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14 AN AT OM IA H UM AN A SISTEMA ESQUELÉTICO Dentre as elaboradas funções anatômicas e fisiológicas atribuídas ao sistema esquelético segue algumas informações que tem por objetivo o auxílio na compreensão da sua formação e funções básicas no aspecto anatômico. O esqueleto humano é um endoesqueleto, ou seja, encontrado em meio aos tecidos moles; é uma estrutura viva capaz de crescer, se adaptar e se regenerar; representa em média 16% da massa corporal. Apresentando quatro componentes estruturais, ossos, cartilagens, tendões e ligamentos. Tem como função sistêmica as seguintes atribuições: Suporte, Proteção, Movimento, Armazenamento de Minerais e Alojamento do tecido Hematopoiético. SUPORTE: Devido a sua rigidez e robustez são adequados para suportar diversas cargas mecânicas e consiste no principal tecido de suporte do corpo. Cartilagem: fornece apoio firme, porém com flexibilidade dentro de algumas estruturas, nariz orelhas, caixa torácica, e traqueia. Ligamentos: são bandas fortes de tecido fibroso conectivo que se ligam aos ossos para mantê-los unidos e estabilizar evitando movimentos indesejados. PROTEÇÃO: Os ossos são rígidos e protegem os órgãos que envolvem, tal como a proteção exercida pelo crânio ao encéfalo assim como as vértebras a medula espinhal e a caixa torácica ao coração, pulmões e até mesmo órgãos abdominais tais como fígado, baço, rins entre outros, devido ao formato em “guarda-chuva aberto” do musculo diafragma essas vísceras abdominais se projetam para cima recebendo a proteção do gradil costal. MOVIMENTO: Os músculos esqueléticos se unem aos ossos por tendões, que são fortes bandas de tecido conjuntivo. Sob a ação de contração da musculatura esquelética move os ossos produzindo diferentes movimentos corporais. As articulações, que são formadas onde dois ossos ou mais se unem, permitem movimentos corporais. ARMAZENAMENTO. Alguns minerais do sangue são captados pelos ossos e armazenados. Se os níveis desses minerais no tecido sanguíneo sofrer redução, essa reserva é utilizada, dos ossos para o sangue. Os principais minerais utilizados são o cálcio e o fosfato, essenciais para muitos processos fisiológicos podemos citar a contração muscular na utilização do cálcio. O tecido adiposo também é armazenado nas cavidades ósseas como reserva poderá ser utilizado como elemento energético, são encontradas no canal medular (diáfise) nos ossos longos dos adultos. ALOJAMENTO DO TECIDO HEMATOPOIÉTICO. A medula vermelha encontra-se no interior dos diferentes ossos do corpo, no adulto junto aos ossos esponjosos e tem como função a produção e manutenção das células sanguíneas, essa ação e conhecida como hematopoese, hemopoese ou hemopoiese, é o processo de formação, desenvolvimento e maturação dos elementos figurados do sangue (eritrócitos, leucócitos e plaquetas) a partir de um precursor celular comum e indiferenciado conhecido como célula hematopoiética pluripotente, célula- tronco ou stem-cell. As células-tronco, que no adulto encontram-se na medula óssea, são as responsáveis por formar todas as células e derivados celulares que circulam no sangue. 15www.biologiatotal.com.br AN AT OM IA H UM AN A CARTILAGENS Cabe salientar que podemos encontra em nosso organismo três tipos de cartilagens: Cartilagem Hialina, Fibrocartilagem e Cartilagem elástica. Apesar de cada tipo de cartilagem fornecer suporte, a cartilagem hialina está mais intimamente associada com os ossos. Uma compreensão sobre a estrutura da cartilagem hialina se faz necessário, pois ela é a precursora da maior parte dos ossos de nosso organismo. Além disso, o alongamento e o reparo dos ossos muitas vezes envolvem a produção de cartilagem hialina, seguida de sua substituição por osso. Presença do Disco Epifisário – Cartilagem de Crescimento e um osso adulto MATRIZ ÓSSEA A matriz óssea em um adulto corresponde em média 35% de