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Redação | Júlio Raizer focusconcuros.com.br 1 Redação Para Quem Tem Pressa Sumário Para Quem Tem Pressa .................................................... Erro! Indicador não definido. Redação ........................................................................................................................................ 3 Apresentação .......................................................................................................................... 3 Polícia Rodoviária Federal .................................................................................................. 3 Edital: ......................................................................................................................................... 3 3 ASPECTOS PARA CONSIDERAR ....................................................................................... 3 Apresentação .......................................................................................................................... 3 Estrutura ................................................................................................................................... 3 Temas ........................................................................................................................................ 3 Apresentação .......................................................................................................................... 3 Estrutura ................................................................................................................................... 4 Introdução ................................................................................................................................... 4 Desenvolvimento ...................................................................................................................... 4 Conclusão .................................................................................................................................... 5 ASSUNTOS & TEMAS .............................................................................................................. 5 EIXOS TEMÁTICOS CEBRASPE .............................................................................................. 5 Segurança ................................................................................................................................ 5 Sugestão de Introdução: .................................................................................................... 5 Economia ................................................................................................................................. 6 Sugestão de Introdução: .................................................................................................... 6 Sociedade ................................................................................................................................ 6 Sugestão de Introdução: .................................................................................................... 6 Relações Internacionais ...................................................................................................... 6 Sugestão de Introdução: .................................................................................................... 6 Energia ...................................................................................................................................... 7 Sugestão de Introdução: .................................................................................................... 7 Tecnologia ............................................................................................................................... 7 Sugestão de Introdução: .................................................................................................... 7 Redação | Júlio Raizer focusconcuros.com.br 2 Educação .................................................................................................................................. 7 Sugestão de Introdução: .................................................................................................... 7 Saúde ......................................................................................................................................... 7 Sugestão de Introdução: .................................................................................................... 7 Meio Ambiente ...................................................................................................................... 7 Sugestão de Introdução: .................................................................................................... 7 Política....................................................................................................................................... 8 Tarefa: ........................................................................................................................................ 