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Organização ADMINISTRATIVA aula 2

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Organização ADMINISTRATIVA
Direito administrativo 1 AULA 2
• O Estado tanto pode desenvolver por si mesmo as atividades administrativas que tem 
constitucionalmente a seu encargo, como pode prestá-las através de outros sujeitos. 
ESTADO
outras PJs
que cria
particulares
Quem integra a ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA?
• O aparelho estatal, que exerce as atividades administrativas, é composto pelo próprio Estado
(U, E, M, DF), que compõem a ADMINISTRAÇÃO DIRETA
E 
• por pessoas jurídicas que cria para auxiliá-lo em seus misteres (autarquias, empresas públicas, 
sociedades de economia mista e fundações públicas), que compõem a ADMINISTRAÇÃO 
INDIRETA. 
• Observe-se que os particulares que exercem a atividade pública, os concessionários e 
permissionários de serviço público e os delegados de função ou ofício público (caso dos titulares dos 
cartórios) NÃO INTEGRAM A ADMINISTRAÇÃO INDIRETA (por uma impropriedade do Decreto-
lei 200/67).
Decreto-lei 200/67, (Dispõe sobre a organização da Administração Federal, 
estabelece diretrizes para a Reforma Administrativa e dá outras 
providências)
• Art. 4° A Administração Federal compreende:
• I - A Administração Direta, que se constitui dos serviços integrados na estrutura administrativa
da Presidência da República e dos Ministérios
• II - A Administração Indireta, que compreende as seguintes categorias de entidades, dotadas de
personalidade jurídica própria:
• a) Autarquias;
• b) Empresas Públicas;
• c) Sociedades de Economia Mista.
• d) fundações públicas.
Entes de cooperação
• Existem os ENTES PARAESTATAIS, expressão inspirada na legislação italiana, lei 
70/1995. Os sujeitos que fazem parte desta categoria estão listados na lei: SESI, SESC, 
SENAI, SENAC, que prestam serviços sociais autônomos. São sujeitos não estatais, isto é, 
de direito privado, que em paralelismo com o Estado desempenham funções no âmbito de 
seus interesses. 
• Em paralelo, também não integram o aparelho estatal outras colaboradoras do Poder 
Público, como as ORGANIZAÇÕES SOCIAIS, que são habilitadas por Contrato de Gestão. 
DESCONCENTRAÇÃO/DESCENTRALIZAÇÃO
“Na centralização o Estado atua DIRETAMENTE por meio de seus órgãos, isto é, das
unidades que são simples repartições interiores de sua pessoa e por isto dele não se
distinguem. Consistem, portanto, em meras distribuições internas de plexos de
competência, ou seja, em “DESCONCENTRAÇÕES” administrativas.
Na descentralização o Estado atua INDIRETAMENTE, pois o faz através de outras pessoas,
seres juridicamente distintos dele, ainda quando seja, criaturas suas e por isto mesmo se
constituam, como ao diante se verá, em parcelas personalizadas da totalidade do aparelho
administrativo estatal.” (BANDEIRA DE MELLO)
desCOMcentração
"anda junto"
entes 
federativos
(ex. Estado de 
SP)
1 pessoa jurídica 
de dir. público, 1 
CNPJ
com ÓRGÃOS, 
para poder 
haver 
distribuição 
interna de 
competência
desSEMtralização
(cem)
"anda separado"
autarquias, fundação pública, 
empresa pública, sociedade 
de economia mista
(ex. INSS)
2 pessoas jurídicas, 2 CNPJs: 
a) a "controlada" 
desempenha atribuições 
específicas;
b) a "controladora" é um 
ente federativo.
ex. o Ministério do Trabalho, 
que é um órgão da União, é 
quem exerce controle sobre o 
INSS
• Na DESCONCENTRAÇÃO ocorre a distribuição interna de competência, para os órgãos 
criados dentro de um ente. 
• A desconcentração se faz em razão do assunto, (exemplo, Ministério da Justiça, da 
Educação, da Saúde etc.), em razão do grau de hierarquia, estabelecendo diversos 
patamares de autoridade (diretor de Departamento, diretor de Divisão, chefe de seção) e 
em critério territorial (ex. delegacia regional da Saúde em São Paulo). 