material orgânico e 65% de material inorgânico. O material orgânico consiste principalmente em colágeno e proteoglicanos. Já o material inorgânico consiste sobre tudo de minerais tais como cristal de fosfato de cálcio mais conhecido como hidroxiapatita. Esses componentes têm como função conferir aos ossos a robustez necessária para o suporte das cargas mecânicas sobre os elementos ósseos (minerais), assim como a flexibilidade (colágeno), tais elementos deverão estar em constante equilíbrio no organismo pois com a falta dos minerais ou seja dos elementos inorgânicos arcariam não suportando o peso do corpo e por sua vez com a falta da matéria orgânica o colágeno, perderia sua flexibilidade e com a ação das cargas mecânicas fragmentaria facilmente. CÉLULAS ÓSSEAS OSTEOBLASTOS: produzem colágeno e proteoglicanos, que são empacotados em vesículas pelo aparelho de Golgi e liberados das células por exocitose, tem função também de formador de cristais de hidroxiapatita, portanto exerce a função de mineralização da matriz óssea. A matriz óssea produzida pelos osteoblastos cobre a superfície do osso antigo e circunda os corpos celulares o resultado é uma nova camada de osso. OSTEOCITOS: assim que o osteoblasto é circundado pela matriz óssea, passa a ser classificado como osteócito, tornando-se relativamente inativos se comparados a maioria dos osteoblastos, mas ainda podem produzir os componentes necessários para manter a matriz óssea. Os espaços ocupados por corpos celulares dos osteocitos são chamados de lacunas, e os espaços ocupados por processos dos osteocitos são chamados canalículos. De certo modo, a célula e seus processos forma um “molde” ao redor do local onde a matriz é formada. Graças Osso longo em corte coronal apresentado nas epífises no interior dos ossos esponjosos a medula óssea vermelha (hematopoese) e na diáfise junto ao canal medular (medula óssea amarela) 16 AN AT OM IA H UM AN A a presença desses canalículos os nutrientes e gases ao invés de se difundirem na matriz mineralizada poderão passar pela pequena quantidade de fluido presente nessas estruturas. OSTEOCLASTOS: são células destruidoras dos ossos. Essas células realizam reabsorção ou decomposição dos ossos, os elementos minerais, para as diversas funções fisiológicas sendo assim liberando e utilizando a reserva mineral. A grosso modo o osteoblasto é um macrófago oriundo da medula óssea vermelha. PERIÓSTEO E ENDÓSTEO Periósteo, com exceção das superfícies articulares, toda a superfície externa dos ossos é envolvida por uma camada de tecido conjuntivo denominada periósteo. Este é constituído por tecido conjuntivo denso modelado que possui fibroblastos e fibras colágenas dispostas paralelamente entre si e paralelamente à superfície do osso. Além disto, possui células capazes de se transformarem em osteoblastos, caso os ossos sejam sujeitos a solicitações para formação de osso, tais como: modificação de força ou direção de pressão ou tensão sobre o osso, trauma mecânico, fratura, condições metabólicas que estimulem formação de osso. O periósteo é a região do osso por onde correm vasos sanguíneos e nervos que penetram nos ossos por pequenos orifícios os canais nutrícios. Toda a superfície interna dos ossos é revestida por células que em conjunto constituem uma camada denominada endósteo. Endósteo, é geralmente uma camada muito delgada, frequentemente formada pela camada de osteoblastos e osteoclastos localizados sobre o tecido ósseo. O endósteo reveste, portanto, não somente a parede do canal medular, mas todas traves e porções de tecido ósseo esponjoso que há no interior do osso. FATORES DE DESENVOLVIMENTO ÓSSEO: Vários fatores estão envolvidos no desenvolvimento do sistema esquelético o qual justifica ser um dispositivo biológico matriz óssea Periósteo e endósteo 17www.biologiatotal.com.br AN AT OM IA H UM AN A que interage a reações do organismo, seja nutricional, hormonal