8 ESQUELETO DE REDAÇÃO ..................................................................................................... 8 Leitura Complementar: ........................................................................................................... 8 BÔNUS 12 MODELOS DE REDAÇÃO ................................................................................. 8 1.Ética na Administração Pública .................................................................................... 8 2.Terrorismo ............................................................................................................................ 9 3.Cultura do Medo ............................................................................................................... 9 4.Debate Sobre Saúde Pública ......................................................................................... 9 5. Redução da Maioridade Penal .................................................................................. 10 6. Discurso de ódio nas redes sociais .......................................................................... 11 7. Direitos Humanos .......................................................................................................... 12 8. A crise na Segurança Pública ..................................................................................... 13 9. Tecnologia e Democracia ............................................................................................ 14 10. Os desafios da relação Homem X Meio Ambiente ......................................... 14 11. Mobilidade Urbana ..................................................................................................... 15 12. Preconceito Linguístico ............................................................................................. 16 Redação | Júlio Raizer focusconcuros.com.br 3 Redação Apresentação Salve, salve! Eu sou o Professor Júlio Raizer, do Focus Concursos, e você está no curso Para Quem Tem Pressa. Vamos trabalhar nessa aula os macetes e dicas para sua Redação. No final deste material, eu deixei um bônus muito legal: 12 modelos prontos de redação para você. Assim que terminar a aula, faça a leitura deste material, ele será de grande valia. Um Forte Abraço, e bons estudos. Polícia Rodoviária Federal Edital: 3 ASPECTOS PARA CONSIDERAR Apresentação Estrutura Temas Apresentação Letra Respeito às margens Indicação de parágrafos Redação | Júlio Raizer focusconcuros.com.br 4 Estrutura O Texto Dissertativo Dissertar: • Escrever sobre algum assunto, • Defender uma ideia, • Analisá-la criticamente, • Discuti-la, ou seja, opinar e debater sobre um tema de maneira organizada, quer dizer, com início, meio e fim bem claros e objetivos. A dissertação pode ser classificada quanto à maneira como o assuntoé abordado: EXPOSITIVA: ARGUMENTATIVA: Introdução Consiste na apresentação do assunto a fim de deixar claro qual é o recorte temático e qual a ideia que será defendida/discutida, ou seja, a TESE. É o primeiro parágrafo e serve de apresentação da dissertação, por essa razão deve estar muito bem elaborada, ser breve e apresentar apenas informações sucintas. Deve apenas apresentar o TEMA e os ENFOQUES e ter em torno de cinco linhas. Desenvolvimento DESENVOLVIMENTO/ARGUMENTAÇÃO: é a parte em que são elaborados os parágrafos argumentativos/expositivos, nos quais você explica a sua TESE. É o momento mais importante do texto, por isso, É NECESSÁRIO que a TESE seja explicada, justificada, e isso pode ser feito por meio de exemplos e explicações. É a redação propriamente dita. Deve ser constituído de dois a três parágrafos (a depender do tema da proposta), um para cada enfoque apresentado na Introdução. É a parte da redação em que argumentos são apresentados para explicitar, em um parágrafo distinto, cada um dos enfoques. Cada parágrafo deve ter de 5 a 8 linhas. Pode-se desenvolver os argumentos por meio de relações que devem ser usadas para deixar seu texto coeso e coerente. Redação | Júlio Raizer focusconcuros.com.br 5 Conclusão Esta parte do texto não traz informações novas, muito menos argumentos, porque consiste no fechamento das ideias apresentadas, ou seja, é feita uma reafirmação da TESE. Dependendo do comando da proposta de redação e do tema, pode ser apresentada uma hipótese de solução de um problema apresentado na TESE. É o último parágrafo. Deve ser breve, contendo em torno de cinco linhas. Na conclusão, deve-se retomar o Tema e fazer o fechamento das ideias apresentadas em todo o texto e não somente em relação às ideias contidas no último parágrafo do desenvolvimento. Não se devem acrescentar informações novas na conclusão, pois, se há informações a serem incluídas, o desenvolvimento ainda não terminou. Deve-se Concluir • Fazendo uma síntese das ideias expostas. • Esclarecendo um posicionamento e/ou questionamento, desde que coerente, com o desenvolvimento. • Extraindo