• Na DESCENTRALIZAÇÃO ocorre a distribuição de competência de uma PJ para outra 
PJ, existe outorga de atribuições. 
• É possível ocorrer a desconcentração administrativa na descentralização (basta que uma 
autarquia, o INSS, por exemplo, faça a distribuição interna de competência, criando um 
órgão).
• A desconcentração na descentralização pode ser por motivo territorial ou geográfico. (ex. 
criação de uma unidade da receita federal no Município de Osasco). 
CONTROLE NA DESCENTRALIZAÇÃO
• Vimos que na descentralização cria-se uma pessoa jurídica específica para tratar de certos 
assuntos. Observe-se que esta PJ NÃO TEM VÍNCULO HIERÁRQUICO com o ente 
público que a criou, NÃO É SUBORDINADA à Administração. 
• Ao invés de HIERARQUIA, existe CONTROLE. São poderes previstos em lei. 
ÓRGÃOS
• Tanto o Estado (U, E, DF, M) quanto as PJs criadas (autarquias, etc), podem repartir 
internamente os encargos em unidades menores, definindo exatamente quais sãos os 
encargos de cada parcela. Estas unidades são os ÓRGÃOS, que são munidos de 
competências.
• A vontade e a ação do Estado é manifesta por seus órgãos, concretizadas pelas ações de 
seus agentes. 
• IMPORTANTE: os órgãos não passam de repartições internas da pessoa estrutural que 
integram, logo, não possuem personalidade jurídica. 
órgãos
estrutura
simples: decisões individuais
colegiais: decisões coletivas 
(comissões e conselhos)
funções
ativas: decisões para cumprir 
os fins estatais
consultivos: 
aconselhamento e 
elucidação (pareceres)
de controle: fiscalizar e 
controlar atividades
pareceres
conteúdo
de MÉRITO: 
conveniênia e 
oportunidade
de LEGALIDADE: 
a conformidade com o 
direito
necessidade ou 
influência
VINCULANES: a 
autoridade não pode 
deixar de seguir a 
orientação
OBRIGATÓRIOS: 
precisa haver o 
parecer, mas não 
precisa seguir 
FACULTATIVOS: não 
existe obrigação da 
autoridade consultar
• Não é demais frisar que as competências dos órgãos e dos agentes são poderes e deveres. 
Competências atribuídas ao Estado, a seus órgãos e agentes neles investidos, para que 
possam cumprir as finalidades públicas consagradas na lei, e proveito da coletividade. 
• Assim, as competências serão: 
a) De exercício OBRIGATÓRIO para os órgãos e agentes públicos. Ele não pode decidir se 
vai exercer seu dever. Tem a obrigação. 
b) Irrenunciáveis: o titular não pode abrir mão.
c) Intransferível: não pode repassar seu serviço a outra pessoa. 
INSURGÊNCIA ADMINISTRATIVA
• O particular atingido por decisão administrativa ilegal ou insatisfatória pode questioná-la, 
por pedido de RECONSIDERAÇÃO (petição à mesma autoridade, art. 56, Lei 9.784/1999, 
lei do processo administrativo na órbita federal) ou por RECURSO HIERÁRQUICO (à 
autoridade superior, art. 59, mesma lei). 
• O direito administrativo de recorrer não pode ser recusado, pelo princípio constitucional 
da ampla defesa, art. 5º, LV, CF. 
• Durante a pendência de recurso administrativo não corre prazo prescricional contra o 
administrado, isto é, não inicia o prazo que extingue seu direito de postular judicialmente. 
Mas, os recursos possuem apenas efeito devolutivo, e não efeito suspensivo, a não ser que 
a lei do ente tenha esta previsão, (art. 61 da lei).
AUTARQUIAS
• São pessoas jurídicas de Direito Público de capacidade exclusivamente 
administrativa. 
• Só podem ser criadas por lei. (art. 37, XIX, CF). Por paralelismo, só podem ser extintas 
por lei. 
