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Modelos volumétricos de estudo

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Modelos 
Tridimensionais 
aplicados ao Design 
de Interiores
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Me. Vanderlei Rotelli
Revisão Textual:
Prof. Esp. Claudio Brites
Modelos Volumétricos de Estudo
• Modelos Volumétricos de Estudo.
• Conhecer as aplicações das técnicas de corte e montagem de maquetes;
• Visualizar de forma tridimensional os espaços de circulação e vivência. 
OBJETIVO DE APRENDIZADO
Modelos Volumétricos de Estudo
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas:
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como seu “momento do estudo”;
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos e 
sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão 
sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o 
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e 
de aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e de se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE Modelos Volumétricos de Estudo
Modelos Volumétricos de Estudo
Olá, caro estudante!
Vamos, nesta Unidade, colocar em prática as técnicas e as dicas que vimos ante-
riormente na execução de uma maquete. Você tem treinado todos aqueles métodos 
construtivos, agora vamos utilizá-los para a construção de um modelo de estudo!
Modelos de estudo são modelos rápidos, sem muitos detalhes, que você utilizará 
para fazer estudos e testes, analisando as opções de circulação e as relações de ergo-
nomia, entendendo de maneira tridimensional as suas opções projetuais. Nesses mo-
delos, representamos o espaço construído, e o mobiliário que você imaginou, sem, 
no entanto, indicar cores, acabamentos, texturas e outros detalhes de seu projeto. 
Como o próprio nome indica, essa maquete é executada nas fases iniciais do 
projeto, como uma ferramenta que vai lhe auxiliar nas primeiras decisões a respeito 
do espaço, antes das decisões mais detalhadas.
Para fazer essas maquetes de estudo, a primeira coisa a ser feita é a construção 
da edificação na qual você está fazendo seu projeto, definindo os espaços e a circu-
lação existente. Para que nosso exercício funcione, utilizaremos a planta que está 
indicada na Figura 1. Todas as nossas paredes internas terão 10 cm de espessura; 
as paredes externas possuem 15 cm.
Figura 1 – Planta do apartamento
Fonte: Acervo do conteudista
Como você pode identificar, essa é a planta de um apartamento de um dor-
mitório, com aproximadamente 40 m². Esse é um tipo de apartamento bastante 
comum no mercado imobiliário e representa, de certa forma, um padrão que você 
atenderá com seus clientes. 
8
9
A primeira coisa a fazer é a definição da escala da maquete. Geralmente, esse 
tipo de maquete é executado em escala 1:50, pois essa escala facilita a abertura 
dos vãos e a execução do mobiliário; uma escala menor que essa, como 1:100 ou 
1:125, pode dificultar a abertura dos espaços de portas e janelas, além de complicar 
a manipulação dos móveis dentro dos ambientes. Uma escala maior, como 1:25 ou 
1:20, vai deixar a maquete muito grande e difícil de transportar. Por esses motivos, 
as nossas primeiras maquetes serão construídas nessa escala, mas, com o tempo e a 
prática, fique à vontade para tentar todas as variações possíveis e descobrir o que lhe 
deixa mais confortável para trabalhar! Não existe uma regra para a escolha da escala 
de trabalho, mas sim algumas opções técnicas, como as que vimos.
Depois de definida a escala, começaremos a construção dos espaços, ou seja, a 
execução das paredes e dos vãos, para que você consiga entender os ambientes e 
a circulação nos lugares. 
A primeira coisa a fazer é escolher o material a ser utilizado. Essa escolha é 
técnica, ou seja, você vai escolher esse material em função de medidas de paredes, 
mobiliário etc. Nesse caso, como a maior parte das paredes mede 0,10 m (outra 
coisa que está sendo padronizada no mercado imobiliário), devemos escolher algum 
material que tenha 2 mm de espessura, isso é, 10 cm em escala 1:50. No caso das 
paredes externas, como elas não fazem diferença no espaço interno, utilizaremos 
o mesmo papel que utilizamos nas paredes internas – caso você queria ser mais fiel 
a essas espessuras, pode colar uma chapa de papel Paraná de 1 mm de espessura 
a uma outra chapa de 2 mm, para obter os 15 cm em escala 1:50.
Como já vimos, o material que atende a essa necessidade é o papel Paraná 
com espessura de 2 mm. Com o tempo, você conhecerá outros materiais e pode-
rá escolher alguma outra opção, mas, por agora, trabalharemos com esse nosso 
velho conhecido. 
Importante!
