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Prévia do material em texto

Redação | Júlio Raizer 
focusconcuros.com.br 1 
Redação Para Quem Tem Pressa 
 
Sumário 
Para Quem Tem Pressa .................................................... Erro! Indicador não definido. 
Redação ........................................................................................................................................ 3 
Apresentação .......................................................................................................................... 3 
Polícia Rodoviária Federal .................................................................................................. 3 
Edital: ......................................................................................................................................... 3 
3 ASPECTOS PARA CONSIDERAR ....................................................................................... 3 
Apresentação .......................................................................................................................... 3 
Estrutura ................................................................................................................................... 3 
Temas ........................................................................................................................................ 3 
Apresentação .......................................................................................................................... 3 
Estrutura ................................................................................................................................... 4 
Introdução ................................................................................................................................... 4 
Desenvolvimento ...................................................................................................................... 4 
Conclusão .................................................................................................................................... 5 
ASSUNTOS & TEMAS .............................................................................................................. 5 
EIXOS TEMÁTICOS CEBRASPE .............................................................................................. 5 
Segurança ................................................................................................................................ 5 
Sugestão de Introdução: .................................................................................................... 5 
Economia ................................................................................................................................. 6 
Sugestão de Introdução: .................................................................................................... 6 
Sociedade ................................................................................................................................ 6 
Sugestão de Introdução: .................................................................................................... 6 
Relações Internacionais ...................................................................................................... 6 
Sugestão de Introdução: .................................................................................................... 6 
Energia ...................................................................................................................................... 7 
Sugestão de Introdução: .................................................................................................... 7 
Tecnologia ............................................................................................................................... 7 
Sugestão de Introdução: .................................................................................................... 7 
Redação | Júlio Raizer 
focusconcuros.com.br 2 
Educação .................................................................................................................................. 7 
Sugestão de Introdução: .................................................................................................... 7 
Saúde ......................................................................................................................................... 7 
Sugestão de Introdução: .................................................................................................... 7 
Meio Ambiente ...................................................................................................................... 7 
Sugestão de Introdução: .................................................................................................... 7 
Política....................................................................................................................................... 8 
Tarefa: ........................................................................................................................................ 8 
ESQUELETO DE REDAÇÃO ..................................................................................................... 8 
Leitura Complementar: ........................................................................................................... 8 
BÔNUS 12 MODELOS DE REDAÇÃO ................................................................................. 8 
1.Ética na Administração Pública .................................................................................... 8 
2.Terrorismo ............................................................................................................................ 9 
3.Cultura do Medo ............................................................................................................... 9 
4.Debate Sobre Saúde Pública ......................................................................................... 9 
5. Redução da Maioridade Penal .................................................................................. 10 
6. Discurso de ódio nas redes sociais .......................................................................... 11 
7. Direitos Humanos .......................................................................................................... 12 
8. A crise na Segurança Pública ..................................................................................... 13 
9. Tecnologia e Democracia ............................................................................................ 14 
10. Os desafios da relação Homem X Meio Ambiente ......................................... 14 
11. Mobilidade Urbana ..................................................................................................... 15 
12. Preconceito Linguístico ............................................................................................. 16 
 
 
 
 
 
 
 
Redação | Júlio Raizer 
focusconcuros.com.br 3 
Redação 
Apresentação 
Salve, salve! Eu sou o Professor Júlio Raizer, do Focus Concursos, e você está 
no curso Para Quem Tem Pressa. 
Vamos trabalhar nessa aula os macetes e dicas para sua Redação. 
No final deste material, eu deixei um bônus muito legal: 12 modelos prontos 
de redação para você. Assim que terminar a aula, faça a leitura deste material, ele 
será de grande valia. Um Forte Abraço, e bons estudos. 
 
 
Polícia Rodoviária Federal 
Edital: 
 
 
 
 
3 ASPECTOS PARA CONSIDERAR 
Apresentação 
Estrutura 
Temas 
 
Apresentação 
 
Letra 
 
Respeito às margens 
 
 
Indicação de parágrafos 
 
Redação | Júlio Raizer 
focusconcuros.com.br 4 
Estrutura 
 
O Texto Dissertativo 
Dissertar: 
• Escrever sobre algum assunto, 
• Defender uma ideia, 
• Analisá-la criticamente, 
• Discuti-la, ou seja, opinar e debater sobre um tema de maneira 
organizada, quer dizer, com início, meio e fim bem claros e objetivos. 
 
A dissertação pode ser classificada quanto à maneira como o assuntoé 
abordado: 
EXPOSITIVA: 
 
ARGUMENTATIVA: 
 
 
 
Introdução 
Consiste na apresentação do assunto a fim de deixar claro qual é o recorte 
temático e qual a ideia que será defendida/discutida, ou seja, a TESE. 
É o primeiro parágrafo e serve de apresentação da dissertação, por essa 
razão deve estar muito bem elaborada, ser breve e apresentar apenas 
informações sucintas. Deve apenas apresentar o TEMA e os ENFOQUES e ter em 
torno de cinco linhas. 
 