uma dedução ou demonstrando uma consequência dos argumentos expostos. • Levantando uma hipótese ou uma sugestão coerente com as afirmações feitas durante o texto. • Apresentando possíveis soluções para os problemas expostos no desenvolvimento, buscando prováveis resultados. ASSUNTOS & TEMAS A CEBRASPE usa como referência 10 Eixos Temáticos em suas provas. O tema da sua redação certamente estará dentro de um desses eixos. Para facilitar, deixei aqui para você, o exemplo de cada um dos 10 Eixos Temáticos. Também deixei em cada Eixo, uma breve introdução, que pode ser adaptada para sua redação. EIXOS TEMÁTICOS CEBRASPE Segurança Sugestão de Introdução: Artigo 144 da Constituição Federal: A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio. Redação | Júlio Raizer focusconcuros.com.br 6 Economia Sugestão de Introdução: Artigo 170 da Constituição Federal: A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios: soberania nacional, propriedade privada, função social da propriedade, livre concorrência, entre outros. . Sociedade Sugestão de Introdução: Artigo 193 da Constituição Federal: A ordem social tem como base o primado do trabalho, e como objetivo o bem-estar e a justiça sociais. O Estado exercerá a função de planejamento das políticas sociais, assegurada, na forma da lei, a participação da sociedade nos processos de formulação, de monitoramento, de controle e de avaliação dessas políticas. Relações Internacionais Sugestão de Introdução: Recentemente, os noticiários de todo o mundo mostraram (espaço destinado para citação de situações específicas: guerras, ataques terroristas...). Em relação ao tema amplamente divulgado, vale mencionar dois princípios da República Federativa do Brasil, que regem nossas relações internacionais ____________________________________________ e _______________________________________ Artigo 4º da Constituição Federal: I - independência nacional; II - prevalência dos direitos humanos; III - autodeterminação dos povos; IV - não-intervenção; V - igualdade entre os Estados; VI - defesa da paz; VII - solução pacífica dos conflitos; VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo; IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade; X - concessão de asilo político. Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações. Redação | Júlio Raizer focusconcuros.com.br 7 Energia Sugestão de Introdução: Conceito: cbie.com.br e Artigo 20 da Constituição Federal: Boa parte da energia global ainda é gerada por meio da queima de combustíveis fósseis. Nos últimos anos, houve um aumento na procura de fontes de energia que geram baixa emissão de gases na atmosfera, como hidrelétricas. Vale lembrar que no Brasil, os potenciais de energia hidráulica são bens da União. Tecnologia Sugestão de Introdução: Artigo 218 da Constituição Federal: O Estado promoverá e incentivará o desenvolvimento científico, a pesquisa, a capacitação científica e tecnológica e a inovação. A pesquisa científica básica e tecnológica receberá tratamento prioritário do Estado, tendo em vista o bem público e o progresso da ciência, tecnologia e inovação, enquanto a pesquisa tecnológica voltar-se-á preponderantemente para a solução dos problemas brasileiros e para o desenvolvimento do sistema produtivo nacional e regional. Educação Sugestão de Introdução: Artigo 205 da Constituição Federal: A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. Saúde Sugestão de Introdução: Artigo 196 da Constituição Federal: A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação. Meio Ambiente Sugestão de Introdução: Artigo 225 da Constituição Federal: Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Redação | Júlio Raizer focusconcuros.com.br 8 Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. Política Tarefa: Pesquise o conceito do termo e elabore um modelo de introdução. ESQUELETO DE REDAÇÃO Atenção para as dicas da aula. Use o espaço abaixo para anotações sobre o Esqueleto da Redação: Leitura Complementar: BÔNUS 12 MODELOS DE REDAÇÃO 1.Ética na Administração Pública Existem muitas inquietações quando se fala de ética na administração pública, pois logo se pensa em corrupção, extorsão, ineficiência, etc. Deve-se ter como ponto de referência em relação ao serviço público, um padrão a partir do comportamento da atuação dos servidores públicos ou daqueles que estiverem envolvidos na vida pública, tendo em vista ser necessário que esse padrão seja ético, um comportamento que viabilize o julgamento de valores A questão da ética pública deve estar relacionada aos princípios fundamentais da Constituição Federal de 1988, relacionando o comportamento do ser humano em seu meio social, no condicionamento da AdministraçãoPública pelos princípios da: legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. Nos meios de comunicação, a corrupção no Brasil é um dos principais problemas no setor público, afetando assim, a ética. Não se pode falar de ética e impessoalidade, sendo sinônimos de