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Manual de Formação de Comissário de Voos - Nascidos para Voar

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NASCIDOS PARA VOAR 
 
MANUAL DE FORMAÇÃO DO COMISSÁRIO DE VÔO Página 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Estudar é o 
meio 
mais próximo 
de 
enxergar o 
futuro, 
o binóculo dos 
seus sonhos.” 
 
NASCIDOS PARA VOAR 
 
MANUAL DE FORMAÇÃO DO COMISSÁRIO DE VÔO Página 2 
 
 
AVIAÇÃO CIVIL 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DE FORMAÇÃO DO 
COMISSÁRIO DE VÔO 
 
 
 
 
 
DECOLANDO SONHOS 
 
 
DISCIPLINA: CONHECIMENTOS BÁSICOS SOBRE 
AERONAVES 
 
CONHECIMENTOS TÉCNICOS DE AERONAVES 
 
 
 
CRONOGRAMA DE ESTUDOS PARA BANCA ANAC 
CONFORME MCA5811 (MANUAL DO CURSO DE COMISSÁRIO DE VÔO – ANAC) 
 
 
 
Montagem e edição: Josué Gomes de Faria 
NASCIDOS PARA VOAR 
 
MANUAL DE FORMAÇÃO DO COMISSÁRIO DE VÔO Página 3 
 
 
MANUAL DE FORMAÇÃO DO COMISSÁRIO DE BORDO 
DISCIPLINA: CONHECIMENTOS BÁSICOS SOBRE 
AERONAVES 
 
 
MCA5811 – Manual do Curso Comissário de bordo - 7.3.6 
 
Área curricular: Técnica 
Ementa : • Conhecimentos técnicos sobre aeronaves. 
 
CONHECIMENTOS TÉCNICOS SOBRE 
AERONAVES 
 
OBJETIVOS ESPECÍFICOS DA PROVA 
 
• Definir aeronave segundo o Art. 106 do Código Brasileiro de Aeronáutica 
(CBA). 
• Definir aeródino. 
• Definir aeróstato. 
• Definir fuselagem. 
• Classificar as fuselagens quanto ao tipo de estrutura. 
• Relacionar cada tipo de fuselagem com suas respectivas características 
principais. 
• Identificar cada tipo de fuselagem. 
• Definir empenagem. 
• Identificar cada um dos componentes da empenagem. 
• Identificar a empenagem na estrutura da aeronave. 
• Definir grupo motopropulsor. 
• Classificar as aeronaves quanto ao número de motores. 
• Identificar as aeronaves pelo número de motores. 
• Classificar as aeronaves quanto ao tipo de motor. 
• Identificar as características principais das aeronaves com motores 
convencionais. 
• Identificar as características principais da aeronave turbojato, da aeronave 
turbofan e da aeronave turboélice. 
• Definir trem de pouso. 
• Classificar os trens de pouso quanto ao tipo de superfície de operação. 
• Identificar trem de pouso litoplano. 
• Identificar trem de pouso hidroplano. 
• Identificar trem de pouso anfíbio. 
• Classificar os trens de pouso quanto à fixação. 
• Identificar trem de pouso fixo. 
• Identificar trem de pouso retrátil. 
• Identificar trem de pouso escamoteável. 
• Classificar os trens de pouso quanto à posição da roda auxiliar (bequilha). 
• Identificar trem de pouso convencional. 
NASCIDOS PARA VOAR 
 
MANUAL DE FORMAÇÃO DO COMISSÁRIO DE VÔO Página 4 
 
• Identificar trem de pouso triciclo. 
• Definir asa da aeronave. 
• Identificar cada um dos componentes da asa. 
• Definir envergadura da asa. 
• Classificar as aeronaves quanto ao número de planos da asa. 
• Identificar aeronave monoplana. 
• Identificar aeronave biplana. 
• Identificar aeronave triplana. 
• Classificar as aeronaves quanto à posição da asa em relação à fuselagem. 
• Identificar aeronave de asa baixa. 
• Identificar aeronave de asa média. 
• Identificar aeronave de asa alta. 
• Identificar aeronave de asa parassol. 
• Classificar as aeronaves quanto à fixação da asa na fuselagem. 
• Identificar aeronave com asa semicantilever. 
• Identificar aeronave com asa cantilever. 
• Definir superfícies de comando primárias. 
• Relacionar cada tipo de superfície de comando primária com suas respectivas 
características principais. 
• Identificar, nas aeronaves, cada tipo de superfície de comando primária. 
• Definir superfícies de comando secundárias. 
• Relacionar cada tipo de superfície de comando secundária com suas 
respectivas características principais. 
• Identificar, nas aeronaves, cada tipo de superfície de comando secundária. 
 
 
SUBUNIDADES DE ESTUDOS PARA PROVA 
1.1 Aeronave – Definição conforme o Art. 106 do Código Brasileiro de 
Aeronáutica 
(CBA) (revisão) 
 
1.2 Aeródino e aeróstato – Definições 
 
1.3 Principais componentes estruturais da aeronave 
 
1.3.1 Fuselagem 
1.3.1.1 Definição 
1.3.1.2 Classificação quanto aotipo de estrutura: longarina ou tubular, 
monocoque e semi-monocoque – Características principais de cada uma. 
 
1.3.2 Empenagem 
1.3.2.1 Definição 
1.3.2.2 Componentes 
1.3.2.2.1 Superfície horizontal: estabilizador horizontal e leme de profundidade 
(profundor) 
1.3.2.2.2 Superfície vertical: estabilizador vertical (deriva) e leme de direção 
(leme) 
 
1.3.3 Grupo motopropulsor 
NASCIDOS PARA VOAR 
 
MANUAL DE FORMAÇÃO DO COMISSÁRIO DE VÔO Página 5 
 
1.3.3.1 Definição 
1.3.3.2 Classificação da aeronave quanto ao número de motores: monomotora 
e 
multimotora 
1.3.3.3 Classificação da aeronave quanto ao tipo de motor 
1.3.3.3.1 Aeronaves com motores convencionais – Características principais 
1.3.3.3.2 Aeronaves com motores a reação: turbojato, turbofan e turboélice – 
Características principais 
 
1.3.4 Trem de pouso 
1.3.4.1 Definição 
1.3.4.2 Classificação quanto ao tipo de superfície de operação: litoplano, 
hidroplano e anfíbio 
1.3.4.3 Classificação quanto à fixação: fixo, retrátil e escamoteável 
1.3.4.4 Classificação quanto à posição da roda auxiliar (bequilha): convencional 
e triciclo 
 
1.3.5 Asa 
1.3.5.1 Definição 
1.3.5.2 Componentes: extradorso (dorso), intradorso (ventre), bordo de ataque, 
bordo de fuga, raiz da asa, ponta de asa 
1.3.5.3 Envergadura – Definição 
1.3.5.4 Classificação da aeronavequanto ao número de planos da asa: 
monoplana, biplana e triplana 
1.3.5.5 Classificação da aeronavequanto à posição da asa em relação à 
fuselagem: de asa baixa, de asa média, de asa alta e de asa parassol 
1.3.5.6 Classificação da aeronave quanto à fixação da asa na fuselagem: com 
asa semicantilever e com asa cantilever 
 
1.4 Superfícies de comando primárias 
 
1.4.1 Definição 
1.4.2 Tipos: ailerons, profundor e leme – Características principais de cada tipo 
 
1.5 Superfícies de comando secundárias 
 
1.5.1 Definição 
1.5.2 Tipos: compensadores, hipersustentadores e spoilers– Características 
principais de cada tipo 
1.5.2.1 Tipos de hipersustentadores: flapes, stats e slots – Características 
principais de cada tipo 
 
 
 
OBS.: Observem onde estão marcados sublinhados, 
pois são dicas de prova 
 
NASCIDOS PARA VOAR 
 
MANUAL DE FORMAÇÃO DO COMISSÁRIO DE VÔO Página 6 
 
CONHECIMENTOS BÁSICOS DE AERONAVES 
 
INTRODUÇÃO 
 
Estudos de conhecimentos básicos de aeronaves voltadas para 
formação do Comissário de Vôo, das Partes das aeronaves, 
classificações, motores, sistemas, das formas das aeronaves, 
alojamento de componentes e suas diferentes partes destinadas a 
cumprir a cada uma determinada função. 
 
 
 
NASCIDOS PARA VOAR 
 
MANUAL DE FORMAÇÃO DO COMISSÁRIO DE VÔO Página 7 
 
CONHECIMENTOS 
TÉCNICOS DE 
AERONAVES 
 
Definição de Aeronave 
 
A Definição conforme o Art. 106 do 
Código Brasileiro de Aeronáutica 
(CBA) LEI Nº 7.565, DE 19 DE 
DEZEMBRO DE 1986. Considera-
se aeronave todo aparelho 
manobrável em vôo, que possa 
sustentar-se e circular no espaço 
aéreo, mediante reações 
aerodinâmicas,apto a transportar 
pessoas ou coisas. 
 
 
 
 O que estudar? 
1 - Definição de Aeronave conforme 
o Art. 106 
 
CLASSIFICAÇÃO DAS 
AERONAVES 
As aeronaves são classificadas 
como aparelhos mais leves que o ar 
e os mais pesados que o ar e 
dividem-se em duas categorias: 
Aeróstatos e Aeródinos. 
 
 AERÓSTATOS 
Aeróstatos é o nome dado às 
aeronaves mais leves que o ar. Elas 
se sustentam no ar baseados no 
Princípio de Arquimedes: 
"Todocorpo mergulhado num fluido 
(líquido ou gás) sofre, por parte do 
fluido, uma força vertical para cima 
(empuxo), cuja intensidade é igual ao 
peso do fluido deslocado pelo corpo". 
Basicamente existem dois tipos de 
aeróstatos – Balões e Dirigíveis 
 
 
 
 
 
 Aerodinos 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aeróstatos 
NASCIDOS PARA VOAR 
 
MANUAL DE FORMAÇÃO DO COMISSÁRIO DE VÔO Página 8 
 
Os Balões são aeróstatos que não 
possuem propulsão própria, eles 
permanecem no ar, devido à sua 
flutuabilidade. Um balão viaja 
impulsionado pelo vento consoante 
a sua direção e intensidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Existem balões de vôo livre, em que 
a deslocação é feita através da 
impulsão externa das correntes 
atmosféricas, e balões cativos que 
não se deslocam estando 
permanente presos ao solo. 
 
