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Formação de capineira de Capim elefante

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Formação de capineira de Capim-elefante 
Equipe: Ticiany Macário, Giovana Bruna, Jéssica Silva, Larissa Morais, 
Sabrina Pereira. 
 
Introdução 
 O valor das pastagens para a pecuária é, sem dúvida, inquestionável: além 
de fornecer alimentos, a cobertura vegetal constitui um ótimo fertilizante, 
melhora a drenagem do solo e o protege de erosões. O estabelecimento de 
pastagem depende da análise, preparo e conservação do solo; escolha das 
forrageiras; utilização de sementes de qualidade; época, método e profundidade 
de plantio; densidade de semeadura e manejo de formação. 
No Brasil, as pastagens apresentam grande importância territorial: 70% das 
terras do setor agropecuário, o qual constitui 30% do território nacional, são 
ocupadas por pastagens e cerca de 90% dos bovinos abatidos são criados 
exclusivamente em pastos ou apenas com pequena suplementação após a 
desmama. 
As forrageiras são as plantas mais abundantes do mundo, sendo as 
gramíneas uma importante família no aspecto científico e econômico, uma vez 
que apresentam uma distribuição geográfica completa, sendo encontradas nas 
mais largas altitudes e latitudes e seu grau de distribuição nas regiões é denso e 
contínuo. Também constituem uma excelente fonte de alimentos aos herbívoros 
domésticos. 
As capineiras são formadas exclusivamente por capins destinados ao corte 
ou ao pastejo direto e são uma importante alternativa para a suplementação da 
alimentação dos animais de produção. Nesse contexto, o capim-elefante se 
encaixa perfeitamente, pois apresenta alta produção forrageira e é uma das 
gramíneas mais difundidas e importantes no Brasil, principalmente devido a sua 
adaptação e produção de massa verde, fácil cultivo, elevada produção de matéria 
seca, bom valor nutritivo, resistência a pragas e doenças, além da boa 
palatabilidade. Pode ser utilizado de diversas formas e alcançando bons níveis de 
produção animal quando bem manejada. 
 O capim elefante (Pennisetum purpureum) pertence à família Poaceae, é 
uma gramínea perene e de grande porte, que se propaga assexuadamente por 
estacas e tem um hábito de crescimento cespitoso entoucerado. É utilizado no 
pastejo, na produção de silagem e de fenação. 
 É uma gramínea tropical, com amplitude ótima entre 18 e 30°C. Cresce de 
1,5m a mais 5,0 m. Quanto à sua morfologia, é uma monocotiledônea com raiz 
fasciculada, caule em colmo, bainha desenvolvida, folhas lineares, largas e 
compridas (> 1m), lâmina foliar com nervuras paralelas e margens serreadas; 
inflorescência com racemo cilíndrico, tipo panículas, espiciformes, densas, e 
fruto cariopse. 
 As áreas mais indicadas ao cultivo do capim-elefante são aquelas não 
sujeitas às inundações, que não apresentem impedimento à mecanização. 
Resistente à seca, queimadas, frio e fogo, o capim-elefante é exigente em 
fertilidade, não tolera geadas, solos mal-drenados, encharcados e pH baixo. Pode 
ser plantado em solos arenosos e argilosos, desde que férteis, e responde muito 
bem a adubagens nitrogenadas e orgânicas. O preparo do solo essencial (3 meses 
antes) inclui arações e gradagens quando necessárias, correções de deficiências 
nutricionais, acidez e alumínio tóxicos (correção com calcário e fósforo). A 
adubação orgânica é indicada sempre que possível. 
 Existem alguns grupos de cultivares de capim-elefante: 
● Anão: mais adaptadas para pastejo por ovinos, tem menor comprimento 
dos entrenós, porte baixo (1,5 m) e excelentes características nutricionais 
para produção de leite.O plantio é feito por estacas, indicada para uso 
forrageiro nos Biomas Mata Atlântica, Amazônia e Cerrado. 
http://www.agronomia.com.br/conteudo/artigos/artigos_gramineas_tropicais_pennisetum_purpureum.htm
● Cameroon: porte ereto e alto, folhas largas, colmos grossos, touceiras 
densas, predominância de perfilhos basais e florescimento tardio (maio - 
julho) ou ausente. São usados principalmente para capineiras. 
● Mercker: menor porte, colmos finos, folhas finas, menores e mais 
numerosas; florescimento precoce (março - abril). 
● Napier: perfilhamento vigoroso, colmos grossos, folhas largas e touceiras 
abertas. A época de florescimento é intermediária (abril - maio). Tem boa 
adaptação ao corte e pastejo, rendimento elevado. 
● Grupo dos Híbridos: resultantes do cruzamento entre espécies de 
Pennisetum, principalmente P. purpureum e P. americanum ou P. 
purpureum e P. glaucum. Com florescimento precoce, esterilidade, 
morfologia e características intermediárias entre os progenitores. 
As variações mais utilizadas são a Comum, Cameron e Napier. A 
identificação das cultivares é importante, pois permite uma recomendação mais 
próxima da correta, para o manejo e sistema de utilização. 
Após a apresentação desta gramínea forrageira, o objetivo deste trabalho é 
apresentar orientações técnicas conhecidas para a formação e uso de capineiras 
de capim-elefante. 
 