ou patológico, assim como a reações a fatores ambientaisfrente aos hábitos do indivíduo, como a ação gravitacional sobre o nosso organismo, a pratica de exercícios físicos ou a falta do mesmo, o tipo de profissão exercida, algumas exigindo grande demanda de esforço físico, ou que apresente sedentarismo. PRESSÃO: Gravitacional e Funcional, nosso organismo em especial os ossos, reagem sob a ação da pressão gravitacional assim como na falta da mesma, na prática de exercícios físicos, seja no dia a dia nos mais simples atos como caminhar pular, correr, frequentar uma academia de ginástica ou nas profissões que exijam uma maior demanda de esforço físico, pois nos minerais que encontramos em nossos ossos sob o efeito da pressão mecânica os mesmos tendem a produzir uma Diferença de Potencial Elétrica (DDP) de carga elétrica, contribuindo para a robustez óssea. EFEITO PIEZOELÉTRICO: Este efeito é obtido quando ocorre a compressão do osso. Pode ser gerado através de exercício de impacto ou pela simples compressão óssea, como acontece com os exercícios de fortalecimento muscular. Mas exercícios com impacto são contraindicados para pessoas com osteoporose, devido ao risco de fratura. Exercícios na água também não trazem benefícios porque a água anula esse efeito. Piezoeletricidade é uma polarização elétrica produzida por certos materiais, como algumas moléculas e cristais, quando submetidos a uma deformação mecânica. A estrutura do colágeno ósseo preenche as características de material piezoelétrico, que sob deformação mecânica (como a produzida por tração, compressão ou torção) pode sofrer modificações espaciais, produzindo uma polarização elétrica e com isso é possível o recrutamento de osteoblastos para a deposição de minerais deixando os ossos mais densos. OSTEOPENIA E OSTEOPOROSE Osteopenia, caracterizada como a diminuição da massa óssea, provocada geralmente pela perda de cálcio, a osteopenia não é definida como doença, mas pode causar a osteoporose. Geralmente é assintomática. Sintomas relevantes só começam a surgir quando os ossos estão seriamente comprometidos, nesse estágio o paciente já foi acometido por uma osteoporose. Os sintomas mais comuns são as fraturas das vértebras por compressão, provocando dor e sensibilidade óssea, redução da estatura e aumento da cifose dorsal. E a dor está diretamente associada ao local em que ocorreu o desgaste ósseo ou a fratura. Condições Nutricionais da manutenção Óssea Deficiência de aminoácidos e cálcio Altera síntese de colágeno e mineralização Falta de vitamina D Impede a absorção de Ca Falta de vitamina A Altera a atividade dos osteoblastos e osteoclastos Falta de vitamina C Altera a síntese de colágeno - retardo do crescimento Na infância fica caracterizado o grau patológico conhecido como Raquitismo, e na fase adulta como Osteomalácia. 18 AN AT OM IA H UM AN A EFEITOS HORMONAIS PARA O DESENVOLVIMENTO E MANUTENÇÃO ÓSSEA GLÂNDULA PARATIREOIDES: localizadas na parte de trás da glândula tireoide são quatro pequenas glândulas que tem a função de secretar o Paratormônio que por sua vez é o hormônio que regula a homeostase do cálcio no sangue. Sendo assim promove: Absorção de Cálcio nos intestinos (Vitamina D); Reabsorção de Cálcio nos Rins; Liberação de Cálcio dos ossos e Aumenta os níveis de Cálcio no sangue. FALTA: Provoca a Tetania (excitabilidade muscular e nervosa) EXCESSO: Promove descalcificação. TAXAS HORMONAIS ESPECÍFICAS: Estimula os Osteoclastos (Paratormônio); CALCITONINA: (efeito de desencadeamento antagônico hormonal) inibe os Osteoclastos; GH e T3 – Disco Epifisário – Crescimento Ósseo; GIGANTISMO: excesso de hormônio de crescimento (GH T3) na corrente sanguínea em crianças e adolescentes provocando o crescimento da cartilagem epifisária, provocando um alongamento exacerbado nos ossos. ACROMEGALIA: excesso de hormônio de crescimento em indivíduos que não apresentam mais o disco