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AD1-HISTÓRIA E DOCUMENTO-2018-1 ALUNO-GUSTAVO CALDWELL MACHADO MATRICULA-16116090049

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Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro 
 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 
Centro de Ciências Humanas e Sociais – CCH 
 
Licenciatura em História - EAD 
UNIRIO/CEDERJ 
 
AD1 – PRIMEIRA AVALIAÇÃO À DISTÂNCIA - 2018.1 
DISCIPLINA: HISTÓRIA E DOCUMENTO 
Coordenação: Professora Rebeca Gontijo 
 
	Nome: Gustavo 
	Matrícula: 16116090049
	Pólo: DUQUE DE CAXIAS
 
Caro (a) aluno (a): 
 
Essa é a sua primeira avaliação à distância. 
 
Você ler o texto abaixo texto: 
Mattos, Hebe Maria e Rios, Ana Maria. O pós-abolição como problema histórico: 
balanços e perspectivas, IN Revista Topoi, n. 8, Jan-Jun 2004, vol.5. http://www.revistatopoi.org/numeros_anteriores/Topoi08/topoi8a5.pdf 
 
E assistir ao vídeo Memórias do Cativeiro 
http://ufftube.uff.br/video/8GHO2DX1SUG7/Mem%C3%B3rias-do-Cativeiro 
 
Roteiro do trabalho 
1a etapa: Leia o texto e monte uma ficha de leitura, de acordo com as seguintes instruções: divida o texto em partes, para cada uma das partes coloque um título e faça um resumo. 
2a etapa: Assista ao filme e monte uma ficha de análise do filme, contendo os seguintes itens:
Título do filme; tempo de duração; direção; tema; montagem (partes que estruturam o filme); tempos da narrativa fílmica; sujeitos/personagens; documentos utilizados na construção da narrativa. 
3a etapa: Relacione o tema do artigo ao filme compondo um texto em que você avalie o uso dos documentos em vídeo-história e a renovação dos estudos sobre escravidão no Brasil. 
1a etapa.
 
Parte 1: 
Abolição nas América e o 	Crescimento 	Imigratório
 
 Na américa central, com o declínio da produção açucareira, devido a abolição da escravidão. Os libertos, nas condições de fronteiras abertas, tenderiam a buscar autonomia, se retirarem do trabalho nas plantações e criarem um estilo de vida camponês, gerando assim efeitos desastrosos para a economia da região.
 
 Com base na experiência da Jamaica, a fronteira agrária no Brasil foi utilizada para a criação de vilas camponesas, que foram palco de grande luta política, no qual o estado criou pesados impostos, leis e códigos a serem aplicados aos libertos, criando assim um “projeto camponês”, em busca de condições políticas de acesso à terra e de garantir a sobrevivência em diferentes situações regionais.
 O historiador inglês Robert Blackburn, definiu o grande ciclo das revoluções no continente americano, como uma “era das abolições”, relatando à superação da escravidão africana em busca do acesso à cidadania, entendida nos termos do novo ideal liberal, identificando-o como à principal transformação revolucionaria do continente.
O fim da escravidão no Brasil, ocorreu em 13 de maio de 1888, quando a princesa Isabel assinou a Lei Áurea. Esse pode ser considerado o começo dos imigrantes, uma vez que, com a falta de escravos, o governo promoveu a vinda de imigrantes ao Brasil para compensar o trabalho.
 Apesar das diversidades, muitas das condutas e intenções das últimas gerações de escravos mostram-se similares nas Américas. Dentre elas, se destacam a enorme busca por mais autonomia e controle sobre tempo e ritmos de trabalho, a proteção familiar buscando a retirada das mulheres e crianças do trabalho coletivo e a recusa ao trabalho que lhes lembrasse a escravidão.
 Baseado na monocultura do café, no latifúndio e no trabalho escravo, a colonização do estado de São Paulo ganhou novas características, inicialmente no Vale do Paraíba e posteriormente no interior do estado, denominado de “sertão paulista”. A abolição da escravatura regularizou diversas relações de trabalho nas fazendas, mas não encerrou as diferenças sociais, muito menos os diversos tipos de humilhação e preconceito de brancos com negros.
Parte 2:
Fontes Escassas, Mobilidade e Migração
 Contudo existe previamente certa falta de fontes históricas referentes a escravidão no Brasil, compreendemos que são diversas e insuficientemente exploradas. Neste âmbito, a extração de depoimentos orais importantes, de descendentes da última linhagem de escravos brasileiros, que começaram a ser produzidos de forma metódica por diferentes pesquisadores, mostrou-se como uma forma alternativa para a abordagem histórica do período pós-emancipação.
 Uma grande iniciativa, foi o projeto “memórias do cativeiro”, estreado em 1994, por diversos pesquisadores da universidade federal fluminense, numa eficácia de documentação e pesquisa, que almejava conseguir produzir fontes de memória capazes de embasar uma abordagem histórica da inclusão social do liberto após a abolição da escravidão. Este acervo se constituiu na análise da memória coletiva tradicional familiar de descendentes dos últimos libertos, abrindo assim perspectivas das diversas formas possíveis de passagem da escravidão para a liberdade.
 Ainda antes do período abolicionista, um dos maiores medos dos senhores era a possibilidade dos escravos abandonarem as fazendas nos quais foram cativos. As estratégias senhoriais para evitar esta abdicação em massa, era, tentar liga-los a si e às fazendas por laços de gratidão, antecipando à abolição e concedendo alforrias. Assim dava a entender que receber a liberdade da mão dos senhores, e não do estado, seria uma dádiva. Outra ação senhorial era de se apoiar nos dependentes nascidos livres, para forçar os libertos a continuarem onde sempre haviam estado.
 