 
 
Desenvolvimento 
DESENVOLVIMENTO/ARGUMENTAÇÃO: é a parte em que são elaborados 
os parágrafos argumentativos/expositivos, nos quais você explica a sua TESE. 
É o momento mais importante do texto, por isso, É NECESSÁRIO que a TESE 
seja explicada, justificada, e isso pode ser feito por meio de exemplos e 
explicações. É a redação propriamente dita. Deve ser constituído de dois a três 
parágrafos (a depender do tema da proposta), um para cada enfoque 
apresentado na Introdução. É a parte da redação em que argumentos são 
apresentados para explicitar, em um parágrafo distinto, cada um dos enfoques. 
Cada parágrafo deve ter de 5 a 8 linhas. Pode-se desenvolver os argumentos por 
meio de relações que devem ser usadas para deixar seu texto coeso e coerente. 
 
 
Redação | Júlio Raizer 
focusconcuros.com.br 5 
Conclusão 
Esta parte do texto não traz informações novas, muito menos argumentos, 
porque consiste no fechamento das ideias apresentadas, ou seja, é feita uma 
reafirmação da TESE. Dependendo do comando da proposta de redação e do 
tema, pode ser apresentada uma hipótese de solução de um problema 
apresentado na TESE. 
É o último parágrafo. Deve ser breve, contendo em torno de cinco linhas. 
Na conclusão, deve-se retomar o Tema e fazer o fechamento das ideias 
apresentadas em todo o texto e não somente em relação às ideias contidas no 
último parágrafo do desenvolvimento. 
Não se devem acrescentar informações novas na conclusão, pois, se há 
informações a serem incluídas, o desenvolvimento ainda não terminou. 
 
Deve-se Concluir 
• Fazendo uma síntese das ideias expostas. 
• Esclarecendo um posicionamento e/ou questionamento, desde que 
coerente, com o desenvolvimento. 
• Extraindo uma dedução ou demonstrando uma consequência dos 
argumentos expostos. 
• Levantando uma hipótese ou uma sugestão coerente com as afirmações 
feitas durante o texto. 
• Apresentando possíveis soluções para os problemas expostos no 
desenvolvimento, buscando prováveis resultados. 
 
 
ASSUNTOS & TEMAS 
A CEBRASPE usa como referência 10 Eixos Temáticos em suas provas. O 
tema da sua redação certamente estará dentro de um desses eixos. 
Para facilitar, deixei aqui para você, o exemplo de cada um dos 10 Eixos 
Temáticos. Também deixei em cada Eixo, uma breve introdução, que pode ser 
adaptada para sua redação. 
 
 
EIXOS TEMÁTICOS CEBRASPE 
Segurança 
Sugestão de Introdução: 
Artigo 144 da Constituição Federal: 
A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, 
é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas 
e do patrimônio. 
 
Redação | Júlio Raizer 
focusconcuros.com.br 6 
Economia 
Sugestão de Introdução: 
Artigo 170 da Constituição Federal: 
A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre 
iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames 
da justiça social, observados os seguintes princípios: soberania nacional, 
propriedade privada, função social da propriedade, livre concorrência, entre 
outros. 
. 
 
Sociedade 
Sugestão de Introdução: 
Artigo 193 da Constituição Federal: 
A ordem social tem como base o primado do trabalho, e como objetivo o 
bem-estar e a justiça sociais. O Estado exercerá a função de planejamento das 
políticas sociais, assegurada, na forma da lei, a participação da sociedade nos 
processos de formulação, de monitoramento, de controle e de avaliação dessas 
políticas. 
 
Relações Internacionais 
Sugestão de Introdução: 
Recentemente, os noticiários de todo o mundo mostraram (espaço 
destinado para citação de situações específicas: guerras, ataques terroristas...). Em 
relação ao tema amplamente divulgado, vale mencionar dois princípios da 
República Federativa do Brasil, que regem nossas relações internacionais 
____________________________________________ e _______________________________________ 
 
Artigo 4º da Constituição Federal: 
I - independência nacional; 
II - prevalência dos direitos humanos; 
III - autodeterminação dos povos; 
IV - não-intervenção; 
V - igualdade entre os Estados; 
VI - defesa da paz; 
VII - solução pacífica dos conflitos; 
VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo; 
IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade; 
X - concessão de asilo político. 
Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a integração 
econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à 
formação de uma comunidade latino-americana de nações. 
Redação | Júlio Raizer 
focusconcuros.com.br 7 
Energia 
Sugestão de Introdução: 
Conceito: cbie.com.br e Artigo 20 da Constituição Federal: 
Boa parte da energia global ainda é gerada por meio da queima de 
combustíveis fósseis. Nos últimos anos, houve um aumento na procura de fontes 
de energia que geram baixa emissão de gases na atmosfera, como hidrelétricas. 
Vale lembrar que no Brasil, os potenciais de energia hidráulica são bens da União. 
 
