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CASOS PROCESSO CIVIL 1, 2, 4, 5, 10 E 11

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1) Ao iniciar o cumprimento de sentença envolvendo obrigação de pagar, o credor pretende que seja penhorado um bem imóvel do devedor, avaliado em R$1.000.000,00 (um milhão de Reais), para pagamento de uma dívida de apenas R$10.000,00 (dez mil Reais). O devedor, por meio do seu patrono, peticiona ao juízo informando que possui um veículo automotor avaliado em R$ 30.000,00 (trinta mil Reais), valor que é mais compatível com o do débito, requerendo a substituição do bem penhorado em atenção ao princípio do menor sacrifício ao executado. Indaga-se: deve ser deferido o pleito do executado?
O excesso de penhora é permitido, o acesso de execução é proibido.
Sim, deve ser deferido, pois foi obedecido as regras do principio da Menor Onerosidade ao devedor. Art. 805, CPC.
2) No curso de uma ação de indenização e antes da sentença de 1o grau, o réu vendeu seus dois únicos imóveis por R$ 100.000,00 (cem mil reais), os quais constituíam a totalidade de seu patrimônio. Julgado procedente o pedido, com sentença transitada em julgado, o autor pretende receber o valor da indenização fixado pelo Juiz, ou seja, R$ 100.000,00 (cem mil reais). Considerando o enunciado acima, distinga os institutos da fraude à execução e da fraude contra credores, e, num segundo momento, indique os caminhos processuais adequados para que o exequente, na prática, possa receber seu crédito.
FRAUDE À EXECUÇÃO: É ato atentatório a dignidade da justiça, cabível uma simples petição nos autos da execução, para ser declarada (instituto do direito processual).
FRAUDE CONTRA CREDORES: É a dilapidação do patrimônio do devedor, devendo o interessado ingressar com Ação Pauliana (instituto do direito material). O Credor poderá ingressar com Ação Pauliana.
1) Juca Cipó ingressa em juízo com ação de cobrança em desfavor de Sinhozinho Malta, que, citado pelo correio, quedou-se inerte, vindo, em consequência, o pedido autoral a ser julgado procedente, com a condenação do réu ao pagamento de R$ 80.000,00 (oitenta mil reais). Iniciado por Juca Cipó o cumprimento de sentença, após a segurança do juízo, Sinhozinho Malta oferece impugnação, na qual alega a nulidade de sua citação na fase cognitiva. O juiz, então, acata a impugnação de Sinhozinho Malta. Qual seria o recurso cabível contra esta decisão judicial?
Por se tratar de Decisão Interlocutória, será cabível Agravo de Instrumento.
2) Repelidos Embargos de Devedor com fundamento em sua intempestividade, apresenta o Executado petição avulsa, intitulando-a como Objeção de Não Executividade (também conhecida como Exceção de Pré Executividade), denunciando a nulidade do título. Deve tal pleito, inobstante a rejeição dos Embargos, ser admitido ao exame do órgão judicial? Se admissível a referida peça, teria a apresentação da mesma efeito suspensivo?
Sim, deve ser admitido a presente defesa. Não tem efeito suspensivo.
10) Geisa, servidora pública estadual, promove demanda em face da Fazenda Pública que se encontra vinculada, pleiteando o pagamento de determinada importância em dinheiro, que lhe foi indevidamente descontada em sua remuneração. A demanda se processa regularmente, tendo sido proferida sentença favorável condenando a ré ao pagamento. Na etapa de cumprimento e, diante da demora na executada em liquidar a sua obrigação sujeita a pagamento por meio de precatório, a exequente peticiona ao juízo requerendo que seja aplicada a multa de 10%, prevista no art. 523, parágrafo 1º, do NCPC (Lei nº 13.105/15). 
Este pleito deve ser deferido?
Não poderá ser deferido, haja vista que ainda que quisesse a FP não conseguiria honrar com este prazo para pagamento, conforme prevê o Art.534, parágrafo 2º c/c Art.523, parágrafo 1º CPC/15, sendo vedada a aplicação desta multa à FP.
11) NCPC (Lei nº 13.105/15) prevê que, na execução por título extrajudicial por dívida alimentar, é possível oficiar o empregador do executado para que o mesmo efetue o desconto em folha de pagamento, o que coincide com o modelo do CPC-73. Contudo, o mesmo inova ao prever que o descumprimento pelo empregador gera a prática de crime de desobediência (art. 912, par. 1º). Ocorre que a lei de alimentos já possui tipo penal específico para esta situação (art. 22, parágrafo único, Lei 5.478/68), não tendo o mesmo sido revogado pelo NCPC, ao contrário de diversas outras normas (art. 1.072). 
Qual tipo penal deve prevalecer?
No Art.22 da Lei de Alimentos (Lei 5478/68) prevalece o tipo penal da conduta de descontar e repassar, lex specialli derrogat generalis, por se norma especial prevalecerá sobre a norma geral.

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