XIX - somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de 
empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste 
último caso, definir as áreas de sua atuação;
• Existem autarquias federais, estaduais, distritais e municipais. 
• Podem ter por objeto: de fomento à pesquisa; previdenciárias, culturais, profissionais ou 
corporativas, ambientais, de controle (agencias reguladoras) e administrativas (Inmetro).
• A OAB possui natureza jurídica sui generis, conforme ADIN 3.026/2006. Assim, não é 
considerada autarquia. 
AUTARQUIAS
• As autarquias gozam de liberdade administrativa nos limites da lei que as criou; não são 
subordinadas a órgão algum do Estado, mas apenas controladas. 
• Sãoobjetivos deste controle ou “supervisão” assegurar o cumprimento dos objetivos 
fixados em seu ato de criação; harmonizar sua atuação com a política e programação do 
Governo no correspondente setor de atividade; zelar pela obtenção de eficiência 
administrativa. 
• No âmbito federal, este controle é denominado “supervisão ministerial”. Assim, o 
Ministério designa dirigentes da entidade, recebe relatórios, balancetes, para acompanhar 
as atividades da entidade e a execução de seu orçamento. Pode realizar auditoria e até 
intervenção, caso o interesse público justifique. (ar. 26 do Decreto-lei 200).
• As autarquias também se sujeitam ao controle exercido pelo Tribunal de Contas (da União 
ou do Estado). (controle de contas, admissão de pessoal etc.) 
AUTARQUIAS
• Seus assuntos são próprios. 
• Seus recursos, podem ser oriundos de trespasse estadual ou hauridos como produto da 
atividade que lhes seja afeta, e se configuram como recursos e patrimônio próprios. Logo, 
possuem autonomia financeira. 
• Também possuem autonomia administrativa (são entes descentralizados). 
• Os pleitos administrativos ou judiciais decorrentes de atos imputados às autarquias serão 
contra elas mesmas (ou seus prepostos) e não contra o Estado. 
• Seus atos são atos administrativos, isto é, gozam de presunção de legitimidade, 
exigibilidade e executoriedade. 
• Seus contratos são contratos administrativos, e devem ser precedidos por licitação 
pública. (art. 37, XXI)
AUTARQUIAS
• A responsabilidade das autarquias pelas condutas lesivas a terceiros é a mesma do art. 37, 
§ 6º da CF. (em regra, responsabilidade civil objetiva). 
• Prescrevem as ações contra elas em cinco anos, há demanda deve ser instaurada dentro 
de cinco anos do evento danoso (decreto lei 4.597/42) 
• Os bens da autarquia são considerados bens públicos, impossibilidade de execução sobre 
eles. 
• A satisfação de créditos obedece a regra especial, do art. 100 da CF (precatórios). Aplica-
se o reexame obrigatório nos processos. 
• Tem imunidade a impostos, quando vinculados a suas finalidades essenciais ou delas 
decorrentes. (art. 150 VI, a, CF, imunidade recíproca). 
• Os servidores das autarquias possuem vínculo estatutário. 
• Autarquias especiais: as universidades e as agências reguladoras. 
• O regime especial das UNIVERSIDADES se justifica para que tivessem 
ainda mais independência administrativa/autonomia que as demais 
autarquias, em nome da legislação do ensino, da liberdade de pensamento 
e orientação pedagógica. Assim, seus dirigentes devem ser escolhidos de 
dentro da comunidade universitária e com mandato a prazo certo. 
AGÊNCIAS REGULADORAS
• As autarquias qualificadas com regime especial, definido segundo suas leis instituidoras, 
regulam, disciplinam e fiscalizam assuntos atinentes às respectivas áreas de atuação. 
• Tem poder REGULAMENTAR. 
• Exemplos: 
• ANEEL, Agência Nacional de Energia Elétrica, criada pela Lei 9.427/1996 (serve para 
fiscalizar serviços públicos propriamente ditos)
• ANCINE, Agência Nacional do Cinema, criada pela lei 10.454/2002 (serve para fomentar 
e fiscalizar atividade privada de cinema)
AGÊNCIAS REGULADORAS
• ANP, Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, criada pela Lei 
9.478/1997 (para regulação das atividades econômicas da indústria do petróleo). 
