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ANTIBIÓTICOS

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ANTIBIÓTICOS
Atália Estevam - Módulo 23- 2020.1
CLASSE DOS BETALACTÂMICOS
- Penicilinas
- Cefalosporinas 
- Carbapenêmicos
Penicilinas
PENICILINAS
- Anel beta-lactâmico (estrutura principal para a atividade antibacteriana) é 
ligado a um anel tiazolidona e a uma cadeia lateral. A alteração da cadeia 
lateral forma as diferentes formas de penicilinas.
PENICILINAS
PENICILINAS - Mecanismo de Ação
- Gram-positivas: parede celular bem espessa, formada por peptideoglicanos, que é 
responsável pela estabilidade mecânica da parede celular.
- Gram-negativas: camada de peptideoglicano mais fina, espaço periplásico e envelope 
externo, que não se cora pelo Gram. 
EM RESUMO: Os Betalactâmicos agem inibindo a formação da parede celular das 
bactérias, com isso, são antibióticos BACTERICIDAS, ou seja, que causam a morte da 
bactéria.
PENICILINAS - Classificação espectro de ação
NATURAIS
⦁ Penicilina G Cristalina;
⦁ Penicilina G Benzatina;
⦁ Penicilina G procaína;
⦁ Penicilina V (mais estável em meio ácido! Por isso, são administradas via oral).
PENICILINAS - Classificação espectro de ação
NATURAIS
- O que muda nas diferentes penicilinas G é a concentração que elas atingem no 
plasma e o tempo que essa concentração permanece no plasma.
- Elas agem contra bactérias Gram (+) não produtoras de beta-lactamases (que são 
enzimas que quebram e inativam o anel beta-lactâmico), anaeróbias e alguns cocos 
Gram (-). 
- Melhor resposta contra bactérias Gram (+) sensíveis.
- USO: infecções por Pneumococo e outros Streptococcus; Enterococo; meningite 
meningocócica; sífilis; tétano; leptospirose; e difteria. 
PENICILINAS - Classificação espectro de ação
AMINOPENICILINAS
⦁ Ampicilina (pode ser usada via endovenosa nas infecções graves, como meningite)
⦁ Amoxicilina. 
PENICILINAS - Classificação espectro de ação
AMINOPENICILINAS
- Espectro de ação semelhante ao das penicilinas naturais, porém, cobrem ainda 
cocos Gram (-) e Enterobacteriaceae que não produzem beta-lactamases. 
- As aminopenicilinas são destruídas pelas beta-lactamases
- USO: infecções por Pneumococo e outros Streptococcus; Enterococo; Haemophylus, 
Moraxela; E. coli, Proteus, Salmonella, Shiguella; Listeria deve ser usada (Ampicilina).
Amoxicilina é menos efetiva do que a Ampicilina nos casos de Shiguelose!
PENICILINAS - Classificação espectro de ação
ANTIPSEUDOMONAS
● Ureidopenicilinas: Piperacilina (no Brasil)
● Carboxipenicilinas: Ticarcilina (No Brasil)
PENICILINAS - Classificação espectro de ação
ANTIPSEUDOMONAS
● Ureidopenicilinas: Piperacilina (no Brasil)
● Carboxipenicilinas: Ticarcilina (No Brasil)
PENICILINAS - Classificação espectro de ação
ANTIPSEUDOMONAS
● Pseudomonas é um bacilo Gram (-) que é importante causa de infecção hospitalar.
● USO: infecções por Pseudomonas, Proteus, Serratia; Acinetobacter (todos são 
bacilos gram -); Bacteroides (bacilo gram-, anaeróbio, comensal do intestino humano, 
que pode causar sepse após cirurgia, doença ou trauma da região abdominal. As 
penicilinas antipseudomonas têm ação contra ele desde que sejam utilizadas em 
altas concentrações).
PENICILINAS - Classificação espectro de ação
ISOXAZOILPENICILINAS (OXACILINA)
● Penicilinas resistentes à ação de penicilinases, que é uma beta-lactamase que 
inativa o anel beta-lactâmico.
● OXACILINA (fármaco endovenoso que é a droga de escolha para infecções graves 
por Staphylococcus da comunidade).
● O Staphylococcus aureus era altamente sensível à Penicilina G quando ela começou 
a ser usada. Porém, atualmente, mais de 90% das cepas são resistentes devido à 
produção de penicilinases
Mecanismo no qual as bactérias desenvolvem resistência 
às Penicilinas e aos demais betalactâmicos:
Mecanismos Bactérias Gram (-)
● Membrana externa funciona como uma barreira para alguns antibióticos que não 
conseguem entrar na bactéria.
● Alguns antibióticos conseguem entrar na célula através de canais na membrana 
externa chamados de porinas. O número e o tamanho das porinas pode variar entre 
as bactérias Gram (-). 
● Um dos mecanismos de resistência é a alteração das porinas, que impede que o 
antibiótico penetre na bactéria.