 
 
 
 
 
 
Há três tipos principais de balões: 
 
 Balões de ar quente: obtêm 
seu poder de flutuação 
através do aquecimento do ar 
em temperatura ambiente. 
Eles são os tipos de balões 
mais comuns atualmente. 
 Balão a gás: são balões 
enchidos com um gás não 
aquecido tal como 
Hidrogênio, Hélio, Amônia e 
Gás de carvão. 
 Balões de Rozier: utilizam 
ambos gases aquecidos e 
não aquecidos para subir. 
O mais comum uso moderno 
desse tipo de balão é em 
recordes de vôos a longa 
distância tais como as 
recentes circunavegações 
em balões. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Um balão de ar quente 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Logo, quando o piloto de um balão 
aciona o queimador aquece o ar 
que está dentro do balão. Como a 
densidade deste ar aquecido fica 
menor que a do ar ao redor, fora do 
balão, isto gera um empuxo, que é 
uma força para cima, a qual 
sustenta o balão. Esta sustentação 
gerada é dita ESTÁTICA, por isto 
são chamados Aeróstatos (ar + 
statos, de estático). 
NASCIDOS PARA VOAR 
 
MANUAL DE FORMAÇÃO DO COMISSÁRIO DE VÔO Página 9 
 
Os Dirigíveis são aeróstatos com 
propulsão própria, sustentam-se 
através de uma grande cavidade 
que é preenchida com um gás 
menos denso que o ar atmosférico, 
como por exemplo, o gás hélio ou 
mesmo o inflamável gás hidrogênio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Antigamente eram chamados de 
"balões dirigíveis", da palavra 
dirigible, significando "controlável" 
ou "navegável". Isso foi resumido 
para "dirigível" e com o passar do 
tempo esse termo continuou sendo 
usado. Os balões Distinguem-se de 
um dirigível, pois os dirigíveis que 
também é uma aeronave flutuante, 
possuem meios mecânicos de 
propulsão e direção através de um 
leme. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os dirigíveis usam gás represado 
em compartimentos, com densidade 
menor que o ar ao redor, que 
elevam uma cabine de tripulantes 
e/ou passageiros, com maior 
dirigibilidade que o balão, pois além 
de subir e descer pode mudar de 
direção utilizando um leme de 
direção e possuem motor para os 
deslocamentos a frente. 
 
Os dirigíveis são divididos em: 
 
 Dirigíveis rígidos - 
Totalmente construído com 
estruturas rígidas, mantendo 
assim seu formato com ou 
sem gás no seu interior. 
 Dirigíveis semi-rígidos - a 
forma deste dirigível é 
mantida pelo invólucro de 
bolsa de gás e parte por uma 
amarração que reforça esta 
bolsa longitudinalmente. 
 Dirigíveis não rígidos - a 
forma deste dirigível é 
mantida pelo invólucro de 
bolsa de gás. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 O que estudar? 
1 – Definição de aeróstato 
 
 AERÓSTATOS - são os 
balões e dirigíveis - são 
aeronaves mais leves que o 
ar baseados no principio de 
Arquimedes (que vamos 
estudar em teoria de vôo, 
pois desse principio que vem 
o conceito de empuxo) 
 Os dirigíveis possuem 
propulsão própria e um leme 
de direção. 
NASCIDOS PARA VOAR 
 
MANUAL DE FORMAÇÃO DO COMISSÁRIO DE VÔO Página 10 
 
 AERÓDINOS 
 
Aeródinos são aeronaves mais pesadas que o ar e que voam baseadas na 3ª 
Lei de Newton: 
 
“A toda ação imposta a um corpo, corresponde 
a uma reação de igual intensidade e direção, 
porém no sentido oposto” 
 
 
 
e no princípio de Bernoulli: 
 
 
 
 
 
 
 
“Em um fluido em movimento, quando a velocidade aumenta, a pressão estática 
diminui”. 
 
 
 
 
 
 
 
Alguns Exemplos de aeródinos são: 
 Autogiro (ou girocóptero) 
 Avião (ou aeroplano) 
 Avrocar - projeto de um 
aeródino circular 
desenvolvido pelo Canadá 
durante a Guerra Fria a 
pedido do governo dos 
Estados Unidos da América. 
NASCIDOS PARA VOAR 
 
MANUAL DE FORMAÇÃO DO COMISSÁRIO DE VÔO Página 11 
 
 Convertiplano – Helicóptero-
avião - é um aeródino 
motopropulsor híbrido que, 
por ser dotado de asas fixas 
e também de asas rotativas, 
é capaz de assumir uma 
"configuração de helicóptero" 
(para obter sustentação nas 
asas rotativas) e também 
converter-se a uma 
"configuração de avião" (para 
obter sustentação nas asas 
fixas). As asas rotativas são 
acionadas por motores. - 
Bell Boeing V-22 Osprey 
 Ecranoplano - foi projetado 
para movimentar-se voando 
a poucos metros de altura 
sobre uma superfície plana, 
geralmente aquática, sem ser 
detectado pelos radares 
inimigos, aproveitando o 
chamado efeito solo. 
 Helicóptero 
 Motoplanador 
 Ornitóptero 
 Planador 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exemplos de Aerodinos 
 O que devo estudar? 
 1 - Definição de Aerodinos 
 Aerodinos são aeronaves mais pesadas que o ar e 
que voam baseadas na 3ª Lei de Newton e no 
princípio de Bernoulli 
NASCIDOS PARA VOAR 
 
MANUAL DE FORMAÇÃO DO COMISSÁRIO DE VÔO Página 12 
 
ESTRUTURAS DE 
AERONAVES 
 
Em estruturas de aeronave de asa 
fixa é divido em cinco partes 
principais - fuselagem, asas, 
estabilizadores, superfícies de 
controle e trem de pouso, mas 
também existem vários sistemas e 
dispositivos. A fuselagem de 
helicóptero consiste da célula, rotor 
principal e caixa de engrenagens de 
redução (gearbox), rotor de cauda 
(em helicópteros com apenas um 
rotor principal) e trem de pouso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estrutura de Aeronave asa fixa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estrutura de aeronave asa rotativa: helicóptero 
 
 
FUSELAGEM 
 
A fuselagem é a estrutura principal 
ou o corpo da aeronave. Ela provê 
espaço para a carga, controles, 
acessórios, passageiros e outros 
equipamentos. Em aeronaves 
monomotoras é a fuselagem que 
também abriga o motor. Em 
aeronaves multi-motoras os motores 
podem estar embutidos na 
fuselagem, podem estar fixados à 
fuselagem ou suspensos pelas 
asas. Elas variam, principalmente 
NASCIDOS PARA VOAR 
 
MANUAL DE FORMAÇÃO DO COMISSÁRIO DE VÔO Página 13 
 
em tamanho e arranjo dos 
diferentes compartimentos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O que devo estudar? 
 
1 - Definição de fuselagem: A 
fuselagem é a estrutura principal 
ou o corpo da aeronave.Ela 
provê espaço para a carga, 
controles, acessórios, 
passageiros e outros 
equipamentos. 
 
 
CLASSIFICAÇÃO QUANTO 
AO TIPO DE FUSELAGEM 
 
 
Existem 3 tipos gerais de 
construção de fuselagens: treliça ou 
tubular, monocoque e semi 
monocoque. 
 
 FUSELAGEM TRELIÇA 
OU TUBULAR 
 
A fuselagem treliça ou tubular 
consiste de uma armação rígida 
feita de membros como vigas, 
montantes e barras que resistem à 
deformação gerada pelas cargas 
aplicadas de estresses estruturais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aeronave com fuselagem tubular 
paulistinha Neiva P-56 
 
Em modo mais simples é feita por 
tubos de aços soldados, que podem 
conter cabos de aços esticados 
para suportar o esforço de tração. A 
fuselagem tipo treliça é geralmente 
revestidas por telas
 
 
 
 
 
 
 
 
 Estrutura de uma aeronave com 
 fuselagem treliça/ 
tubular 
 
 
 
 
 
 
NASCIDOS PARA VOAR 
 
MANUAL DE FORMAÇÃO DO COMISSÁRIO DE VÔO Página 14 
 
 FUSELAGEM 
MONOCOQUE 
 
A fuselagem tipo monocoque 
(revestimento trabalhante), baseia-
se largamente na resistência do 
revestimento para suportar os 
estresses primários. Lança mão de 
perfis, cavernas e paredes para dar 
formato à fuselagem, porém é o 
revestimento que suporta os 
estresses primários. Sendo então 
Composta por anéis (os anéis dão o 
formato de cavernas) e 
revestimento externo (placas de 
alumínio). Uma vez que não há 
esteios ou estais e longarinas, o 
revestimento deve ser forte o 
bastante para manter a fuselagem 
rígida. Sendo assim, o maior 
problema envolvido na construção 
monocoque é manter uma 
resistência suficiente, mantendo o 
peso dentro de limites aceitáveis. 
 
Para superar o problema 
resistência/peso da construção 
monocoque, uma modificação 
denominada semi-monocoque foi 
desenvolvida. Em adição aos perfis, 
cavernas e paredes, a construção 
semi-monocoque possui membros 
longitudinais que reforçam o 
revestimento, longarinas. A célula 
reforçada é revestida por uma 
estrutura completa demembros 
estruturais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aeronave com fuselagem 
monocoque -Yakoklev Yak6 
 
 FUSELAGEM SEMI-
MONOCOQUE 
A fuselagem semi-monocoque é 
construída primariamente de ligas 
de alumínio e magnésio, apesar de 
encontrarmos aço e titânio em áreas 
expostas a altas temperaturas. As 
vigas de reforço são menores e 
mais leves que as longarinas e 
servem como preenchimentos. É 
composta por cavernas (As 
cavernas são anéis metálicos que 
dão formato aerodinâmico à 
NASCIDOS PARA VOAR 
 
MANUAL DE FORMAÇÃO DO COMISSÁRIO DE VÔO Página 15 
 
fuselagem), longarinas e 
revestimento metalico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Elas possuem alguma rigidez, mas 
são principalmente usadas para dar 
forma e para fixar o revestimento. 
 