Se você estiver em dúvida sobre como escolher o material, trabalhe com seu escalí-
metro, procurando o material que mais se aproxime da medida que você precisa (em 
alguns casos, você não encontrará a medida exata e trabalhará com aproximações).
Importante!
Como você se lembra, na caixa que construímos com o papel Paraná, é preciso 
pensar na forma como os encaixes serão executados. Quando formos executar as 
paredes internas de uma edificação, isso é ainda mais importante, para que não 
acabemos com vários pedaços difíceis de serem montados, com espaços vazios que 
não existem e uma maquete com um acabamento muito irregular. 
Na Figura 2, é demonstrada uma opção de sequência de cortes. Neste exercício, 
usaremos a sequência apresentada, contudo, em seus próximos modelos, sinta-se 
livre para imaginar a forma que achar mais conveniente, sempre tendo em mente 
que o ideal é pensar na forma mais simples e rápida de cortar e montar as paredes 
– essa prática vai facilitar e agilizar seu trabalho com os modelos. 
9
UNIDADE Modelos Volumétricos de Estudo
Figura 2 – Indicação de corte das paredes
Fonte: Acervo do conteudista
Importante!
Dependendo da complexidade da maquete que você estiver construindo, pode ser interes-
sante até mesmo numerar as paredes, para não se confundir no momento da montagem!
Importante!
Com essas definições estabelecidas, 
vamos agora cortar o que vai ser o “piso” 
da maquete. Sobre essa base que você vai 
cortar, serão coladas as paredes. É útil, 
também, desenhar a posição das pare-
des, isso é, desenhar a planta do modelo, 
pois esse desenho vai servir de guia no 
momento de colar as paredes. A Figura 3 
mostra como fica o desenho dessa base. 
Certifique-se de utilizar uma placa pla-
na de Papel Paraná para esse trabalho, 
já que, se o papel não for guardado de 
maneira correta, ele poderá empenar e 
atrapalhar seu trabalho.
Figura 3 – “Piso” do modelo
Fonte: Acervo do conteudista
10
11
Importante!
Note que nesse “piso” estão desenhadas apenas algumas linhas. Lembre-se que essas 
linhas são apenas guias, coloque somente as linhas que acharnecessárias para a monta-
gem das paredes; não é preciso desenhar a planta inteira!
Importante!
O próximo passo é o desenho das paredes no papel Paraná. Como você já sabe, 
essa é uma fase muito importante, já que um bom desenho é o começo de um bom 
modelo. Utilizaremos os comprimentos de parede que temos na planta e usaremos 
uma altura padrão de 2,60 m.
Depois de desenhar as paredes, pode ser mais simples cortar primeiro as portas 
e janelas, já que você tem mais apoio para segurar tanto a régua quanto o próprio 
papel; depois de abertos os vãos, aí sim você irá separar as paredes. 
Você pode perceber que esses movimentos estão bem mais fáceis, certo? A prá-
tica dos cortes vai deixando suas mãos mais firmes, o corte mais simples e com um 
acabamento melhor!
Vamos agora fazer uma pré-montagem para verificar se todas as paredes estão 
com a mesma altura, se todas as medidas estão batendo, se os encaixes estão cor-
retos etc. É sempre interessante que você execute essa etapa antes da colagem fi-
nal, pois ainda há tempo de cortar novamente uma peça que saiu errada por algum 
motivo ou tirar o excesso de material que possa existir em alguma outra peça – é 
bem mais difícil trabalhar com as peças já com cola, ou mesmo já fixadas em suas 
posições. Caso você ache necessário, pode usar fita crepe, ou algo semelhante, 
para ajudar a segurar as peças no lugar enquanto faz essa verificação.
Com tudo certo, vamos começar a colagem do nosso modelo!
Você já sabe que deve passar cola na espessura do material e que deve utilizar 
pouca cola. Como também já vimos, você deve fazer uma sequência de montagem 
na sua cabeça e colocar as peças nessa ordem, evitando terminar com peças que 
precisem de um encaixe difícil ou que descolem ou rasguem outras no momento 
de serem fixadas.
Depois de tudo colado, você deve ter um modelo semelhante ao que vemos na 
Figura 4.