OBJETIVO 
O objetivo deste trabalho compreende em evidenciar os aspectos gerais sobre a 
planta forrageira capim elefante (Pennisetum purpureum), uma das gramíneas 
mais difundidas e importantes no Brasil. Apresentando suas características 
principais de alta produção como forragem e, principalmente, sua formação como 
capineira, manejo ideal para se obter uma elevada produção de matéria seca e 
bom valor nutritivo, e seu fornecimento aos animais. Descrevendo dessa forma, 
cada etapa do processo de sua formação, desenvolvimento e utilização pelos 
animais. 
 
http://www.agronomia.com.br/conteudo/artigos/artigos_gramineas_tropicais_pennisetum_purpureum.htm
1. FORMAÇÃO DE CAPINEIRA 
 
 LOCALIZAÇÃO 
A capineira deve ser plantada próximo do local de fornecimento aos animais, para 
facilidade do transporte e das operações de manutenção, diminuindo os custos. 
Os solos mais recomendados são os bem drenados e profundos, evitando-se 
aqueles excessivamente arenosos ou pedregosos. 
 ESCOLHA DA FORRAGEIRA 
Deve ser adaptada ao clima e ao solo do local e apresentar uma produção 
forrageira de alta qualidade, inclusive na estação seca. O capim-elefante é uma 
gramínea forrageira muito utilizada em sistema de produção pecuária em razão 
de seu alto potencial de produção de matéria seca, alta capacidade de suporte, 
bom valor nutritivo e grande resposta à adubação nitrogenada. 
 ÁREA DA CAPINEIRA 
O tamanho dependerá da quantidade de animais a serem alimentados. Para 
calcular a área da capineira, consideram-se as seguintes condições: A área da 
capineira atenderá 25% do consumo diário das vacas (a pastagem fornecerá os 
75% restantes). Forragem verde com 25% de matéria seca. Vaca com 450 kg de 
peso vivo. Consumo anual de forragem verde de uma vaca é 11,2 kg x 365 dias 
= 4.088 kg. No caso do capim-elefante considerando um intervalo de corte de 42 
dias, a produção anual de forragem será de 120 t de forragem verde, por hectare. 
Ex: Rebanho leiteiro de 25 vacas necessitará de uma capineira de 
aproximadamente 3,8 ha de área total, divido em oito talhões principais mais dois 
de reserva. 
 PREPARO DA ÁREA 
A área deve ser preparada por meio da limpeza da vegetação, aração e gradagem 
ou simplesmente gradagem (grade aradora e niveladora) do solo. Caso a 
vegetação original necessite ser derrubada, a operação seguinte deve ser a 
destoca, antes do preparo do solo. 
 ADUBAÇÃO 
As gramíneas de corte são bastante exigentes em fertilidade do solo, 
compensando-se fazer a adubação, principalmente em solos mais pobres e 
arenosos. As adubações recomendadas para os capins considerados são: 
Adubação orgânica: Solos pobres e arenosos necessitam de, pelo menos, 8 
toneladas de esterco curral por hectare. Em pequenas áreas, essa adubação pode 
ser feita através de parcagem que é a depositação de fezes e urina feita pelo gado 
colocado para dormir no local. 
Adubação química: No plantio é feita uma adubação mineral na base de 75 kg de 