● Outro mecanismo são as bombas de efluxo, que removem o antibiótico da célula 
antes que ele possa agir.
Mecanismo no qual as bactérias desenvolvem resistência 
às Penicilinas e aos demais betalactâmicos:
Mecanismos presentes tanto em Gram (+) quanto em Gram (-): produção de 
beta-lactamases e alteração na PBP 
● PBP: proteínas ligadoras de penicilinas; são proteínas que servem como alvo de ação 
dos beta-lactâmicos. A resistência bacteriana pode ocorrer através de alterações na 
PBP que façam com que o antibiótico tenha baixa afinidade à PBP modificada. 
● Produção de beta-lactamases, que são enzimas que quebram o anel beta-lactâmico 
e inativam o antibiótico. Organismos diferentes produzem beta-lactamases distintas, 
porém, a maioria das bactérias produz apenas uma forma da enzima.
PENICILINAS - Propriedades Farmacológicas
● As penicilinas não penetram muito bem na barreira hematoencefálica, mas podem 
penetrar quando as meninges estão inflamadas.
● A ampicilina possui ambas apresentações e pode ser usada nas infecções graves 
como meningites.
● As que são administradas por via oral, os alimentos podem ou não diminuir sua 
absorção, dependendo de qual ampicilina.
PENICILINAS - Propriedades Farmacológicas
 
PENICILINAS - Espectro de ação
 
PENICILINAS - Espectro de ação
 
PENICILINAS - Espectro de ação
 
PENICILINAS - Efeitos adversos
 
PENICILINAS - Efeitos adversos
● Reações alérgicas: rash maculopapular, urticária, febre, broncoespasmo, vasculite, 
doença do soro, dermatite esfoliativa, síndrome de Steven Johnson e anafilaxia.
Geralmente, quem tem alergia a penicilina, tem a outros antibióticos beta-lactâmicos.
● Risco aumentado de convulsões: é pouco comum e acontece mais em pacientes com 
uremia, que não conseguem eliminar adequadamente a penicilina pela urina e 
acabam acumulando a penicilina no sangue a níveis tóxicos.
Cefalosporinas
CEFALOSPORINAS
ESTRUTURA: Possuem um núcleo cefema; dentro desse núcleo está o anel beta-lactâmico. 
Normalmente, o que vai formar os diferentes antibióticos da classe é a modificação da 
cadeia lateral.
MECANISMO DE AÇÃO: Inibição da parede celular, causando efeito bactericida. Os 
mesmos das penicilinas! 
RESISTÊNCIA: produção de beta-lactamases que nesse caso vão se chamar 
cefalosporinases, alteração nas PBP, modificação nas porinas e bombas de efluxo.
CEFALOSPORINAS - Classificação
- 1ª Geração
- 2ª Geração
- 3ª Geração
- 4ª Geração
- 5ª Geração
CEFALOSPORINAS - 1ª Geração
⦁ Tem boa ação contra Gram (+) e Gram (-), mas sua ação é mais efetiva contra 
Gram (+);
⦁ São utilizadas para tratar infecções não complicadas por Staphylococcus 
aureus da comunidade, ou para profilaxia pré-cirúrgica, já que é o antibiótico 
utilizado durante a indução anestésica para diminuir o risco de infecção em alguns 
tipos de cirurgia;
⦁ Exemplos: Cefalotina (injetável), Cefazolina (injetável), Cefalexina (oral), Cefadroxil 
(oral).
CEFALOSPORINAS - 2ª Geração
⦁ Têm um espectro um pouco mais amplo do que as de 1ª geração; agem, também, 
contra Gram (+) e contra Gram (-) e ganham atividade para os Gram (-) Enterobacter, 
Proteus e Klebsiella;
⦁ A Cefoxitina (injetável) é mais ativa contra anaeróbios do que outras cefalosporinas 
de 1ª ou de 2ª geração. O uso especial dela está em infecções por certos anaeróbios e 
por infecções mistas de anaeróbios com aeróbios, como em doenças inflamatórias 
pélvicas e no abcesso pulmonar;
⦁ Exemplos: Cefaclor (oral), Cefuroxima (oral e injetável), Cefoxitina (injetável).
CEFALOSPORINAS - 3ª Geração
⦁ No Brasil, as cefalosporinas de 3ª geração são todas de uso parenteral, podendo ser 
endovenoso ou intramuscular;
⦁ São menos ativas contra Gram (+) por ter melhor ação contra os Gram (-);
⦁ A Ceftriaxona e a Cefotaxima são mais utilizadas para o tratamento das causas mais 
comunsde meningite (meningococo, pneumococo e hemófilo);
⦁ Ceftazidime é a única cefalosporina de 3ª geração com boa atividade contra as 
pseudomonas; 
CEFALOSPORINAS - 4ª Geração
⦁ A única disponível no Brasil é o Cefepime (endovenosa); bastante resistente à 
hidrólise por várias beta-lactamases; possui boa ação contra pseudomonas e contra 
outras Gram (-) e tem boa atividade contra Gram (+), incluindo Staphylococcus aureus 
sensível à Meticilina;
⦁ É uma droga que penetra muito bem no SNC, podendo ser utilizada no tratamento 
da meningite.