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UNIDADE Modelos Volumétricos de Estudo
Figura 4 – Paredes da edificação prontas
Fonte: Acervo do conteudista
Com os espaços prontos, vamos construir os móveis de acordo com o projeto 
indicado na Figura 5. Lembre-se que, para esse trabalho, estamos usando um pro-
jeto único, mas que, na sua vida profissional, você usará o layout que projetou para 
a execução do modelo, ou mesmo poderá definir a disposição do mobiliário a partir 
da maquete. Você perceberá, ao final desta disciplina, como os modelos tridimen-
sionais fornecem um ponto de vista bem diferente dos desenhos bidimensionais, e 
podem melhorar bastante suas escolhas de projeto.
Figura 5 – Layout do projeto
Fonte: Acervo do conteudista
Vamos, agora, começar a construção dos móveis para esse modelo. Como já foi 
dito, nesse tipo de maquete, usamos volumes simples – ou alguns volumes simples 
colados – para fazer a representação do mobiliário, isso é, esse tipo maquete não 
tem muitos detalhes.
Comecemos pelos móveis do dormitório. Uma das coisas mais simples de ser 
executada é a cama. O tamanho padrão de uma cama de casal é 1,40 m x 1,90 m; 
12
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a altura é de 0,45m. Como estamos trabalhando com volumes, como você acha 
que faremos o volume da cama? Isso mesmo! Da mesma maneira que constru-
ímos nossa caixa, e a maneira mais simples de construir esse móvel é com o 
papel Triplex. 
Da mesma maneira que executamos aquela caixa, a primeira coisa a ser feita é o 
desenho da peça no papel Triplex. A Figura 6 mostra esse desenho com as dimen-
sões; você se lembra que as linhas cheias significam o corte do papel? Enquanto 
que as linhas tracejadas representam as dobras, ou seja, nas linhas tracejadas você 
passará o estilete com menos força, não para cortar, mas apenas para marcar o 
papel e facilitar a dobra. 
Figura 6 – Desenho planifi cado da cama
Fonte: Acervo do conteudista
Depois de cortar a peça, como sempre, você fará a dobradura antes da monta-
gem, confirmando os tamanhos e os encaixes. Se estiver tudo certo, é só passar 
o adesivo e fazer a colagem. Caso alguma coisa não dê certo, você pode tentar 
acertar a peça, mas geralmente é mais rápido redesenhar e cortar novamente. 
Muitas vezes, perdemos mais tempo tentando consertar alguma coisa errada do 
que perderíamos se fizéssemos a peça novamente.
Como você pode ver, essa é uma peça simples e rápida. Repetiremos o mes-
mo método para a execução do guarda-roupa. Como estamos representando um 
armário embutido, ele terá a largura da parede onde está encaixado, de 1,60 m 
(peças que vão de parede a parede devem sempre ser medidas no local onde serão 
encaixadas, pois pode ter acontecido alguma diferença na montagem). A largura 
padrão de um armário é de 0,60 m e, nesse caso, faremos a altura total da parede 
de 2,60 m. 
Agora que você já sabe como fazer, não faremos o desenho dessa peça, mas 
você deve começar desenhando a peça planificada no papel Triplex. Não se esque-
ça de fazer as linhas internas tracejadas, já que aqui trabalharemos com dobras e as 
linhas externas cheias, pois essas devem ser cortadas. Depois de desenhar e cortar, 
seguindo os tipos de linhas, você fará a pré-montagem para verificar se a peça está 
fechando de forma correta; caso esteja tudo certo, você pode fazer a colagem final.
13
UNIDADE Modelos Volumétricos de Estudo
Vamos utilizar a mesma metodologia para a execução dos criados-mudos. Este 
modelo que está em nosso desenho tem 0,40 m de profundidade, por 0,50 m de 
largura e 0,55 m de altura. Novamente você vai fazer a planificação dessa peça no 
papel Triplex, respeitando a tipologia das linhas (cheias e tracejadas), e executar o 
corte. Depois do corte, é a vez da pré-montagem e, caso esteja tudo certo, prosse-
guir para a colagem e montagem final. 
Um último detalhe no dormitório é a televisão que foi projetada para ser coloca-
da suspensa na parede. Esse objeto pode ser representado como um retângulo de 
papel Triplex, mas ficará mais fino do que a peça real. O que podemos fazer? Isso 
mesmo! Colamos o retângulo de Papel Triplex sobre uma chapa de Papel Paraná 
com 1 mm de espessura, essa colagem nos dará a espessura necessária para a 
representação da televisão. 