nitrogênio, 50 kg de fósforo e 50 kg de potássiopor hectare, pelo menos, 
parcelada em 2 aplicações. Isso equivale, em adubo comercial, a 170 kg de ureia, 
250 kg de superfosfato simples e 80 kg de cloreto de potássio. 
 PLANTIO E PRIMEIRA PARCELA DE ADUBAÇÃO 
O plantio é feito com estacas (pedaços de talo) de no mínimo três nós, 
provenientes de plantas robustas e (maduras mais de três meses de idade) e deve 
ser feito logo após as primeiras chuvas, sendo o colmo o material de propagação 
(não se usa sementes). Para assegurar maior índice de pega, os colmos do capim 
devem ser retirados de plantas matrizes com rebrote de 90 a 120 dias. 
O Plantio feito com estacas, em covas, ocorre da seguinte maniera: A planta é 
desfolhada e os colmos são cortados em estacas de três a quatro nós. Cada planta 
inteira pode produzir de 7 a 10 estacas. Em cada cova, de 15 a 20 cm de 
profundidade, plantam-se duas estacas, inclinadas em forma de “V”, ficando 2 
nós enterrados, tendo-se o cuidado de deixar as gemas (brotos novos) para os 
lados, para permitir melhor condições de pega. O espaçamento pode ser em 
distribuição uniforme, de 1,00 ou 1,20 x 0,50 m, ou em linhas duplas, afastadas 
de 1,0 m. Isso resulta em 20.000 ou 16.666 covas por hectare. Toda a adubação 
orgânica e a primeira parte da adubação química são feitas na cova, antes do 
plantio, colocando-se primeiro o adubo orgânico. Calcula-se a quantidade de 
adubo por cova dividindo-se o montante pelo número de covas num hectare. 
Já o plantio feito em sucos, ocorre da seguinte maneira: consiste de sucos duplos, 
de 10 cm de profundidade, afastados de 1,2 m e separados internamente por 0,8 
m. As estacas, de 3 nós, são colocadas horizontalmente e distanciadas uma das 
outras de 10 cm ao longo do suco. Ao todo são necessárias 28.600 estacas por 
hectare. Toda a adubação orgânica, aplicada primeiro, e a primeira parte da 
adubação química são distribuídas, ao longo do suco. A quantidade de adubo a 
ser aplicada por metro linear de suco é calculada dividindo-se o montante pela 
extensão total dos sucos num hectare, que neste caso é de 10.000 m. 
E na segunda parcela de adubação, o restante da adubação química pode ser 
aplicado em volta de cada touceira (quando plantio em cova) ou ao longo da linha 
de plantio (quando plantio em suco), em cobertura, espalhada sobre o solo sem 
incorporação, 45 dias após o plantio. 
 TRATOS CULTURAIS 
Para o capim elefante, a limpeza das ervas daninhas, o controle, deve ser realizado 
aproximadamente na quarta semana após o plantio. Podendo ser feita de maneira 
manual, com enxada, ou mecanicamente, utilizando-se micro trator com enxada 
rotativa ou cultivador, quando o espaçamento permitir. Após a limpeza aplicar a 
outra metade dos adubos nitrogenados e fantástico em cobertura. 
 PRIMEIRO CORTE 
Não é aconselhado efetuar-se o primeiro corte antes de 90 dias de crescimento 
após o plantio. quando isso não é obedecido, há o risco de retardamento ou mesmo 
insucesso do estabelecimento. 
 
