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AULA 05: A LEGISLAÇÃO E A PROTEÇÃO DOS BENS CULTURAIS Técnicas retrospectivas TÉCNICAS RETROSPECTIVAS Aula 05: A legislação e a proteção dos bens culturais AULA 05: A LEGISLAÇÃO E A PROTEÇÃO DOS BENS CULTURAIS Técnicas retrospectivas Legislação Brasileira Cronologia – proteção legal ao patrimônio cultural O primeiro indício de preocupação com a preservação do patrimônio cultural brasileiro data de 1742, quando o Conde de Galveias, Vice-Rei do Brasil, ordenou a paralisação das obras de transformação do Palácio das Duas Torres, construído por Maurício de Nassau, em um quartel. Na ocasião foi determinada a restauração do palácio. (MIRANDA, 2006, p. 1) O Código Criminal do Império (1830) já considerava criminosa a conduta que destruísse, abatesse, mutilasse ou danificasse monumentos, edifícios, bens públicos ou quaisquer outros objetos destinados à utilidade, à decoração ou ao recreio público. (MIRANDA, 2006, p. 1) Em 1933, surgiu o primeiro diploma federal brasileiro tratando o patrimônio cultural. (MIRANDA, 2006 p. 2) Figura: Palácio de Friburgo ou Palácio das Duas Torres (1742) Recife (demolido em 1974) Fonte: http://jconline.ne10.uol.com.br/ AULA 05: A LEGISLAÇÃO E A PROTEÇÃO DOS BENS CULTURAIS Técnicas retrospectivas Legislação Brasileira - Federal Cronologia – proteção legal ao patrimônio cultural Em 1934, a constituição federal consagrou a proteção do patrimônio cultural e instituiu a função social da propriedade como princípio constitucional. (C.F., art. 133, inc. XVII) A Carta Magna de 1934, estabeleceu em seu art. 134 que: “os monumentos históricos, artísticos e naturais, assim como as paisagens ou os locais particularmente dotados pela natureza, gozam da proteção e dos cuidados especiais da nação, dos estados e dos municípios. Os atentados contra ele cometidos serão equiparados aos cometidos contra o patrimônio nacional”. Em 1937, o estado novo sancionou o Decreto-Lei 25, que dispunha sobre o tombamento de bens culturais. (CASTRO, 2006) Em 1946, a nova constituição federal estabeleceu o art. 178 que os bens culturais da nação ficariam sobre proteção do poder público. (MIRANDA, 2006, p. 7) Figura: Constituições do Brasil Fonte:Manual de Direitos Humanos. direitoshumanos.pro.br AULA 05: A LEGISLAÇÃO E A PROTEÇÃO DOS BENS CULTURAIS Técnicas retrospectivas Legislação Brasileira - Federal Cronologia – proteção legal ao patrimônio cultural Em 1961, a Lei 3.924 foi sancionada, dispondo sobre patrimônio arqueológico. Em 1965, a Lei 4.845, proibiu a saída de bens móveis integrantes do patrimônio cultural brasileiro, produzidas no período monárquico, ao exterior. Em 1975, a Lei 6.292, tornou o tombamento e seu cancelamento dependentes da homologação do Ministério da Educação e Cultura. Em 1988, com o advento da Nova Carta Magna (1988), alcançamos o mais alto degrau na evolução normativa de proteção ao patrimônio cultural brasileiro. (MIRANDA, 2006, p. 8) Em 1998, foi promulgada a Lei 9.605, que dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente. Figura: Constituições do Brasil Fonte:Manual de Direitos Humanos. direitoshumanos.pro.br AULA 05: A LEGISLAÇÃO E A PROTEÇÃO DOS BENS CULTURAIS Técnicas retrospectivas Legislação Brasileira - Federal Criação do SPHAN e do Decreto Lei 25 Foi com a criação do SPHAN que se inauguram no Brasil as políticas iniciando o processo de regulamentação à proteção dos bens culturais, através da criação do Decreto-Lei 25, de 30 de novembro de 1937. O Decreto-Lei 25 considerava como patrimônio histórico e artístico nacional o conjunto de bens moveis e imóveis vinculados a fatos memoráveis da história do Brasil ou de excepcional valor arqueológico ou etnográfico, bibliográfico ou artístico. Foi através dos quatro livros de tombo (o Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico; o Histórico; o de Belas Artes e o das Artes Aplicadas) que o decreto 25 instituiu definitivamente o tombamento em nosso país. (CASTRO, 2006) Foto: Cândido Portinari, Antonio Bento, Mario de Andrade e Rodrigo Melo Franco de Andrade, exposição de Portinari no Palace Hotel, Rio de Janeiro, julho de 1936 [Acervo Iphan] AULA 05: A