• Podem articular a participação popular para influenciar o próprio governo. Voltam-se a 
assuntos e aspectos estritamente técnicos. 
• O regime especial confere MANDATO FIXO ao dirigente, e não pode ser exonerado ad 
nutum, por motivações políticas. Os membros da Diretoria devem ser “brasileiros de 
reputação ilibada, formação universitária e elevado conceito no campo de especialidade 
dos cargos para os quais serão nomeados”
• São cargos escolhidos e nomeados pelo presidente, após a aprovação do Senado. 
FUNDAÇÕES PÚBLICAS
• Fundação pública é entidade da administração indireta instituída pelo poder público 
mediante a personificação jurídica de DIREITO PÚBLICO ou de DIREITO PRIVADO, à 
qual a lei atribui competências administrativas específicas, consubstanciadas, em geral, 
em atividade de interesse social. 
• É um patrimônio que foi dotado de personalidade jurídica e destinado por lei a executar 
certa atividade de interesse público. 
• Nos termos do art. 37, XIX, somente lei específica poderá ser criada autarquia e 
AUTORIZADA a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista, e de 
FUNDAÇÃO, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de atuação. 
• Finalidades: para assistência social, saúde, educação, pesquisa, atividade cultural. 
FUNDAÇÕES PÚBLICAS
• A doutrina entende que a FUNDAÇÃO PÚBLICA DE DIREITO PÚBLICO tem regime muito 
semelhante às autarquias, e criaram a denominação AUTARQUIA FUNDACIONAL. 
• Exemplo de fundação pública: IBGE, FUNAI, Universidade de São Carlos. 
• A fundação jurídica de direito público é mantida por recursos previstos no orçamento da entidade 
política que a criou. 
• Uma das diferenças é na forma de criação, a lei deve autorizar a instituição da fundação. 
• A FUNDAÇÃO PÚBLICA DE DIREITO PRIVADO, por sua vez, se assemelha aos regimes das 
empresas públicas e das sociedades de economia mista. 
• São mantidas por recursos próprios. 
AGÊNCIAS EXECUTIVAS
• São autarquias ou fundações governamentais PREESISTENTES que recebem esta 
qualificação, para o desenvolvimento de um plano estratégico, constante de um contrato 
de gestão. 
• Desempenham atividade estatal objetivando maior desenvoltura de resultados. 
• Executam serviços públicos específicos, livre de alguns controles e dotada de maiores 
privilégios. 
• Estas características podem ser extraídas da Lei 9.649/98, nos arts. 51 e 52, que 
mencionam que estas autarquias ou fundações devem ter: “um plano estratégico de 
reestruturação e de desenvolvimento institucional em andamento” e hajam “celebrado 
contrato de gestão com o respectivo Ministério supervisor”. 
AGÊNCIAS EXECUTIVAS
• A ideia é que através deste contrato de gestão a Administração concede mais liberdade de 
ação, dispensando controles. Isto é, compromete-se a dar mais autonomia. 
• Deve, ainda, ter plano estratégico, pois serão repassados recursos e haverá metas e 
critérios de avaliação. 
• Exemplos: 
• INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia Normalização e Qualidade Industrial)
• ABIN (Agência Brasileira de Inteligência) 
EMPRESAS PÚBLICAS
• “Empresa pública federal é a pessoa jurídica criada por força de autorização legal como 
instrumento de ação do Estado, dotada de personalidade de Direito privado, mas 
submetida a certas regras especiais decorrentes de ser coadjuvante da ação 
governamental, constituída sob quaisquer das formas admitidas em Direito e cujo capital 
seja formado unicamente por recursos de pessoas de Direito público interno 
ou de pessoas de suas Administrações indiretas, com predominância 
acionária residente na esfera federal.” BANDEIRA DE MELLO 
• Observe-se que o conceito deve ser extraído por interpretação sistemática do art. 1º e 5º 
do Decreto-lei 200. Se for ler apenas o art. 1º, dá a inverídica noção que é constituído por 
capital exclusivo da União, sem acrescentar as fontes de capital trazidas no art. 5º do 
mesmo dispositivo legal. 
