Buscar

UAM Comunicação - Atividade 1 (A1)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 
Érico Vinícius Cavalcanti 
UAM online – Graduação em Estatística 
Aluno: Érico Vinícius Cavalcanti Matrícula: 2019222364 Data: 23/11/2020 
LEG2042 – Comunicação – Unidade 1 / ATIVIDADE 1 (A1) 
Proposta do Exercício 
Ao longo da unidade estudamos sobre os gêneros discursivos e como eles 
afetam diretamente as relações humanas e de comunicação no que diz respeito ao 
uso da língua. Sabemos que diversos fatores influenciam diretamente na maneira 
como um indivíduo se comunica, e isso varia de acordo com sua cultura, criação, 
meio em que vive, situação classe econômica e nível de escolaridade. 
O Brasil é um país de grande extensão e, dessa forma, permite que exista 
uma grande pluralidade de povos. Estes, mesmo falantes da Língua Portuguesa, 
continuam tendo suas próprias maneiras de falá-las ou expressá-las. 
Sabemos ainda que os gêneros discursivos sofrem variações quanto ao uso 
da língua formal ou informal. Um mesmo indivíduo pode abarcar em sua 
comunicação diferentes variações, como, por exemplo, quando este tem que se 
expressar durante uma reunião de trabalho (língua formal) ou em uma 
comemoração com amigos (língua informal). 
Diante deste contexto, identifique diferentes gêneros discursivos presentes 
na nossa língua e como eles se transformam de acordo com o emprego em 
diferentes contextos sociais e geográficos de comunicação, verificando em qual 
campo estes gêneros se alocam mais tipicamente, se no formal ou no informal. 
A partir dessa reflexão, então, eleja uma região do Brasil e cite alguns 
exemplos de atos de preconceito linguístico que os povos da região sofrem e o 
que isso reflete na em sua vivência e comunicação na sociedade, articulando com 
sua exposição acerca dos gêneros discursivos. 
 
 
2 
Érico Vinícius Cavalcanti 
Resposta 
Gênero discursivo, por definição, é qualquer forma de se estabelecer 
comunicação entre pessoas. O gênero discursivo se adapta a situação da 
comunicação podendo ser formal ou informal. Nos gêneros formais podemos 
posicionar os discursos de chefes de estado, livros didáticos, notícias de jornais e 
revistas, publicações acadêmicas, uma entrevista de emprego para cargos mais 
importantes, boletins oficiais dos governos, documentos empresariais, e muitas 
outras formas de comunicação que exigem maior rigor linguístico. Por outro lado, 
quando se trata de gêneros discursivos informais podemos citar, por exemplo, as 
mensagens trocadas em aplicativo dentro de um grupo de amigos, um telefonema 
para nossos pais, um e-mail para convidar seus primos para a festa de fim de ano 
em sua casa, um artigo em um blog de humor, a estória contada por seu avô no 
café da tarde, um bilhete deixado por seu marido ou esposa, e muitas outras formas 
de comunicação que, diferentemente de um comunicação formal, não exige um 
regramento linguístico rigoroso. 
Devido à grande extensão territorial de nosso país, a formação de blocos 
linguísticos específicos se mostra muito mais evidente do que em outros países 
menores como a Alemanha ou a França, que possuem sotaques e gírias locais, 
mas não são tão acentuados como vemos no Brasil. No Brasil, também temos a 
questão do imigrante que trouxe características linguísticas especificas para as 
áreas de concentração desses povos em nosso país. Cada região do país fala e 
escreve o seu português característico e isso dá ao Brasil sua pluralidade 
linguística bem conhecida. É possível identificar a origem de uma pessoa apenas 
pelo seu modo de falar e isso acaba se tornando um grave problema quando se 
imputa preconceito ao modo que uma pessoa fala. 
No Brasil temos dezesseis dialetos ou sotaques reconhecidos, entre eles o 
do interior de São Paulo temos o sotaque caipira caracterizado principalmente 
pelo erre (R) bem destacado dentro das palavras, os povos do sulistas tem seu 
3 
Érico Vinícius Cavalcanti 
falar cantado como característica, os fluminenses são marcados pelo esse (S) 
chiado nas palavras, o povo da Bahia com seu típico modo de falar de forma mais 
pausado, o Recifense, que por experiência própria de um caipira do interior de 
São Paulo, soa quase como um outro idioma se o ouvinte não tiver o mínimo de 
vivência local, enfim, a linguística brasileira é grande demais para ser detalhado 
em um parágrafo de texto do gênero discursivo formal. 
Buscando agora uma região para concentrar o estudo do preconceito 
linguístico, que por definição é, segundo o professor, linguista e filólogo Marcos 
Bagno, todo juízo de valor negativo (de reprovação, de repulsa ou mesmo de 
desrespeito) às variedades linguísticas de menor prestígio social. Normalmente, 
esse prejulgamento dirige-se às variantes mais informais e ligadas às classes 
sociais menos favorecidas, as quais, via de regra, têm menor acesso à educação 
formal ou têm acesso a um modelo educacional de qualidade deficitária (Bagno, 
M. Preconceito Linguístico: o que é, como se faz (1999) ), podemos utilizar o 
povo região sudeste quando se refere ao povo da região nordeste. 
O preconceito linguístico do sudestino contra o nordestino é mais 
perceptível no gênero discursivo falado seja ele forma ou informal. A região 
nordeste, no passado recente, foi uma região pobre e que obrigou muitos a buscar 
oportunidades no Sudeste, este movimento trouxe pessoas de origem simples, que 
não tinham conhecimento linguístico devido à baixa escolaridade para realizar os 
trabalhos vistos como os mais rebaixados na sociedade. O nordestino tinha o 
Sudeste como um escape para melhorar as condições de vida, que por muitas 
vezes não acontecia e muito dessa gente não conseguiu prosperar e nem mesmo 
teve condições de voltar para sua origem. A população do sudeste rapidamente 
passou a culpabilizar os nordestinos pelos problemas sociais que surgiram, pois é 
bem mais fácil colocar a culpa na ponta mais frágil da sociedade do que realmente 
resolver o problema. 
4 
Érico Vinícius Cavalcanti 
Por fim, todo esse histórico serviu para criar nas sociedades do sudeste o 
preconceito com os dialetos ou sotaques nordestinos, isto é, o nordestino em geral 
é visto como alguém iletrado, como alguém preguiçoso quando se trata de alguém 
com sotaque baiano, e no caso dos ambientes empresariais, como pessoas que 
deveriam estar fora dos cargos que ocupam apenas pelo modo de falar.

Outros materiais