LEGISLAÇÃO E A PROTEÇÃO DOS BENS CULTURAIS Técnicas retrospectivas Legislação Brasileira - Federal A Constituição Brasileira de 1988 - Artigo 215 A Constituição de 1988 conferiu proteção ao patrimônio histórico e artístico nacional, ampliando o conceito de patrimônio, ao abranger o imaterial. (CASTRO, 2006) O Artigo 215 estabelece: O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes da cultura nacional, e apoiará e incentivará a valorização e a difusão das manifestações culturais. § 1º - O Estado protegerá as manifestações das culturas populares, indígenas e afro-brasileiras, e de outros grupos participantes do processo civilizatório nacional. § 2º - A lei disporá sobre a fixação de datas comemorativas de alta significação para os diferentes segmentos étnicos nacionais. § 3º A lei estabelecerá o Plano Nacional de Cultura, de duração plurianual, visando ao desenvolvimento cultural do País e à integração das ações do poder público que conduzem à: I defesa e valorização do patrimônio cultural brasileiro; II produção, promoção e difusão de bens culturais; III formação de pessoal qualificado para a gestão da cultura em suas múltiplas dimensões; IV democratização do acesso aos bens de cultura; V valorização da diversidade étnica e regional. Figura: Constituições do Brasil Fonte:Manual de Direitos Humanos. direitoshumanos.pro.br AULA 05: A LEGISLAÇÃO E A PROTEÇÃO DOS BENS CULTURAIS Técnicas retrospectivas Legislação Brasileira - Federal A Constituição Brasileira de 1988 - Artigo 216 Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira, nos quais se incluem: I - as formas de expressão; II - os modos de criar, fazer e viver; III - as criações científicas, artísticas e tecnológicas; IV - as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às manifestações artístico-culturais; V - os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico,arqueológico, paleontológico, ecológico e científico. § 1º - O Poder Público, com a colaboração da comunidade, promoverá e protegerá o patrimônio cultural brasileiro, por meio de inventários, registros, vigilância, tombamento e desapropriação e de outras formas de acautelamento e preservação. Figura: Constituições do Brasil Fonte:Manual de Direitos Humanos. direitoshumanos.pro.br AULA 05: A LEGISLAÇÃO E A PROTEÇÃO DOS BENS CULTURAIS Técnicas retrospectivas Legislação Brasileira - Federal A Constituição Brasileira de 1988 - Artigo 216 § 2º - Cabem à administração pública, na forma da lei, a gestão da documentação governamental e as providências para franquear sua consulta a quantos dela necessitem. § 3º - A lei estabelecerá incentivos para a produção e o conhecimento de bens e valores culturais. § 4º - Os danos e as ameaças ao patrimônio cultural serão punidos, na forma da lei. § 5º - Ficam tombados todos os documentos e os sítios detentores de reminiscências históricas dos antigos quilombos. § 6 º É facultado aos estados e ao Distrito Federal vincular a fundo estadual de fomento à cultura até cinco décimos por cento de sua receita tributária líquida, para o financiamento de programas e projetos culturais, vedada a aplicação desses recursos no pagamento de: I - despesas com pessoal e encargos sociais; II - serviço da dívida; III - qualquer outra despesa corrente não vinculada diretamente aos investimentos ou ações apoiados. (CONSTITUIÇÃO DE 1988, Art. 216) § III – acrescentado pela emenda constitucional Nº 42 de 29-12-2003. Art. 216-A. Trata o Sistema Nacional de Cultura, institui um processo de gestão e promoção conjuntade políticas públicas de cultura. Figura: Constituições do Brasil Fonte:Manual de Direitos Humanos. direitoshumanos.pro.br AULA 05: A LEGISLAÇÃO E A PROTEÇÃO DOS BENS CULTURAIS Técnicas retrospectivas Legislação Federal Estatuto da Cidade – Lei 10.257/2001 O Estatuto da Cidade regulamenta o capítulo "Política Urbana" da Constituição Federal, detalhando e desenvolvendo os artigos 182 e 183. O objetivo do Estatuto da Cidade é garantir o direito à cidade como um dos direitos fundamentais da pessoa humana, para que todos tenham acesso às oportunidades que a vida urbana oferece. “Parágrafo único. Para todos os efeitos, esta Lei, denominada Estatuto