O nosso problema agora será a colagem desse elemento na parede, já que o 
apartamento está montado. Para a execução desta colagem, usaremos um recurso 
bastante simples, mas que vai nos ajudar em vários momentos. Prepararemos um 
instrumento, um “gabarito”, que nos ajudará a localizar a peça na parede. Como 
você acha que isso pode ser feito? Exatamente! Cortaremos uma peça de papel 
com a altura em que será colocada na parede e também com a distância a partir de 
uma das paredes laterais; vamos considerar a altura de fixação do televisor como 
1,40 m de altura e 0,75 m de distância a partir do canto da porta. Nosso gabarito 
terá essas medidas, ou seja, de uma forma rápida e simples conseguimos marcar 
exatamente a posição da peça. A Figura 7 mostra como é utilizado esse gabarito.
Figura 7 – Marcação da posição da TV
Fonte: Acervo do conteudista
Importante!
Para a confecção desse tipo de “gabarito”, você pode utilizar as sobras de papel que 
vão se acumulando e seriam descartadas. 
Trocando ideias...
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Preste atenção como não é necessário desenhar todo o espaço que será ocupa-
do pela TV. A marcação de um dos cantos já define os outros três. Isso também 
facilita e diminui seu trabalho!
Depois de colocar essa peça, é possível montar o resto do ambiente; a Figura 8 apresen-
ta esse ambiente com todo o mobiliário posicionado, de acordo com o layout escolhido. 
Figura 8 – Dormitório mobiliado
Fonte: Acervo do conteudista
Preste atenção na alteração que a colocação dos móveis provoca no ambiente. 
É claro que é possível perceber essas mudanças também na planta, mas, quando 
utilizamos um modelo físico tridimensional, tanto a visualização como a sensação 
provocada pelos volumes dos móveis é outra, muito mais próxima da impressão 
que seu cliente terá ao entrar no ambiente. Esse é um dos principais motivos pelos 
quais usamos modelos em Design de Interiores.
Vamos, em seguida, executar o mobiliárioda cozinha. Novamente usaremos 
bastante o papel Triplex e o método de dobra para a construção dos volumes. 
Móveis que estão dentro de padrões comerciais, como a geladeira, por exem-
plo, devem ser feitos seguindo as medidas dos fabricantes e dos modelos que 
você escolheu. 
A nossa geladeira, por exemplo, é um modelo pequeno, de 0,70 m x 0,70 m, 
e com 1,80 m de altura; essa peça já está mais fácil de ser executada, certo? Ela 
deve ser feita da mesma forma, isto é, a planificação, o corte e a dobra e, se estiver 
tudo certo, a colagem final. Simples, certo?
Depois disso, faremos os móveis que são projetados especificamente para os 
espaços desse apartamento. Como você sabe, na maior parte dos projetos que 
fazemos, vários móveis são planejados para espaços e usos específicos – aliás, 
veremos como fazer esses móveis de forma bem mais detalhadas mais à frente. 
Por enquanto, continuaremos trabalhando com volumes e formas mais simples, 
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UNIDADE Modelos Volumétricos de Estudo
mas que representem nosso desenho, permitindo a análise e a percepção do 
projeto, como foi possível perceber com a construção das peças do dormitório. 
Nesse projeto, isso significa a mesa e o gabinete da cozinha, o rack na sala e a 
mesa na varanda.
Vamos começar pela cozinha. A primeira peça que construiremos é o gabine-
te. Esse tem 0,60 m de largura por 1,05 m de altura e 1,20 m de comprimento. 
Como é um volume, ele também será representado através de dobras no papel 
Triplex, depois de ser planificado e dobrado. É possível perceber como isso ficará 
mais simples, certo?
Aqui já começamos a entrar na área de estudo de projeto, isto é, podemos fazer 
algumas alterações, variando o desenho desse móvel. O que é possível fazer? Exa-
tamente! Podemos diminuir a altura e deixar essa peça suspensa na parede, como 
faríamos com o mobiliário real. Para isso, basta montar esse objeto com a altura 
de 85 cm e fixá-lo a 20 cm de altura na parede, por exemplo – ou ainda alguma 
variação sobre isso. Você consegue perceber como essa ferramenta vai lhe ajudar 
em várias fases dos seus projetos? Você pode fazer várias mudanças, estudando as 
diferenças que essas alterações fazem.
Nosso próximo trabalho será a mesa da cozinha. Essa é uma mesa vasada, para 
refeições rápidas, que tem 0,55 m de largura por 1,15 m de comprimento e 0,85 m 
de altura; como você imagina que podemos executá-la? Exatamente! Como esse não 
é um móvel fechado, trabalharemos com apenas a dobra do papel Triplex, seguindo 
as medidas que estão na Figura 9.