CEFALOSPORINAS - 5ª Geração
⦁ Exemplos: Ceftobiprole e Ceftaroline (infecções de partes moles e pneumonia);
⦁ Possuem o mesmo espectro de ação que as de 4ª geração, incluindo a ação contra o 
MRSA, que é o Staphylococcus aureus resistente à Meticilina, ou seja, resistente à 
Oxacilina;
⦁ São antibióticos com espectro muito amplo e devem ser utilizados quando não 
temos certeza sobre o agente bacteriano ou quando há uma infecção por mais de uma 
bactéria.
CEFALOSPORINAS - Resumo
CEFALOSPORINAS - Propriedades Farmacológicas
- Cefalosporinas para uso oral:
⦁ São bem absorvidas pelo TGI;
⦁ Boa distribuição tecidual, ficando em sua maior parte no espaço extracelular;
⦁ São excretadas principalmente por via renal, por isso, necessitam de correção 
da dose na insuficiência renal, com exceção da Ceftriaxona, que é eliminada em 
grande parte pela via biliar;
⦁ Cefalosporinas utilizadas para infecções do SNC: Cefuroxima, Ceftriaxona, 
Cefotaxima, Ceftazidima, Cefepime, pois conseguem atingir concentrações 
adequadas no líquor.
CEFALOSPORINAS - Resumo
CEFALOSPORINAS - Resumo
CEFALOSPORINAS - Resumo
CEFALOSPORINAS - Efeitos adversos
- As reações de hipersensibilidade são os eventos adversos mais comuns às 
Cefalosporinas; parecem ser idênticas às que acontecem com as Penicilinas.
- Pode haver reação cruzada de hipersensibilidade entre as classes, ou seja, 
pacientes com alergia à Penicilina, podem apresentar, também, alergia às 
Cefalosporinas, e vice-versa.
- As cefalosporinas podem levar à formação de lama biliar, que pode levar à litíase e 
à pancreatite.
- Raramente podem ser causa de convulsões.
* INIBIDORES DE BETALACTAMASE*
- São moléculas são adicionadas às penicilinas ou às cefalosporinas que têm o poder de 
inativar as betalactamases ao se ligarem a elas, e impedir a destruição dos antibióticos 
beta-lactâmicos. 
- Os inibidores da betalactamase existentes são: ácido clavulânico, tazobactam, 
sulbactam. 
- Associações existentes:
⦁ Amoxicilina + Clavulanato = Clavulin (oral);
⦁ Ticarcilina + Clavulanato = Timentin;
⦁ Ampicilina + Sulbactam = Unasyn (oral e parenteral);
⦁ Piperacilina + Tazobactam = Tazocin (parenteral);
⦁ Ceftazidima + Avibactam = Actavis.
Carbapenêmicos
CARBAPENÊMICOS
- São derivados da tienamicina, que é produzida pelo fungo Streptomyces cattleya.
- No núcleo central está o anel betalactâmico, assim como nas Penicilinas e nas 
Cefalosporinas. A diferença é que o anel ligado ao anel betalactâmico contém apenas 
carbonos; além disso, nos Carbapenêmicos, há ligações insaturadas entre os carbonos, 
enquanto que nas outras classes só há ligações saturadas.
- Maior amplo espectro antibacteriano dentre todos os betalactâmicos.
CARBAPENÊMICOS - Mecanismos
MECANISMO DE AÇÃO: Inibição da síntese da parede celular, com posterior lise 
bacteriana.
MECANISMOS DE RESISTÊNCIA:
- Produção de betalactamases; alteração nas PBP; alteração nas porinas; e excreção 
aumentada das bombas de efluxo.
- Os Carbapenêmicos são mais estáveis frente às betalactamases e penetram na 
parede de Gram negativos por porinas diferentes das utilizadas pelas Penicilinas e 
pelas Cefalosporinas. Esses fatores contam para que os Carbapenêmicos tenham 
um espectro mais amplo dentre os betalactâmicos e, também, para que tenha 
menos resistência cruzada com outros betalactâmicos.
-
CARBAPENÊMICOS - Espectro de ação
- Boa ação contra:
⦁ Bactérias Gram negativas produtoras de betalactamases;*
⦁ Bactérias Gram positivas;*
⦁ Anaeróbios;
- OBS.: Entretanto, não têm ação contra S. aureus resistente à Meticilina e nem aos 
Gram negativos que possuem o gene KPC. 
- Atravessam bem a barreira hematoencefálica.
- USAR: infecções por Gram negativos causadores de infecções relacionadas à 
assistência em saúde; dentre as principais bactérias causadoras de infecções estão 
as Pseudomonas. 
CARBAPENÊMICOS - Imipenem
- Dipeptidase renal: hidrólise enzimática.
- Cilastatina – inibidor competitivo.
- Indução de betalactamases cromossômicas.
