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REGISTRO DE OBSERVAÇÃO

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Psicologia do Cotidiano – 2017 
Registro de Observação
Nome: xxxxxxxxxxxxxxxxxx
RA: xxxxxxxxx
Data: 09/03/2017
Tema: Livre
Horário de Início: 22:20			Horário de Término: 23:50
Total de Horas nesta data: 1h30
Local: Terminal Santo Antônio
Quinta-feira, numa noite de clima quente, eu estive no terminal de ônibus Santo Antônio e me sentei próximo as catracas de saída.
Muita, mas muitas pessoas transitando pelo local, resultando em muita pressa, onde via os usuários do serviço geralmente bem agitados. Depois de sentar eu percebo os frequentes olhares de uma mulher sentada a minha direita; realizando minha observação do local, consigo perceber que ela me olhava seguidamente e cheguei a olhar pra ela, que desfazia o olhar. Mulher jovem de calças jeans claro, tênis all star e camiseta preta. Depois de um tempo ela levantou pra ir pegar o ônibus e mesmo em pé, voltou seu olhar para a minha pessoa enquanto caminhava ao seu ônibus.
Encostado na chaminé vi um rapaz e ao lado dele uma moça. Ela de cabelos curtos louros, óculos grandes, shorts, tênis vermelho com azul e mochila; possuía uma tatuagem que não conseguia decifrar. Ele usava óculos também, bermuda bege, camiseta branca e tênis colorido. Ambos estavam portando telefones celulares e ficavam observando as telas desses aparelhos e em alguns momentos conversavam mostrando um para o outro, algo que estava aparecendo na tela do telefone. O rapaz era o que mais chamava a atenção da moça para mostrar algo a ela, no telefone dele; e em algumas dessas situações eles riam ao verem algo no telefone celular dele ou dela. Eles ficaram um bom tempo naquele local, até dois rapazes com bastante barba aparecerem, e todos caminharam sumindo de vista. O rapaz e a moça que eu observava, seguiram conversando com bastante entusiasmo com os dois rapazes barbudos e vestidos com roupas pretas.
Eu escutava muitos sons que vinham dos ônibus que passavam ou paravam e assim, emitindo esses ruídos que se misturavam risos de pessoas que passavam, gritos de crianças ou jovens que estavam dentro ou fora do terminal. Havia muito movimento do lado externo do terminal, onde pude ver que muitos transitavam e outros que ficavam parados sozinhos, em duplas ou grupos; alguns fumavam, outros ficavam interagindo com os seus telefones. Tinham casais de adolescentes se beijando com bastante carícias, como também vi um homem em condição de rua; estava com calças sujas e rasgadas, camiseta preta bastante surrada e tênis abertos na sola que, ao andar se abriam parecendo bocas e seus dedos ficavam visíveis. Esse homem em condição de rua andava olhando para baixo e falando baixo. Usava barba longa e cabelos desgrenhados numa aparência bem suja.
Voltei meu olhar para o lado interno do terminal e comecei a fixar no detalhe que a maioria que passava pelo local, eram jovens e as mochilas eram os itens predominantes. Comecei a me atentar as mochilas, as cores e seus formatos. Fixei meus olhos num rapaz que estava com mochila que andava devagar pelas faixas de pedestres; ele caminhou em linha reta por essas faixas e destoou daquela grande quantidade de pessoas que passavam com tamanha agilidade e que não se atentavam em utilizar as faixas de pedestres.
De repente aparece caminhando um rapaz de longas tranças azuis e percebo que por onde ele passava, roubava olhares de pessoas que ao verem, conversavam e riam ao olharem para ele. Vi jovens carregando livros bem volumosos, que pela dificuldade de carregar, deveriam ser pesados. Num exato momento houve uma concentração de pessoas com uniformes escolares e pude ver nomes de várias escolas conhecidas da cidade de Sorocaba. Também havia notado uniformes de empresas, como a da Center Cell, que às 23:10, muitos apareceram com essas camisetas. Constatei homens que estavam botinas e algumas mulheres que carregavam rosas vermelhas.
Ao meu lado direito, senta-se uma mulher com calça vermelha e que começa a ficar me olhando, começando uma fala para si. Ao lado dessa mulher senta-se uma outra mulher, que estava comendo um pacote de salgadinhos. A de vermelho começa a rir e olha para a mulher que estava comendo salgadinhos, que os oferece para a mulher de calça vermelha que estava rindo e falando para si própria. Ela responde que só ia aceitar por estar com fome e assim inicia a conversa entre elas. “Minha vida não é fácil”, diz a mulher de calça vermelha. “A vida de ninguém é fácil”, rebate a mulher do salgadinho. “Mas a minha é mais difícil”, e começou a explicar a sua situação de vida para a ouvinte que comia e lhe dava salgadinhos. Ela disse que havia perdido a guarda dos três filhos e que a tia que cuidava deles; que havia ganhado um apartamento no residencial Carandá e iria morar com os filhos mais essa tia, e que não queria que a tia fosse junto, já que a tia a cobrava muito. A mulher ao lado dela participava com algumas perguntas e com alguns ahams; depois falaram sobre religião e o quão é bom ir na igreja. A de calça vermelha relatou que havia parado de ir devido as noitadas e aos homens, que gostava bastante deles e que era difícil ficar sem homem. A mulher ao lado dela falava que ela deveria se preocupar mais com os filhos e ir para a igreja para se libertar daquela situação. A conversa entre elas durou um bom tempo, até a mulher do salgadinho se levantar e se despedir para entrar no ônibus. Depois disso a mulher de caça vermelha voltou a olhar para minha direção até que ela se levantou e entrou no ônibus.

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