Figura 9 – Planificação da mesa
Fonte: Acervo do conteudista
Cortaremos uma tira de papel Triplex com a largura da mesa, isso é, 0,55 m. 
Marcaremos as demais medidas para as dobras, ou seja, vamos fazer uma peça 
semelhante a um “U”, mas invertido, desenhando uma vez a altura, despois o 
comprimento e novamente a altura. Essa peça será usada desta forma, como 
mostra a Figura 10.
16
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Figura 10 – A mesa pronta para ser fi xada no lugar
Fonte: Acervo do conteudista
Vamos agora pensar no mobiliário da sala.
O rack da TV tem 2,70 m de comprimento, 0,45 m de largura e 0,30 m de altura. 
Vamos fazer esse móvel suspenso, o que você acha? Como já falamos sobre a bancada 
da cozinha, vamos colocar esse móvel preso à parede. Vamos colocá-lo a 0,30 m de 
altura a partir do chão, que tal?
Como você acha que podemos fazer isso? Isso mesmo! Vamos fazer um gabari-
to, de forma semelhante ao que fizemos para a fixação do televisor no dormitório, 
com a vantagem dessa peça estar encostada em uma das paredes, e por isso esse 
gabarito será apenas uma tira de papel Paraná com a altura necessária. Basta fazer 
a marcação, conforme a Figura 11, e depois fixar as peças prontas com cola – cui-
dado para que a peça não se mova durante a secagem da cola! Lembre-se que a 
cola demora alguns minutos para secar totalmente.
Figura 11 – Gabarito para marcação da altura
Fonte: Acervo do conteudista
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UNIDADE Modelos Volumétricos de Estudo
Vamos agora passar para o sofá. Esse sofá de três lugares tem 0,85 m de pro-
fundidade, sendo que, desse total, devemos descontar 0,15 m relativos ao encosto. 
Ele tem 2,15 m de largura e, desse total, devemos descontar 0,30 m relativos aos 
braços dessa peça (0,15 m para cada um dos braços). A altura do assento é 0,45 m, 
a altura dos braços é de 0,60 m e a altura do encosto é de 0,90 m. 
Faremos quatro volumes de papel Triplex, da mesma forma que temos trabalha-
do. Nesse caso, você precisa prestar bastante atenção nas medidas dessas peças, 
pois, como elas devem se encaixar, a precisão nessa execução é fundamental. Existe 
ainda uma ordem de execução aqui, visando evitar diferenças.
Você executará primeiro o assento do sofá, de acordo com as medidas acima. 
Em seguida, você executará os braços do sofá, que, em uma maquete, são peças 
separadas. depois que todas as peças estiverem secas, você vai montar as três peças 
e conferir a medida final para o corte e para a montagem do encosto. Caso tenha 
ocorrido alguma diferença na medida, não se preocupe, pois, às vezes, essas diferen-
ças acontecem. De qualquer modo, você planificará o encosto do sofá com a largura 
e a altura dada no projeto, mas com o comprimento que você mediu na peça que 
acabou de montar. A Figura 12 indica como o sofá ficará depois de montado. 
Figura 12 – Sofá montado
Fonte: Acervo do conteudista
Lembre-se sempre que a miniatura vai depender do modelo de sofá que você 
escolheu em projeto, ou seja, o desenho desse sofá poderá variar, mas essa forma 
de montagem vai funcionar para a maioria dos modelos.
Vamos agora para a mesa de centro. Como você já imagina, usaremos o mesmo 
método para a construção da mesa. Esse móvel tem 0,50 m de largura por 0,50 m 
de comprimento e 0,30 m de altura. Como nas peças anteriores, você fará a planifi-
cação da peça, com os cortes e vincos, e depois disso a dobra e a colagem.
A mesa lateral tem 0,25 m de largura, 0,50 m de comprimento e 0,60 m de al-
tura. Vamos executar essa peça de maneira semelhante à mesa da cozinha, ou seja, 
uma peça que tem apenas duas dobras e que é semelhante a um “U” invertido.
18
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Finalmente, o último móvel da sala a ser executado é a poltrona. Para manter-
mos o padrão dos outros móveis, representaremos essa poltrona de forma volumé-
trica. Para isso, faremos o assento separado do encosto. 
O assento tem 0,50m de largura, 0,50 m de comprimento e 0,45 m de altura. 