igualdade, sem falar de moralidade. O principio da moralidade na administração pública deve abranger a ideia de que o fim é sempre o bem comum, ou seja, compreender que não deve limitar- se à motivações individuais de particulares e sim da sociedade como um todo. Hoje a opinião pública cobra um comportamento ético no serviço público. A crítica feita pela sociedade, de certo, como todo senso comum é imediatista e baseada em uma visão superficial da realidade, que entre outras coisas, trabalha com generalizações, colocando no mesmo rol: servidores, gerentes e políticos. De fato, sabe-se que essa é uma realidade complexa e que precisa ser analisada com cautela e visão histórica. Redação | Júlio Raizer focusconcuros.com.br 9 2.Terrorismo O terrorismo é o nome dado a protestos violentos realizados por grupos ou indivíduos que objetivam transformar ordens do governo, bem como o próprio governo, por meio do pânico, gerando decisões precipitadas e radicais. Nos dias atuais o terrorismo é visto e praticado de forma diferente com que se manifestava antigamente, pois exige planejamento, objetivos em foco, recursos financeiros e a presença de guerreiros. Acredita-se que atos terroristas são financiados por pessoas bem sucedidas que simpatizam com o movimento, por pessoas ligadas ao governo que tentam secretamente destruir algo e ainda pessoas envolvidas com o tráfico de drogas. Os terroristas utilizam explosivos, gases nocivos, vírus, bactérias, materiais radioativos, armamentos atômicos e ainda sequestros e assassinatos. 3.Cultura do Medo O medo é uma reação obtida a partir do contato com algum estímulo físico ou mental que gera um alerta no organismo. Este processo dispara uma resposta fisiológica que libera hormônios do estresse, como adrenalina e cortisol, preparando o indivíduo para lutar ou fugir. Antes dessa reação temos a ansiedade, onde o indivíduo teme e sofre por antecipação. Na verdade crescemos familiarizados com o medo e desde pequenos nossos pais nos incutem algum tipo de medo, como o medo do escuro, das pessoas desconhecidas, do homem do saco, do bicho-papão, das bruxas, dos fantasmas e assim por diante. Quando crescemos, continuamos sob a cultura do medo: medo da morte, medo de se perder numa rua vazia, medo do pecado, medo da inflação, medo de tudo. A cultura do medo é a melhor forma de manipular as pessoas e muito utilizada para controle das massas. Já Maquiavel aconselhava o Príncipe a instigar o medo nos seus súditos, porque este era mais potente e duradouro que o amor. Governar pelo medo! Esta era a sua orientação, sempre seguida fielmente pelos tiranos e opressores. 4.Debate Sobre Saúde Pública Comenta-se, há algum tempo no país, a respeito da precariedade do sistema público de saúde no Brasil. Desde a Constituição Federal de 1988, tornou- se dever do Estado promover o acesso a um serviço de saúde de qualidade gratuitamente a todos que necessitarem, porém os constantes cortes nas verbas dos hospitais demonstra o descaso dos governantes para com os direitos da população e trazem à tona a importância da reivindicação de mudanças dessa realidade por parte dos cidadãos. Redação | Júlio Raizer focusconcuros.com.br 10 Em primeiro plano, sabe-se que a instabilidade no cenário político brasileiro colaboraram para o desenvolvimento de uma crise econômica que afetou a saúde pública. Uma das medidas tomadas para atenuar os problemas no cenário financeiro foi diminuir os gastos nesse setor, porém o índice de usuários do SUS (Sistema Único de Saúde) cresceu devido ao aumento no número de desempregados no país. Segundo o site do G1, pacientes renais, em Pouso Alegre – MG, não conseguiam acesso aos remédios que deveriam ser distribuídos gratuitamente pelo governo há um mês, não somente prejudicando o tratamento daqueles que não possuíam condições de arcar com os custos dos medicamentos como ferindo a direito constitucional. Outros fatores que contribuem para a crise na saúde são os casos de corrupção e a má gestão da verba recebida. Sabe-se que são várias as ocorrências de desvios do dinheiro que deveria ser utilizado para manter e melhorar a infraestrutura dos hospitais, além dos superfaturamentos de materiais hospitalares e a falta de pagamentos aos funcionários. O resultado é um atendimento fragilizado e sem qualidade, pois faltam os equipamentos necessários, como materiais descartáveis e os aparelhos para realização de exames, e os profissionais capacitados para o bom funcionamento de toda a estrutura hospitalar. Sendo assim, percebe-se que se faz necessário[8] uma reivindicação da sociedade por uma melhoria no sistema de saúde público brasileiro. O governo não pode, mesmo em tempos de crise, diminuir a verba repassada aos hospitais, pois trata-se de um setor importante para toda a população; a solução, seria, porém, cortar investimentos de setores não-essenciais à sociedade. Além disso, é papel do judiciário conceder penas mais rígidas aos responsáveis por desvio de verbas e exigir transparência