da Cidade, estabelece normas de ordem pública e interesse social que regulam o uso da propriedade urbana em prol do bem coletivo, da segurança e do bem-estar dos cidadãos, bem como do equilíbrio ambiental” (LEI 10.257, 2001) Figura: Guia para implementação do Estatuto da Cidade Fonte AULA 05: A LEGISLAÇÃO E A PROTEÇÃO DOS BENS CULTURAIS Técnicas retrospectivas Legislação Federal Estatuto da Cidade – Lei 10.257/2001 O Estatuto da Cidade prevê a proteção, a preservação e a recuperação do meio ambiente natural e construído, do patrimônio cultural, histórico, artístico, paisagístico e arqueológico. Considera que esta é mais uma importante medida para se obter a garantia da convivência vital entre o homem e o meio, bem como para a manutenção de nossa história urbana, seja ela local, regional ou nacional. Art. 2º - XII – proteção, preservação e recuperação do meio ambiente natural e construído, do patrimônio cultural, histórico, artístico, paisagístico e arqueológico; INSTRUMENTOS QUE BENEFICIAM À PRESERVAÇÃO: • Direito de preempção ; • Outorga onerosa do direito de construir; • Transferência do direito de construir; • Estudo de impacto de vizinhança; • Tombamento Figura: Guia para implementação do Estatuto da Cidade Fonte AULA 05: A LEGISLAÇÃO E A PROTEÇÃO DOS BENS CULTURAIS Técnicas retrospectivas Legislação Federal Estatuto da Cidade – Lei 10.257/2001 INSTRUMENTOS QUE BENEFICIAM À PRESERVAÇÃO: • O direito de preempção: Permite que o poder público tenha preferência na aquisição de imóveis de interesse histórico, cultural ou ambiental, para que estes recebam usos especiais e de interesse coletivo; • Outorga onerosa do direito de construir: possibilita ao município estabelecer relação entre a área edificavel e a área do terreno, a partir da qual a autorização para construir passaria a ser concedida de forma onerosa. Os recursos provenientes da adoção da outorga onerosa do direito de construir e de alteração de uso deverão ser aplicados, entre outros, na criação e proteção de áreas verdes ou de interesse histórico, cultural ou paisagístico. • A transferência do direito de construir: baseada no Plano Diretor, poderá autorizar o proprietário de imóvel urbano, exercer em outro local, o direito de construir, quando o referido imóvel for considerado necessário para fins de preservação, quando o imóvel for considerado de interesse histórico, ambiental, paisagístico, social ou cultural; Figura: Guia para implementação do Estatuto da Cidade Fonte AULA 05: A LEGISLAÇÃO E A PROTEÇÃO DOS BENS CULTURAIS Técnicas retrospectivas Legislação Federal Estatuto da Cidade – Lei 10.257/2001 INSTRUMENTOS QUE BENEFICIAM À PRESERVAÇÃO: • Estudo de impacto de vizinhança (EIV): ocorre em áreas de patrimônio cultural e natural, devendo ser analisados os impactos de novos empreendimentos para obter licenças ou autorizações de construção, ampliação ou funcionamento. • Tombamento: restringe o direito à propriedade e tem por objetivo proteger o patrimônio cultural. A inscrição do bem no Livro de Tombo será fruto de procedimento administrativo, buscando preservar aquelas características físicas do bem que estão associadas à história, às artes, ou a qualquer outro aspecto relacionado à cultura da sociedade. Figura: Projeto condomínio La Vue, Salvador. Fonte AULA 05: A LEGISLAÇÃO E A PROTEÇÃO DOS BENS CULTURAIS Técnicas retrospectivas Legislação Federal Lei de Crimes Ambientais – Lei 9605/1998 Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências. Art. 62. Destruir, inutilizar ou deteriorar: I - bem especialmente protegido por lei, ato administrativo ou decisão judicial; II - ato administrativo ou decisão judicial:arquivo, registro, museu, biblioteca, pinacoteca, instalação científica ou similar protegido por lei. Pena - reclusão, de um a três anos, e multa. Parágrafo único. Se o crime for culposo, a pena é de seis meses a um ano de detenção, sem prejuízo da multa. Art. 63. Alterar o aspecto ou estrutura de edificação ou local especialmente protegido por lei, ato administrativo ou decisão judicial, em razão de seu valor paisagístico, ecológico, turístico, artístico, histórico, cultural, religioso, arqueológico, etnográfico