As fortes e pesadas longarinas 
prendem as paredes e as falsas 
nervuras, e estas, por sua vez, 
prendem as vigas de reforço. Tudo 
isso junto forma a estrutura rígida 
da fuselagem. Há inúmeras 
vantagens em se usar uma 
fuselagem semi-monocoque. As 
paredes, cavernas, vigas de reforço 
e longarinas facilitam o desenho e a 
construção de uma fuselagem 
aerodinâmica, e aumentam a 
resistência e rigidez da estrutura. A 
principal vantagem, contudo, reside 
no fato de que ela não depende de 
uns poucos membros para 
resistência e rigidez. Isso significa 
que uma fuselagem semi-
monocoque, devido a sua 
construção, pode suportar danos 
consideráveis e ainda ser forte o 
suficiente para se manter unida. O 
revestimento metálico é rebitado às 
longarinas, paredes e outros 
membros estruturais, e suporta 
parte do esforço. Por isso é 
empregada nas aeronaves 
atualmente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Parte fuselagem Boeing 787 Dreamliner 
 
 O que devo estudar? 
1- Definição de fuselagem; 
 2 - Relacionar cada tipo de fuselagem com suas respectivas 
características principal; 
3 - Identificar cada tipo de fuselagem; 
NASCIDOS PARA VOAR 
 
MANUAL DE FORMAÇÃO DO COMISSÁRIO DE VÔO Página 16 
 
4 - Classificação quanto ao tipo de estrutura: treliça ou tubular, monocoque e 
semi-monocoque – Características principais de cada uma: 
 
 A fuselagem treliça ou tubular é feita de tubos de 
aços soldados e revestida por tela. 
 A fuselagem tipo monocoque é composta por anéis 
(os anéis dão o formato de cavernas) e revestimento 
externo (placas de alumínio). 
 A fuselagem semi-monocoque é composta por 
cavernas (As cavernas são anéis metálicos que dão 
formato aerodinâmico à fuselagem), longarinas e 
revestimento metálico. 
 A diferença da Semi-monocoque para a monocoque é 
as longarinas, a monoque não possui longarinas 
 Toda vez que você ver a palavra “SEMI” significa 
reforço, suporte ou montante: Semi-monocoque( 
fuselagem reforçada, que no caso reforçadas pelas 
longarinas) 
 
EMPENAGEM 
A empenagem é a parte da 
estrutura da aeronave na parte 
terminal da fuselagem, região 
traseira da aeronave. Ela é 
constituída por dois estabilizadores 
cujo objetivo é estabilizar a 
aeronave tanto vertical como 
horizontalmente, ou seja, sendo ela 
responsável pela estabilidade 
longitudinal e direcional do avião. O 
estabilizador vertical na qual contém 
o leme de direção que orienta a 
aeronave para a esquerda ou direita 
e o estabilizador 
 
 
 
 
 
 
horizontal que contem o profundor 
ou leme de profundidade na qual 
controla o movimento de subida ou 
descida da aeronave. 
 ESTABILIZADOR 
VERTICAL 
O estabilizador vertical tem a função 
de estabilizar a aeronave 
verticalmente, nela esta fixada o 
leme de direção que é uma 
estrutura móvel que controla o 
movimento da aeronave para a 
esquerda ou direita. O controle 
deste estabilizador é efetuado pelo 
piloto através dos pedais situados 
debaixo do painel de instrumentos 
(cockipt). 
 
 
 
 
 
NASCIDOS PARA VOAR 
 
MANUAL DE FORMAÇÃO DO COMISSÁRIO DE VÔO Página 17 
 
 ESTABILIZADOR 
HORIZONTAL 
O estabilizador horizontal tem a 
função de estabilizar a aeronave 
horizontalmente, nele esta fixado o 
profundor ou leme de profundidade, 
e controla o movimento do avião 
para cima ou para baixo, ou a sua 
subida ou descida (Cabrar ou 
Picar). O controle deste 
estabilizador é efetuado 
empurrando (movimento de descida 
do avião), ou puxando (movimento 
de subida do avião), a manche. 
 
 
 
 
 
 
TIPOS DE EMPENAGEM 
Quanto ao tipo ou classificação de empenagens são: 
 Convencional 
 em “T”. – em cruz ou cruciforme 
 em “V”. – em “V” invertidO - Butterfly. 
 Dupla 
Empenagem convencional: Onde 
os estabilizadores horizontais então 
na parte final da fuselagem e o 
estabilizador vertical localiza-se na 
fuselagem. 
Empenagem T: Esta empenagem 
em forma de T onde os 
estabilizadores horizontais estão na 
parte superior do estabilizador 
vertical. 
Empenagem V: Esta empenagem 
é um pouco mais complicada de 
todas. Existe um estabilizador 
vertical e uma horizontal distinta, em 
vez disso, há duas superfícies de 
controle dispostos em forma de um 
V e o ângulo em queestas 
superfícies são decompostos 
permitindo-lhes as forças 
aerodinâmicas de modo que a sua 
resultante são equivalentes aos 
gerada por um leme e um de 
 
 
 
 
 
 
 
profundidade. Essas superfícies 
podem ser comandadas, ambas 
para baixo ou para cima, ao mesmo 
tempo. Quando utilizadas dessa 
forma, o resultado é o mesmo que 
seria obtido com qualquer outro tipo 
de profundor. Esse comando é 
executado através do manche. Esse 
tipo de empenagem são chamados 
tecnicamente de "ruddervators" e 
podem ser comandado em sentidos 
NASCIDOS PARA VOAR 
 
MANUAL DE FORMAÇÃO DO COMISSÁRIO DE VÔO Página 18 
 
opostos um ao outro, empurrando - 
o pedal do leme direito ou esquerdo. 
Se o pedal do leme direito for 
empurrado, a superfície direita se 
move para baixo e a esquerda para 
cima. Isso produz um movimento de 
rotação que moverá o nariz da 
aeronave para a direita ou 
esquerda. 
Empenagem Dupla - A cauda 
dupla normalmente é utilizada como 
forma de se posicionar o 
estabilizador vertical fora da esteira 
de vórtices principalmente em 
elevados ângulos de ataque. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 LEME DE DIREÇÃO 
 
O leme é um dispositivo de controle 
de direção de embarcações ou 
aeronaves. O princípio de 
funcionamento consiste em desviar 
o fluxo do fluido, seja água no caso 
de navios e ar no caso de 
aeronaves, de modo a que através 
de um par ação/reação conseguir 
girar o navio ou aeronave para a 
posição pretendida. 
 
Sendo a empenagem com função 
de estabilizar a Aeronave e Além da 
importância enorme dos 
estabilizadores, o leme de direção 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
também tem o seu papel 
fundamental para que esse vôo 
esteja estabilizado com a função de 
dar direção a aeronave e ao vôo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O leme esta fixado na parte 
posterior do estabilizador vertical. 
Sendo comandado por pedais, que 
ao pisar no pedal direito, o avião 
vira para a direita e vice-versa. 
NASCIDOS PARA VOAR 
 
MANUAL DE FORMAÇÃO DO COMISSÁRIO DE VÔO Página 19 
 
Este comando é responsável pelo 
movimento em torno do eixo vertical 
(movimento de guinada). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ao pisar no pedal esquerdo, 
aeronave vira para a esquerda
Ao pisar no pedal direito, a 
aeronave vira para a direita 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NASCIDOS PARA VOAR 
 
MANUAL DE FORMAÇÃO DO COMISSÁRIO DE VÔO Página 20 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 LEME DE 
PROFUNDIDADE OU 
PROFUNDOR 
O profundor ou leme de 
profundidade é uma superfície de 
controle de vôo móvel horizontal 
existente na extremidade traseira da 
cauda dos aviões, responsável pelo 
movimento do avião sobre seu eixo 
lateral, aumentando ou diminuindo o 
ângulo de ataque da aeronave. 
 
 
 
 
 
 
 
Este comando é responsável pelo 
movimento para frente e para trás 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
do manche que atua no eixo lateral 
da aeronave inclinado o nariz desta 
para baixo, movimento de picar; e 
para cima, movimento de cabrar 
respectivamente. 
 
Os movimentos sobre o eixo lateral 
da aeronave são denominados 
arfagem. As superfícies 
aerodinâmicas que atuam para 
execução deste movimento são os 
profundores (lemes de 
profundidade), localizados no bordo 
de fuga do estabilizador horizontal. 
NASCIDOS PARA VOAR 
 
MANUAL DE FORMAÇÃO DO COMISSÁRIO DE VÔO Página 21 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Empurrando o manche o nariz gira 
para baixo - Picar 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Puxando o manche o nariz gira para 
cima - Cabrar 
 
 
 
 
 
 
 
 
NASCIDOS PARA VOAR 
 
MANUAL DE FORMAÇÃO DO COMISSÁRIO DE VÔO Página 22 
 
 
 O que devo estudar? 
1. Empenagem -Definir empenagem. 
2. Componentes – Identificar cada um dos componentes da 
empenagem 
3. Identificar a empenagem na estrutura da aeronave. 
4. Superfície horizontal: estabilizador horizontal e leme de 
profundidade (profundor) 
5. Superfície vertical: estabilizador vertical (deriva) e leme de direção 
(leme) 
 
 A empenagem é a parte da estrutura da aeronave na parte terminal 
da fuselagem, região traseira da aeronave ou cauda da aeronave 
 
 Ela é constituída por dois estabilizadores: Horizontal e vertical 
Estabilizador horizonte – Profundor ou leme de profundidade 
Estabilizador vertical – Leme de direção 
 
 O estabilizador vertical na qual contem o leme de direção que 
orienta a aeronave para a esquerda ou direita e o estabilizador 
horizontal que contem o profundor ou leme de profundidade na 
qual controla o movimento de subida ou descida da aeronave, 
cabrar ou picar 
 
GRUPO 
MOTOPROPULSOR 
CONCEITOS BÁSICOS 
GRUPO MOTO-PROPULSOR 
 
Motopropulsores são máquinas 
capazes de gerar empuxo, com o 
objetivo de impulsionar aeronaves. 
Por exemplo, chama-se de grupo 
motopropulsor o conjunto de motor 
e hélice em aeronaves com motores 
convencionais, e turbina e hélice em 
turboélices e turbina em turbojatos 
em aeronaves com motores a 
reação. Este grupo é um conjunto 
de componentes que fornece tração 
necessária para o vôo. Seguem 
abaixo os tipos mais usados: 
Motor Convencional: 
 Motor a Pistão. 
Motor a reação: 
 Turbojato, 
 Turbofan, 
 Turbohélice 
Nos aviões monomotores de 
pequeno porte, o grupo 
motopropulsor é constituído por um 
motor a pistão e uma hélice.
NASCIDOS PARA VOAR 
 
MANUAL DE FORMAÇÃO DO COMISSÁRIO DE VÔO Página 23 
 
. 
 