Vamos fazer a planificação, os cortes e as dobras dessa peça como se essa fosse um 
pequeno cubo. Enquanto a cola dessa peça seca, você cortará uma tira de papel 
Triplex com 0,50 m de largura e 0,80 m de comprimento. Quando o cubo estiver 
seco, você fixará essa tira em uma das laterais, simbolizando o encosto da poltrona. 
A Figura 13 apresenta a poltrona pronta.
Figura 13 – Poltrona
Fonte: Acervo do conteudista
Agora precisamos colar os móveis no ambiente. Com o rack já fixado, você co-
lará o sofá, pois você já tem a referência da parede lateral. Depois da secagem da 
cola, você vai colar a mesa de centro e a mesa lateral. Pela planta, é possível per-
ceber que o sofá serve como referência para a colagem desses móveis. Finalmente, 
você vai fixar a poltrona. Sua maquete agora deve estar semelhante à da Figura 14.
Figura 14 – Mobiliário montado nos ambientes
Fonte: Acervo do conteudista
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UNIDADE Modelos Volumétricos de Estudo
Como você está se saindo? As peças vão ficando mais fáceis de serem enten-
didas e construídas, certo? O começo deste trabalho parece bastante complicado, 
mas, à medida que você vai construindo os móveis e desenvolvendo sua visão tri-
dimensional, vai ficando mais simples e rápido. O treino e a persistência que você 
tiver se refletirão no seu trabalho!
Finalmente, vamos fazer os móveis da varanda. Podemos perceber, pela planta, 
que esse ambiente do apartamento é pequeno e possui poucas peças. Começare-
mos pela mesa de trabalho, que está na mesma parede do rack da sala. 
Faremos essa peça semelhante à cozinha da sala, ou seja,apenas uma tira de 
papel Triplex com 0,35 m de largura. Você deverá marcar a altura da mesa com 
0,90 m e o comprimento será o da varanda (em planta, esse comprimento é de 
1,20m, mas, como já foi apontado, você deve sempre conferir essa medida com a 
maquete, já que pode haver alguma diferença).
Depois dessa peça, você fará mais duas poltronas, da mesma maneira que fize-
mos a peça da sala. 
Com essas três peças prontas, falta apenas fixá-las na maquete, de acordo com 
o layout que foi apresentado. Seu modelo está terminado e deve ter ficado seme-
lhante ao da Figura 15. 
Figura 15 – Modelo finalizado
Fonte: Acervo do conteudista
Como você pode ver, é um trabalho complexo, mas apresenta um resultado 
extremamente compensador. Com a prática, seu trabalho ficará cada vez melhor 
e mais rápido!
20
21
Importante!
Você pode deixar prontos os móveis que são planejados para algum ambiente específi -
co, isto é, camas, geladeiras, fogões etc., vinculados a alguma medida padrão. Ou seja, 
você pode executar várias geladeiras de uma vez e deixar essas peças prontas para o 
momento em que elas forem necessárias.
Trocando ideias...
Tenho certeza que você percebeu que não executamos as peças do banheiro, 
certo? Isso acontece porque mudanças na disposição das louças sanitárias são mui-
to complexas de serem feitas e, geralmente, executamos apenas alterações estéti-
cas, ou seja, as opções por determinada linha de louças de algum fabricante, mas 
não alteramos a disposição dessas no ambiente.
Você notou, também, que não executamos as cadeiras desse apartamento. 
Como esses móveis podem ser colocados em qualquer posição no ambiente de 
forma muito rápida, ou seja, eles podem ser colocados embaixo da mesa, na sala 
ou em qualquer outro ambiente, geralmente não são utilizados em maquetes de 
estudo, como a que acabamos de executar.
21
UNIDADE Modelos Volumétricos de Estudo
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Sites
Artesão cearense fatura até R$ 210 mil com produção de Maquete
Reportagem sobre o mercado profissional de maquetes.
https://goo.gl/hllYtt
 Vídeos
Top 7 Maquetes mais Incríveis do Mundo
Este vídeo mostra alguns dos vários tipos de maquetes produzidos.
https://youtu.be/mazqLxZyo-E
 Leitura
Maquetes: o Estado da Arte
Esta tese disserta sobre a história das maquetes e qual pode ser o futuro desse tipo 
de representação:
https://goo.gl/3hgdm8
22
23
Referências
CONSALEZ, L.; BERTAZZONI, L. Maquetes. A Representação do Espaço no 
Projeto Arquitetônico. 2. ed. São Paulo: Ed. Gustavo Gilli, 2015.
KNOLL, W. Maquetes Arquitetônicas. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
MILLS, C. Projetando com Maquetes. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 2007.
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