das gestões, a fim de não permitir a ocorrência de uma má administração do dinheiro recebido do Governo Federal 5. Redução da Maioridade Penal Impunidade. Esse é o sentimento que leva grande parte dos brasileiros a defender a redução da maioridade penal para 16 anos. O estado de violência no qual estamos inseridos, somado à frequente associação de menores aos atos de violência expostos pela mídia, gera um desejo de vingança, que se consuma com a prisão desses transgressores das regras morais que regem a sociedade. Entretanto, estudiosos e entidades internacionais condenam essa proposta, alegando que não reduz a criminalidade. Devemos, então, analisar os dois extremos para resolver esse impasse e encontrar a melhor forma de mostrar que diminuir a maioridade não é o caminho mais interessante. Em primeiro lugar, é importante considerar os principais pontos levantados por quem é favorável a esse projeto de lei. É relevante entender isso, pois grande parte da população tem se mostrado simpática à proposta. Esse grupo aponta que em vários países do mundo a idade para ser julgado como adulto é inferior Redação | Júlio Raizer focusconcuros.com.br 11 à do Brasil. Além disso, destaca que, se um jovem de 16 anos é consciente para votar, também o é para responder criminalmente por seus atos, principalmente aqueles cometidos contra a vida. Os defensores da redução, porém, se esquecem de alguns dados importantes nessa discussão, levantados por quem é contrário ao projeto. Quem discorda da ideia, então, rebate esses argumentos se baseando em estatísticas do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) e da Unesco, provando, respectivamente, que o sistema prisional é ineficiente – possui índice de reincidência de 70% – e não reduz a violência, pois nenhum país teve queda nas taxas de criminalidade depois de reduzir a maioridade. Além disso, ainda segundo o CNJ, menos de 10% das infrações cometidas por menores são atentados à vida – os mais apontados pelos defensores. Destaca-se, também, que o cidadão brasileiro é responsabilizado penalmente a partir dos 12 anos e que aos 16 o voto é facultativo, não sendo critério definidor de “consciência plena”. Apontam, ainda, a tendência de se elevar a maioridade em vários países no mundo, inclusive em alguns pontos dos EUA. Tais dados confirmam a necessidade de manutenção da atual lei e a inconsistência dos argumentos dos favoráveis à mudança. Torna-se claro, portanto, que a redução não é a solução mais adequada e que, a fim de resolver os problemas e extinguir de vez essa possibilidade, algo precisa ser feito a curto prazo. Quanto à questão emergencial,é importante que as autoridades responsáveis façam valer as medidas presentes no ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), que preveem, inclusive, a privação de liberdade, mas visam à reeducação social desses infratores. A escola também tem papel fundamental na formação de cidadãos que respeitem os valores de sua sociedade. Por isso, o governo deve observar os ensinamentos de Pitágoras e “educar as crianças para que não precisemos punir os adultos”. Assim, poderemos vislumbrar um futuro mais esperançoso e seguro para todos. 6. Discurso de ódio nas redes sociais Terra de ninguém. É assim que se caracteriza o ambiente cibernético. Por conta da garantia de anonimato, discursos de ódio já existentes ganharam um novo espaço para se propagarem. Nesse sentido, as minorias sociais como, negros, índios e homossexuais continuam a ser os principais alvos de ataques na internet pela falta de punição adequada aos criminosos. Em primeiro lugar, é importante destacar que a origem do “Facebook”, segundo o filme “A Rede Social”, foi para denegrir a imagem da ex-namorada de Mark Zuckerberg, ou seja, desde o princípio a rede social foi um espaço para difamar e humilhar outras pessoas. Nota-se que esse discurso de ódio permaneceu, pois recentemente dois casos ganharam muito destaque no Brasil, a apresentadora Maju e a filha adotiva do ator Bruno Gagliasso, ambas negras, sofreram ataques racistas na internet. Porém, devido a grande quantidade de https://descomplica.com.br/artigo/mapa-mental-onu-unesco-oms-e-fmi/43x/ https://descomplica.com.br/artigo/lista-teorema-de-pitagoras/4Kt/ Redação | Júlio Raizer focusconcuros.com.br 12 usuários que propagaram o mesmo preconceito racial, poucos acabam sendo punidos pelo crime. Além disso, é importante lembrar que o preconceito e a xenofobia sempre estiveram presentes na sociedade. O holocausto, o apartheid e a escravidão são apenas alguns exemplos de demonstração expressiva do ódio. Ademais, com o advento das redes sociais, a intolerância fica mais explícita, pois os agressores perdem o medo de expor seus discursos, já que há o benefício do anonimato e a distância física da vítima. Acresce que empresas como o “Whatsapp” possuem uma sistema de criptografia de dados, o que impede o Poder Público de ter acesso a muitos crimes virtuais e dificulta a punição dos