ou monumental, sem autorização da autoridade competente ou em desacordo com a concedida: Pena - reclusão, de um a três anos, e multa. Figura: Projeto condomínio La Vue, Salvador. Fonte AULA 05: A LEGISLAÇÃO E A PROTEÇÃO DOS BENS CULTURAIS Técnicas retrospectivas Legislação Federal Lei de Crimes Ambientais – Lei 9605/1998 Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências. Art. 64. Promover construção em solo não edificável ou no seu entorno, assim considerado em razão de seu valor paisagístico, ecológico, artístico, turístico, histórico, cultural, religioso, arqueológico, etnográfico ou monumental, sem autorização da autoridade competente ou em desacordo com a concedida: Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa. Art. 65. Pichar, grafitar ou por outro meio conspurcar edificação ou monumento urbano: Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa. Parágrafo único. Se o ato for realizado em monumento ou coisa tombada em virtude do seu valor artístico, arqueológico ou histórico, a pena é de seis meses a um ano de detenção, e multa. Figura: Projeto condomínio La Vue, Salvador. Fonte AULA 05: A LEGISLAÇÃO E A PROTEÇÃO DOS BENS CULTURAIS Técnicas retrospectivas Legislação Federal Leis de Incentivo à Cultura – Lei 8.313/1991 A Lei nº 8.313/91 - Lei Rouanet: Instituiu o Programa Nacional de Apoio à Cultura – PRONAC, responsável por financiamentos de projetos culturais de pessoas físicas e/ou jurídicas de natureza cultural, enquadrando-se projetos ligados à preservação do patrimônio cultural material e imaterial, inclusive projetos arquitetônicos de restauro. Os projetos culturais e artísticos direcionados ao PRONAC são avaliados pela Comissão Nacional de Incentivo à Cultura (CNIC), que analisa e opina sobre a concessão de benefícios fiscais. O art. 18, da Lei Rouanet, diz que os contribuintes que realizam doações e patrocínios, para projetos culturais, poderão deduzir 100% do valor investido, do imposto de renda devido, respeitando-se o limite estabelecidos. * A Lei n° 8.313 /1991 foi criada por influência da declaração do México de 1985, que tratou de políticas culturais, incluindo o planejamento, administração e financiamento de atividades culturais. Figura: Logo Lei de Incentivo à Cultura – Lei Rouanet Fonte AULA 05: A LEGISLAÇÃO E A PROTEÇÃO DOS BENS CULTURAIS Técnicas retrospectivas Legislação Municipal Plano Diretor Participativo O plano diretor é um instrumento de planejamento urbanístico que determina diretrizes ao desenvolvimento urbano do município, estabelecendo: a ordenação do território, as atividades a serem executadas e a quem estas serão direcionadas. O plano diretor ordena o território do município e possibilita a criação de um sistema de zoneamento que estabelece regras sobre como se dará a ocupação do solo urbano em cada zona específica. Fazem parte das Zonas Especiais: as Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS); as Zonas Especiais Ambientais (ZEA); as ZonasEspeciais do Projeto da Orla (ZEPO); as Zonas Especiais de Dinamização Urbanística e Socioeconômica (ZEDUS), As Zonas Especiais Institucionais (ZEI) e as Zonas Especiais de Preservação do Patrimônio Paisagístico, Histórico, Cultural e Arqueológico (ZEPH). Figura: MAPA ZEPH CENTRO - FORTALEZA Fonte: Plano Diretor Participativo de Fortaleza, 2010 AULA 05: A LEGISLAÇÃO E A PROTEÇÃO DOS BENS CULTURAIS Técnicas retrospectivas Legislação Municipal Plano Diretor Participativo Zonas Especiais de Preservação do Patrimônio Paisagístico, Histórico, Cultural e Arqueológico (ZEPH) Os objetivos das ZEPHs são: A preservação, a valorização, o monitoramento e a proteção do patrimônio histórico, cultural, arquitetônico, artístico, arqueológico ou paisagístico; o estimulo do reconhecimento do valor cultural do patrimônio pelos cidadãos; a garantia de que o patrimônio arquitetônico tenha usos compatíveis com as edificações e do entorno, entre outros. São consideradas ZEPHs: Áreas formadas por sítios, ruínas, conjuntos ou edifícios isolados de relevante expressão arquitetônica, artística, histórica, cultural, arqueológica ou paisagística, considerados representativos e significativos da memória