachorro sem reclamar.	A paciente disse que está se sentindo nervosa e ansiosa com a apresentação do seu TCC que seria na próxima semana, mas que apesar de estar se formando em letras não pretende dar aula, pois já teve experiência e não gostou. 
A paciente foi relembrada sobre a tarefa de casa, em desenvolver as qualidades apresentada na sessão anterior durante a semana, L. B. S. G relatou que está se dedicando bastante para colocar em prática. Com relação às consequências que ela poderia ter em desenvolver as novas qualidades L. colou que quando se arruma melhora na sua autoestima e sua confiança, lhe dando mais segurança. 
Diante das habilidades que L vem desenvolvendo, percebe-se a evolução da paciente, para certificar de sua melhora foi coloca em um papel o registro de mudança de pensando, nesta intervenção foi colocado situações semelhantes, a eventos relatado nas primeiras sessões pela paciente, fazendo assim uma comparação dos seus pensamento disfuncional da época, com seus pensamento atuais e realista. A paciente descreveu a primeira situação sobre trabalho em que antes ela se achava incapaz de exercer sua função ; hoje quando as pessoas pedem para ela fazer algo, por mais que seja difícil ela enfrenta a situação e procura fazer, tendo pensamento de utilidade ou capacidade; a segunda situação a paciente descreveu quando se arrumava, tinha pensamento que ninguém se aproximava pela sua aparência , mas que no momento passa a pensar que ela e feliz com ela mesma, sem precisar da aprovação de outras pessoas; a terceira situação a paciente relata que antes não conseguia se entender e se aceitar e se questionava o por que de existir, mas que através da terapia consegue questionar seus pensamentos, e mudar seu comportamento . 
Segundo Knapp (2007), o Treinamento de Solução de Problemas tem como objetivo fazer com que o individuo consiga identificar as anteriores e atuais situações estressantes da vida, ou seja, os acontecimentos mais importantes e os problemas diários, que geram reação emocional negativa; a técnica possibilita minimizar o grau em que uma resposta influencia o modo negativo as futuras tentativas de enfrentamento; Aumentando a eficácia das tentativas de solução de problemas, no enfrentamento das situações problemáticas e ensinando assim habilidades para que o indivíduo possa ver essas habilidades de modo mais eficaz.
Ao final da sessão, como tarefa de casa foi postulada a escrever uma carta de amor a si própria, onde ela pudesse enaltecer todas suas qualidades, habilidades, talentos. Esta tarefe tinha como objetivo nutri sua autoestima, se aceitando e se compreendendo, declarando todo amor que ela tinha por ela mesma.
Discussão
Pôde-se observar que a paciente vem colocando em prática assuntos discutidos na sessão, como questionar seus pensamentos, analisando resposta alternativas, reforçando seus comportamentos que lhe causam bem estar. Alguns episódios demostram o progresso de evolução da paciente. L. B. S. G afirmar que hoje ela se sente feliz da maneira como ela é, declarando que não precisa da aprovação dos outros, ampliando assim avaliação que ela faz dela mesmo e dos outros. Outro fator que demonstra o progresso da evolução está relacionado ao seu trabalho, antes a paciente se rotulava em ser uma pessoa incapaz e que não exercia sua função direito, mesmo estando trabalhando há três meses, e estando preste a ser contrata, hoje ela consegue perceber sua capacidade. A paciente falou ainda que hoje já procurar chamar suas amigas da igreja para sair, e que se sente bem quando está com elas. Estes fatos são de extrema valia visto que a paciente está colando em pratica sua habilidade social e conseguindo questionar seus pensamentos.
6° sessão 24 de maio de 2018
A sessão foi iniciada com a verificação do humor, indagada sobre como tinha sido sua ultima semana, a paciente relatou que havia sido uma semana boa, pois havia sido contrata em seu emprego e que estava fazendo os exames admissional, falou que teve uma semana harmônica com a família, nessa sessão a paciente voltou a relata sobre a história da primeira sessão do caso extraconjugal que seu pai tem, relatando todos os detalhes. A paciente não considera seu pai bom, pois ele nega em dar as coisas matérias pra ela e sua irmão como roupas, maquiagens, calçadas coisas necessárias, a única coisa que o pai não nega é coisas relacionado aos estudos.
A paciente relata que gostaria que sua mãe se divorciasse, mas quando foi questionada se seria melhorar ele sair ou permanecer em casa, ela afirma que ele permanecendo é melhor, pois todas as dispensas da casa quem mantem é ele, e que somente ela e o pai trabalham em casa, relatando ainda que sua mãe é doente, e precisa muito do plano de saúde. A paciente relata ainda que não aceita a filha desse caso extraconjugal do pai pelo fato de ser mulher, mas quando foi questionada no que mudaria o fato de ser homem ou mulher, se as consequências não seria a mesma, a paciente disse que não sabe responder, mas achava que sim, que o pai iria está distante do mesmo jeito. A paciente afirma que apesar da ser uma situação chata consegue lidar sem lhe causar nenhum prejuízo, até porque ela se considera independente do pai no aspecto financeiro.
 Durante a sessão foi apresentando a paciente seu quadro de evolução, recapitulando tudo que foi apresentado na primeira sessão até o momento. Diante do seu quadro de evolução foi apresentando para paciente suas crenças “não dou certo com ninguém”; “eu não sou amada”; “sou incapaz”. Logo depois a paciente foi questionada como ela se via hoje. L. B. S. L respondeu que não precisa necessariamente estar com um companheiro para se

Outros materiais