- Pseudomonas – modificação do canal porínico; não fazer monoterapia!
- Resistência cruzada.
- Convulsões: 2 a 6% dos tratamentos.
- Devido ao seu amplo espectro e boa penetração na maioria dos tecidos e dos 
compartimentos corporais, pode ser usado para tratar: ITU; pneumonias; infecções 
intra-abdominais, ginecológicas, de pele e de partes moles, e de ossos e de articulações. 
Em todos esses casos, usa-se quando se suspeita de infecções por germes hospitalares.
CARBAPENÊMICOS - Meropenem
- Equivalência terapêutica em relação ao Imipenem.
- Não é hidrolisado pela dipeptidase renal, então, não necessita de associação com 
Sinvastatina. 
- Menor chance de convulsões quando comparado ao Imipenem. 
CARBAPENÊMICOS - KPC
- Klebsiella pneumoniae produtora de carbapenemases, que é uma betalactamase que 
hidrolisa betalactâmicos. 
- É uma ENZIMA, não uma bactéria. A bactéria PODE produzir a KPC.
- Foi inicialmente identificada numa K. pneumoniae e, por isso, recebeu esse nome. No 
entanto, pode estar presente em vários outros bacilos Gram negativos.
- Grande potencial para disseminação entre espécies e disseminação geográfica. 
- Opções de tratamento bastante limitadas, ficando restrita às seguintes classes de 
antibióticos: polimixinas, tigeciclina, aminoglicosídeos. 
CARBAPENÊMICOS - Efeitos adversos
- Reações alérgicas; 50% delas têm reação cruzada com Penicilinas.
- Convulsões (Imipenem).
- Náuseas, vômitos, diarreia.
- Aumento do TGO e do TGP.
- Aumento de eosinófilos e diminuição de plaquetas.
-Colite pseudomembranosa; modificam muito consideravelmente a flora intestinal 
habitual.
Glicopeptídeos
GLICOPEPTÍDEOS 
- Na década de 70, houve a emergência, em todo mundo, do Staphylococcus aureus 
resistente à Meticilina, e a Vancomicina voltou a ser utilizada contra essas infecções.
- Menos nefrotóxica do que a Vancomicina. 
- MECANISMO DE AÇÃO: agem como antagonistas competitivos da polimerização da 
cadeia peptideoglicana (inibição da síntese da parede celular)
GLICOPEPTÍDEOS - Espectro de ação
- Boa ação contra bactérias Gram positivas (incluindo MRSA e pneumococo resistente à 
betalactâmico).
- Ação contra Clostridium difficile, que é um bacilo Gram positivo e o principal causador 
de diarreia hospitalar (colite pseudomembranosa).
- Quando usar: infecções por Gram positivos, especialmente Staphylococcus causadores 
de infecções relacionadas à assistência em saúde.
GLICOPEPTÍDEOS - Propriedades Farmacológicas
- São utilizados por via parenteral, principalmente endovenosa. Entretanto, para o 
tratamento de colite pseudomembranosa, é utilizada Vancomicina VO.
- Distribuição por vários fluidos corporais, como o líquor, quando as meninges estão 
inflamadas; bile; líquidos pleural, pericárdico, sinovial e ascítico. No entanto, apresenta 
má penetração no humor vítreo. 
- Excreção renal – doses ajustadas na insuficiência renal!
- A Vancomicina e a Teicoplanina apresentam o mesmo espectro de ação e resistência a 
uma droga; geralmente significa resistência a outra droga, também – é a chamada 
resistência cruzada. A exceção fica por conta dos enterococos, porque algumas cepas 
resistentes à Vancomicina podem permanecer sensíveis à Teicoplanina. 
GLICOPEPTÍDEOS - Resistência Bacteriana
- Infelizmente, o Staphylococcus já desenvolveu alguma resistência à Vancomicina.
- VISA: S. aureus com resistência intermediária à Vancomicina. As cepas com resistência 
intermediária têm a parede celularanormalmente espessa e a resistência pode ser 
causada por falsos alvos para a Vancomicina. Tratamentos prévios e baixas 
concentrações de Vancomicina podem predispor o paciente a infecções por cepas com 
resistência intermediária e a falhas no tratamento.
- VRSA: S. aureus resistente à Vancomicina. A resistência é conferida por um plasmídeo 
que altera o sítio de ligação e faz com que os glicopeptídeos se liguem pobremente ao 
seu alvo.
GLICOPEPTÍDEOS - Efeitos Adversos
- Flebites decorrentes da infusão.
- Infusão rápida da Vancomicina (liberação de histamina): febre, calafrios e síndrome do 
pescoço vermelho (essa reação NÃO contraindica o uso; basta diminuir a velocidade de 
infusão do fármaco).
- Rash cutâneo e febre.
- Ototoxicidade.
- Nefrotoxicidade.
- Diminuição dos neutrófilos e das plaquetas.