epifisário, maturo sexualmente, ou seja, adultos, pode estar relacionado com tumores na glândula hipófise, provocando um exagerado crescimento dos ossos em largura. NANISMO: a falta ou redução do hormônio GH e T3 causando baixa estatura. HORMÔNIOS SEXUAIS: estimulam a formação óssea, Estrogênio e Testosterona, fator esse que justifica a explosão de crescimento na fase da puberdade. OSTEOPOROSE: a redução dos hormônios sexuais provoca o aumento da atividade dos Osteoclastos (Ex.: Menopausa). Raquitismo - infantil Glândulas paratireoides Glândula hipófise osteomalácia - adultos 19www.biologiatotal.com.br AN AT OM IA H UM AN A TIPOS DE OSSOS: Por critério de organização morfológica podemos classificar os ossos de acordo com seu formato em grupos: curtos, longos, laminares, sesamoides, alongados, suturais, pneumáticos e irregulares. Ossos Classificação Curtos São esponjosos e de dimensões proporcionais a sua localização e funções. Ex: calcâneo, carpos, tarsos. Longos São maiores no comprimento do que na largura. Ex: ulna, tíbia, rádio, fêmur. Laminares Com formação quase achatada, são localizados paralelamente. Ex: ilíaco, escápula, costelas. Sesamóides Localizados no interior dos tendões com tamanhos e números variados. Ex: patela. Alongados De diâmetro pequeno, porém longos. Ex: costelas. Suturais Com variação em cada indivíduo, são pequenos e estão localizados nas articulações. Pneumáticos Sendo ocos, possuem mucos e ar em suas cavidades, e estão localizados no crânio. Irregulares Vértebras ESQUELETO AXIAL E APENDICULAR Com base nas formações iniciais sobre o desenvolvimento do esqueleto e a classificação dos diferentes tipos de ossos frente a morfologia observada, vamos a sua macro divisão anatômica e divisão em dois grandes grupos. O esqueleto médio de um adulto apresenta 206 ossos. Apesar de esse ser um número tradicional ou por convenção, pois isso varia de indivíduo para indivíduo, diminuindo com a idade em função de alguns elementos ósseos fundirem-se. ESQUELETO AXIAL: O esqueleto axial é composto por 80 ossos, e como o próprio nome diz esses ossos estão organizados em um eixo longitudinal. Composto por três partes: o crânio, a caixa torácica e a coluna vertebral. O esqueleto axial apresenta também as funções de sustentação do corpo proteção dos órgãos internos tais como o cérebro, no interior do crânio, da medula espinhal no interior das vértebras, assim como órgãos do tórax e até mesmo do abdômen. CRÂNIO – NEUROCRANIO E VÍSCEROCRÂNIO Neurocrânio, formado por um conjunto de ossos na sua maioria planos que conferem um invólucro ao cérebro e as meninges encefálicas, partes proximais dos nervos cranianos e vasos sanguíneos, são compostos por oito ossos, dois pares e quatro impares. Acromegalia, nanismo e gigantismo esqueleto axial - 80 ossos 20 AN AT OM IA H UM AN A Pares: Temporal e Parietal. Impares: Frontal, Occipital, Esfenoide e Etmoide. Víscerocrânio, corresponde à face e nele estão situados os órgãos dos sentidos e o início dos sistemas digestório e respiratório. É formado por 14 ossos irregulares, a mandíbula o osso que apresenta um grau de mobilidade articular elevado, esse grupo de ossos se articulam com as maxilas, que vêm a constituir assim a porção mais central e importante do esqueleto facial, seis pares e dois impares. Pares: maxila, palatino, zigomático, lacrimal, nasal, concha nasal inferior Impares: Mandíbula e vômer. O segundo seguimento do esqueleto axial é a caixa torácica que é formada por 12 pares de costelas e pelo osso esterno, localizado na porção anterior da região peitoral. As costelas estão classificadas da seguinte forma, as Verdadeiras, que tem articulação direta com o osso esterno e são no número de sete, as Falsas: que somam umas às outras por processos cartilaginosos para depois se articular ao osso esterno e por fim dois pares de costelas Flutuantes, que não apresentam articulação com o osso externo: O terceiro