 
 
 
 
 
 
Motor Convencional – Motor a pistão 
 e Hélice 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Motor a Reação - Turbojato 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Motor a Reação - Turbofan 
 
 
CLASSIFICAÇÃO DA 
AERONAVE QUANTO AO 
NUMEROS DE MOTORES 
Costumamos dizer que as 
quantidades de motores das 
aeronaves são: 
Monomotor – um motor 
Bimotor – dois motores 
Trimotor – três motores 
Quadrimotor – quatro motores 
Multimotor – Mais de quatro 
motores 
 Motor Turbohélice 
 
 
 
Atenção: 
 Para fins técnicos o termo 
correto conforme MCA5811, as 
classificações da aeronave 
quanto ao número de motores 
são: 
 Monomotor – apenas um 
motor 
 Multimotor - Mais de um 
motor 
NASCIDOS PARA VOAR 
 
MANUAL DE FORMAÇÃO DO COMISSÁRIO DE VÔO Página 24 
 
CLASSIFICAÇÃO DAS 
AERONAVES QUANTO O 
TIPO DE MOTOR 
 
Um motor de aeronave deve ser : 
 
Confiável: Motores para aeronaves 
operam em temperatura, pressão, 
velocidade ao extremos e, portanto, 
necessitam realizar de forma 
confiável e segura em todas as 
condições de melhor maneira 
possível. 
 
Relação peso/potência: quanto mais 
leve e potente melhor , um motor 
pesado aumenta o peso vazio da 
aeronave e reduz a sua carga. 
 
Compactação: quanto menor e mais 
leve melhor pois diminui sua frente 
de arrasto, exemplo um motor radial 
ocupa maior área frontal que um 
motor de cilindros opostos. 
 
Economia: ummotor aeronáutico 
deve ser o mais econômico possível 
e ter maior rendimento possível. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AERONAVES COM 
MOTORES 
CONVENCIONAIS 
O motor convencional também 
conhecido como motor a pistão, 
ciclo de otto, alternativo, hoje em dia 
é mais utilizado em aeronaves de 
menor porte. 
 
 
 COMBUSTÍVEL 
O Avgas ou gasolina de aviação é 
um combustível de alta octanagem 
usado em aeronaves com motor a 
pistão. 
 
 
 
 
 
A gasolina de aviação é o principal 
combustível dos motores a pistão 
usados em aviões. A gasolina de 
aviação apresenta propriedades, 
requisitos de desempenho e 
cuidados diferenciados das demais 
gasolinas. Em todo o processo de 
manuseio, transporte e 
armazenamento da AVGAS são 
usados equipamentos exclusivos 
Tipos de Gasolina de aviação - 
AVGAS 
NASCIDOS PARA VOAR 
 
MANUAL DE FORMAÇÃO DO COMISSÁRIO DE VÔO Página 25 
 
para o produto, sendo o sistema 
periodicamente inspecionado para 
garantir que esteja meticulosamente 
limpo e isento de qualquer 
possibilidade de contaminação. 
O monitoramento constante do 
produto inclui a drenagem diária do 
tanque de armazenamento e das 
unidades abastecedoras, filtragem 
do produto antes do abastecimento 
(filtro micrômetro) e inspeção 
periódica dos respectivos filtros. 
O AvGas pode aparecer nas cores 
vermelho, verde e a azul que 
atualmente, é a única gasolina de 
aviação oferecida no mercado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONHEÇA O MOTOR 
CONVENCIONAL 
O motor que equipa as aeronaves é 
o motor de explosão ou de 
combustão de quatro tempos. Ele é 
chamado assim porque seu 
funcionamento se baseia 
exatamente em quatro estágios ou 
tempos diferentes. 
Veja cada um deles: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Cessna 172 Skyhawk 
Gasolina de Aviação -AVGAS Azul 
NASCIDOS PARA VOAR 
 
MANUAL DE FORMAÇÃO DO COMISSÁRIO DE VÔO Página 26 
 
Veja como são basicamente os elementos de um motor convencional 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cilindro 
Pistão 
NASCIDOS PARA VOAR 
 
MANUAL DE FORMAÇÃO DO COMISSÁRIO DE VÔO Página 27 
 
AERONAVES COM 
MOTORES A REAÇÃO: 
TURBOJATO, 
TURBOFAN, 
TURBOHÉLICE 
 
Com o passar do tempo as 
aeronaves foram ficando maiores e 
começando atingir grandes 
velocidades e em grandes altitudes. 
Para isso acontecer foram 
desenvolvidos motores melhores e 
mais eficientes. Esse motor foi 
chamado de motor a reação, 
também conhecido como motor a 
jato ou ainda apenas como reator, é 
um motor que expele um jato rápido 
de algum fluido para gerar uma 
força de impulso. Em geral, o termo 
se refere a uma turbina que expele 
um jato em alta velocidade, gerando 
empuxo e, com isto, gerando força 
propulsora, ou seja, gerando 
tração, baseando- se na Terceira 
Lei de Newton, ação e reação: 
 “A toda ação imposta a um 
corpo, corresponde a uma 
reação de igual intensidade 
e direção, porém no sentido 
oposto” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Muitos tipos de motores a reação 
têm uma entrada de ar, a qual a 
qual fornece a quantidade de ar 
existente na exaustão, o avião voa 
mais rápido quando o motor expeli 
uma massa de ar com maior 
velocidade ou maior volume de ar. 
O empuxo produzido pelo motor 
necessário para o avanço da 
aeronave, é a descarga de gases 
resultantes da queima 
ar/combustível sob pressão, onde a 
partir da 3°lei de Newton irá criar 
uma força de mesma intensidade 
em sentido contrário, a lei da “ação 
e reação”. 
Aquilo que você vê geralmente 
pendurado nas asas dos aviões 
NÃO é a TURBINA, e sim o 
MOTOR. A definição de turbina é de 
uma máquina construída para 
captar e converter energia mecânica 
e térmica contida em um fluido em 
trabalho de eixo (por exemplo, em 
uma usina hidrelétrica). Nos aviões 
modernos, a turbina é uma peça 
responsável por girar os 
compressores e o fan do motor que 
fica DENTRO do motor, logo atrás 
da câmara de combustão. 
Os principais tipos de motores à 
reação: 
 Turbo-Jato 
 Turbofan 
 Turbo-Hélice 
Mas dentro desses tipos de motores 
existem variações em cada modelo 
de acordo com a especificação da 
aeronave e do fabricante. 
 
 
 
 
NASCIDOS PARA VOAR 
 
MANUAL DE FORMAÇÃO DO COMISSÁRIO DE VÔO Página 28 
 
 
 
 
 
 
 COMBUSTÍVEL 
O querosene de aviação, também 
conhecido pela sigla QAV-1, é o 
combustível utilizado em aviões e 
helicópteros dotados de motores à 
reação, como turbo-jatos, 
turboélices ou turbo-fans. 
 
 
 
 
 
 TURBOJATO 
O Turbojato o tipo mais simples e 
mais antigo de motor a reação. Em 
27 de Agosto de 1939 o Heinkel He 
178 tornou-se o primeiro avião do 
mundo a voar sob a propulsão do 
turbojato, transformando-se assim 
no primeiro avião a jato funcional. O 
ar é sugado por um compressor 
rotativo e é comprimido, em 
sucessivos estágios para maiores 
pressões antes de passar pela 
câmara de combustão. O 
combustível é misturado ao ar 
comprimido e é queimado na 
câmara de combustão com o auxílio 
de ignitores (Velas de ignição). 
 
 
 
 
 
O processo de combustão eleva 
significativamente a temperatura do 
gás, fazendo com que os gases 
expelidos expandam-se através da 
turbina, na qual a força é extraída 
para movimentar o compressor. 
Embora este processo da expansão 
reduza a temperatura e a pressão 
do gás na saída da turbina, ambas 
estão ainda muito acima das 
condições naturais. Dos 100% do ar 
que entra no motor, 100% é 
queimado. O gás em expansão sai 
da turbina através dos bocais de 
saída do motor, produzindo um jato 
de alta velocidade. Chamado de 
motor de jato puro. 
 
 
 
 
 
Bombardeiro Boeing B-52 
Stratofortres 
 
 
 
NASCIDOS PARA VOAR 
 
MANUAL DE FORMAÇÃO DO COMISSÁRIO DE VÔO Página 29 
 
Veja a diferença de tamanho do 
motor turbojato do B52 e 737-
800NG com o motor turbofan que 
vamos estudar adiante: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 MOTOR TURBOFAN 
O turbofan é um motor a reação 
utilizado em aeronaves projetadas 
especialmente para altas 
velocidades de cruzeiro. Possui um 
excelente desempenho em altitudes 
elevadas, entre 10 e 15 mil metros, 
apresentando velocidades 
subsônicas na faixa de 700 Km/h 
até 1.100 Km/h. 
 