EMPRESAS PÚBLICAS
• Observe-se que o conceito deve ser extraído por interpretação sistemática do art. 1º e 5º do 
Decreto-lei 200. Se for ler apenas o art. 1º, dá a inverídica noção que é constituído por capital 
exclusivo da União, sem acrescentar as fontes de capital trazidas no art. 5º do mesmo dispositivo 
legal. 
• Finalidade: São concebidas como instrumento de atuação estatal no referido setor, para 
exploração de atividade econômica ou para a prestação de serviços públicos, que podem ser 
qualificados como privativos da atividade estatal. 
Exemplo: 
• Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, que coordena todo o setor no país, e presta 
um serviçopúblico, previsto no art. 21, X, CF.
• Caixa Econômica Federal
• Banco Nacional de Desenvolvimento Social – BNDS
• Serviço Federal de Processamento de Dados – Serpro.
EMPRESAS PÚBLICAS
• A atividade por elas desenvolvida se efetua mediante prestações remuneradas. 
• Os salários dos servidores das empresas estatais exploradoras de atividade econômica não 
se submetem ao teto constitucional. 
• Mas, aplica-se a proibição de acumulação de funções, cargos e empregos a toda a adm. 
direta e indireta. 
• A empresas públicas prestadoras de serviço público responderão OBJETIVAMENTE pelos 
danos que seus agentes causarem a terceiros (art. 37, § 6º)
• As empresas públicas exploradoras de atividade econômica terão seu regime de 
responsabilidade civil pautado nas regras do Código Civil, fundada na teoria da 
responsabilidade subjetiva. 
SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA
• “Pessoa jurídica cuja criação é autorizada por lei, como um instrumento de ação do Estado, 
dotada de personalidade de Direito Privado, mas submetida a certas regras especiais decorrentes 
desta sua natureza auxiliar da atuação governamental, constituída sob a forma de sociedade 
anônima, cujas ações com direito a voto pertencem em sua maioria à União ou 
entidade de sua Administração indireta, sobre remanescente acionário de propriedade 
particular.” BANDEIRA DE MELLO. 
• Finalidade: são concebidas como instrumento de atuação estatal no referido setor, para 
exploração de atividade econômica ou para a prestação de serviços públicos.
• Exemplo: 
• Banco do Brasil S.A.
• Banco da Amazônia S.A
• Petrobras
SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA
• Finalidade: para exploração de atividade econômica ou para a prestação de serviços 
públicos. 
• O capital é misto, uma parte é pública e a outra é privada. Mas cabe observar a 
participação necessária do Estado na direção da empresa. Ele é quem decide, isto lhe 
confere o poder de atuar. 
• Só pode ser constituída na modalidade sociedade anônima. 
• As sociedades de economia mista prestadoras de serviço público responderão 
OBJETIVAMENTE pelos danos que seus agentes causarem a terceiros (art. 37, § 6º)
• As sociedades de economia mista exploradoras de atividade econômica terão seu regime 
de responsabilidade civil pautado nas regras do Código Civil, fundada na teoria da 
responsabilidade subjetiva. 
Súmula 556 – STF
• É competente a Justiça Comum para julgar as causas em que é parte 
sociedade de economia mista. 
Mas, 
Súmula 517 – STF
• As sociedades de economia mista só têm foro na Justiça Federal quando a 
União intervém como assistente ou opoente. 
Lei 13.303/2016 dispõe sobre o estatuto jurídico da empresa pública, da 
sociedade de economia mista e de suas subsidiárias. 
• Art. 1º Esta Lei dispõe sobre o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de 
economia mista e de suas subsidiárias, abrangendo toda e qualquer empresa pública 
e sociedade de economia mista da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios que explore atividade econômica de produção ou comercialização de 
bens ou de prestação de serviços, ainda que a atividade econômica esteja sujeita ao 
regime de monopólio da União ou seja de prestação de serviços públicos.
• Art. 2º A exploração de atividade econômica pelo Estado será exercida por meio de 
empresa pública, de sociedade de economia mista e de suas subsidiárias.