Tecnologia 
Sugestão de Introdução: 
Artigo 218 da Constituição Federal: 
O Estado promoverá e incentivará o desenvolvimento científico, a pesquisa, 
a capacitação científica e tecnológica e a inovação. A pesquisa científica básica e 
tecnológica receberá tratamento prioritário do Estado, tendo em vista o bem 
público e o progresso da ciência, tecnologia e inovação, enquanto a pesquisa 
tecnológica voltar-se-á preponderantemente para a solução dos problemas 
brasileiros e para o desenvolvimento do sistema produtivo nacional e regional. 
 
Educação 
Sugestão de Introdução: 
Artigo 205 da Constituição Federal: 
A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida 
e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno 
desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua 
qualificação para o trabalho. 
 
Saúde 
Sugestão de Introdução: 
Artigo 196 da Constituição Federal: 
 A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas 
sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos 
e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, 
proteção e recuperação. 
 
Meio Ambiente 
Sugestão de Introdução: 
Artigo 225 da Constituição Federal: 
Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de 
uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder 
Redação | Júlio Raizer 
focusconcuros.com.br 8 
Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e 
futuras gerações. 
 
Política 
Tarefa: 
Pesquise o conceito do termo e elabore um modelo de introdução. 
 
ESQUELETO DE REDAÇÃO 
Atenção para as dicas da aula. Use o espaço abaixo para anotações sobre o 
Esqueleto da Redação: 
 
Leitura Complementar: 
BÔNUS 12 MODELOS DE REDAÇÃO 
 
1.Ética na Administração Pública 
Existem muitas inquietações quando se fala de ética na administração 
pública, pois logo se pensa em corrupção, extorsão, ineficiência, etc. Deve-se ter 
como ponto de referência em relação ao serviço público, um padrão a partir do 
comportamento da atuação dos servidores públicos ou daqueles que estiverem 
envolvidos na vida pública, tendo em vista ser necessário que esse padrão seja 
ético, um comportamento que viabilize o julgamento de valores 
A questão da ética pública deve estar relacionada aos princípios 
fundamentais da Constituição Federal de 1988, relacionando o comportamento 
do ser humano em seu meio social, no condicionamento da AdministraçãoPública pelos princípios da: legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade 
e eficiência. 
Nos meios de comunicação, a corrupção no Brasil é um dos principais 
problemas no setor público, afetando assim, a ética. Não se pode falar de ética e 
impessoalidade, sendo sinônimos de igualdade, sem falar de moralidade. 
O principio da moralidade na administração pública deve abranger a ideia 
de que o fim é sempre o bem comum, ou seja, compreender que não deve limitar-
se à motivações individuais de particulares e sim da sociedade como um todo. 
Hoje a opinião pública cobra um comportamento ético no serviço público. 
A crítica feita pela sociedade, de certo, como todo senso comum é imediatista e 
baseada em uma visão superficial da realidade, que entre outras coisas, trabalha 
com generalizações, colocando no mesmo rol: servidores, gerentes e políticos. De 
fato, sabe-se que essa é uma realidade complexa e que precisa ser analisada com 
cautela e visão histórica. 
 
 
Redação | Júlio Raizer 
focusconcuros.com.br 9 
2.Terrorismo 
O terrorismo é o nome dado a protestos violentos realizados por grupos ou 
indivíduos que objetivam transformar ordens do governo, bem como o próprio 
governo, por meio do pânico, gerando decisões precipitadas e radicais. 
Nos dias atuais o terrorismo é visto e praticado de forma diferente com que 
se manifestava antigamente, pois exige planejamento, objetivos em foco, 
recursos financeiros e a presença de guerreiros. Acredita-se que atos terroristas 
são financiados por pessoas bem sucedidas que simpatizam com o movimento, 
por pessoas ligadas ao governo que tentam secretamente destruir algo e ainda 
pessoas envolvidas com o tráfico de drogas. Os terroristas utilizam explosivos, 
gases nocivos, vírus, bactérias, materiais radioativos, armamentos atômicos e 
ainda sequestros e assassinatos. 
 