e último seguimento do esqueleto axialé a coluna vertebral formada por 33 vértebras. Através dos forames vertebrais presentes em cada vértebra através de sua sobreposição forma o canal vertebral onde é localizada a medula espinhal, um delicado cordão formado por neurônios que fazem a comunicação entre o encéfalo e o restante do corpo. As vértebras estão divididas em: 7 cervicais sendo três vertebras desse segmento atípicas (C1 atlas, C2 áxis e C7), 12 torácicas, 5 lombares e 5 sacrais 3-4 coccígeas. As curvaturas fisiológicas da coluna vertebral têm como funções o suporte do peso do corpo, aumentar a flexibilidade articular, também é fundamental na locomoção e postura corporal, assim como a capacidade de absorver choques e, ao mesmo tempo manter a tensão e a estabilidade adequada das articulações intervertebrais. Apresenta curvaturas primárias cifoses e secundárias lordoses, estão classificas frente a cronologia de seu desenvolvimento as somente as curvaturas primárias são observadas na fase embrionária e as secundárias frente ao desenvolvimento postural da coluna ao assumirmos postura ortostática na deambulação. 21www.biologiatotal.com.br AN AT OM IA H UM AN A DESVIOS ANORMAIS DA COLUNA VERTEBRAL Se não adotamos uma postura correta em nosso dia a dia, quer seja em casa, no trabalho, no lazer ou durante a prática de atividades comuns como dirigir é bem provável que o mau hábito seja responsável pelo surgimento de desvios anormais na coluna: acentuando as curvas (normais) já existentes, gerando a hiperlordose, hipercifose ou a escoliose, ou tornando as curvaturas pouco evidenciadas (retificação da coluna). Por outro lado, algumas circunstancias fisiológicas poderão levar a tais modificações as quais fogem da classificação viciosa da má postura corporal, mas sim um reflexo ou uma reação de mudanças anatômicas como a hipermastia, ou seja, mamas muito grandes e por sua vez pesadas, promovendo hipercifose torácica, ou durante os últimos meses da gestação levando o desenvolvimento temporário na gestante de uma hiperlordose lombar. ausência de curvaturas secundárias - fase intrauterina Hipercifose torácica escoliose hiperlordose lombar Permanência das curvaturas primárias (cifoses) e o desenvolvimento das curvaturas secundárias (lordoses). 22 AN AT OM IA H UM AN A ESQUELETO APENDICULAR Esse segmento esquelético apresenta um grau elevado de mobilidade em comparação com o axial, consiste nos ombros e quadris, membros superiores e inferiores. Articula-se ao esqueleto axial através das cinturas- escapular (ombros) e pélvica (quadris). As fraturas nos ossos do esqueleto apendicular são mais comuns. Uma importante diferença do esqueleto axial e do apendicular, é que os ossos do esqueleto axial são predominantemente planos e irregulares, e isso auxilia para a sua função de estabilidade e proteção. Já os ossos do esqueleto apendicular são predominantemente longos, e isso é coerente com sua principal função de movimentos de grande amplitude, frente as funções de locomoção e manipulação de objetos entre outros. - Cintura escapular (ombros) - Ossos: Escápula e Clavícula. Membros superiores - Ossos: Do braço (úmero), antebraço (ulna, medial), rádio (lateral). - Carpo (8 ossos), Mão (5 metacarpos), Dedos (14 falanges). O úmero de articula com a escápula de forma bastante solta, permitindo grande mobilidade ao braço. As falanges são numeras de 1ª a 3ª, sendo a 1ª mais próxima da mão. Ou: falante (proximal), falanginha (média) e falangeta (distal). Os metacarpos são enumerados de 1º ao 5º, sendo o 1º que se articula com a falange proximal do polegar. Cintura pélvica (Pelve ou quadris): A pelve feminina é mais larga que a masculina, para ser capaz de dar passagem ao feto no parto. É composta pelos 6 ossos ilíacos: 2 ílios, 2 ísquios, 2 púbis. Cada ilíaco se articula com o sacro na sua parte superior, e com 1 ísquio e 1 púbis na sua parte inferior. O ílio, o