criminosos. Portanto, é necessário lembrar que discurso de ódio não é liberdade de expressão, pois fere a dignidade e integridade humana e, conforme a Constituição, deve ser devidamente punido. Assim, faz-se necessário que políticas públicas de conscientização sejam feitas pelo Governo Federal como, por exemplo, propagandas na televisão, rádio e nas próprias redes sociais, explicando como o usuário pode denunciar crimes virtuais. Também é essencial que os parlamentares elaborem um projeto de lei que defina as regras de privacidade na internet e permita que a polícia tenha acesso a dados e informações em caso de inquérito policial, visando diminuir a impunidade no universo virtual. Dessa forma, é possível diminuir os casos de intolerância nas redes sociais e garantir que os direitos humanos sejam preservados. 7. Direitos Humanos Ao analisar o tema referente aos direitos humanos vê-se que a sua definição é bastante recente. A necessidade de proteger as pessoas contra atos desumanos é resultado quase que direto de um contexto histórico singular na história humana. Entretanto, mesmo com tais direitos, ainda há países, retrógrados em que mulheres e minorias sociais são tratadas de forma desigual ao restante da sociedade. Historicamente, as primeiras ideias sobre igualdade e direitos naturais surgiram com a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. Apesar da excluir as mulheres nesse cenário, tal declaração permitia estabelecer o fim gradativo de antigos hábitos da idade média, como tortura e perseguição, assim como os princípios da Lei de Talião. Durante a Segunda Guerra Mundial, no período Nazista, o holocausto marcou a história mundial como uma das maiores demonstrações de ódio a determinados grupos. Nesse sentido, os direitos humanos foram criados com o intuito de proteger os cidadãos da omissão ou ação do Estado. Atualmente, tem- se uma concepção equivocada de tais direitos, uma vez que, para alguns, a expressão "Direitos humanos pra humanos direitos" ainda é considerada. Contudo, é válido ressaltar que direitos humanos são universais, ou seja, que são aplicados de forma igual e sem discriminação a todos as pessoas. No Redação | Júlio Raizer focusconcuros.com.br 13 entanto, em alguns países, tais conceitos não são respeitos. Nessa perspectiva, a paquistanesa Malala Yousafzai destacou-se por lutar pelo direito à educação feminina em seu país, como também pela igualdade de gênero. Torna-se evidente, portanto, que o contexto de discriminação relacionado aos direitos humanos é uma problemática a ser resolvida. Segundo o filósofo Immanuel Kant, "o ser humano é aquilo que a educação faz dele." Dessa forma, o Ministério da Educação, junto com professores, poderia organizar palestras e debates com os alunos a fim de ressaltar a importância dessa conquista histórica. Além disso, o governo poderia criar órgãos para fiscalizar com mais eficiência atos que possam infringir tais direitos, como também estabelecer campanhas e punições para tais atos com o objetivo de diminuir a discriminação cultural, ética e social. 8. A crise na Segurança Pública No Brasil hodierno, os desafios em torno do sistema de segurança pública apresentam-se como um problema de caráter social que afeta continuamente a população. Isso se deve, sobretudo, à falta de recursos e investimentos do poder público destinados ao sistema de segurança do País, e, também, à ausência de uma educação mais expansiva, que ensine os indivíduos a respeitarem os princípios sociais. Logo, são necessárias mais ações dos órgãos governamentais e sociais, visando o enfrentamento dessa questão. Em verdade, na última década, a questão da segurança pública passou a ser considerada problema sério e principal desafio ao estado de direito no Brasil. Com isso, os problemas relacionados ao aumento da taxa de criminalidade, o aumento da insegurança, sobretudo nos grandes centros urbanos, as superlotações nos presídios, somado aos casos de corrupção do país, representam os desafios para o sucesso do processo de consolidação política da democracia no Brasil. Conforme preconizado por uma pesquisa feita pelo Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2016, o Brasil gasta 1,5% do PIB em segurança pública, o que é considerado pouco se comparado com países como a França, que gasta cerca de 2,0% do PIB com segurança. Dessa maneira, é importante ressaltar a necessidade de mais políticas públicas destinadas ao aumento de recursos para solucionar os desafios em torno da segurança pública. Outrossim, é importante destacar o papel da educação no combate a essa temática, já que, assim como preconizado pelo educador brasileiro Paulo Freire, se a educação não pode transformar uma sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda. Evidenciando o poder transformador da educação. No entanto, a educação oferecida no Brasil pelo sistema público ainda não é expansiva e de qualidade, principalmente, em comunidades carentes, na qual muitos jovens acabam recorrendo ao