 
3.Cultura do Medo 
O medo é uma reação obtida a partir do contato com algum estímulo físico 
ou mental que gera um alerta no organismo. Este processo dispara uma resposta 
fisiológica que libera hormônios do estresse, como adrenalina e cortisol, 
preparando o indivíduo para lutar ou fugir. 
Antes dessa reação temos a ansiedade, onde o indivíduo teme e sofre por 
antecipação. Na verdade crescemos familiarizados com o medo e desde 
pequenos nossos pais nos incutem algum tipo de medo, como o medo do escuro, 
das pessoas desconhecidas, do homem do saco, do bicho-papão, das bruxas, dos 
fantasmas e assim por diante. Quando crescemos, continuamos sob a cultura do 
medo: medo da morte, medo de se perder numa rua vazia, medo do pecado, 
medo da inflação, medo de tudo. 
A cultura do medo é a melhor forma de manipular as pessoas e muito 
utilizada para controle das massas. Já Maquiavel aconselhava o Príncipe a instigar 
o medo nos seus súditos, porque este era mais potente e duradouro que o amor. 
Governar pelo medo! Esta era a sua orientação, sempre seguida fielmente pelos 
tiranos e opressores. 
 
 
4.Debate Sobre Saúde Pública 
Comenta-se, há algum tempo no país, a respeito da precariedade do 
sistema público de saúde no Brasil. Desde a Constituição Federal de 1988, tornou-
se dever do Estado promover o acesso a um serviço de saúde de qualidade 
gratuitamente a todos que necessitarem, porém os constantes cortes nas verbas 
dos hospitais demonstra o descaso dos governantes para com os direitos da 
população e trazem à tona a importância da reivindicação de mudanças dessa 
realidade por parte dos cidadãos. 
Redação | Júlio Raizer 
focusconcuros.com.br 10 
Em primeiro plano, sabe-se que a instabilidade no cenário político brasileiro 
colaboraram para o desenvolvimento de uma crise econômica que afetou a saúde 
pública. Uma das medidas tomadas para atenuar os problemas no cenário 
financeiro foi diminuir os gastos nesse setor, porém o índice de usuários do SUS 
(Sistema Único de Saúde) cresceu devido ao aumento no número de 
desempregados no país. Segundo o site do G1, pacientes renais, em Pouso Alegre 
– MG, não conseguiam acesso aos remédios que deveriam ser distribuídos 
gratuitamente pelo governo há um mês, não somente prejudicando o tratamento 
daqueles que não possuíam condições de arcar com os custos dos medicamentos 
como ferindo a direito constitucional. 
Outros fatores que contribuem para a crise na saúde são os casos de 
corrupção e a má gestão da verba recebida. Sabe-se que são várias as ocorrências 
de desvios do dinheiro que deveria ser utilizado para manter e melhorar a 
infraestrutura dos hospitais, além dos superfaturamentos de materiais 
hospitalares e a falta de pagamentos aos funcionários. O resultado é um 
atendimento fragilizado e sem qualidade, pois faltam os equipamentos 
necessários, como materiais descartáveis e os aparelhos para realização de 
exames, e os profissionais capacitados para o bom funcionamento de toda a 
estrutura hospitalar. 
Sendo assim, percebe-se que se faz necessário[8] uma reivindicação da 
sociedade por uma melhoria no sistema de saúde público brasileiro. O governo 
não pode, mesmo em tempos de crise, diminuir a verba repassada aos hospitais, 
pois trata-se de um setor importante para toda a população; a solução, seria, 
porém, cortar investimentos de setores não-essenciais à sociedade. Além disso, é 
papel do judiciário conceder penas mais rígidas aos responsáveis por desvio de 
verbas e exigir transparência das gestões, a fim de não permitir a ocorrência de 
uma má administração do dinheiro recebido do Governo Federal 
 