ísquio e o púbis formam o osso do quadril ou ilíaco. O osso do quadril do lado esquerdo se articula com o do lado direito na frente do corpo, através da síntese púbica (articulação entre os púbis). Membros inferiores - Ossos: da coxa (fêmur), perna - tíbia (medial) e fíbula (lateral), joelho - patela (osso sesamóide). - Pé- tarso (7 ossos), 5 metatarsos, os dedos (14 falanges). Fêmur é o osso mais longo do corpo. Sua forma faz com que o peso do corpo incida diretamente sobre os pés. A articulação entre o fêmur e a hipermastia (hipercifose cervical) hiperlordose lombar - gestacional 23www.biologiatotal.com.br AN AT OM IA H UM AN A pelve (articulação coxofemoral) é firme, com um encaixe profundo e fortes ligamentos. Por isto os movimentos da perna em relação ao tronco são bem mais restritos do que os do braço. - Tíbia é um osso muito robusto, feito para suportar o peso do corpo. - Pé: estrutura desenvolvida para suportar o peso do corpo. ANOTAÇÕES 24 EX ER CÍ CI OS Como é realizado a organização dos tipos de ossos que compõe o sistema esquelético? Discorra sobre as funções e os componentes que fazem parte do sistema esquelético axial. Cite quatro ossos que fazem parte do víscerocrânio e quatro do neurocrânio, explicando as funções básicas para essa divisão no crânio. Cite as funções básicas das curvaturas fisiológicas da coluna vertebral e identifique as primárias e secundárias justificando. Discorra sobre as funções atribuídas ao sistema esquelético apendicular, comparando com o sistema esquelético axilar. EXERCÍCIOS 1 2 3 4 5 6 7 Quais são os elementos que compõem o sistema esquelético e quais são as funções atribuídas a esse sistema? Dos elementos que compõem o sistema esquelético, apresente os tipos de cartilagens existentes e discorra sobre suas funções. Quais são os atributos relacionados as condições nutricionais ao sistema esquelético? Cite a localização e as funções atribuídas as glândulas paratireoides. Comente sobre a importância dos hormônios nos processos de desenvolvimento do sistema esquelético. 8 9 10 25www.biologiatotal.com.br EX ER CÍ CI OS GABARITO DJOW SISTEMA ESQUELÉTICO 1- O sistema esquelético é formado por quatro componentes, ossos, cartilagens, tendões e ligamentos, esse sistema tem como função sistêmica as seguintes atribuições: Suporte, Proteção, Movimento, Armazenamento de Minerais e Alojamento do tecido Hematopoiético. 2- Podemos encontrar em nosso organismo três tipos de cartilagens: Cartilagem Hialina, Fibrocartilagem e Cartilagem elástica, a cartilagem hialina está mais intimamente associada com os ossos ela é a precursora da maior parte dos ossos de nosso organismo, o alongamento e o reparo dos ossos muitas vezes envolvem a produção de cartilagem hialina, seguida de sua substituição por osso, já a fibrocartilagem e a cartilagem elástica estão envolvidas a suporte e amortecimento de cargas mecânicas. 3- As alterações do sistema esquelético por deficiências nutricionais poderão gerar os seguintes fatores: deficiência de aminoácidos e cálcio altera a síntese de colágeno e a mineralização dos ossos, falta de vitamina D, impede a absorção de Ca, falta de vitamina A, altera as atividades dos osteoblastos e os osteoclastos, a falta de vitamina C, altera a síntese de colágeno. Na infância este distúrbio nutricional é descrito como patológico, conhecido como raquitismo, e na fase adulta como osteomalácia, deixando os ossos mais fracos alterando a sua morfologia, pois não suportam as cargas mecânicas sobre os mesmos. 4- Estão localizadas na parte posterior da glândula tireoide são quatro pequenas glândulas que tem a função de secretar o Paratormônio que por sua vez é o hormônio que regula a homeostase do cálcio no sangue, promove as seguintes reações: Absorção de Cálcio nos intestinos (Vitamina D); Reabsorção de Cálcio nos Rins; Liberação de Cálcio dos ossos; Aumenta os níveis de Cálcio no sangue; Falta: Provoca a Tetania (excitabilidade muscular e nervosa);Excesso: Promove descalcificação. 