Macrolídeos
MACROLÍDEOS
MECANISMO DE AÇÃO: 
-Agem ligando-se de forma reversível à subunidade 50S do ribossomo em bactérias 
suscetíveis e, consequentemente, inibindo a síntese proteica bacteriana.
- Eles não destroem a bactéria! Eles fazem com que a bactéria pare de sintetizar 
proteínas que são importantes para o seu metabolismo. São antibacterianos 
bacteriostáticos.
MACROLÍDEOS - Classificação
- Naturais: eritromicina e espiramicina.
- Semissintéticos: claritromicina e azitromicina.
- Ketolídeos: telitromicina.
MACROLÍDEOS - Propriedades farmacológicas
- Podem ser administrados por via oral ou parenteral. 
- Possuem boa penetração intracelular, atingindo níveis adequados em quase todos os 
sítios, exceto no SNC, devido à baixa penetração no LCR.
- Eliminação mista – metabolizados pelos rins e pelo fígado. 
- Inibidores do citocromo P450; isso quer dizer que outros fármacos que são 
metabolizados por essa via ficam com sua concentração no organismo aumentada, já 
que a via que os metaboliza está inibida em algum grau.
MACROLÍDEOS - Naturais
ERITROMICINA
- A base da eritromicina é rapidamente inativada pelo suco gástrico e absorvida 
inconsistentemente após administração oral, entretanto, diversas formulações permitem 
que ela seja administrada por via oral e por via parenteral.
- Estimulante da motilidade do TGI – pode causar diarreia.
- Ação anti-inflamatória.
- Interferência da alimentação em sua absorção. Por isso, há a formulação em estolato e 
em estearato, que têm maior estabilidade em meio ácido e que sofrem menos alterações 
na absorção.
- Eliminação principalmente biliar.
MACROLÍDEOS - Naturais
ESPIRAMICINA
- Pouca interação com alimentação.
- Alta concentração placentária; fármaco de escolha para tratar toxoplasmose na 
gravidez.
- Excretada, principalmente, por via biliar e, em menor parcela por via renal.
MACROLÍDEOS - Semissintéticos
CLARITROMICINA
- Pouca interação com a alimentação.
- Eliminação renal e hepática; mas, quando há doença hepática grave, há um aumento 
na metabolização renal.
- Efeito pós-antibiótico: demora maior até os micro-organismos se recuperarem e 
entrarem em efeito de multiplicação logarítmica.
MACROLÍDEOS - Semissintéticos
AZITROMICINA
- Pouca interferência da alimentação.
- Eliminação: intestinal e biliar.
- Efeito pós-antibiótico pode chegar até a 5 dias após a última dose.
- Não inibe o citocromo P450, e apresenta menos interações com outros fármacos 
quando comparada com outros macrolídeos.
MACROLÍDEOS 
MACROLÍDEOS 
MACROLÍDEOS - Resistência bacteriana
- Bomba de efluxo.
- Alteração do sítio de ligação (diminui a ligação ao ribossomo).
- Inativação enzimática (esterases).
MACROLÍDEOS - Efeitos adversos
- Irritação do TGI: cólicas abdominais, cólicas, náuseas, vômitos e diarreia.
- Tromboflebites – minimizada ao diminuir a velocidade de infusão.
- Reações alérgicas.
- Hepatite colestática, principalmente ao uso de estolato de eritromicina.
- Prolongamento do intervalo QT.
- Estenose pilórica hipertrófica na infância. 
Oxazolidinonas
OXAZOLIDINONAS
- Único representante dessa classe em uso clínico: Linezolida.
MECANISMO DE AÇÃO
- Inibição da síntese proteica, ligando-se à subunidade 50S do ribossomo e 
bloqueando a formação do complexo que inicia a síntese de proteínas. Essa forma 
de inibir a síntese proteica é um mecanismo único da linezolida. 
OXAZOLIDINONAS
ESPECTRO DE AÇÃO
- Ativa contra bactérias Gram positivas como Staphylococcus, Streptococcus e Listeria 
- Agente importante no tratamento de infecções por bactérias resistentes, como o S. 
aureus resistente à Meticilina, o Streptococcus resistente à Penicilina e o Enterococcus 
resistente à Vancomicina.
- Linezolida pode ser utilizada pelas vias oral e parenteral. 
RESISTÊNCIA BACTERIANA
- Causa por mudanças no sítio de ligação da Linezolida.
OXAZOLIDINONAS
EFEITOS ADVERSOS
- Irritação do TGI: cólicas, náuseas, vômitos e flatulência.
- Trombocitopenia; leucopenia; anemia.
- Neuropatia periférica.
- Neurite óptica.
- Acidose láctica.
- Síndrome serotoninérgica: palpitação, cefaleia e crise hipertensiva.
Sulfonamidas e 
Diaminopirimidinas
SULFONAMIDAS E DIAMINOPIRIMIDINAS
- Sulfonamidas e as diaminopirimidinas (representadas na prática clínica pelo 
trimetoprim e pela pirimetamina).