 
5. Redução da Maioridade Penal 
Impunidade. Esse é o sentimento que leva grande parte dos brasileiros a 
defender a redução da maioridade penal para 16 anos. O estado de violência no 
qual estamos inseridos, somado à frequente associação de menores aos atos de 
violência expostos pela mídia, gera um desejo de vingança, que se consuma com 
a prisão desses transgressores das regras morais que regem a sociedade. 
Entretanto, estudiosos e entidades internacionais condenam essa proposta, 
alegando que não reduz a criminalidade. Devemos, então, analisar os dois 
extremos para resolver esse impasse e encontrar a melhor forma de mostrar que 
diminuir a maioridade não é o caminho mais interessante. 
Em primeiro lugar, é importante considerar os principais pontos levantados 
por quem é favorável a esse projeto de lei. É relevante entender isso, pois grande 
parte da população tem se mostrado simpática à proposta. Esse grupo aponta 
que em vários países do mundo a idade para ser julgado como adulto é inferior 
Redação | Júlio Raizer 
focusconcuros.com.br 11 
à do Brasil. Além disso, destaca que, se um jovem de 16 anos é consciente para 
votar, também o é para responder criminalmente por seus atos, principalmente 
aqueles cometidos contra a vida. Os defensores da redução, porém, se esquecem 
de alguns dados importantes nessa discussão, levantados por quem é contrário 
ao projeto. 
Quem discorda da ideia, então, rebate esses argumentos se baseando em 
estatísticas do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) e da Unesco, provando, 
respectivamente, que o sistema prisional é ineficiente – possui índice de 
reincidência de 70% – e não reduz a violência, pois nenhum país teve queda nas 
taxas de criminalidade depois de reduzir a maioridade. Além disso, ainda segundo 
o CNJ, menos de 10% das infrações cometidas por menores são atentados à vida 
– os mais apontados pelos defensores. Destaca-se, também, que o cidadão 
brasileiro é responsabilizado penalmente a partir dos 12 anos e que aos 16 o voto 
é facultativo, não sendo critério definidor de “consciência plena”. Apontam, ainda, 
a tendência de se elevar a maioridade em vários países no mundo, inclusive em 
alguns pontos dos EUA. Tais dados confirmam a necessidade de manutenção da 
atual lei e a inconsistência dos argumentos dos favoráveis à mudança. 
Torna-se claro, portanto, que a redução não é a solução mais adequada e 
que, a fim de resolver os problemas e extinguir de vez essa possibilidade, algo 
precisa ser feito a curto prazo. Quanto à questão emergencial,é importante que 
as autoridades responsáveis façam valer as medidas presentes no ECA (Estatuto 
da Criança e do Adolescente), que preveem, inclusive, a privação de liberdade, 
mas visam à reeducação social desses infratores. A escola também tem papel 
fundamental na formação de cidadãos que respeitem os valores de sua 
sociedade. Por isso, o governo deve observar os ensinamentos de Pitágoras e 
“educar as crianças para que não precisemos punir os adultos”. Assim, poderemos 
vislumbrar um futuro mais esperançoso e seguro para todos. 
 
 
6. Discurso de ódio nas redes sociais 
Terra de ninguém. É assim que se caracteriza o ambiente cibernético. Por 
conta da garantia de anonimato, discursos de ódio já existentes ganharam um 
novo espaço para se propagarem. Nesse sentido, as minorias sociais como, 
negros, índios e homossexuais continuam a ser os principais alvos de ataques na 
internet pela falta de punição adequada aos criminosos. 
Em primeiro lugar, é importante destacar que a origem do “Facebook”, 
segundo o filme “A Rede Social”, foi para denegrir a imagem da ex-namorada de 
Mark Zuckerberg, ou seja, desde o princípio a rede social foi um espaço para 
difamar e humilhar outras pessoas. Nota-se que esse discurso de ódio 
permaneceu, pois recentemente dois casos ganharam muito destaque no Brasil, 
a apresentadora Maju e a filha adotiva do ator Bruno Gagliasso, ambas negras, 
sofreram ataques racistas na internet. Porém, devido a grande quantidade de 
https://descomplica.com.br/artigo/mapa-mental-onu-unesco-oms-e-fmi/43x/
https://descomplica.com.br/artigo/lista-teorema-de-pitagoras/4Kt/
Redação | Júlio Raizer 
focusconcuros.com.br 12 
usuários que propagaram o mesmo preconceito racial, poucos acabam sendo 
punidos pelo crime. 
Além disso, é importante lembrar que o preconceito e a xenofobia sempre 
estiveram presentes na sociedade. O holocausto, o apartheid e a escravidão são 
apenas alguns exemplos de demonstração expressiva do ódio. Ademais, com o 
advento das redes sociais, a intolerância fica mais explícita, pois os agressores 
perdem o medo de expor seus discursos, já que há o benefício do anonimato e a 
distância física da vítima. Acresce que empresas como o “Whatsapp” possuem 
uma sistema de criptografia de dados, o que impede o Poder Público de ter 
acesso a muitos crimes virtuais e dificulta a punição dos criminosos. 
Portanto, é necessário lembrar que discurso de ódio não é liberdade de 
expressão, pois fere a dignidade e integridade humana e, conforme a 
Constituição, deve ser devidamente punido. Assim, faz-se necessário que políticas 
públicas de conscientização sejam feitas pelo Governo Federal como, por 
exemplo, propagandas na televisão, rádio e nas próprias redes sociais, explicando 
como o usuário pode denunciar crimes virtuais. Também é essencial que os 
parlamentares elaborem um projeto de lei que defina as regras de privacidade na 
internet e permita que a polícia tenha acesso a dados e informações em caso de 
inquérito policial, visando diminuir a impunidade no universo virtual. Dessa 
forma, é possível diminuir os casos de intolerância nas redes sociais e garantir 
que os direitos humanos sejam preservados. 
 
 
7. Direitos Humanos 
Ao analisar o tema referente aos direitos humanos vê-se que a sua definição 
é bastante recente. A necessidade de proteger as pessoas contra atos desumanos 
é resultado quase que direto de um contexto histórico singular na história 
humana. Entretanto, mesmo com tais direitos, ainda há países, retrógrados em 
que mulheres e minorias sociais são tratadas de forma desigual ao restante da 
sociedade. 
Historicamente, as primeiras ideias sobre igualdade e direitos naturais 
surgiram com a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. Apesar da 
excluir as mulheres nesse cenário, tal declaração permitia estabelecer o fim 
gradativo de antigos hábitos da idade média, como tortura e perseguição, assim 
como os princípios da Lei de Talião. 
Durante a Segunda Guerra Mundial, no período Nazista, o holocausto 
marcou a história mundial como uma das maiores demonstrações de ódio a 
determinados grupos. Nesse sentido, os direitos humanos foram criados com o 
intuito de proteger os cidadãos da omissão ou ação do Estado. Atualmente, tem-
se uma concepção equivocada de tais direitos, uma vez que, para alguns, a 
expressão "Direitos humanos pra humanos direitos" ainda é considerada. 
Contudo, é válido ressaltar que direitos humanos são universais, ou seja, 
que são aplicados de forma igual e sem discriminação a todos as pessoas. No 
Redação | Júlio Raizer 
focusconcuros.com.br 13 
entanto, em alguns países, tais conceitos não são respeitos. Nessa perspectiva, a 
paquistanesa Malala Yousafzai destacou-se por lutar pelo direito à educação 
feminina em seu país, como também pela igualdade de gênero. 
Torna-se evidente, portanto, que o contexto de discriminação relacionado 
aos direitos humanos é uma problemática a ser resolvida. Segundo o filósofo 
Immanuel Kant, "o ser humano é aquilo que a educação faz dele." Dessa forma, 
o Ministério da Educação, junto com professores, poderia organizar palestras e 
debates com os alunos a fim de ressaltar a importância dessa conquista 
histórica. Além disso, o governo poderia criar órgãos para fiscalizar com mais 
eficiência atos que possam infringir tais direitos, como também estabelecer 
campanhas e punições para tais atos com o objetivo de diminuir a 
discriminação cultural, ética e social. 
 
 
8. A crise na Segurança Pública 
No Brasil hodierno, os desafios em torno do sistema de segurança pública 
apresentam-se como um problema de caráter social que afeta continuamente a 
população. Isso se deve, sobretudo, à falta de recursos e investimentos do poder 
público destinados ao sistema de segurança do País, e, também, à ausência de 
uma educação mais expansiva, que ensine os indivíduos a respeitarem os 
princípios sociais. Logo, são necessárias mais ações dos órgãos governamentais 
e sociais, visando o enfrentamento dessa questão. 
Em verdade, na última década, a questão da segurança pública passou a ser 
considerada problema sério e principal desafio ao estado de direito no Brasil. 
Com isso, os problemas relacionados ao aumento da taxa de criminalidade, o 
aumento da insegurança, sobretudo nos grandes centros urbanos, as 
superlotações nos presídios, somado aos casos de corrupção do país, 
representam os desafios para o sucesso do processo de consolidação política da 
democracia no Brasil. Conforme preconizado por uma pesquisa feita pelo Anuário 
Brasileiro de Segurança Pública de 2016, o Brasil gasta 1,5% do PIB em segurança 
pública, o que é considerado pouco se comparado com países como a França, 
que gasta cerca de 2,0% do PIB com segurança. Dessa maneira, é importante 
ressaltar a necessidade de mais políticas públicas destinadas ao aumento de 
recursos para solucionar os desafios em torno da segurança pública. 
Outrossim, é importante destacar o papel da educação no combate a essa 
temática, já que, assim como preconizado pelo educador brasileiro Paulo Freire, 
se a educação não pode transformar uma sociedade, sem ela tampouco a 
sociedade muda. Evidenciando o poder transformador da educação. No entanto, 
a educação oferecida no Brasil pelo sistema público ainda não é expansiva e de 
qualidade, principalmente, em comunidades carentes, na qual muitos jovens 
acabam recorrendo ao mundo da criminalidade, aumentando os índices de 
violência e prejudicando o sistema público de segurança. 
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Dessa forma, torna-se evidente a necessidade de superar os desafios em 
torno do sistema de segurança do Brasil. Para tanto, o Governo Federal deve criar 
políticas para distribuir mais verbas para melhorar a segurança na sociedade. 
Cabe-lhe, ainda, por meio do Ministério da Educação, investir na escolarização de 
crianças em situação de extrema pobreza, construindo mais escolas públicas, 
voltadas para esta camadada população e realizando campanhas que insiram as 
mesmas no meio escolar, impedindo que estes menores fiquem vulneráveis ao 
mundo do crime. Ademais, cabe às ONGs criar projetos sociais, por intermédio 
de palestras e debates com especialistas, mensalmente, no âmbito social, visando 
incentivar os indivíduos a cobrar melhorias no sistema de segurança dos órgãos 
governamentais. 
 
