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Atitudes

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AULA 6: Atitudes 
Psicologia Social AULAS PLENAS 
Referências 
Leitura obrigatória: 
 
RODRIGUES, A.; ASSMAR, E. M. L.; JABLONSKY, B. Atitudes: conceito e formação. In: Psicologia 
social. Petrópolis: Vozes, 2012 
 
Leitura de aprofundamento: 
(a) TORRES, C. V.; NEIVA, E.R. (Orgs.) Atitudes e mudança de atitudes. In: Psicologia Social: Principais 
Temas e Vertentes. Porto Alegre: Artmed, 2011. 
(b) ARONSON, E.; WILSON, T.D.; AKERT, R.M. Atitude e mudança de atitude: influência nos 
pensamentos e sentimentos. In Psicologia Social. 3ª ed. São Paulo: LTC, 2002. 
 
1 - Televisão (Titãs) 
ATITUDES: CONCEITO E FORMAