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ADM DE PESSOAL - TEMA 12 - FÉRIAS COLETIVAS, PROPORCIONAIS E PERDA DE FÉRIAS

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Férias coletivas, proporcionais e 
perda de férias
Glaucia Medeiros da Silva Rodrigues
Introdução
As férias são um direito garantido por todo profissional. De acordo com a lei, a cada período aquisitivo, temos
direito a trinta dias de gozo de férias. Nesta aula, vamos perceber que, além das férias normais, que todos
conhecemos, há outras particularidades sobre este direito. As férias coletivas, por exemplo, podem ser realizadas
em toda a empresa ou em determinados setores, de acordo com o segmento da organização.
Qual a diferença entre férias normais e coletivas? Um funcionário pode perder o direito às férias?
Nesta aula, vamos entender as particularidades dos tipos de férias, como funcionam as coletivas e as
proporcionais, assim como a perda desse direito trabalhista.
Ao final desta aula, você será capaz de:
• compreender as diversas situações em que se aplicam férias, caracterizando-as de acordo com cada 
situação. 
Férias coletivas
As férias são direitos conquistados por todos os funcionários brasileiros, após a duração do seu período
aquisitivo, todo trabalhador tem direito ao gozo de trinta dias de férias. Ou seja, um descanso do trabalho.
Porém, há organizações que usam a opção de férias coletivas. Ou seja, neste caso, não é só um funcionário que
goza as férias individualmente, mas toda a empresa ou um setor inteiro.
Para realizar férias coletivas é necessário elaborar um comunicado aos funcionários e enviar uma cópia deste,
com no mínimo quinze dias de antecedência, informando data de início e fim, para o Ministério do Trabalho e o
sindicato da categoria. As microempresas ficaram dispensadas desse comunicado a partir da Lei N. 9.841/99,
mas deve fazer a notificação aos funcionários. (BRASIL, 1999)
•
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Figura 1 - Férias coletivas
Fonte: Werner Heiber, Shutterstock, 2019.
As férias podem ser gozadas em dois períodos no mesmo ano, ou seja, no mesmo período aquisitivo, desde que
nenhum seja inferior a dez dias corridos, ou seja o funcionário poderá gozar a férias coletivas junto com os
colegas de trabalho e um outro período individualmente, até atingir os trinta dias que tem por direito.
A empresa deverá calcular as férias coletivas do mesmo jeito e com os mesmos descontos que as individuais, não
alterando a sua forma, caso seja trinta dias coletivos. Se o período for menor, o cálculo será proporcional aos dias
gozados. Por exemplo, se as férias coletivas tiverem duração de dez dias, o cálculo deve ser proporcional a esses
dez dias.
Funcionários com período aquisitivo menor de doze meses
Quando uma empresa tem férias coletivas, os funcionários que ainda não completaram o tempo de aquisição, ou
seja, tenham menos de doze meses de serviço, gozarão o período de descanso juntamente com os colegas de
trabalho. No entanto, as férias serão proporcionais ao tempo de serviço, mudando o seu tempo aquisitivo. 
Férias proporcionais
Funcionárioscom tempo de trabalho menor do que um ano de vínculo com a empresa, ou com período aquisitivo
incompleto, têm direito a férias proporcionais a este tempo trabalhado.
As férias proporcionais ocorrem quando:
• o funcionário é demitido ou pede demissão antes de completar o seu período aquisitivo;
• contratos temporários chegam ao final.
Quando a empresa conceder férias coletivas e possuir funcionários contratados há menos de 12 meses, que
•
•
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Quando a empresa conceder férias coletivas e possuir funcionários contratados há menos de 12 meses, que
ainda não concluíram seu período aquisitivo, eles devem ser incluídos nas férias coletivas. É necessário calcular
a proporcionalidade para saber qual o saldo de dias que serão descontados de suas férias. Seu período aquisitivo
muda, ou seja, seu novo período aquisitivo se inicia quando entrar em férias coletivas.
Como calcular as férias proporcionais
Como vimos, as férias são um direito após um período aquisitivo, com trinta dias de gozo e remuneração
adicional com 1/3 acrescentados ao seu salário mensal. As férias proporcionais são um tempo menor,
relacionado ao período aquisitivo, mas em seu cálculo também é acrescentado o terço de férias.
Para calcularmos as férias proporcionais, dividimos o valor do salário mensal por doze meses (o tempo de
aquisição, por lei) e multiplicamos pelos meses de serviços do profissional. Depois, acrescentamos o abono
pecuniário chegando ao total das férias proporcionais.
O mês incompleto, para ser incluído, deve ter 15 dias ou mais, contados do dia posterior ao mês completo.
Para não errar o período das férias, é imprescindível consultar a convenção de trabalho da categoria, pois ela
EXEMPLO
Carlos trabalhou na empresa O Sucesso Depende de 
Você de 16/08/18 a 10/01/19 e seu contrato foi 
rescindido. Seu salário mensal era de R$ 1.500,00.
16/08 a 15/09 – 1 mês
16/09 a 15/10 – 2 meses
16/10 a 15/11 – 3 meses
16/11 a 15/12 – 4 meses
16/12 a 10/01 – 5 meses
(26 dias, portanto, mais um mês)
R$ 2.500,00 / 12 meses = R$ 208,33
R$ 208,33 X 5 meses = R$ 1.041,65
1/3 férias = 1041,65/3 = 347,22
R$ 1.041,65 + R$ 347,22 = 1.388,87
Então, R$ 1.388,87 é o valor das férias proporcionais 
de Carlos correspondente aos cinco meses de 
serviço.
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Para não errar o período das férias, é imprescindível consultar a convenção de trabalho da categoria, pois ela
pode determinar a data de início e término das férias coletivas, se as férias são realizadas de uma única vez ou
divididas em diferentes períodos, entre coletivos e individuais.
Perda de direito de férias
As férias são um direito do trabalhador, isso é indiscutível, mas há alguns detalhes na legislação brasileira que
podem acarretar a perda desse direito.
Figura 2 - Perda de dias das férias
Fonte: KieferPix, Shutterstock, 2019.
Observe algumas situações mencionadas pelo artigo 133 da CLT:
1º Deixar o emprego e não for readmitido dentro de sessenta dias subsequentes à sua saída;
2º Permanecer em gozo de licença, com percepção de salários, por mais de trinta dias;
3º Deixar de trabalhar, com percepção do salário por mais de 30 (trinta) dias em virtude de
paralisação parcial ou total dos serviços da empresa.
4º Tiver percebido da Previdência Social prestações de acidente do trabalho ou de auxílio-doença
por mais de seis meses, embora , dentro de um mesmo período aquisitivo.interrupto
5º Falta sem justificativa ao trabalho, dentro do mesmo período aquisitivo (BRASIL, 1943).
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Figura 3 - Tabela de faltas por período aquisitivo
Fonte: Elaborado pelo autor, 2019.
Há faltas ao trabalho consideradas pela lei como justificadas. Ou seja, o colaborador tem direito a este dia de não
comparecimento ao trabalho. Sendo assim, não poderão ser descontadas do período de gozo de férias e nem da
remuneração salarial.
O empregado poderá deixar de comparecer ao serviço sem prejuízo do salário de acordo com o art. 143 da CLT:
I - até 2 (dois) dias consecutivos, em caso de falecimento do cônjuge, ascendente, descendente, irmão
ou pessoa que, declarada em sua carteira profissional, viva sob sua dependência econômica;
II - até 3 (três) dias consecutivos, em virtude de casamento;
III - por um dia, em caso de nascimento de filho no decorrer da primeira semana;
IV - por um dia, em cada 12 (doze) meses de trabalho, em caso de doação voluntária de sangue
devidamente comprovada;
V - até 2 (dois) dias consecutivos ou não, para o fim de se alistar eleitor, nos termos da lei respectiva.
(BRASIL, 1943).