mundo da criminalidade, aumentando os índices de violência e prejudicando o sistema público de segurança. Redação | Júlio Raizer focusconcuros.com.br 14 Dessa forma, torna-se evidente a necessidade de superar os desafios em torno do sistema de segurança do Brasil. Para tanto, o Governo Federal deve criar políticas para distribuir mais verbas para melhorar a segurança na sociedade. Cabe-lhe, ainda, por meio do Ministério da Educação, investir na escolarização de crianças em situação de extrema pobreza, construindo mais escolas públicas, voltadas para esta camadada população e realizando campanhas que insiram as mesmas no meio escolar, impedindo que estes menores fiquem vulneráveis ao mundo do crime. Ademais, cabe às ONGs criar projetos sociais, por intermédio de palestras e debates com especialistas, mensalmente, no âmbito social, visando incentivar os indivíduos a cobrar melhorias no sistema de segurança dos órgãos governamentais. 9. Tecnologia e Democracia Ao se pensar a respeito da tecnologia e seu impacto na democracia brasileira, é preciso afirmar que as pessoas continuam escolhendo seus representantes, mesmo sendo pela internet. O primeiro fator que deve ser analisado em relação à situação em questão é a inserção da população na rede mundial de computadores. Entende-se ,com isso, que existe a necessidade de atualização por parte das pessoas ,visto que muitos não tem acesso a mesma. O segundo fator importante para a reflexão é que nem todas as informações transmitidas pela web estão seguras. Pode-se verificar um exemplo disso em casos de invasões feitas por hackers em computadores pessoais. Além disso, ainda se pode pensar em manipulação de votos através da computação para beneficiar determinados casos. Esse é o motivo para se falar a respeito de segurança virtual. Assim, a necessidade apontada inicialmente se mostra ainda mais premente ,em virtude dos avanços tecnológicos. Visto que,o panorama da sociedade vem se atualizando e fazendo com que mais pessoas sejam inseridas nesse diálogo. 10. Os desafios da relação Homem X Meio Ambiente Em suas memórias póstumas, Brás Cubas certa vez disse que não teve filhos para não transmitir a nenhuma criatura o legado da miséria humana. No que tange à preservação ambiental, tal pensamento torna-se assertivo, uma vez que a relação entre o homem e o meio ambiente tem se tornado cada vez mais deteriorada, evidenciando a degradação ambiental. Nesse sentido, deve-se observar as causas de tais atitudes e suas consequências. É preciso analisar, antes de tudo, as causas desse desgaste ambiental. A partir da revolução industrial que ocorreu no século XVIII, a sociedade passou a utilizar cada vez mais os recursos naturais em prol de obter o maior lucro possível Redação | Júlio Raizer focusconcuros.com.br 15 com seus produtos industriais, fortalecendo assim o capitalismo. Nesse sentido, o homem enxerga a natureza como uma fonte essencial e inesgotável para o seu progresso. Entretanto, o meio ambiente não consegue renovar-se no mesmo ritmo em que é desgastado, o que torna essa relação danosa e desproporcional. Consequentemente, notam-se inúmeros problemas devido ao convívio entre o homem e o meio ambiente. Dentre os quais pode-se citar: desaparecimento de espécies, poluição de rios e mares, destruição de habitats e alterações climáticas. Tais impactos são catalisados pelo consumo atual, uma vez que, segundo o sociólogo Zygmunt Bauman, vive-se em uma sociedade de consumo, e que este já faz parte do “metabolismo” humano. Assim, é evidenciado o colapso em que vive o ecossistema terrestre. Fica claro, portanto, a urgência em resolver esse impasse. Primeiramente, é preciso que o Ministério do Meio Ambiente desenvolva projetos, em parceria com a iniciativa privada, a fim de utilizar os recursos naturais de forma consciente, mesclando o progresso financeiro com a preservação ambiental. Ademais, esse ministério, em parceria com a Mídia, deve instruir a população, por meio de debates e ficções engajadas, a ser menos consumista e potencializar a capacidade de reutilizar e reciclar produtos, poupando assim, os recursos naturais. Dessa forma, o homem poderá viver em harmonia com o meio ambiente, e deixar um legado do qual Brás Cubas iria se orgulhar. 