MECANISMO DE AÇÃO
- Essas drogas agem no metabolismo do folato, impedindo sua síntese.
- As sulfonamidas são moléculas estruturalmente semelhantes ao ácido 
para-aminobenzoico (PABA), agindo como inibidores competitivos da dihidropteroato 
sintase, enzima responsável pela incorporação do PABA para formar o ácido fólico.
- Já o trimetoprim é um inibidor potente e seletivo dihidrofolato redutase bacteriana, a 
enzima que reduz o dihidrofolato para tetrahidrofolato.
-
SULFONAMIDAS E DIAMINOPIRIMIDINAS
- Juntos, as sulfonamidas e o trimetoprim agem inibindo etapas sequenciais na via em 
que organismos sensíveis sintetizam tetrahidrofolato a partir de moléculas precursoras.
- Os organismos sensíveis a essa combinação são aqueles que precisam sintetizar seu 
próprio ácido fólico. As bactérias que conseguem utilizar ácido fólico pré-formado não 
são afetadas.
- As células de mamíferos utilizam ácido fólico pré-formado e, por isso, não são afetadas.
SULFONAMIDAS E DIAMINOPIRIMIDINAS
SULFONAMIDAS E DIAMINOPIRIMIDINAS
MECANISMO DE RESISTÊNCIA
- Aumento na produção de PABA, fazendo com que haja mais moléculas de PABA do que 
de antibiótico, deixando moléculas de PABA livres para serem metabolizadas.
- Alteração do sítio de ligação.
- Diminuição da permeabilidade bacteriana ou mesmo efluxo ativo.
- Utilização de uma via metabólica alternativa.
SULFONAMIDAS E DIAMINOPIRIMIDINAS
ESPECTRO DE AÇÃO
- Essas substâncias podem ser utilizadas para tratar bactérias, fungos e protozoários
Sulfonamidas
SULFONAMIDAS - Classificação
- Absorção e excreção rápidas: sulfametoxazol, sulfadiazina.
- Absorção rápida e excreção lenta: sulfadoxina (longa ação) – utilizada no tratamento da 
malária.
- Absorção oral pobre – limitada ao TGI: sulfassalazina – utilizada no tratamento da colite 
ulcerativa.
- Uso tópico: sulfadiazina de prata – bastante utilizada em queimaduras.
SULFONAMIDAS - Propriedades farmacológicas
- As sulfonamidas são normalmente administradas por via oral; também podem ser 
utilizadas por via parenteral ou tópica, na forma de pomadas ou de colírios.
- Geralmente são absorvidas rapidamente do estômago e do intestino delgado. 
- As sulfonamidas distribuem-se bem, penetrando no líquor, nos líquidos pleural, sinovial 
e peritoneal. Nas grávidas, atravessam a placenta e são detectadas no líquido amniótico 
e no sangue fetal.
- A excreção é principalmente renal.
SULFONAMIDAS - Efeitos adversos
- TGI: náuseas, vômitos e diarreia.
- Febre.
- Hiperssensibilidade: rash, anafilaxia, vasculites, síndrome de Stevens-Johnson (reação 
de hipersensibilidade).
- Hematológicos: leucopenia, trombocitopenia, anemia hemolítica.
- Hepáticos: necrose hepática, icterícia.
- Renais: necrose tubular, nefrite intersticial. 
Diaminopirimidinas
DIAMINOPIRIMIDINAS - Classificação
- Pirimetamina:
⦁ Sulfadoxima + Pirimetamina (Fansidar).
⦁ Sulfadiazina + Pirimetamina.utilizada para tratar toxoplasmose
- Trimetoprim:
⦁ Sulfametoxazol + Trimetropim (Bactrim).
DIAMINOPIRIMIDINAS - Propriedades farmacológicas
- Podem ser utilizadas por via endovenosa ou oral, sendo absorvidas prontamente e 
quase completamente pelo TGI.
- Distribuem-se bem pelos tecidos, inclusive pelo líquor e pelo líquido amniótico.
- Também possuem excreção renal.
DIAMINOPIRIMIDINAS - Efeitos adversos
Mielotoxicidade: leucopenia, trombocitopenia e anemia.
Aminoglicosídeos
AMINOGLICOSÍDEOS - Mecanismo de ação
- Inibição da síntese proteica, causada por uma interpretação errada e por um término 
prematuro da tradução do RNAm.
- Apesar de agirem inibindo a síntese proteica, os aminoglicosídeos têm efeito 
bactericida; porém, o exato mecanismo da atividade bactericida permanece 
desconhecido.
- Para atravessar a membrana celular de um Gram negativo, os aminoglicosídeos 
necessitam de uma fonte de energia gerada por um gradiente eletroquímico de prótons, 
e esse gradiente pode ser inibido por osmolaridade elevada, pH ácido e condições 
anaeróbias.
- Após entrar na célula, o sítio primário de ação dos aminoglicosídeos é a subunidade 
30S do ribossomo.
