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PCC - GESTÃO ESCOLAR

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OS CONSELHOS ESCOLARES NA PERSPECTIVA DA GESTÃO DEMOCRÁTICA 
 
 
 
ALUNO: EMANUEL LEVI DA SILVA
DISCIPLINA: GESTÃO ESCOLAR: TEORIA E PRÁTICA 
NOME DA PROFESSORA: MARIA ALEJANDRA ITURRIETA LEAL
CEARÁ - CE
	1. 
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
Os Conselhos Escolares são importantes na busca de transformações no cotidiano escolar, transformações essas orientadas pelo desejo de construção de uma sociedade igualitária e justa. Suas atividades são muitas e variadas, devendo sempre ser referenciadas, no imediato, pelas demandas da comunidade e pela realidade de cada escola, que deve primar pelo exercício da sua própria autonomia. 
Nessa perspectiva, pode-se afirmar que o Conselho é responsável por manter e participar da gestão administrativa, pedagógica e financeira da escola. Além do mais, tem um papel fundamental na democratização da Educação (PARO 2001). 
Para tanto, Paro (2001) afirma: 
Na medida em que se conseguir a participação de todos os setores da escola, educadores, alunos funcionários e pais – nas decisões sobre seus objetivos e funcionamento, haverá melhores condições para pressionar os escalões superiores a dotar a escola de autonomia e de recursos. 
No âmbito da educação, “autonomia é a possibilidade e a capacidade de a escola elaborar e implementar um projeto político pedagógico que seja relevante à comunidade e à sociedade a que serve” (NEVES, 1995, p.113). Portanto, a autonomia que a escola detém é de suma importância para que se implemente uma gestão democrática no ambiente escolar. 
Diante disso, Neves (1995, p.99) acrescenta que: 
A autonomia coloca na escola a responsabilidade de prestar contas do que faz ou deixa de fazer, sem repassar para outro setor essa tarefa e, ao aproximar escola e famílias, é capaz de permitir uma participação efetiva da comunidade, o que a caracteriza como uma categoria eminentemente democrática. 
A gestão escolar não se dá por decreto ou imposição, ela deve ser incorporada 
	como uma nova cultura de organização. Nessa ótica, Gadotti (,1992 p.23), afirmar que: 
A gestão democrática da escola exige, em primeiro lugar, uma mudança de mentalidade de todos os membros da comunidade escolar. Mudança que implica deixar de lado o velho preconceito de que a escola pública é do estado e não da comunidade. A gestão democrática da escola implica que a comunidade, os usuários da escola, sejam os dirigentes e gestores e não apenas os seus fiscalizadores ou meros receptores dos serviços educacionais. Na gestão democrática pais, alunos, professores e funcionários assumem sua parte de responsabilidade pelo projeto da escola. 
Portanto, a gestão escolar deve se dá de forma democrática envolvendo todos os representantes do segmento da comunidade escolar. 
	 
2. METODOLOGIA: 
A metodologia empregada neste estudo foi à pesquisa bibliográfica e de campo, numa escola pública municipal de fortaleza, Ceará. 
O Conselho Escolar é um órgão de caráter deliberativo máximo da escola, 
consultivo e fiscalizador nos assuntos referentes à gestão pedagógica, administrativa e financeira da Instituição, com personalidade jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, cujos estatutos devem respeitar o disposto na Lei 1.888/2011, que trata da Gestão Democrática do Sistema de Ensino público Municipal de Fortaleza o e nas demais Leis e normas pertinentes. 
Nessa perspectiva, o Conselho Escolar é composto por representante de todos os segmentos da comunidade escolar: professores, funcionários de apoio e pais. A constituição do Conselho Escolar dar-se-á por votação direta e nominal, em cada segmento, observando o disposto na Lei 1.513/03 e destina-se a prestar assessoramento técnico-pedagógico e administrativo à estabilidade desta unidade escolar. 
É competência do Conselho desta unidade escolar: Contribuir para a solução de problemas inerentes à vida escolar, preservando uma convivência harmônica entre Pais ou Responsáveis legais, professores, alunos e demais funcionários da escola; 
Cooperar na conservação dos equipamentos e prédio da Unidade Escolar; Administrar, de acordo com as normas legais que regem a atuação proveniente de órgãos públicos ou privados, subvenções, convênios, doações e arrecadações de entidades; Aprovar e reformular o calendário escolar, quando necessário, fiscalizar
	seu cumprimento; Zelar pela aplicação dos Programas de ensino e pelo aprimoramento didático e da avaliação do rendimento escolar; Aprovar anualmente o relatório das atividades desenvolvidas pela escola; Conduzir o processo de sindicância para apurar transgressões disciplinares ou má conduta profissional da Direção, de membros do magistério, dos funcionários lotados na escola e dos conselheiros, assegurada ampla defesa. 
É importante salientar que não existe uma formação específica para os conselheiros escolar. Cabe destacar, que a falta de compatibilidade de horário entre os membros do conselho e a limitação dos pais em entender a importância da participação nas decisões da escola é uma das muitas dificuldades encontradas. 
Por fim, a maior contribuição do Conselho Escolar segundo a Gestão da 
instituição é contribuir cada vez mais para que a escola cumpra sua função de educar, construir uma democracia e cidadania participativa. Segundo um membro do conselho que não faz parte da equipe da gestão, a maior contribuição do Conselho Escolar é a construção da democracia e da cidadania. 
	3. CONCLUSÃO 
Com base na análise das respostas dos questionários desenvolvidos, pode-se perceber a importância do conselho escolar, visto como um meio de transformação da educação no ambiente escolar e uma ferramenta de luta dos diferentes segmentos escolares em prol da melhoria da qualidade da educação. Sua organização e funcionamento garantem a participação da escola e sua ação deve ser constantemente ampliada visando sempre atingir os objetivos estabelecidos para a educação na escola. É um espaço de diálogo, de respeito às diferenças e de estabelecer o consenso em torno do que se quer para a escola. 
 
 
 	 
REFERÊNCIAS 
Conselhos Escolares: Democratização da Escola e Construção da Cidadania (2004). 
Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/Consescol/ce_cad1.pdf. Acesso em: 17 de maio de 2018. 
Drescher, Carla Hulda Pfeifer. A importância do Conselho Escolar para a Gestão Democrática da Escola. Rio Grande do Sul. 2014. Disponível em: 
http://repositorio.ufsm.br/bitstream/handle/1/3128/Drescher_Carla_Hulda_Pfeifer.pdf?seq uence=1&isAllowed=y. Acesso em: 17 de maio de 2018. 
GADOTTI, M. Escola Cidadã: uma aula sobre a autonomia da escola. São Paulo, Cortez, 140 p. 1992 
Gestão Democrática e Conselho Escolar nas Unidades Escolares da Rede Municipal de Londrina (2014). Disponível em: http://xanpedsul.faed.udesc.br/arq_pdf/498-0.pdf. Acesso em: 17 de maio de 2018. 
NEVES, Carmem Moreira de Castro. Autonomia da escola pública: um enfoque operacional. In: VEIGA, Ilma Passos Alencastro. Projeto político pedagógico da escola: uma construção possível. Campinas, SP: Papirus, 1995, p. 95 129. 
PARO, Vitor H. Gestão democrática da escola pública. 3ª Ed. São Paulo: Ática, 2001. 
Todos 	Pela 	Educação 	(2018). 	Disponível 	em: 
http://www.todospelaeducacao.org.br/reportagens-tpe/20987/perguntas-e-respostas-comofuncionam-os-conselhos-escolares/. Acesso em: 17 de maio de 2018.

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