11. Mobilidade Urbana Desde os incentivos à expansão da política rodoviarista, promovidos por Juscelino Kubitschek em seu governo, o Brasil passa por uma valorização exagerada do carro, que culminou no problema de mobilidade urbana, uma vez que o excesso de veículos impede a fácil locomoção dos indivíduos. Essa situação ressalta um contexto de descrédito financeiro com relação aos transportes públicos, que têm investimentos insuficientes, assim como as estruturas de locomoção a pé; e exaltação do carro como bem fornecedor de status. Em primeiro lugar, é possível conceber o diminuto tamanho da malha metroviária brasileira como um dos responsáveis pelo estímulo à aquisição de carros para a locomoção urbana, já que, com linhas escassas, trens desconfortáveis e antigos, grandes metrópoles apresentam opções pouco variadas de locomoção. A insuficiência de investimentos atinge também os ônibus – que circulam em estado precário – e os caminhos de pedestre, os quais apresentam perigo a deficientes, idosos e demais indivíduos com movimentação limitada, por conta das calçadas esburacadas. Assim, em busca de conforto e segurança, a população opta pela utilização dos automóveis, cuja frota dobrou nos últimos dez anos, segundo o Observatório das Metrópoles. Por conseguinte, não é incomum observar cidadãos se endividando para obter um transporte individual, tanto para suprir a necessidade de deslocamento quanto para munir-se do status advindo de tal compra. A noção de luxo que paira Redação | Júlio Raizer focusconcuros.com.br 16 no imaginário popular ainda tem muito a ver com as ideias proferidas no governo de JK perante o excessivo engrandecimento do transporte individual – fomentador da implementação das empresas automobilísticas no Brasil. Entretanto, seus resultados são vistos até os dias atuais, nos longos congestionamentos de horários de pico. De acordo com o jornal O Globo, os paulistanos gastam em média 45 dias do ano presos no trânsito, reiterando a diminuição da qualidade de vida proporcionada pela má mobilidade urbana. Portanto, a fim de facilitar a locomoção urbana no Brasil, as Secretarias dos Transportes Metropolitanos de cada estado, as quais são responsáveis pelos transportes públicos subterrâneos, devem desestimular a busca pelo transporte individual por meio da ampliação de linhas de metrô no território brasileiro e barateamento do custo da passagem . As novas linhas deverão ser confortáveis e ter bom funcionamento, atraindo os cidadãos brasileiros e, naturalmente, fazendo com que a superlotação de automóveis decresça. 12. Preconceito Linguístico O preconceito linguístico é praticado com base nas diferenças linguísticas que existem dentro de um mesmo idioma. No Brasil, especificamente, não se trata de um assunto novo, mas que se baseia sobretudo em uma língua padrão, próxima àquela falada no centro-sul do país, utilizada como motivação para o desrespeito às outras formas de falar. Desse modo, a parte da sociedade que foge a esse padrão considerado aceitável sofre represálias e exclusão, sendo tida como menos capaz apenas por conta das variedades linguísticas não consideradas. Por isso, é imprescindível debater e buscar minimizar os efeitos do problema. Mundialmente, o Brasil é considerado um país miscigenado e de cultura ampla. Devido a isso, não é raro encontrar, dentro da sociedade brasileira, diversas manifestações artísticas, de expressão e, também, linguísticas. As variantes faladas no Nordeste, por exemplo, divergem das faladas no Sul, contribuindo para a riqueza de um idioma. No entanto, há resistência de parte da população em aceitá-las, refletida na criação de um estereótipo de nordestino analfabeto ou inferior, cuja fala é considerada errada e, por isso, é tido como incapaz. Esse tipo de preconceito acaba constrangendo e excluindo regionalmente populações inteiras, alimentando uma intolerância que beira a xenofobia e contrariando, assim, o Artigo 3 da Constituição de 1988, que garante liberdade de todos, independentemente de raça, cor, etnia, gênero, religião e região. Ademais, a estereotipação que produz o preconceito linguístico se estende a quem possui baixa escolaridade. A crise educacional brasileira nãoé mistério, por isso há indivíduos que têm dificuldade de acesso às escolas. Essa deficiência educacional é utilizada muitas vezes por outros cidadãos e pela mídia para criar um imaginário de fala errada e fala de quem é pobre. A exemplo, a personagem Adelaide, do programa humorístico Zorra Total, é tratada comicamente como Redação | Júlio Raizer focusconcuros.com.br 17 uma negra, de aparência grotesca e que fala tudo de forma errada com relação à norma padrão. Questões assim são uma arma de segregação porque facilitam a assimilação populacional de que indivíduos na mesma condição que Adelaide são inferiores e devem se envergonhar da forma como falam apenas por ser uma maneira pouco convencional dentro do padrão aceito. Logo, para evitar maiores danos à liberdade de fala dos brasileiros, medidas precisam ser tomadas. O Ministério da Educação deve, por meio de prévia modificação dos conteúdos escolares nacionais, incentivar o debate direcionado acerca das variantes linguísticas nas aulas administradas por professores de português a fim de garantir que o caráter cômico de falas tidas como diferentes seja desconstruído na mente dos alunos. Além disso, o Poder Legislativo deve, através da votação de uma Lei no Congresso Nacional, proibir a veiculação de programas humorísticos que retratem com preconceito figuras nacionais estereotipadas, com o objetivo de extinguir o preconceito linguístico propagado em rede nacional. Redação Para Quem Tem Pressa
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