AMINOGLICOSÍDEOS - Classificação
- Fármacos para uso sistêmico: 
⦁ Estreptomicina
⦁ Gentamicina
⦁ Netilmicina
⦁ Amicacina
⦁ Tobramicina
⦁ Aminosidina (Paromomicina)
- Fármacos para uso tópico:
⦁ Tobramicina
⦁ Neomicina
⦁ Framicetina
AMINOGLICOSÍDEOS - Propriedades Farmacológicas
- Os aminoglicosídeos são rapidamente bactericidas, e a taxa de morte bacteriana 
aumenta de acordo com o aumento da concentração do antibiótico.
- Portanto, para o efeito antimicrobiano dos aminoglicosídeos, o importante é a 
concentração do antibiótico acima do MIC (concentração inibitória mínima) para cada 
bactéria.
AMINOGLICOSÍDEOS
AMINOGLICOSÍDEOS - explicação gráfico
Importância das concentrações de aminoglicosídeos para o melhor efeito antibacteriano 
e menor toxicidade. O gráfico mostra as concentrações plasmáticas de gentamicina após 
administração em 1 dose por dia ou em 3 doses por dia a cada 8 hs. O limite da 
toxicidade é 2 microgramas/ml. A dose única diária produz uma concentração 
plasmática 3x maior, que aumenta a eficácia, que no regime de 3x doses por dia estaria 
comprometida, com mais tempo de concentração inferior ao MIC. A dose única diária 
proporciona um período de 12 hrs em que a concentração plasmática está inferior ao 
limite de toxicidade, minimizando a toxicidade que poderia resultar das altas 
concentrações plasmáticas. Já o regime das 3 doses proporciona um curto periodo em 
que as concentrações estão inferiores ao limite de toxicidade. 
AMINOGLICOSÍDEOS
- Os aminoglicosídeos são absorvidos pobremente pelo TGI; todos eles são absorvidos 
rapidamente dos sítios intramusculares de injeção
- Os aminoglicosídeos apresentam efeito pós-antibiótico, que é a persistência da 
supressão do crescimento bacteriano após a exposição ao antimicrobiano.
- Quanto maior a concentração de aminoglicosídeos, mais longo é o efeito 
pós-antibiótico. Quanto menor o inóculo e maior a tensão de oxigênio, mais longo é o 
efeito pós-antibiótico.
- Por não serem lipossolúveis, atravessam pouco as membranas biológicas e, por isso, 
não agem contra germes intracelulares.
AMINOGLICOSÍDEOS
- Também não agem bem em secreções purulentas, pelo baixo pH e ambiente anaeróbio.
- A eliminação é principalmente renal (99%).
- Sinergismo de antibióticos: quando o efeito de fármacos em combinação com outro, é 
maior do que o efeito de cada um dos fármacos individualmente.
- É muito utilizado na prática clínica o sinergismo entre aminoglicosídeos e 
antimicrobianos com ação na parede celular das bactérias, como betalactâmicos ou 
glicopeptídeos.
AMINOGLICOSÍDEOS
- O mecanismo de sinergismo não é o mesmo para todas as bactérias. Um dos 
mecanismos é o aumento do acúmulo intrabacteriano de estreptomicinas na presença 
de penicilina. 
- Em oposição, a atividade bactericida dos aminoglicosídeos pode ser antagonizada por 
agentes bacteriostáticos, como tetraciclina e cloranfenicol.
AMINOGLICOSÍDEOS - Espectro de ação
 - Os aminoglicosídeos são antibióticos de espectro estreito, com atividade, 
principalmente, contra Gram negativos aeróbicos e a suscetibilidade dos Gram negativos 
sofre alguma variação de acordo o fármaco utilizado.
- Eles podem ser utilizados, também, para tratar Pseudomonas e Acinetobacter. 
- Ação limitada contra a maioria dos Gram positivos.
AMINOGLICOSÍDEOS - Efeitos adversos
- Os mais comuns são a nefrotoxicidade e a ototoxicidade.
- Raramente podem causar bloqueio neuromuscular, resultante da inibição pré-sináptica 
de acetilcolina e, também, por bloqueio dos sítios de ligação pós-sinápticos de 
acetilcolina.
- Fatores que aumentam o risco de nefrotoxicidade:
⦁ Idade avançada;
⦁ Doença renal prévia;
⦁ Desidratação;
⦁ Hipotensão
⦁ Uso de contrastes endovenosos.
AMINOGLICOSÍDEOS - Resistência bacteriana
- A forma mais comum de resistência bacteriana aos aminoglicosídeos é a aquisição de 
genes para a produção de enzimas metabolizadoras de aminoglicosídeos, ou de genes 
para impedir o transporte do fármaco para o interior da bactéria. 
- Também podem ocorrer mutações que afetam proteínas do ribossomo bacteriano, 
alterando o sítio de ação do antibiótico.
- A resistência também pode ser causada por bombas de efluxo.
Quinolonas
QUINOLONAS - Mecanismo de ação
- Rapidamente, elas inibem a síntese de DNA bacteriano, o que é seguido pela morte da 
bactéria.