§ 1º A constituição de empresa pública ou de sociedade de economia mista dependerá 
de prévia autorização legal que indique, de forma clara, relevante interesse coletivo 
ou imperativo de segurança nacional, nos termos do caput do art. 173 da Constituição 
Federal .
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art173
Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade econômica pelo Estado só
será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo,
conforme definidos em lei.
§ 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias que
explorem atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou de prestação de serviços, dispondo sobre:
I - sua função social e formas de fiscalização pelo Estado e pela sociedade;
II - a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e obrigações civis,
comerciais, trabalhistas e tributários;
III - licitação e contratação de obras, serviços, compras e alienações, observados os princípios da administração
pública;
IV - a constituição e o funcionamento dos conselhos de administração e fiscal, com a participação de acionistas minoritários;
V - os mandatos, a avaliação de desempenho e a responsabilidade dos administradores.
§ 2º As empresas públicas e as sociedades de economia mista não poderão gozar de privilégios fiscais não extensivos às do
setor privado. § 3º A lei regulamentará as relações da empresa pública com o Estado e a sociedade. § 4º A lei reprimirá o abuso do
poder econômico que vise à dominação dos mercados, à eliminação da concorrência e ao aumento arbitrário dos lucros.
§ 5º A lei, sem prejuízo da responsabilidade individual dos dirigentes da pessoa jurídica, estabelecerá a responsabilidade desta,
sujeitando-a às punições compatíveis com sua natureza, nos atos praticados contra a ordem econômica e financeira e contra a
economia popular.
Lei 13.303/2016 dispõe sobre o estatuto jurídico da empresa 
pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias. 
Art. 3º Empresa pública é a entidade dotada de personalidade jurídica de direito 
privado, com criação autorizada por lei e com patrimônio próprio, cujo capital social é 
integralmente detido pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos 
Municípios.
• Parágrafo único. Desde que a maioria do capital votante permaneça em propriedade 
da União, do Estado, do Distrito Federal ou do Município, será admitida, no capital da 
empresa pública, a participação de outras pessoas jurídicas de direito público interno, 
bem como de entidades da administração indireta da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios.
Art. 4º Sociedade de economia mista é a entidade dotada de personalidade jurídica de 
direito privado, com criação autorizada por lei, sob a forma de sociedade anônima, cujas 
ações com direito a voto pertençam em sua maioria à União, aos Estados, ao Distrito 
Federal, aos Municípios ou a entidade da administração indireta.
Lei 13.303/2016 dispõe sobre o estatuto jurídico da empresa 
pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias. 
Art. 6º O estatuto da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas 
subsidiárias deverá observar regras de governança corporativa, de transparência e de 
estruturas, práticas de gestão de riscos e de controle interno, composição da 
administração e, havendo acionistas, mecanismos para sua proteção, todos constantes 
desta Lei.
Art. 27. A empresa pública e a sociedade de economia mista terão a função social de 
realização do interesse coletivo ou de atendimento a imperativo da segurança 
nacional expressa no instrumento de autorização legal para a sua criação.
Lei 13.303/2016 dispõe sobre o estatuto jurídico da empresa pública, da 
sociedade de economia mista e de suas subsidiárias. 
Art. 28. Os contratos com terceiros destinados à prestação de serviços às empresas públicas e às 
sociedades de economia mista, inclusive de engenharia e de publicidade, à aquisição e à locação 
de bens, à alienação de bens e ativos integrantes do respectivo patrimônio ou à execução de obras 
a serem integradas a esse patrimônio, bem como à implementação de ônus real sobre tais bens, 
serão precedidos de licitação nos termos desta Lei, ressalvadas as hipóteses previstas nos arts. 
29 e 30.
Art. 85. Os órgãos de controle externo e interno das 3 (três) esferas de governo fiscalizarão as 
empresas públicas e as sociedades de economiamista a elas relacionadas, inclusive aquelas 
domiciliadas no exterior, quanto à legitimidade, à economicidade e à eficácia da aplicação de seus 
recursos, sob o ponto de vista contábil, financeiro, operacional e patrimonial.

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