 
9. Tecnologia e Democracia 
Ao se pensar a respeito da tecnologia e seu impacto na democracia 
brasileira, é preciso afirmar que as pessoas continuam escolhendo seus 
representantes, mesmo sendo pela internet. 
O primeiro fator que deve ser analisado em relação à situação em questão 
é a inserção da população na rede mundial de computadores. Entende-se ,com 
isso, que existe a necessidade de atualização por parte das pessoas ,visto que 
muitos não tem acesso a mesma. 
O segundo fator importante para a reflexão é que nem todas as informações 
transmitidas pela web estão seguras. Pode-se verificar um exemplo disso em 
casos de invasões feitas por hackers em computadores pessoais. 
Além disso, ainda se pode pensar em manipulação de votos através da 
computação para beneficiar determinados casos. Esse é o motivo para se falar a 
respeito de segurança virtual. 
Assim, a necessidade apontada inicialmente se mostra ainda mais premente 
,em virtude dos avanços tecnológicos. Visto que,o panorama da sociedade vem 
se atualizando e fazendo com que mais pessoas sejam inseridas nesse diálogo. 
 
 
10. Os desafios da relação Homem X Meio Ambiente 
Em suas memórias póstumas, Brás Cubas certa vez disse que não teve filhos 
para não transmitir a nenhuma criatura o legado da miséria humana. No que 
tange à preservação ambiental, tal pensamento torna-se assertivo, uma vez que 
a relação entre o homem e o meio ambiente tem se tornado cada vez mais 
deteriorada, evidenciando a degradação ambiental. Nesse sentido, deve-se 
observar as causas de tais atitudes e suas consequências. 
É preciso analisar, antes de tudo, as causas desse desgaste ambiental. A 
partir da revolução industrial que ocorreu no século XVIII, a sociedade passou a 
utilizar cada vez mais os recursos naturais em prol de obter o maior lucro possível 
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com seus produtos industriais, fortalecendo assim o capitalismo. Nesse sentido, 
o homem enxerga a natureza como uma fonte essencial e inesgotável para o seu 
progresso. Entretanto, o meio ambiente não consegue renovar-se no mesmo 
ritmo em que é desgastado, o que torna essa relação danosa e desproporcional. 
Consequentemente, notam-se inúmeros problemas devido ao convívio 
entre o homem e o meio ambiente. Dentre os quais pode-se citar: 
desaparecimento de espécies, poluição de rios e mares, destruição de habitats e 
alterações climáticas. Tais impactos são catalisados pelo consumo atual, uma vez 
que, segundo o sociólogo Zygmunt Bauman, vive-se em uma sociedade de 
consumo, e que este já faz parte do “metabolismo” humano. Assim, é evidenciado 
o colapso em que vive o ecossistema terrestre. 
Fica claro, portanto, a urgência em resolver esse impasse. Primeiramente, é 
preciso que o Ministério do Meio Ambiente desenvolva projetos, em parceria com 
a iniciativa privada, a fim de utilizar os recursos naturais de forma consciente, 
mesclando o progresso financeiro com a preservação ambiental. Ademais, esse 
ministério, em parceria com a Mídia, deve instruir a população, por meio de 
debates e ficções engajadas, a ser menos consumista e potencializar a capacidade 
de reutilizar e reciclar produtos, poupando assim, os recursos naturais. Dessa 
forma, o homem poderá viver em harmonia com o meio ambiente, e deixar um 
legado do qual Brás Cubas iria se orgulhar. 
 