- As Quinolonas inibem a atividade enzimática de dois membros da classe de enzimas 
topoisomerases, a DNA-girase e a topoisomerase IV, que são enzimas com papeis 
essenciais e distintos na replicação do DNA bacteriano.
- A DNA-girase age impedindo que ocorra um superenrolamento das hélices de DNA 
durante o processo de replicação do material genético.
- A quinolona faz com que a DNA-girase não funcione, deixando a hélice superenrolada, o 
que não permite sua replicação.
QUINOLONAS - Mecanismo de ação
- A topoisomerase IV, que separa moléculas filhas interligadas de DNA, permitindo sua 
segregação em células filhas. 
- Ao impedir a ação da topoisomerase IV, as quinolonas fazem com que as moléculas 
filhas de DNA não se separem, impedindo a formação de novas bactérias.
- As quinolonas agem inibindo a síntese de DNA – ação bactericida!
- Para muitas bactérias Gram positivas, o alvo de ação das quinolonas é a topoisomerase 
IV. Para as Gram negativas, o alvo principal é a DNA girase
QUINOLONAS - Resistência bacteriana
- Pode ocorrer por mutações nos genes cromossomais que alteram os sítios de ação do 
antibiótico, a DNA-girase e a topoisomerase IV; ou alterações que alteram a 
permeabilidade da membrana bacteriana ao antibiótico. Também podem ocorrer 
mutações nos genes bacterianos mediados por plasmídeos, que fazem com que a 
bactéria produza substâncias que protegem a DNA-girase e a topoisomerase IV da ação 
das quinolonas. Podem ocorrer, também, bombas de efluxo. 
- Resistências mediadas por enzimas que modificam as quinolonas têm sido reportadas 
mais recentemente.
QUINOLONAS - Classificação
- 1ª geração: ácido nalidixico.
- 2ª geração (A): norfloxacino.
- 2ª geração (B): ofloxacino; ciprofloxacino.
- 3ª geração: levofloxacino.
- 4ª geração: moxifloxacino. 
QUINOLONAS - Propriedades farmacológicas
- Bem absorvidas pelo TGI após administração oral. Alimentação não interfere na 
absorção, apenas pode atrasar o pico de concentração sérica das quinolonas.
- Distribuem-se amplamente pelos tecidos e pelo sangue. A exceção é a norfloxacino, que 
atinge baixos níveis séricos e, por isso, seu uso é restrito a infecções urinárias baixas.
- As quinolonas têm alto volume de distribuição, atingindo boas concentrações: urina, 
rins, pulmões, próstata, fezes, bile, macrófagos e neutrófilos
QUINOLONAS - Propriedades farmacológicas
- A excreção, em sua maioria, é renal, necessitando de ajuste de dose na insuficiência 
renal. A exceção é o moxifloxacino,que é metabolizado predominantemente no fígado e, 
por isso, deve ser evitado em pacientes com insuficiência hepática.
- Efeito pós-antibiótico de até 2 horas.
- Efeito sinérgico com betalactâmicos e com aminoglicosídeos.
QUINOLONAS - Espectro de ação
- Levofloxacino e moxifloxacino podem ser utilizadas para tratar IST causadas por 
clamídias e pneumonias causadas por micoplasmas ou por clamídias.
- Inicialmente, as quinolonas não tinham ação contra Streptococcus, por isso foram 
criadas o levofloxacino e o moxifloxacino para cobrir esses agentes – quinolonas 
respiratórias.
- O ciprofloxacino pode ser utilizado para tratar Legionella sp., que é causadora de 
pneumonia atípica.
- Ciprofloxacino e levofloxacino tem ação contra Pseudomonas aeruginosa. 
- As quinolonas também têm ação contra S. aureus resistente à Meticilina.
QUINOLONAS - Espectro de ação
- Como tem boa ação contra Gram negativos, as quinolonas podem ser utilizadas para 
tratar infecções de trato urinário (E. coli) e para a diarreia do viajante. 
- Moxifloxacino tem ação contra o Enterococcus fecalis; entretanto, NENHUMA quinolona 
tem ação contra o Enterococcus faecium.
- As quinolonas podem ser usadas no regime de múltiplas drogas para tratamento da 
tuberculose, em esquemas de segunda linha – ofloxacino, levofloxacino, moxifloxacino.
- O moxifloxacino tem ação contra bactérias anaeróbicas.
QUINOLONAS - Efeitos adversos
- Os efeitos mais comuns relacionam-se ao TGI, podendo causar anorexia, náuseas, 
vômitos e desconforto abdominal.
- SNC: cefaleia, tonturas, insônia e alterações de humor; raramente ocorrem alucinações, 
delírios e convulsões.
- Pode haver alergias de pele, e são mais frequentes os rashs inespecíficos.
- Artropatias e tendinopatias – evitar atividades físicas intensas durante o tratamento!
- Prolongamento do intervalo QT.
- Hipoglicemia.
- Leucopenia, eosinofilia.

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