FIQUE ATENTO
As perdas de férias somente podem ser imputadas a um colaborador em determinados casos
como, por exemplo, o recebimento de auxílio-doença por mais de seis meses seguidos ou ter
mais de 32 dias de faltas não justificadas dentro do mesmo período aquisitivo.
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Figura 4 - Tabela férias proporcionais for falta em período aquisitivo
Fonte: Elaborado pela autora, baseado em BRASIL, 1943.
Prescrição de férias
Quando um funcionário conclui o período aquisitivo, inicia o prazo de concessão que é o tempo para o
empregador conceder suas férias. Caso o colaborador não goze essas férias, chegando a somar dois períodos
aquisitivos,receberá em dobro o valor monetário de duas férias. Ele gozará férias referentes ao primeiro período
aquisitivo e já terá direito a gozar as relativas ao segundo.
Caso ocorra o vencimento desse período concessivo sem que o funcionário tenha gozado as suas férias por
direito, este trabalhador poderá recorrer. Ou seja, fazer uma reclamação trabalhista pedindo o seu direito
estipulado pela lei e, assim, gozar suas férias.
Essa reclamação é uma solicitação escrita ao Juiz do Trabalho sobre a perda do seu direito em consequência da
falta do cumprimento do empregador. Deve ser observado o tempo de prescrição para reclamar a concessão das
férias ou o pagamento da respectiva remuneração.
A Constituição Federal de 1988 garante aos trabalhadores o direito de ação quanto a créditos resultantes das
relações de trabalho com um prazo de 5 anos estando vinculado a empresa e o limite de 2 anos após a extinção
do contrato de trabalho. Estes são os prazos poder recorrer o direito às férias na justiça.
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A prescrição não é a perda da oportunidade de cumprimento de um direito, é uma solução para o cumprimento
de um direito adquirido perante a lei trabalhista. Portanto, o empregador deve pagar as remunerações de férias
prescritas e permitir ao funcionário o gozo dessas ferias, e não poderá solicitar devolução de valores.
Fechamento
Nesta aula, aprofundamos nosso conhecimento sobre as férias coletivas e proporcionais. Além disso, estudamos
as especificidades da perda das férias.
Referências
BRASIL. . Institui o Estatuto da Microempresa de Pequeno Porte.Lei n. 9841, de 5 de outubro de 1999
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9841.htm Acesso em: 22/03/18.
BRASIL. Decreto-Lei N. 5452, de 1º de maio de 1943. Aprova a consolidação das Leis do Trabalho. Disponível em: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del5452.htm. Acesso em: 22/03/19.
SCALÉRCIO, M.; PEREIRA L.; PARPINEL L. : aspectos polêmicos e práticos. SãoDireito fundamental à férias
Paulo Editora LTR, 2017.
SCHIAVI, M. . 7. ed. São Paulo: Editora Execução no Processo do Trabalho LTR, 2015.
 SILVA, H. B. M. da . . São Paulo: Editora LTR, 2016.CLT Comentada
FIQUE ATENTO
Para exigir os direitos referentes à falta de férias, existe um prazo. O funcionário deve entrar
com seu pedido até cinco anos depois de conquistado o direito a concessão de férias, quando
ainda estiver vinculado a empresa. E, após a rescisão de seu contrato com a empresa, ele tem
até dois anos para fazê-lo.
SAIBA MAIS
“Direito fundamental à férias”, de Scalércio, Pereira e Parpinel é um bom livro para ler e
aumentar seus conhecimentos referente ao assunto. Os autores tratam o tema de uma forma
clara proporcionando fácil entendimento.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9841.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9841.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del5452.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del5452.htm
	Introdução
	Férias coletivas
	Férias coletivas
	Funcionários com período aquisitivo menor de doze meses
	Férias proporcionais
	Como calcular as férias proporcionais
	Perda de direito de férias
	Perda de dias das férias
	Tabela de faltas por período aquisitivo
	Tabela férias proporcionais for falta em período aquisitivo
	Prescrição de férias
	Fechamento
	Referências

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