 
 
 
 
Basicamente, o motor é constituído 
por um “fan” (ventilador ou 
ventoinha), que complementa o 
fluxo de ar gerado pelos 
compressores de baixa pressão e 
alta pressão. 
Os aviões comerciais atuais são 
equipados com motores turbofans, 
nos quais um compressor de baixa 
pressão age como um ventilador, 
levando ar não apenas para o 
centro do motor, mas também para 
um duto secundário. O fluxo de ar 
secundário passa por um "bocal 
frio" ou é misturado com gases de 
exaustão à baixa pressão da turbina 
antes de se expandir com os gases 
do fluxo principal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O Turbo Fan é um motor a reação 
assim como o Turbo jato, porém 
este possui um Fan, que 
é responsável pela admissão do ar 
que será levado ao Bypass e para a 
câmara de combustão, onde este 
será comprimido, queimado, 
expandido e por fim exaurido na 
Pratt & Whitney J-57 – Boeing B52 - 
Turbojato 
CFM 56 Boeing 737-800NG - 
Turbofan 
NASCIDOS PARA VOAR 
 
MANUAL DE FORMAÇÃO DO COMISSÁRIO DE VÔO Página 30 
 
seção de exaustão, porem nestemomento este ar encontra a sua 
volta o ar que passou pelo Bypass, 
(ar mais frio) e o choque destes 
gases (câmara de combustão e 
bypass) produz redução de ruídos e 
consumo. Alem de tração devido 
este movimentar maiores massas 
de ar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Praticamente todos os motores que 
impulsionam os aviões comerciais e 
executivos a jato atualmente são 
turbofans. Eles são apreciados por 
sua eficiência e por serem 
relativamente pouco ruidosos em 
relação aos modelos de aeronaves 
impulsionados por turbojatos. 
 
 
 
 
 
 
 
Esses motores produzem cerca de 
80% do empuxo pelo fan passando 
pelo bypass e somente 20% pelo 
motor, sendo que 5% queimado. 
Entretanto, é importante notar que 
turbofans utilizam grandes entradas 
de ar para desacelerar o ar a 
velocidades subsônicas 
(conseqüentemente reduzindo as 
ondas de choque através do motor). 
 
 
 
 
 
 
 
O ruído de qualquer tipo de 
turbojato está fortemente 
relacionado com a velocidade dos 
gases expelidos. Os Turbofans são 
relativamente menos ruidosos se 
comparados aos turbojatos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NASCIDOS PARA VOAR 
 
MANUAL DE FORMAÇÃO DO COMISSÁRIO DE VÔO Página 31 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Motor Turbofan 
 
 MOTOR TURBOHÉLICE 
O motor turbo hélice se diferencia 
dos motores turbo-jato e turbofan, 
por ter uma hélice acoplada no eixo 
do compressor. O turboélice é 
chamado também de motor de 
reação mista, pois é, basicamente, 
um motor a jato acionando uma 
hélice. 
 
 
 
E uma pequena parte da propulsão 
é resultante dos gases de 
escapamento que também irão criar 
uma força de reação: 
 90% da propulsão é 
produzida pela hélice; 
 10% da propulsão é 
produzida pela queima. 
 
Alguns pensam só porque a 
aeronave tem hélice, ela é um 
avião antigo, olha para uma 
aeronave com hélice e pensam 
estarem embarcando em algo com 
tecnologia obsoleta, perigosa e 
imaginam que os de hélices são 
teco-teco gigante e os jatos são 
muito melhores e modernos,mas 
enganam-se. Turbohelice é um tipo 
de motor a reação/turbina que se 
utiliza de uma RGB – Reduction 
GearBox (caixa de engrenagens de 
redução) que move um conjunto de 
hélices que gera a tração ao avião. 
Entretanto nos “turbojatos e 
turbofans” os gases de exaustão 
são os maiores responsáveis pela 
força de tração, no turbohelice o 
papel se inverte e a força gerada no 
eixo que gira o conjunto é maior do 
que os gases expelidos. 
Existem turbohelices onde a tração 
da hélice responde por até 90% da 
força, sendo complementada pelos 
gases de exaustão os demais 10%. 
 
 
 
 
 
 
As hélices acopladas na turbina via 
RGB convertem alto giro e baixo 
NASCIDOS PARA VOAR 
 
MANUAL DE FORMAÇÃO DO COMISSÁRIO DE VÔO Página 32 
 
torque em baixo giro e alto torque, e 
nestes motores geralmente são de 
velocidade constante e pitch 
variável. Os propulsores do tipo 
turboélice são aplicados em aviões 
que voam abaixo dos 700Km/h, 
onde se tornam viáveis e eficientes. 
Em uma visão mais simples, o 
turbohelice consiste de uma entrada 
de ar, compressores, câmara de 
combustão e turbina. 
O principio de funcionamento é o 
mesmo dos “jatos”, onde a diferença 
é que a força gerada pelos gases 
faz com que um conjunto de hélice 
gire com grande torque. Os motores 
turbohelices são caros e por isso 
geralmente são aplicados em aviões 
de alta performance em pousos e 
decolagens curtas (STOL), onde o 
importante é a performance em tais 
lugares e não a velocidade de 
cruzeiro. É muito usado na aviação 
regional como por exemplo os ATR, 
FOKKER 50, DASH 8, EMBRAER 
110/120, CESSNA CARAVAN entre 
muitos outros. Então quando vocês 
embarcarem em Turbohelice, seja 
um ATR ou EMB120 ou qualquer 
outro do avião regional aplicado em 
nossa aviação Brasileira, não ache 
que é um ultrapassado, é apenas 
um motor que faz o mesmo do jato, 
só que com aparência diferente e a 
uma velocidade menor, e alem de 
ser muito moderno. Alguns 
turbohélices são de turbina livre, isto 
é, têm uma turbina para acionar a 
hélice e outra, independente, para 
acionar o compressor. Um tipo de 
motor turbohélice de turbina livre 
consagrado é o turbohélice de fluxo 
reverso Este tipo de motor é 
bastante compacto e tem seu 
funcionamento diferente. O ar é 
admitido pela parte traseira do 
motor e a saída dos gases de 
escapamento é feita na parte 
dianteira. Um exemplo deste motor 
é o PT6, que equipa o Bandeirante, 
King Air e dentre outros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 ATR 72-500 - Motor PW127 
NASCIDOS PARA VOAR 
 
MANUAL DE FORMAÇÃO DO COMISSÁRIO DE VÔO Página 33 
 
 
 
 
 
 O que devo estudar? 
 
 
 
 
• Definir grupo motopropulsor. 
• Classificar as aeronaves quanto ao número de motores. 
• Identificar as aeronaves pelo número de 
motores. 
• Classificar as aeronaves quanto ao tipo de motor. 
• Identificar as características principais das aeronaves com motores 
convencionais. 
• Identificar as características principais da aeronave turbojato, da aeronave 
turbofan e da aeronave turboélice. 
 
 Definição - 
 
 É o conjunto que fornece a tração necessária ao vôo, tendo com isso 
velocidade para que conseqüentemente se adquira sustentação. Os 
motores também fornecem energia elétrica, pneumática e hidráulica aos 
vários componentes do avião. 
 
 Classificação da aeronave quanto ao número de 
 motores: monomotora e multimotora: 
 
 Para fins técnicos o termo correto conforme MCA5811, as classificações 
da aeronave quanto ao número de motores são: 
 Monomotor – apenas um motor 
 Multimotor - Mais de um motor 
 
 Classificação da aeronave quanto ao tipo de motor Aeronaves com 
motores convencionais – Características principais 
 
 Nos aviões monomotores de pequeno porte, o grupo motopropulsor é 
constituído por um motor a pistão e uma hélice, utilizando como 
combustível a gasolina de aviação.
 
 
 Aeronaves com motores a reação: turbojato
 turbofan e turboélice – Características principais 
 
 Turbojato - Neste tipo de motor a força propulsora é obtida pelos gases 
de escapamento do motor, Dos 100% do ar que entra no motor, 100% é 
queimado. O gás em expansão sai da turbina através dos bocais de saída 
NASCIDOS PARA VOAR 
 
MANUAL DE FORMAÇÃO DO COMISSÁRIO DE VÔO Página 34 
 
do motor, produzindo um jato de alta velocidade. Chamado de motor de 
jato puro, tendo como combustível o querosene de aviação. 
 Turbo-Fan - basicamente um motor turbo-jato, com uma maior área de 
admissão de ar, constituído por um “fan” . Sua maior vantagem é a 
economia de combustível com bom desempenho, 80% do ar passa 
passando pelo bypass e somente 20% pelo motor, sendo que 5% 
queimado e utiliza-se como combustível o querosene de aviação. 
 
 Turbo-hélice = O motor turbo hélice se diferencia dos motores turbo-jato 
e turbofan, por ter uma hélice. Sendo que 90% da força é fornecida pela 
hélice e 10% pólos gases de escapamento do motor. Utiliza-se como 
combustível o querosene de aviação. 
 
TREM DE POUSO 
Quando perguntamos para alguém: 
o que é Trem de pouso? Logo vai 
responder, Ah, são aquelas 
rodinhas dos aviões que fazem 
andar no chão ". O Trem de pouso é 
um dos principais componentes do 
avião. É usado tanto na decolagem 
quanto no pouso. É o que fornece 
sustentação e mobilidade ao avião 
em meio sólido ou líquido, podendo 
ser rodas para uso em terra, 
flutuadores parauso em meio 
líquido, tem também como funções 
amortecer os impactos do pouso, 
Frear o avião e Controlar a direção 
no taxiamento ou manobras no solo. 
Um dos principais componentes do 
trem de pouso é o pneu, que pode 
chegar á 32 num avião de grande 
porte como Antonov 225. 
 
 
 
 
CLASSIFICAÇÃO QUANTO 
AO TIPO DE SUPERFICIE DE 
OPERAÇÃO: LITOPLANO, 
HIDROPLANO E ANFÍBIO 
 
Quanto a sua classificação existem 
aviões que operam no meio 
aquático e outros no meio terrestre. 
Nesse sentido, os aviões 
classificam-se em Litoplanos (ou 
aviões terrestres), hidroplanos (ou 
hidroaviões), aviões anfíbios. 
 
 LITOPLANOS 
São aeronaves que pousam em 
superficieis solidas ou pistas 
solidas. 
 