5- Existem uma série de hormônios que estão relacionados diretamente com o desenvolvimento do sistema esquelético entre eles podemos citar a Paratormônio que tem por função estimular os osteoclastos, a Calcitonina tem efeito de desencadeamento antagônico hormonal, inibe os Osteoclastos, GH e T3 – atuam nos discos epifisários no crescimento ósseo, o excesso desse hormônio de crescimento na corrente sanguínea em crianças e adolescentes provoca o crescimento da cartilagem epifisária, provocando um alongamento exacerbado nos ossos (gigantismo), já o excesso desse mesmo hormônio de crescimento em indivíduos que não apresentam mais o disco epifisário ou seja no adultos, provoca um exagerado crescimento dos ossos em largura (acromegalia), a falta ou redução desse hormônio, causa baixa estatura (nanismo); já os hormônios Sexuais – estimulam a formação óssea, Estrogênio e Testosterona, fator esse que justifica a explosão de crescimento na fase da puberdade, a redução dos hormônios sexuais provoca o aumento da atividade dos osteoclastos podendo provocar a osteopenia e pôr fim a osteoporose. 6- Por critério de organização morfológica podemos classificar os ossos de acordo com seu formato em grupos: curtos, longos, laminares, sesamóides, alongados, suturais, pneumáticos e irregulares. 7- O esqueleto axial é composto por 80 ossos, e como o próprio nome diz esses ossos estão organizados no organismo humano em um eixo longitudinal, composto por três partes, o crânio, a caixa torácica e a coluna vertebral, apresenta também as funções de sustentação do corpo proteção dos órgãos internos tais como o cérebro, no interior do crânio, da medula espinhal no interior das vértebras, assim como órgãos do tórax e até mesmo do abdômen. 8- Neurocrânio, formado por um conjunto de ossos na sua maioria planos que conferem um invólucro ao cérebro e as meninges encefálicas, partes proximais dos nervos cranianos e vasos sanguíneos, osso temporal e parietal, Víscerocrânio, corresponde à face e nele estão situados os órgãos dos sentidos e o início dos sistemas digestório e respiratório, ossos: zigomático, lacrimal, nasal, concha nasal inferior. 9- As curvaturas fisiológicas da coluna vertebral têm como funções o suporte do peso do corpo, aumentar a flexibilidade articular, também é fundamental na locomoção e postura corporal, assim como a capacidade de absorver choques e, ao mesmo tempo manter a tensão e a estabilidade adequada das articulações intervertebrais. Apresenta curvaturas primárias cifoses e secundárias lordoses, estão classificas frente a cronologia de seu desenvolvimento as somente as curvaturas primárias são observadas na fase embrionária e as secundárias frente ao desenvolvimento postural da coluna ao assumirmos postura ortostática na deambulação. 10- Esse segmento esquelético apresenta um grau elevado de mobilidade em comparação com o axial, consiste nos ombros e quadris, membros superiores e inferiores, articula-se ao esqueleto axial através das cinturas- escapular (ombros) e pélvica (quadris), fraturas nos ossos do esqueleto apendicular são mais comuns, uma importante diferença do esqueleto axial e do apendicular, é que os ossos do esqueleto axial são predominantemente planos e irregulares, e isso auxilia para a sua função de estabilidade e proteção, já os ossos do esqueleto apendicular são predominantemente longos, e isso é coerente com sua principal função de movimentos de grande amplitude, frente as funções de locomoção e manipulação de objetos. REFERÊNCIAS MOORE, Keith L; DALLEY, Arthur F; AGUR, A M. R. Moore anatomia orientada para a clínica. 7. ed. Rio de Janeiro, RJ: Editora Guanabara Koogan, 2014. 1114 p. AUMÜLLER, Gerhard. Anatomia. Rio de Janeiro, RJ: Editora Guanabara Koogan, 2009. 1317p. VANPUTTE, C. L. et al. Anatomia e fisiologia de Seeley. 10. ed. Porto Alegre: AMGH, 2016.