2. MANEJO 
 
 Manejo de capineira de capim elefante 
As capineiras são usadas como alternativa no fornecimento de volumoso em 
muitas propriedades leiteiras, principalmente no período de estiagem, entretanto, 
tem se observado que a maioria é mal manejada, visto que os cortes são efetuados 
quando a altura ou a idade da planta não é adequada, não há adubação de 
manutenção e em consequência a produção de forragem é baixa, a qualidade é 
muito ruim. O que o produtor poderia considerar como uma boa opção para 
suplementar seus animais estará apenas cortando capim com muita fibra, pouco 
valor nutritivo, não observa aumento na produção de leite, ocupa mão de obra 
para cortar, picar e fornecer no cocho transformando-se em uma prática 
antieconômica 
No manejo de capineiras, a altura e a frequência de corte afetam marcadamente o 
rendimento e a qualidade da forragem colhida. Em geral, o aumento do intervalo 
entre cortes resulta em incrementos significativos da produção de matéria seca, 
contudo, paralelamente, ocorre redução do valor nutritivo da forragem. Já, a 
altura de corte influencia a recuperação após o corte e, ou pastejo, pela eliminação 
ou não dos meristemas apicais, pela área foliar remanescente e pela diminuição 
ou não dos níveis de reservas orgânicas acumuladas, fatores que afetam 
diretamente o vigor de rebrota e a persistência das plantas. 
Existem diversas variedades de capim-elefante sendo utilizadas para corte e 
fornecimento no cocho, entretanto, a produtividade e a qualidade da forragem 
está muito mais ligada ao manejo adequado da capineira do que com a variedade 
utilizada. É preciso tomar alguns cuidados básicos para tornar a capineira 
produtiva, procura-se conhecer o tamanho da área a ser plantada em relação à 
quantidade de animais que deverão ser suplementados; o manejo deverá ser feito 
durante todo o ano, cortando-se talhões e procurando ainda seguir a altura 
adequada para o seu corte. Em geral, um hectare de capineira bem formada e 
manejada deve alimentar cerca de dez vacas de leite por aproximadamente 120 
dias, se estas vacas produzirem em torno de 6 kg/vaca/dia. 
 
 Frequência de cortes 
O manejo de corte é melhor efetuado dividindo-se a capineira em talhões. Cada 
talhão deve ser utilizado totalmente em uma semana e deve descansar por um 
período que pode variar de um a dois meses. Quanto menor for o período de 
descanso maior será o valor nutritivo e menor será a produção de forrageira. 
Cortes e intervalos menores, além de reduzir a produção, podem diminuir a vida 
útil da capineira. Se, na sequência de utilização da capineira um talhão não for 
completamente cortado em uma semana seu resto é colhido e o material fornecido 
a outros animais ou distribuídos na área como cobertura morta. 
 
 Quando e como cortar 
 O corte do capim-elefante deverá ser feito quando este estiver com no máximo 
com 1,80 metros de altura ou a cada 60 dias, na época chuvosa. Na época seca 
cortar com 1,50 metros. Esse manejo é fundamental para que seja obtida a melhor 
relação entre quantidade e qualidade da forragem, o que irá afetar diretamente o 
desempenho animal. Cortar capim-elefante com altura acima desses valores ou 
com mais de 60 dias, o produtor estará fornecendo uma forragem com alta 
quantidade de fibra, com baixa proteína e energia, além de que o consumo pelo 
animal será muito menor. Cortar o capim em quantidade suficiente para fornecer 
por dois dias. Quando se corta muito capim e este é deixado no galpão por mais 
de dois dias este perde sua qualidade. Quando o capim estiver com mais de 1,50 
m o melhor é cortá-lo e fornece-lo para outras categorias animais menos 
exigentes. O corte manual deve ser feito rente ao solo, de preferência com uma 
enxada bem afiada. O corte feito com 10 a 20 cm de altura dificulta a entrada de 
carroças e carretas, além da brotação ser mais fraca e levar mais tempo para o 
capim crescer novamente. 
 
 Picagem e fornecimento aos animais 
 Quando o capim for passado na picadeira observar se as facas estão afiadas e a 
picadeira regulada para que o material picado tenha de 1 a 2 cm, pois desta forma 
o consumo da forragem será maior. Facas desreguladas e cegas faz com que os 
cortes sejam feitos em pedaços muito grandes, o consumo será menor e haverá 
perda de muita forragem no cocho. Além disso, a picadeira terá maior desgaste e 
maior consumo de combustível ou energia. 
 
