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UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI KASSIA RUBIA VIANA GULAR BATMAN MATRÍCULA: 2021111956 COMUNICAÇÃO A1 - ATIVIDADE PRÁTICA SÃO PAULO 2021 TEMA: Ao longo da unidade estudamos sobre os gêneros discursivos e como eles afetam diretamente as relações humanas e de comunicação no que diz respeito ao uso da língua. Sabemos que diversos fatores influenciam diretamente na maneira como um indivíduo se comunica, e isso varia de acordo com sua cultura, criação, meio em que vive, situação, classe econômica e nível de escolaridade. O Brasil é um país de grande extensão e, dessa forma, permite que exista uma grande pluralidade de povos. Estes, mesmo falantes da Língua Portuguesa, continuam tendo suas próprias maneiras de falá-las ou expressá-las. Sabemos ainda que os gêneros discursivos sofrem variações quanto ao uso da língua formal ou informal. Um mesmo indivíduo pode abarcar em sua comunicação diferentes variações, como, por exemplo, quando este tem que se expressar durante uma reunião de trabalho (língua formal) ou em uma comemoração com amigos (língua informal). Diante deste contexto, identifique diferentes gêneros discursivos presentes na nossa língua e como eles se transformam de acordo com o emprego em diferentes contextos sociais e geográficos de comunicação, verificando em qual campo estes gêneros se alocam mais tipicamente, se no formal ou no informal. A partir dessa reflexão, então, eleja uma região do Brasil e cite alguns exemplos de atos de preconceito linguístico que os povos da região sofrem e o que isso reflete na em sua vivência e comunicação na sociedade, articulando com sua exposição acerca dos gêneros discursivos. Resposta. Segundo o professor, filósofo e lingüista Marcos Bagno, preconceito de linguagem é todo julgamento de valor negativo de uma língua de menor prestígio na sociedade, e está relacionado diretamente a outros preconceitos (regionais, culturais, socioeconômicos, etc). No Brasil, esse preconceito atinge principalmente as regiões mais pobres e os grandes centros urbanos do país. Em nosso país, este preconceito se apresenta em dois âmbitos, no regional e no socioeconômico. No âmbito regional, é comum que os agentes estejam em grandes centros populacionais, como Sudeste e Sul, que por sua vez tem sua cultura, mídia e economia monopolizadas. As pessoas que sofrem esse preconceito, geralmente, vivem nas regiões mais desfavorecidas (como Nordeste, Norte e Centro-Oeste). No âmbito socioeconômico, o preconceito linguístico vai da elite econômica para as classes mais pobres e por isso é considerado um dos pilares de manutenção da divisão de classes no Brasil. Em Minas Gerais e na Bahia, por exemplo, os verbos no gerúndio costumam ser pronunciados sem o “d” final e substituindo o som de “o” pelo de “u”: pensanu, sentinu, fazenu. Sem alteração na grafia, essa forma de comunicação é de fácil entendimento pela comunidade e não tem motivo para humilhar quem fala dessa forma. Outro caso ocorre com o “r”: ele pode ser pronunciado mais seco, como o dos cariocas, ou mais “puxado”, como o dos goianos. Ambas as formas estão corretas e configuram uma variação fônica. Não existe forma errada de falar desde que se entenda a mensagem que o emissor está transmitindo, não tem motivos para ter preconceito, ridicularizar ou rotular pessoas que falam de forma diferente no que diz respeito a norma culta, precisamos ter o cuidado de entender a necessidade linguística do outro e ensinar ao invés de julgar.
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