 
11. Mobilidade Urbana 
Desde os incentivos à expansão da política rodoviarista, promovidos por 
Juscelino Kubitschek em seu governo, o Brasil passa por uma valorização 
exagerada do carro, que culminou no problema de mobilidade urbana, uma vez 
que o excesso de veículos impede a fácil locomoção dos indivíduos. Essa situação 
ressalta um contexto de descrédito financeiro com relação aos transportes 
públicos, que têm investimentos insuficientes, assim como as estruturas de 
locomoção a pé; e exaltação do carro como bem fornecedor de status. 
Em primeiro lugar, é possível conceber o diminuto tamanho da malha 
metroviária brasileira como um dos responsáveis pelo estímulo à aquisição de 
carros para a locomoção urbana, já que, com linhas escassas, trens 
desconfortáveis e antigos, grandes metrópoles apresentam opções pouco 
variadas de locomoção. A insuficiência de investimentos atinge também os 
ônibus – que circulam em estado precário – e os caminhos de pedestre, os quais 
apresentam perigo a deficientes, idosos e demais indivíduos com movimentação 
limitada, por conta das calçadas esburacadas. Assim, em busca de conforto e 
segurança, a população opta pela utilização dos automóveis, cuja frota dobrou 
nos últimos dez anos, segundo o Observatório das Metrópoles. 
Por conseguinte, não é incomum observar cidadãos se endividando para 
obter um transporte individual, tanto para suprir a necessidade de deslocamento 
quanto para munir-se do status advindo de tal compra. A noção de luxo que paira 
Redação | Júlio Raizer 
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no imaginário popular ainda tem muito a ver com as ideias proferidas no governo 
de JK perante o excessivo engrandecimento do transporte individual – 
fomentador da implementação das empresas automobilísticas no Brasil. 
Entretanto, seus resultados são vistos até os dias atuais, nos longos 
congestionamentos de horários de pico. De acordo com o jornal O Globo, os 
paulistanos gastam em média 45 dias do ano presos no trânsito, reiterando a 
diminuição da qualidade de vida proporcionada pela má mobilidade urbana. 
Portanto, a fim de facilitar a locomoção urbana no Brasil, as Secretarias dos 
Transportes Metropolitanos de cada estado, as quais são responsáveis pelos 
transportes públicos subterrâneos, devem desestimular a busca pelo transporte 
individual por meio da ampliação de linhas de metrô no território brasileiro e 
barateamento do custo da passagem . As novas linhas deverão ser confortáveis e 
ter bom funcionamento, atraindo os cidadãos brasileiros e, naturalmente, 
fazendo com que a superlotação de automóveis decresça. 
 
 
12. Preconceito Linguístico 
O preconceito linguístico é praticado com base nas diferenças linguísticas 
que existem dentro de um mesmo idioma. No Brasil, especificamente, não se trata 
de um assunto novo, mas que se baseia sobretudo em uma língua padrão, 
próxima àquela falada no centro-sul do país, utilizada como motivação para o 
desrespeito às outras formas de falar. Desse modo, a parte da sociedade que foge 
a esse padrão considerado aceitável sofre represálias e exclusão, sendo tida como 
menos capaz apenas por conta das variedades linguísticas não consideradas. Por 
isso, é imprescindível debater e buscar minimizar os efeitos do problema. 
Mundialmente, o Brasil é considerado um país miscigenado e de cultura 
ampla. Devido a isso, não é raro encontrar, dentro da sociedade brasileira, 
diversas manifestações artísticas, de expressão e, também, linguísticas. As 
variantes faladas no Nordeste, por exemplo, divergem das faladas no Sul, 
contribuindo para a riqueza de um idioma. No entanto, há resistência de parte da 
população em aceitá-las, refletida na criação de um estereótipo de nordestino 
analfabeto ou inferior, cuja fala é considerada errada e, por isso, é tido como 
incapaz. Esse tipo de preconceito acaba constrangendo e excluindo 
regionalmente populações inteiras, alimentando uma intolerância que beira a 
xenofobia e contrariando, assim, o Artigo 3 da Constituição de 1988, que garante 
liberdade de todos, independentemente de raça, cor, etnia, gênero, religião e 
região. 
Ademais, a estereotipação que produz o preconceito linguístico se estende 
a quem possui baixa escolaridade. A crise educacional brasileira nãoé mistério, 
por isso há indivíduos que têm dificuldade de acesso às escolas. Essa deficiência 
educacional é utilizada muitas vezes por outros cidadãos e pela mídia para criar 
um imaginário de fala errada e fala de quem é pobre. A exemplo, a personagem 
Adelaide, do programa humorístico Zorra Total, é tratada comicamente como 
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uma negra, de aparência grotesca e que fala tudo de forma errada com relação à 
norma padrão. Questões assim são uma arma de segregação porque facilitam a 
assimilação populacional de que indivíduos na mesma condição que Adelaide são 
inferiores e devem se envergonhar da forma como falam apenas por ser uma 
maneira pouco convencional dentro do padrão aceito. 
Logo, para evitar maiores danos à liberdade de fala dos brasileiros, medidas 
precisam ser tomadas. O Ministério da Educação deve, por meio de prévia 
modificação dos conteúdos escolares nacionais, incentivar o debate direcionado 
acerca das variantes linguísticas nas aulas administradas por professores de 
português a fim de garantir que o caráter cômico de falas tidas como diferentes 
seja desconstruído na mente dos alunos. Além disso, o Poder Legislativo deve, 
através da votação de uma Lei no Congresso Nacional, proibir a veiculação de 
programas humorísticos que retratem com preconceito figuras nacionais 
estereotipadas, com o objetivo de extinguir o preconceito linguístico propagado 
em rede nacional. 
 
	Redação Para Quem Tem Pressa

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