 
 
 
 
NASCIDOS PARA VOAR 
 
MANUAL DE FORMAÇÃO DO COMISSÁRIO DE VÔO Página 35 
 
 HIDROPLANOS 
São aeronaves que pousam em 
superficeis liquidas, ou seja um 
aeronave preparada para decolar e 
pousar sobre a superfície da água. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 ANFIBIO 
São aeronaves que podem pousar 
tanto em superfícies solidas quanto 
na superfície liquidas, é a junção de 
Litoplano com hidroplanos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CLASSIFICAÇÃO QUANTO À 
FIXAÇÃO: FIXO, RETRATIL E 
ESCAMOTEÁVEL 
 
Quanto a sua fixação temos 3 tipos 
de fixação: 
 Fixo; 
 Retratil; 
 Escamoteavel. 
 FIXO 
O trem de pouso do tipo Fixo, como 
o próprio nome diz permanecem na 
mesma posição já vindo de fabrica, 
pode ser visto na maioria das vezes 
em aeronaves mais antigas ou de 
instrução. 
 
 
 RETRÁTIL 
O trem de pouso Retrátil é do tipo 
de trem que é caracterizado por 
deixar uma parte das rodas para 
fora, ou seja ele recolhe mas fica a 
mostra na barriga da aeronave. 
 
 
 
 
 
NASCIDOS PARA VOAR 
 
MANUAL DE FORMAÇÃO DO COMISSÁRIO DE VÔO Página 36 
 
 ESCAMOTEAVEL 
O trem de pouso Escamoteável 
 temos diversos exemplos como a 
Boeing 737 ou das aeronaves mais 
moderna, pois esses se recolhem 
por completo e é guardado em um 
compartimento na barriga da 
aeronave ou na própria em asa de 
algumas aeronaves, através de um 
sistema hidráulico e posteriormente 
abaixados pouco antes do pouso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CLASSIFICAÇÃO QUANTO À 
POSIÇÃO DA RODA 
AUXILIAR (BEQUILHA): 
CONVENCIONAL E 
TRICICLO 
Sobre a posição da roda auxiliar, ou 
bequilha, em questão das 
disposições das rodas temos: 
 Convencional; 
 Triciclo. 
 
 CONVENCIONAL 
Trem de pouso convencional é visto 
com mais frequência em aviões 
mais antigos. É constituído de duas 
rodas na frente do avião e uma roda 
de suporte menor que fica sob a 
empenagem. A roda traseira no 
trem de pouso convencional pode 
se mover em qualquer direção. 
 
 
COMPARTIMENTO TREM DE POUSO 
BOEING 737 
NASCIDOS PARA VOAR 
 
MANUAL DE FORMAÇÃO DO COMISSÁRIO DE VÔO Página 37 
 
 TRICICLO 
Trem de pouso triciclo é o tipo mais 
comum de trem de pouso visto nas 
aeronaves modernas. Pois Trata-se 
de uma inversão do padrão do que 
é utilizado em trem de aterrissagem 
convencional. 
 
Há uma roda próximo ao nariz e, em 
seguida, duas rodas principais ainda 
mais para trás da aeronave, na 
barriga da aeronave. As rodas estão 
dispostas no mesmo padrão como 
as rodas de um triciclo, daí o nome. 
As rodas traseiras tiram o peso da 
força do pouso e estão ligadas por 
suportes nas partes mais fortes das 
asas ou da fuselagem. Isso distribui 
a força do pouso uniformemente por 
toda a estrutura da aeronave. 
 
 
 
 
 
 
 
 
A vantagem desta configuração, 
relativamente à anterior, é o fato de 
ser mais seguro em frenagens mais 
acentuadas, impedindo que 
o avião entre em capotamento 
frontal (Cavalo de pau). 
 
 
 
 
 O que devo estudar? 
 
• Definir trem de pouso. 
• Classificar os trens de pouso quanto ao tipo de superfície de operação. 
• Identificar trem de pouso litoplano. 
• Identificar trem de pouso hidroplano. 
• Identificar trem de pouso anfíbio. 
• Classificar os trens de pouso quanto à fixação. 
NASCIDOS PARA VOAR 
 
MANUAL DE FORMAÇÃO DO COMISSÁRIO DE VÔO Página 38 
 
• Identificar trem de pouso fixo. 
• Identificar trem de pouso retrátil. 
• Identificar trem de pouso escamoteável. 
• Classificar os trens de pouso quanto à 
posição da roda auxiliar (bequilha). 
• Identificar trem de pouso convencional. 
• Identificar trem de pouso triciclo. 
 
 Trem de pouso – Definição - O Trem de pouso é um dos principais 
componentes do avião. É usado tanto na decolagem quanto no pouso 
 
 Classificação quanto ao tipo de superfície de operação: litoplano, 
hidroplano e anfíbio: 
 Litoplanos - São aeronaves que pousam em superfícies sólidas ou pistas 
solidas. 
 Hidroplano - aeronaves que pousam em superfícies liquidas ou na água 
 Anfibio -São aeronaves que podem pousar tanto em superfície solidas 
quanto na superfície liquidas, 
 
 Classificação quanto à fixação: fixo, retrátil e escamoteável: 
 Fixo - O trem de pouso do tipo Fixo, como o próprio nome diz 
permanecem na mesma posição já vindo de fabrica, 
 Retratil - O trem de pouso Retrátil é do tipo de trem que é caracterizado 
por deixar uma parte das rodas para fora, ou seja ele recolhe mas fica a 
mostra na barriga da aeronave. 
 Escamoteavel - Recolhem por completo e é guardado em um 
compartimento na barriga da aeronave ou na própria em asa de algumas 
aeronaves. 
 
 Classificação quanto à posição da roda auxiliar (bequilha): convencional 
e triciclo 
 Convencional - É constituído de duas rodas na frente do avião e uma roda 
de suporte menor que fica sob a empenagem. A roda traseira no trem de 
pouso convencional pode se mover em qualquer direção. 
 Triciclo - Pois Trata-se uma inversão do padrão do que é utilizado em 
trem de aterrissagem convencional. Há uma roda próximo ao nariz (trem 
de nariz) e, em seguida, duas rodas principais ainda mais para trás da 
aeronave, na barriga da aeronave. 
 
 
 
NASCIDOS PARA VOAR 
 
MANUAL DE FORMAÇÃO DO COMISSÁRIO DE VÔO Página 39 
 
ASAS 
 
As asas de uma aeronave são 
superfícies desenhadas para 
produzir sustentação quando 
movidas rapidamente no ar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O desenho particular para uma 
dada aeronave depende de uma 
série de fatores, tais como: 
tamanho, peso, aplicação da 
aeronave, velocidade desejada em 
vôo e no pouso, e razão de subida 
desejada. As asas de uma aeronave 
de asas fixas são chamadas de asa 
esquerda e asa direita, 
correspondendo à esquerda e à 
direita do piloto, quando sentado. É 
uma superfície ou perfil 
aerodinâmico, que também 
chamado de aerofólio, destinado 
então à sustentação aerodinâmica, 
ou seja, gerar a sustentação, além 
de servir de suportes para partes 
auxiliares como motor, trem de 
pouso, flaps, spoilers, etc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O aerofólio é o próprio formato do 
corte da asa, que varia de acordo 
com o tipo e o propósito do avião. 
Um aerofólio é projetado para 
provocar variação na direção da 
velocidade de um fluido. A reação 
do fluido sobre o aerofólio é devido 
a variação na quantidade de 
movimento é uma força (3ª Lei de 
Newton). 
Estão presentes na maioria dos 
aparelhos com capacidadepara 
voar, como as aeronaves. São as 
asas que alem prover 
a sustentação, faz com que controle 
o avião e permaneça no ar. Os 
Aviões costumam ter asas rígidas, 
mas flexíveis para poderem suportar 
melhor as tensões e turbulências. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NASCIDOS PARA VOAR 
 
MANUAL DE FORMAÇÃO DO COMISSÁRIO DE VÔO Página 40 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
COMPONENTES PRINCIPAIS 
DA ASA: EXTRADORSO 
(DORSO), INTRADORSO 
(VENTRE), BORDO DE 
ATAQUE, BORDO DE FUGA, 
RAIZ DA ASA, PONTA DA 
ASA 
 
Antes de falarmos sobre os 
componentes principais, vamos 
viajar um pouco nas asas para 
podemos encontrar outros diversos 
dispositivos e componentes. Toda 
asa de avião é equipada com 
superfícies de controle. Entretanto, 
nem todas as superfícies de 
controle do avião estão localizadas 
nas asas. As superfícies de controle 
que estão localizadas nas asas são 
os flaps e os ailerons. Algumas 
(geralmente as dos aviões maiores, 
como os usados pelas companhias 
aéreas) ainda possuem slats, 
spoilers e outras superfícies de 
controle. 
 
Vamos então aprender a identifica-
los? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NASCIDOS PARA VOAR 
 
MANUAL DE FORMAÇÃO DO COMISSÁRIO DE VÔO Página 41 
 
 Para a prova da Anac, basta saber apenas o básico dos 
Componentes Principais da Asa: extradorso (dorso), intradorso (ventre), 
bordo de ataque, bordo de fuga, raiz da asa, ponta de asa
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 EXTRADORSO 
 
O extradorso é uma superfície 
convexa da asa e significa “fora” ou 
superfície exterior, do dorso, é 
também oposto ao intradorso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 INTRADORSO 
 
O Intradorso é uma superfície 
côncava da asa e significa: Intra = 
“interna” e “inferior”, dentro ou 
ventre do dorso. É o lado oposto 
ao extradorso. 
 
 
 
 
 
 
 
 BORDO DE ATAQUE 
 
 Bordo de ataque é a extremidade 
dianteira da asa, geralmente 
arredondada, ou seja, a parte da 
frente da asa,. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Em algumas aeronaves existem 
Slats/Slots e também Degelo 
(Deice) ou Antigelo ( Antice). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NASCIDOS PARA VOAR 
 
MANUAL DE FORMAÇÃO DO COMISSÁRIO DE VÔO Página 42 
 
 BORDO DE FUGA 
 
Bordo de fuga é o ponto por onde 
o vento se escapa quando em 
contato com uma superfície. 
 