 A Lei de Terras foi aprovada no mesmo ano da lei Eusébio de Queirós, que previa o fim do tráfico negreiro e sinalizava a abolição da escravatura no Brasil. Grandes fazendeiros e políticos latifundiários se anteciparam a fim de impedir que negros pudessem também se tornar donos de terras.
 No Vale do Paraíba, com a cafeicultura em crise, muitos fazendeiros optaram pela criação extensiva de gado. Atividade que exigiria ainda menos trabalhadores que as fazendas de café. Com poucas oportunidades, muitos homens migravam em busca de trabalho, a habitação coletiva dos barracões e a comida fornecida pelas cozinhas das fazendas tinham ainda um agravante nos contratos de trabalho “a molhado”, que reduziam substancialmente o salário se comparado com o salário “a seco”, no qual o trabalhador recebia a comida de sua família.
Parte: 3
Família, Cidadania e Reputação
 Em 1889, foi instalado o registro civil de óbitos, nascimentos e casamentos em Paraíba do Sul (RJ), a procura foi gigantesca, principalmente para o registro de nascimento de crianças negras e pardas, além disso os pais expressavam um forte desejo de casar-se com as mães das crianças, suas “caseiras”, e ainda, conforme o caso, declaravam outros filhos, de outras uniões e até mesmo filhos com “amantes”. Nos anos seguintes houve uma acentuada queda na procura e o número do registro de crianças negras e pardas, caiu drasticamente.
 Um índice expressivo das expectativas formadas a partir dessa nova condição de liberdade, foi a valorização de alguns elementos básicos ligados à moderna noção de diretos civis (o direito de “ir e vir”, o direito constituir legalmente uma família e o direito à integridade física). Essas atitudes se ligavam a uma preocupação ainda maior. A de construir uma imagem positiva de pessoa e da família como parte de um conjunto de valores socialmente reconhecidos e reforçados, a que chamaremos de “reputação”. Orgulho, seriedade, honra e sensibilidade em fazer o certo para não manchar a imagem da família.
 Os historiadores vêm tentando resgatar a agência social dos libertos na construção das sociedades pós-abolição, buscando perceber em que medida o envolver das sociedades que atravessam este processo foi também moldado pelas ações dos próprios libertos. De fato, trata-se agora de recuperar a historicidade dos diferentes processos de desestruturação da ordem escravista e seus desdobramentos, seja no que se refere às relações de trabalho, às condições de acesso aos novos direitos civis e políticos para as populações libertas, tentando conseguirhistoricizar também as formas de racialização das novas relações econômicas, políticas ou sociais. Não basta definir somente nos moldes, e sim no relato de descendentes próximos, que tiveram algum tipo de laço e contato com seus ancestrais.
	
2a etapa.
Ficha de Análise do Filme
Título: Memórias de Cativeiro.
 
Tempo de Duração: 42 min.
Direção: Guilherme Fernandez e Isabel Castro.
Tema: Escravidão no Brasil.
Montagem: A África no Brasil, O Tempo do Cativeiro, Laços de Família, Visões da Liberdade, e o Diálogo dos Tempos.
Tempos da Narrativa Fílmica: 5 tempos, divididos por 25 personagens em 40 minutos.
Personagens: Adrelino, Corina, Maria de Lourdes, Matias, Maria Cândida, Antônio Nascimento, Benedita Alves, Claudina de Souza, Dona Nininha, Cornélio Cansino, Isabel Fabiana, Izaquiel Inácio, Joaquim Elias (Julião), José Veloso, Júlia Borges, Manoel Seabra, Maria Santinha, Terezinha Fernandes, Zeferina do Nascimento, Terezinha de Jesus, Luciano do Nascimento e Rosilene.
Documentos Utilizados na Construção Narrativa: Fotos, locações (fazendas, senzalas, pavilhões), oralidade, pinturas (telas e desenhos), esculturas (monumentos) e antigos escritos.
	
3a etapa.
Modernização a Serviço da História
 Os artigos físicos históricos, são bastante escassos e frágeis, deterioráveis com a ação do tempo. A utilização de vídeo-histórias é de vital importância para o acervo histórico nacional, principalmente a história oral, narrada pelos descendentes de escravos, passando a ser documentada, o que garante a sua preservação e além disso, facilita o acesso as informações dos registros.

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