 Adubação de manutenção 
 Com o corte do capim retira-se grande quantidade de nutrientes do solo na área 
da capineira sendo necessário que se proceda a adubação de manutenção cujo 
principal objetivo é repor os minerais extraídos do solo e permitir que o capim 
tenha um bom desenvolvimento e a capineira tenha uma vida útil mais longa. A 
quantidade de adubo a ser usada dependerá da quantidade de forragem retirada. 
Uma análise do solo irá permitir que seja calculada a quantidade de minerais que 
deverão ser colocados depoisde cada corte do capim. Em linhas gerais pode-se 
fazer as seguintes recomendações para cada hectare: 50 kg de P2O5 ou 250 kg de 
superfosfato simples, por ocasião do plantio; 120 kg de nitrogênio equivalente a 
600 kg de sulfato de amônio ou 270 kg de uréia; 150 kg de K2O ou 250 kg de 
cloreto de potássio; sendo o nitrogênio e o potássio aplicados em cobertura, em 
aplicações parceladas durante todo o ano; O cálcio e magnésio serão repostos pela 
calagem em função da análise do solo; 40 a 50 kg de FTE BR 12, pois em geral, 
os solos de Roraima são pobres em micronutrientes como o zinco, cobre e boro. 
A adubação orgânica deve ser aplicada na proporção de 20 a 50 toneladas por 
hectare por ano, quando se usa esterco bovino ou 5 a 8 toneladas por hectare por 
ano quando usar cama de frango. O esterco verde recolhido diariamente do curral 
poderá ser espalhado uniformemente por toda a área da capineira recém-cortada, 
independente da época do ano. 
 Irrigação da capineira 
 A irrigação é um forte aliado do criador, em ambientes onde o período seco ser 
muito longo, a capineira normalmente não cresce rapidamente e quando estiver 
com 1,50 m estará com mais de 90 dias do último corte e, por conseguinte terá 
seu valor nutritivo muito baixo. Apesar do uso da irrigação ter alto custo é 
importante o criador refletir sobre a possibilidade de utiliza-la. Ao invés de 
plantar uma área maior ele poderia reduzir a área plantada e fazer irrigação 
obtendo-se maior quantidade e melhor qualidade de forragem, o que irá refletir 
em melhoria no desempenho dos animais. 
 
 
3. FORNECIMENTO AOS ANIMAIS 
 
 CAPIM-ELEFANTE COMO CAPINEIRA 
No Brasil, o capim-elefante é largamente utilizado na alimentação de rebanhos 
sob a forma de capineira, sendo fornecido puro ou em mistura com ração no 
cocho, após picado. 
O desempenho animal dependerá, então, do valor nutritivo da forragem cortada e 
do uso de suplementação com concentrados. Quando a forragem verde é a única 
ou a principal fonte de alimento, ela deve ser de alto valor nutritivo, propiciando 
ao animal o consumo de quantidades de energia e proteína que possibilite o 
desempenho desejado, tanto para o ganho de peso vivo quanto para a produção 
de leite. 
Recomenda-se que a capineira seja cortada quando a planta apresentar entre 1,50 
e 1,80 m, visando conciliar quantidade e qualidade da forragem, uma vez que o 
rendimento forrageiro e o valor nutritivo são distintamente afetados pela idade de 
corte da gramínea. 
O capim-elefante picado, embora possua qualidade razoável, é um volumoso que 
possibilita pequeno ganho de peso e baixa produção de leite quando, fornecido 
como alimento exclusivo, sendo necessária a adição de concentrados para que o 
desempenho animal seja melhorado. 
 
 VANTAGENS E DESVATAGENS DA UTILIZAÇÃO DA 
CAPINEIRA: 
As vantagens e desvantagens se alteram com o nível fazendário do 
produtor, de forma que a capineira torna-se vantajosa quando os animais 
são medianamente produtivos, como 10 a 15 kg de leite/vaca.dia ou ganhos 
de peso de 900 g/animal.dia, e têm-se a possibilidade de suplementá-los na 
estação seca. 
 
Somado a isso, a ensilagem da forragem excedente torna viável e 
aconselhável o uso do capim elefante como capineira. 
 