 
 
 
 
 
 
Numa asa de avião, o bordo de 
fuga é o local onde se encontram os 
ailerons e os flaps que estão 
situados na parte traseira das 
extremidades das asas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 RAIZ DA ASA 
 
É a parte entre a asa e a fuselagem, 
extremidade interna da asa, é parte 
que tem a maior área da asa devido 
a junção asa-fuselagem que é um 
dos pontos mais complexos no 
projeto estrutural de uma aeronave, 
pois é na Raiz que une a asa com a 
fuselagem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 PONTA DA ASA 
 
É a extremidade exterior ou 
extremidade livre da asa, a menor 
área alar. É onde é colocado um 
componente aerodinâmico que tem 
por função diminuir o arrasto 
induzido, por causa do vórtice que é 
criado na ponta de asa. 
NASCIDOS PARA VOAR 
 
MANUAL DE FORMAÇÃO DO COMISSÁRIO DE VÔO Página 43 
 
 
Ela surge devido a diferença 
de pressão da no intradorso e no 
extradorso da asa, a alta pressão 
com a baixa velocidade no 
intradorso tende a subir pela 
extremidade da ponta da asa para a 
baixa pressão e com alta velocidade 
no extradorso, gerando vortices. Na 
ponta da asa normalmente forma 
um vórtice, que transfere para a 
aeronave trepidações, além da 
perda de sustentação na parte final 
da asa e aumento de consumo de 
combustível. Para resolver esse 
problema, foi criado um dispositivo 
que levou diversos nomes e 
patentes: Winglets, Wingtips, 
Wingtanks, Sharklets e dentro 
outros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O objetivo dela é reduzir a 
resistencia/ arrasto e, com isso, 
aumentar a velocidade e 
economizar combustível. Além 
disso, ela ajuda na sustentação. 
Quando este dispositivo é instalado, 
esta faz com que ele com menos 
vórtices possíveis, dificultando que 
a pressão do intradorso suba para 
o extradorso. Atualmente, quase 
100% das aeronaves de grande 
porte que saem de fábrica vem com 
esses dispositivos. A Boeing (em 
algumas versões), do mesmo modo, 
em todos os aviões comerciais 
da Airbus e ate mesmo 
da EMBRAER já saem de fábrica 
com winglets. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NASCIDOS PARA VOAR 
 
MANUAL DE FORMAÇÃO DO COMISSÁRIO DE VÔO Página 44 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ENVERGADURA 
 
É a distância entre as pontas das asas, ou seja, é a distancia entre a ponta da 
asa esquerda ate a ponta da asa direita. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NASCIDOS PARA VOAR 
 
MANUAL DE FORMAÇÃO DO COMISSÁRIO DE VÔO Página 45 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CLASSIFICAÇÃO DA AERONAVE QUANTO AO NÚMERO DE 
PLANOS DA ASA: MONOPLANO, BIPLANA E TRIPLANA
 
 MONOPLANO 
 
Possuí somente uma asa ou 1 (um) plano de asa. 
 
 
 
 
 
 
 
NASCIDOS PARA VOAR 
 
MANUAL DE FORMAÇÃO DO COMISSÁRIO DE VÔO Página 46 
 
 BIPLANO 
 
Possuí duas asas, é uma configurada uma acima da outra separada 
por montantes ou cordas, ou seja, 2 (Dois) planos de asas. 
 
 
 
 
 
 TRIPLANO 
Possui três asas uma sobre a outra ou seja 3 planos,geralmente 
montada em forma escalonada de degraus ascendentes. 
 
 
 
 
 
 
 QUADRIPLANO 
 
Possuí quatro asas uma sobre a outra, ou seja, 4 (Quatro) planos 
de asas 
 
 
 
 
 
 
NASCIDOS PARA VOAR 
 
MANUAL DE FORMAÇÃO DO COMISSÁRIO DE VÔO Página 47 
 
 MULTIPLANO 
 
Várias asas ou vários planos de asas, o termo é usado para se 
aplicar em uma configurada uma acima da outra separada por 
montantes ou cordas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 A classificação quanto ao numero de asas para a 
prova São: : Monoplana, biplana e triplana 
CLASSIFICAÇÃO DA AERONAVE QUANTO À POSIÇÃO DA 
ASA EM RELAÇÃO A FUSELAGEM: DE ASA BAIXA, DE ASA 
MÉDIA, DE ASA ALTA E DE ASA PARASSOL 
 
Quanto à localização da asa na fuselagem, os aviões podem ser: 
 
 asa baixa 
 asa média 
 asa alta 
 asa parassol 
 
 
 
 
 
 
NASCIDOS PARA VOAR 
 
MANUAL DE FORMAÇÃO DO COMISSÁRIO DE VÔO Página 48 
 
 ASA BAIXA 
 
 Montada perto, entre o final ou inferior da fuselagem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 ASA MÉDIA 
 
Montada no meio, ou central da fuselagem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NASCIDOS PARA VOARMANUAL DE FORMAÇÃO DO COMISSÁRIO DE VÔO Página 49 
 
 ASA ALTA 
 
Montada acima, ou superior da fuselagem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 ASA PARASSOL 
 
Montada sob a fuselagem, com montantes ou suportes que são 
presos à sob fuselagem. 
 
 
 
 
NASCIDOS PARA VOAR 
 
MANUAL DE FORMAÇÃO DO COMISSÁRIO DE VÔO Página 50 
 
CLASSIFICAÇÃO DA AERONAVE QUANTO À FIXAÇÃO DA 
ASA NA FUSELAGEM 
 
Quanto à fixação da asa na fuselagem, podem ser: 
 
 CANTILEVER 
A asa é fixa na fuselagem sem nenhum auxílio. . As asas cantiléver 
são melhores, sob o ponto de vista aerodinâmico, mas os esforços 
de flexão são maiores. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 SEMI-CANTILEVER 
A asa é fixa na fuselagem com o auxílio de estais e montantes (com 
Suportes)
 
NASCIDOS PARA VOAR 
 
MANUAL DE FORMAÇÃO DO COMISSÁRIO DE VÔO Página 51 
 
 
 
 O que devo estudar? 
 
 
• Definir asa da aeronave. 
• Identificar cada um dos componentes da asa. 
• Definir envergadura da asa. 
• Classificar as aeronaves quanto ao número de planos da asa. 
• Identificar aeronave monoplana. 
• Identificar aeronave biplana. 
• Identificar aeronave triplana. 
• Classificar as aeronaves quanto à posição 
da asa em relação à fuselagem. 
• Identificar aeronave de asa baixa. 
• Identificar aeronave de asa média. 
• Identificar aeronave de asa alta. 
• Identificar aeronave de asa parassol. 
• Classificar as aeronaves quanto à fixação da 
asa na fuselagem. 
• Identificar aeronave com asa semicantilever. 
• Identificar aeronave com asa cantilever. 
 
 ASA 
 Definição - As asas de uma aeronave são superfícies para produzir 
sustentação quando movidas rapidamente no ar.É uma superfície ou 
perfil aerodinâmico, que também chamado de aerofólio. alem prover a 
sustentação, faz com que controle o avião e permanecer no ar. São 
rígidas, mas flexíveis para poderem suportar as tensões e turbulências. 
NASCIDOS PARA VOAR 
 
MANUAL DE FORMAÇÃO DO COMISSÁRIO DE VÔO Página 52 
 
 
 Componentes: extradorso (dorso), intradorso (ventre), bordo de ataque, 
bordo de fuga, raiz da asa, ponta de asa 
 EXTRADORSO - Superior da asa 
 INTRADORSO - Inferior da asa 
 BORDO DE ATAQUE - Parte da frente da asa 
 BORDO DE FUGA - Parte traseira da asa 
 RAIZ DA ASA - É a parte entre a asa e a fuselagem, extremidade interna 
da asa, é parte que tem a maior área da asa devido a junção asa-
fuselagem 
 PONTA DA ASA - É a extremidade exterior ou extremidade livre da asa, a 
menor área da asa. 
 
 Envergadura 
 Definição - distância entre as pontas das asas, ou seja, é a distancia entre 
a ponta da asa esquerda ate a ponta da asa direita. 
 
 Classificação da aeronave quanto ao número de planos da asa: 
monoplana, biplana e triplana 
 MONOPLANO - Possuí somente uma asa ou 1 (um) plano de asa. 
 BIPLANO - Possui 2 (Dois) planos de asas. 
 TRIPLANO - Possui 3 (três) planos de asas. 
 
 Classificação da aeronave quanto à posição da asa em relação à 
fuselagem: de asa baixa, de asa média, de asa alta e de asa parassol 
 
 ASA BAIXA - Montada perto, entre o final ou inferior da fuselagem. 
 ASA MÉDIA - Montada no meio, ou central da fuselagem. 
 ASA ALTA - Montada acima, ou superior da fuselagem. 
 ASA PARASSOL - Montada sob a fuselagem, com montantes ou suportes 
que são presos à sob fuselagem. 
 
 Classificação da aeronave quanto à fixação da asa na fuselagem: com asa 
semicantilever e com asa cantilever 
 
 CANTILEVER - A asa é fixa na fuselagem sem nenhum auxílio 
 SEMI-CANTILEVER - A asa é fixa na fuselagem com o auxílio de estais e 
montantes (com Suportes) 
 
NASCIDOS PARA VOAR 
 
MANUAL DE FORMAÇÃO DO COMISSÁRIO DE VÔO Página 53 
 
SUPERFÍCIES DE COMANDO 
PRIMÁRIAS 
As superfícies primárias de controle 
são semelhantes em construção e 
variam em tamanho, forma e 
método de fixação. 
As Superfícies primárias : São as 
superfícies de controle de vôo da 
aeronave. São aquelas que através 
do seu acionamento influenciam 
diretamente o movimento de 
rotação de um dos eixos da 
aeronave, essas superfícies 
utilizadas para modificar a atitude 
da aeronave em torno de seus três 
eixos imaginários, que cruzam no 
centro de gravidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TIPOS SUPERFÍCIES DE 
COMANDO PRIMÁRIAS: 
AILERONS, PROFUNDOR 
E LEME 
 
 AILERONS 
Os Ailerons são partes móveis 
dos bordos de 
fuga das asas de aeronaves de asa 
fixa, que servem para controlar o 
movimento de rolamento da 
aeronave. 
São movimentados pelo piloto 
através da atuação lateral pelo 
manche. Os ailerons são superfícies 
aerodinâmicas de controle muito 
usadas em aeronaves de asa fixa, 
são peças fabricadas em metal 
(geralmente alumínio e ligas 
metálicas) ou material 
composto (geralmente fibra de 
carbono e resina epóxi) usadas 
largamente na aviação como 
importantes superfícies móveis de 
controle que permitem a inclinação 
lateral da aeronave em relação ao 
seu eixo longitudinal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
NASCIDOS PARA VOAR 
 
