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UFJF – Departamento de Anatomia – Anatomia Aplicada à Medicina III Exercício Formativo 4 Nome: Diego Martins Sanson Exercício Formativo 4 → Anatomia da Região Infratemporal Apresentação do paciente e dados clínicos: Um homem com 52 anos de idade é atendido na clínica de neurologia com queixas de dores agudas intermitentes intensas no lado direito da face. Achados clínicos relevantes: O paciente relata “ataques” de dor na face que começaram há aproximadamente seis meses e, recentemente, aumentaram de frequência. A dor ocorre diversas vezes ao dia, mas dura apenas poucos segundos por vez. O paciente é incapaz de barbear-se, pois o toque na bochecha direita e no mento desencadeia uma dor excruciante. Algumas vezes, beber ou comer inicia a dor e, quando está fora de casa em dias de ventania, os ataques parecem ocorrer mais frequentemente. O paciente emagreceu recentemente e consultou um dentista que confirmou que o paciente não tinha problemas dentários. Exame neurológico: “Ataque” de dor foi desencadeado todas as vezes que a bochecha e o mento direito eram tocados. A dor estava associada com um tique facial. Exames de imagem: Tomografia computadorizada com contraste não revelou anormalidade característica, nenhuma área focal de hiperintensidade ou lesões expansivas no encéfalo. Problemas clínicos a considerar: Arterite temporal Síndrome da articulação temporomandibular Neuralgia do Trigêmeo As questões que seguem estão baseadas no texto fornecido acima (UTILIZE o número de linhas indicado para cada pergunta na sua resposta): 1) Relacionar o território suprido pelo ramo do trigêmeo envolvido no caso, com os sintomas álgicos do paciente (10 linhas). A segunda divisão maxilar do nervo trigêmeo é a divisão mais frequente acometida pela neuralgia do trigêmeo. Emite um ramo comunicante para o nervo lacrimal, ramos zigomáticos (inervação sensitiva da região sobre o osso zigomático, pequena região da têmpora e assoalho da órbita), ramos que vão constituir um plexo dental suprindo os dentes superiores e o próprio seio maxilar, esses ramos são originados dentro das trabéculas ósseas da maxila. Além disso, o nervo infraorbital ao emergir pelo forame infraorbital vai fazer a inervação da pálpebra inferior, parte da região lateral externa do nariz e do lábio superior. Faz inervação sensitiva do terço médio da face. Também origina ramos palatinos para fazer o suprimento nervoso do palato. 2) Um ramo da divisão trigeminal descrita carreia fibras secretomotoras destinadas a algumas glândulas. Explicitar as origens das fibras; os ramos que as conduz e as glândulas alvo dessa inervação (11 linhas). O gânglio submandibular está associado ao nervo lingual (ramo do mandibular do trigêmeo). Ele contém corpos de neurônios parassimpáticos pós-ganglionares provenientes do nervo facial. Estes neurônios são destinados a inervação das glândulas sublinguais e submandibulares. Esse gânglio também serve como passagem de fibras simpáticas vindas do gânglio cervical superior. Elas são descritas com o nervo trigêmeo porque essas fibras simpáticas e parassimpáticas percorrem, junto ao nervo lingual, para atingir as glândulas alvo. O nervo corda do tímpano penetra o nervo lingual, trazendo fibras gustatórias para os 2/3 anteriores da língua e fibras parassimpáticas secretomotoras para as glândulas localizadas na região – sublinguais, submandibulares e pequenas glândulas salivares no lábio inferior. Quando a secreção salivar é produzida pelo simpático, ela fica mais viscosa (boca seca), associada a quadros de estresse, medo. Já a secreção parassimpática é mais fluida e bem abundante, produzida em condições normais.
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