Quando a carga genética animal não possibilita produções em nível 
mediano e o nível tecnológico e de mão-de-obra não alcançam um patamar 
mínimo, a capineira se torna menos vantajosa. A ensilagem é dificultada, 
o corte e transporte da forragem demanda trabalho árduo e lento, o valor 
comercial do produto será baixo (baixa qualidade) e o custo elevado, pois 
adubos químicos vão encarecer o produto final 
 
As capineiras apresentam uma série de vantagens e desvantagens, relatadas 
a seguir: 
 
- Vantagens: 
 
 Permitem o aumento da produção de forragem por unidade de área, em 
relação ao pastejo, pois são eliminadas as perdas devido ao pastejo, (se 
evita as sobras de macegas que o gado, seletivamente, deixa de comer); 
 Possibilitam consumo mais uniforme de forragem verde; 
 Prolongam por mais tempo, por meio de cortes sucessivos, o período do 
ano em que se pode obter forragem verde nova e fresca, com bom valor 
nutritivo; 
 Permitem o aproveitamento de forragem para a produção de silagem ou 
feno, a serem utilizados na época seca do ano. 
 
 
 
 -Desvantagens: 
 Exigem trabalhos diários de cortes do material verde (ou a cada 2 a 3dias, 
em alguns casos) até o local de consumo, encarecendo o custo de produção; 
 Eliminam a seleção feita pelo animal quando em pastejo, obrigando ao 
consumo de todas as partes, indistintamente; 
 Maior necessidade de mão-de-obra, máquinas e implementos; 
 Perda rápida do valor nutritivo com a idade. 
 
 Silagem de capim elefante: 
1° PASSO: 
Colheita e moagem das plantas: Realizar o corte da capineira com 
aproximadamente 90 dias de idade e 1,80 m de altura; 
Picar o capim em partículas menores (2 cm), para facilitar a compactação nos 
silos e a digestão dos animais; 
Os silos tipo cincho possuem capacidade de armazenamento de até 10 toneladas 
e são uma opção viável para pequenos produtores. Para produções maiores, há a 
opção dos silos tipo superfície e trincheira. 
2° PASSO: 
Inclusão de aditivos e pré-secagem da forrageira: colocar o aditivo no capim 
(conforme a recomendação técnica ou do fabricante) durante a moagem 
promovendo uma boa mistura 
Aditivos são substâncias que, quando adicionadas às forragens no momento da 
ensilagem, podem promover melhorias no processo fermentativo, na 
aceitabilidade pelos animais e no valo nutritivo, reduzindo as perdas de nutrientes 
da silagem. 
As opcões de aditivos mais utilizados são os inoculantes bacterianos, químicos 
(ureia, cal virgem, amônia anidra, etc), absorventes (polpa cítrica, farelos de 
cereais, coprodutos da agroindústria desidratados ou da agricultura) 
Outra opção para melhorar a qualidade da silagem de capim produzida é reduzir 
o teor de água ou umidade, fazendo a pré secagem do capim-elefante ainda no 
campo após o corte para facilitar e acelerar a desidratação. 
3° PASSO: 
Compactação do silo: Compactar ao máximo a forragem no silo utilizando o peso 
para retirada do ar e para favorecer a boa fermentação. A compactação pode ser 
feita com o uso de maquinário ou, em caso de silos menores, com o uso dos pés. 
4° PASSO: 
Vedação do silo: vedar bem o silo, utilizando lonas de boa qualidade e cobrir a 
borda da lona com terra, evitando a entrada de ar, água e animais; 
Cercar área onde está o silo, para evitar a entrada de animais, reduzindo o risco 
de ocorrência de furos na lona; 
Escolher áreas com pequena declividade para auxílio no escoamento do efluente, 
principalmente no caso de solos com maior dificuldade de infiltração e fazer uma 
canaleta ao redor do silo para facilitar a drenagem da àgua de chuvas. 
5° PASSO: 
Abrir o silo no mínimo 30 dias após a ensilagem, retirando o alimento em fatias 
diárias e somente o que será utilizado no fornecimento diário aos animais. O silo 
poderá ficar fechado por muito tempo, sem prejudicar a qualidade d forragem 
produzida desde que não tenha sido aberto e esteja bem vedado e protegido. 
 
 FENO DE CAPIM ELEFANTE: 
► Idade de corte: A fase ideal para produzir o feno com excelente valor 
nutritivo é quando o capim estiver com idade entre 30 e 65 dias. Dentro dessa 
faixa de idade a forrageira tem baixo teor de fibra, elevado teor proteico e alta 
digestibilidade. 
 