MANUAL DE FORMAÇÃO DO COMISSÁRIO DE VÔO Página 54 
 
Os ailerons são, geralmente, 
interconectados, de forma que um é 
movido para baixo enquanto o outro 
se move para cima, e vice-versa. 
Os ailerons fazem parte da asa de 
aeronaves de asa fixa e são tão 
importantes como outras superfícies 
aerodinâmicas de controle, como os 
profundores, fixados 
no estabilizador horizontal, e 
o leme de deriva no estabilizador 
vertical. 
Sempre fixados nos bordos de fuga 
da parte fixa das asas, ou seja, na 
parte de trás da parte fixa das asas, 
os ailerons são chamados também 
de lemes de inclinação lateral, 
embora esta expressão seja pouco 
conhecida e usada no meio 
aeronáutico. 
O bordo de fuga é a parte traseira 
da asa, de formato mais afilado, por 
onde o ar que percorreu a superfície 
da mesma escoa. A função do 
aileron é mover-se, para cima ou 
para baixo (alternadamente em 
cada lado da asa) a fim de alterar 
esse fluxo de ar, respectivamente 
diminuindo ou aumentando 
a sustentação naquele lado da 
aeronave, fazendo-a girar em torno 
de seu eixo longitudinal (movimento 
de rolagem). 
Ao serem acionados os ailerons - 
com um movimento para a direita ou 
esquerda do manche - estes atuam 
de forma inversa de cada lado da 
asa, ou seja quando se quer girar o 
avião para a direita, o aileron da asa 
esquerda baixa e o aileron da asa 
direita levanta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NASCIDOS PARA VOAR 
 
MANUAL DE FORMAÇÃO DO COMISSÁRIO DE VÔO Página 55 
 
Com isto a sustentação da asa 
direita baixa ao variar o ângulo de 
ataque da asa direita para um 
ângulo inferior e o contrário 
acontece na asa esquerda fazendo 
rolar o avião no eixo longitudinal e 
no caso para a direita. 
 
Movimento que faz o aileron se da 
em torno do Eixo longitudinal, que é 
uma linha reta imaginária que une o 
nariz à cauda do avião. O 
movimento que a aeronave faz em 
torno deste eixo se chama 
ROLAGEM, ROLAMENTO, 
BANCAGEM ou INCLINAÇÃO 
LATERAL. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 LEME DE DIREÇÃO 
O leme conforme já estudamos, 
esta fixado na parte posterior do 
estabilizador vertical. Sendo 
comandado por pedais, que ao pisar 
no pedal direito, o avião vira para a 
direita e vice-versa.Os pedais atuam nos freios quando 
o avião está no solo, sendo assim 
considerados BIFUNCIONAIS. A 
parte inferior do pedal atua no leme 
de direção e a parte superior do 
pedal atua no freio das rodas. 
Movimento que faz o leme se da em 
torno do Eixo vertical que é uma 
linha reta imaginária que corta a 
aeronave verticalmente. O 
movimento que a aeronave faz em 
torno deste eixo se chama 
GUINADA. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NASCIDOS PARA VOAR 
 
MANUAL DE FORMAÇÃO DO COMISSÁRIO DE VÔO Página 56 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 PROFUNDOR 
O profundor ou leme de 
profundidade que também já 
estudamos, é uma estrutura móvel 
fixada no estabilizador Horizontal 
 
 
 
 
 
 
que controla o movimento do avião 
para cima ou para baixo, a sua 
subida ou descida, cabrar ou picar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O movimento que faz o profundor se 
dá em torno do Eixo lateral ou 
transversal que é uma linha reta 
imaginária que cruza de um lado da 
asa ao outro. O movimento que a 
aeronave faz em torno desse eixo 
se chama ARFAGEM, quando feito 
para cima chama-se CABRAR e 
quando feito para baixo, PICAR. 
NASCIDOS PARA VOAR 
 
MANUAL DE FORMAÇÃO DO COMISSÁRIO DE VÔO Página 57 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUPERFICIES DE COMANDO 
SECUNDÁRIAS 
 
São aquelas que não influenciam 
diretamente os movimentos da 
aeronave, mas afim de suportar e 
aliviar os esforços estresses 
exercidas sobre as superfícies 
primarias quando elas estiverem 
pesadas, elas são chamadas 
também De superfícies auxiliares. O 
grupo das superfícies de comando 
secundárias ou auxiliares consiste 
de superfícies como os 
compensadores, painéis de 
balanceamento, servo-
compensadores, flapes, “spoilers” e 
dispositivos de bordo de ataque 
(Slats/ slots). Seu propósito é o de 
reduzir a força requerida para atuar 
os controles primários, fazer 
pequenas compensações e 
balancear a aeronave em vôo, 
reduzir a velocidade de pouso ou 
encurtar a corrida de pouso, e 
mudar a velocidade da aeronave em 
vôo. 
 
TIPOS DE SUPERFICIES DE 
COMANDO SECUNDÁRIAS: 
COMPENSADORES, 
HIPERSUSTENTADORES E 
SPOILERS 
 
 COMPENSADORES 
Um dos mais simples e importantes 
dispositivos auxiliadores do piloto de 
NASCIDOS PARA VOAR 
 
MANUAL DE FORMAÇÃO DO COMISSÁRIO DE VÔO Página 58 
 
uma aeronave é o compensador 
montado nas superfícies de 
comando. Apesar do compensador 
não tomar o lugar da superfície de 
comando, ele é fixado a uma 
superfície de controle móvel e 
facilita seu movimento ou o seu 
balanceamento. 
Todas as aeronaves, com exceção 
de algumas muito leves, são 
equipadas com compensadores que 
podem ser operados da cabine de 
comando. Os compensadores de 
algumas aeronaves são ajustáveis 
apenas no solo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
São Localizados sempre no interior 
do comando primário, bordo de fuga 
das superfícies primarias, a 
superfície de comando secundária 
tem a finalidade de aliviar as 
pressões dos comandos primários 
quando existir uma mudança 
prolongada de atitude do avião, 
como por exemplo, num vôo 
ascendente. 
 Existe o compensador do aileron, 
profundor e leme de direção. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 HIPERSUSTENTADORES 
 
São mecanismos adaptados 
às asas que permitem aumentar 
consideravelmente a 
sustentação do aerofólio. 
O Perfil aerodinâmico (Asa) para 
gerar uma sustentação máxima 
para decolagem, necessita do 
auxilio do grupo motopropulsor que 
Esquema de um compensador de Aileron 
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são capazes de gerar empuxo, com 
o objetivo de impulsionar as 
aeronaves, aumentando o ar sobre 
as asas laminarmente, mas o que 
ocorre é que se dá o início de um 
turbilhonamento já próximo ao 
bordo de fuga do extradorso da asa 
quando esta atinge o ângulo de 
ataque crítico. 
Para evitar esse turbilhonamento 
uma solução foi tomada, é preciso 
aumentar o perfil da asa criando 
uma superfície móvel no bordo de 
fuga, assim aumentando o 
escoamento laminar sobre o 
extradorso, evitando turbilhonar 
antes da hora, aumentando então o 
coeficiente de sustentação, assim o 
turbilhonamento se dará depois do 
bordo de fuga. 
O flape ou flap, assim como o Slat 
ou Slot são um dispositivos 
hipersustentadores que possibilita 
aumentar a curvatura da asa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 SPOILERS 
 
Os spoilers ou speedbrakes são 
peças móveis posicionadas sobre 
as asas de aviões, com a função de 
diminuir a sustentação de uma 
aeronave. Spoilers abre-se sobre o 
extradorso das asas, descolando o 
escoamento e criando um 
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estol controlado na asa atrás de si e 
reduzindo a sustentação naquela 
região da asa. São também 
chamados de freios aerodinâmicos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
É um procedimento comum usar os 
spoilers em voo, mas não serve 
para reduzir a velocidade para o 
pouso, pois essa é uma função dos 
flaps. A função principal dos speed 
brakes é aumentar a razão de 
descida de uma aeronave sem 
aumentar consideravelmente a 
velocidade. 
 
 
 
 
 
 
 
TIPOS DE 
HIPERSUSTENTADORES: 
FLAPES, SLATS E SLOTS 
 FLAPES 
Os flapes de asa são usados para 
dar uma sustentação extra à 
aeronave. Esses dispositivos 
servem como o próprio nome diz, 
para aumentar a sustentação. Eles 
são utilizados tanto na decolagem 
(para aumentar a velocidade) 
quanto no pouso (para diminuir a 
velocidade e prover boa 
sustentação), eles reduzem a 
velocidade de pouso, encurtando 
assim a distância de pouso, para 
facilitar o pouso em áreas pequenas 
ou obstruídas, pois permite que o 
ângulo de planeio seja aumentado 
sem aumentar muito a velocidade 
de aproximação. Além disso, o uso 
dos flapes durante a decolagem 
reduz a corrida de decolagem. 
 
 
 
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A maioria dos flapes são 
conectados às partes mais baixas 
do bordo de fuga da asa, entre os 
ailerons e a fuselagem. Os flapes de 
bordo de ataque (slats/slots) são 
usados, principalmente em grandes 
aeronaves que voam a alta 
velocidade. Os flaps podem ser 
usados em dois momentos do voo: 
1. Durante a aproximação para 
o pouso, em graduação 
(ajuste) máxima, permitindo 
que a aeronave reduza a sua 
velocidade de aproximação, 
evitando o estol. Com isso a 
aeronave pode tocar o solo 
na velocidade mais baixa 
possível para se obter a 
melhor performance 
de frenagem no solo. 
 2º - Durante a decolagem, em 
ajuste adequado para produzir a 
melhor combinação de sustentação 
(máxima) e arrasto (mínimo), 
permitindo que a aeronave percorra 
a menor distância no solo antes de 
atingir a velocidade de descolagem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Quando eles estão recolhidos, eles 
se encaixam nas asas e servem 
como parte do bordo de fuga da asa 
gerando maior sustentação Quando 
eles estão baixados

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