arquitetônica, paisagística e urbanística do município. Figura: Poligonais de Tombamento Fonte: Secretaria de Cultura do Município de Fortaleza, 2012 AULA 05: A LEGISLAÇÃO E A PROTEÇÃO DOS BENS CULTURAIS Técnicas retrospectivas Legislação Municipal Plano Diretor Participativo Zonas Especiais de Preservação do Patrimônio Paisagístico, Histórico, Cultural e Arqueológico (ZEPH) Planos para as ZEPHs : Deverão ser previstos, para as ZEPHs, planos específicos para conservação, restauração ou reabilitação. Instrumentos previstos para as ZEPHs: Serão aplicados, nestas zonas, alguns dos instrumentos previstos no Estatuto da Cidade: direito de preempção; direito de superfície; tombamento; transferência do direito de construir; estudo de impacto de vizinhança (EIV) e; o estudo ambiental (EA). Figura: Zona de Ocupação Preferencial (ZOP1) do Centro Antigo de Fortaleza Fonte: Plano Diretor Participativo de Fortaleza, 2010 AULA 05: A LEGISLAÇÃO E A PROTEÇÃO DOS BENS CULTURAIS Técnicas retrospectivas Legislação Municipal Lei de Usos e Ocupação do Solo - LUOS Criam e delimitam Zonas Especiais de Preservação do Patrimônio Paisagístico, Histórico, Cultural e Arqueológico (ZEPH) com o objetivo de proteger os bens tombados e de importância histórica e cultural para a cidade. • Estabelecem índices e parâmetros de uso e ocupação do solo das ZEPHs ; • Restringem o potencial construtivo em Zonas Especiais de Patrimônio Histórico (ZEPH) ; • Reduzem os gabaritos das edificações no entorno dos bens tombados, sítios, ruínas, conjuntos ou edifícios isolados; • Restringem o uso dos bens tombados e de seu entorno; • Devem reconhecer áreas de relevante interesse cultural e/ou outras áreas registradas enquanto patrimônio imaterial • Devem respeitar as recomendações das instruções de tombamento dos bens protegidos • Devem impedir sobreposição de Zonas sobre as ZEPHs Figura: Patrimônio Cultural - IPHAN Fonte: Zonas Especiais de Preservação do Patrimônio Paisagístico, Histórico, Cultural e Arqueológico (ZEPH) do Centro Antigo de Fortaleza AULA 05: A LEGISLAÇÃO E A PROTEÇÃO DOS BENS CULTURAIS Técnicas retrospectivas Indicação de leitura específica ARANTES, Antônio Augusto. Patrimônio cultural: Desafios e Perspectivas Atuais. Curso: Patrimônio Imaterial: Política e Instrumentos de Identificação, Documentação e Salvaguarda. Belo Horizonte: DUO Informação e Cultura, 2008. BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Congresso Nacional: Brasília, 1988. _______. Decreto – lei nº 25 de 30 de novembro de 1937. Organiza a proteção do patrimônio histórico e artístico nacional. Diário Oficial da República Federativa do Brasil. Brasília, 1937. _________. Lei 10.257 de 10 de julho de 2001. Estatuto da Cidade - Regulamenta os artigos 182 e 183 da Constituição Federal, estabelece diretrizes gerais da política urbana e dá outras providências. Brasília, 2001. Figura: Montagem de Referências BibliográficasFonte: imagens de diversas editoras AULA 05: A LEGISLAÇÃO E A PROTEÇÃO DOS BENS CULTURAIS Técnicas retrospectivas Indicação de leitura específica CASTRIOTA, Leonardo Barci. Patrimônio cultural: conceitos, políticas, instrumentos. São Paulo: Annamblume; Belo Horizonte:IEDS, 2009. CASTRO, Sônia Rabelo. de (Org). Coletânea de leis sobre preservação do patrimônio. Rio de Janeiro: IPHAN, 2006. CAUQUELIN, Anne. A invenção da paisagem. São Paulo: Martins Fontes, [s./d.]. IPHAN/Ministério da Cultura. (org.) Portal IPHAN. Disponível em: <http://portal.iphan.gov.br> Acesso: nov. 2016. MIRANDA, Marcos Paulo de Souza. Tutela do Patrimônio Cultural Brasileiro: doutrina, jurisprudência, legislação. 1 ed. Belo Horizonte: Del Rey, 2006. RODRIGUES, JOSÉ EDUARDO R.; MIRANDA, MARCOS PAULO DE S. Estudos de direito do patrimônio cultural. Belo Horizonte: Fórum, 2012. Figura: Montagem de Referências Bibliográficas Fonte: imagens de diversas editoras AULA 05: A LEGISLAÇÃO E A PROTEÇÃO DOS BENS CULTURAIS Técnicas retrospectivas VAMOS AOS PRÓXIMOS PASSOS? Instrumentos de proteção ao Patrimônio Cultural; O tombamento; Registro; Chancela; Níveis de tombamento; Bens protegidos (locais). AVANCE PARA FINALIZAR A APRESENTAÇÃO.
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