► Colheita: Pode-se utilizar uma ensiladora para colher e picar o capim ou 
realizar a colheita manual e fracioná-lo em picadeira estacionária. As partículas 
devem ser pequenas (± 5 cm) para que a secagem se processe de forma rápida. 
 
► Desidratação: Essa etapa deve ser concluída com rapidez, pois quanto mais 
lento for o processo de desidratação da forragem, maior será a perda quantitativa 
e qualitativa. Feno armazenado comelevado teor de umidade favorece o 
desenvolvimento de microrganismos que causam mofo e são nocivos à saúde dos 
animais. A secagem do capim-elefante é realizada de forma simples, basta 
espalhar a forragem picada sobre um piso pavimentado ou em terreiro suspenso 
e a camada deve ser fina para que a secagem se processe de forma rápida. 
► Revolvimento: Essa prática auxilia na rapidez da desidratação e deve ser 
realizada pelo menos a cada hora. Pode-se utilizar rastelo, forca ou qualquer 
ferramenta que possibilite o revolvimento das partículas do capim. 
 
► Armazenamento: A armazenagem é simples e barata e pode ser feita em 
sacos de ráfia ou a granel. Independente da forma de armazenamento é 
importante que as condições sejam seguras para que o feno permaneça com 
bom valor nutritivo e possa ser preservado por longo período. O local de 
armazenamento deve ser livre de umidade, bem ventilado e sem incidência 
direta de radiação solar sobre o feno e esse não deve ser colocado diretamente 
sobre o piso, pois poderá ocorrer transferência de umidade para a forragem. 
 
 Os animais consomem muito bem o feno de capim-elefante, é um volumoso 
de alta aceitabilidade que proporciona bom ganho de peso. 
 
 PASTEJO: 
O capim-elefante não suporta pastejo contínuo. Para maior eficiência na 
utilização de capim-elefante, devem se observar alguns princípios básicos: 
- O pastejo deve ser rotacionado; 
 - Os animais devem entrar no pasto quando o capim estiver começando a cobrir 
as vacas, ou quando o pasto se encontrar entre 1,50 a 1,80 m de altura; 
 - Evitar superpastejo, isto é, não permitir o desfolhamento total da planta; 
 - Permitir ao pasto um período de descanso para recuperação das reservas e das 
folhas. Esse período varia em função do clima, de fertilidade do solo e dos níveis 
de adubação, oscilando entre 30 a 40 dias. 
 
4. Considerações finais 
 
O capim-elefante é uma espécie forrageira que apresenta elevada produção 
no fornecimento de forragem de qualidade aos animais. Para que a capineira seja 
utilizada em todo seu potencial, é importante o investimento em cuidados, que 
vão desde o estabelecimento à distribuição aos animais. 
Uma grande limitação dessa gramínea é sua elevada estacionalidade, 
porém ela permite que seu excesso seja ensilado para o fornecimento na seca. 
Assim, a escolha da cultivar é de extrema importância para que este sistema de 
produção seja maximizado sem muitos custos. 
A correta adubação e o manejo racional dos cortes se fazem necessários 
devido a exigência da espécie, sendo essencial para a longevidade da capineira e 
para garantir boas quantidades e qualidade da forragem colhida. 
 
Referências 
 
D’AVILA CHARCHAR, M. J., ANJOS, J. R. N., SILVA, M. S. e SILVA, W. A. 
M. Mancha foliar em capim-elefante no Cerrado do Brasil Central causada por 
Bipolaris maydis. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Vol. 43, no 11, Brasília – 
DF, ISSN 0100-204X. 2008. 
 
DA VEIGA, Jonas Bastos et al. Criação de gado leiteiro na Zona Bragantina. 
Embrapa, 2006. 
 
EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA. Ministério da 
Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Acessado em: 20/01/2021. Disponível 
em: https://www.embrapa.br. 
 
MITIDIERI, J. Manual de Gramíneas e Leguminosas para Pastos Tropicais. 2a 
Edição, São Paulo – SP, Nobel. 1998. 198 p. 
PUPO, N. I. H. Manual de Pastagens e Forrageiras: Formação, Conservação, 
Utilização. 3a Edição, Campinas– SP, EDUSP. 1986. 343p.

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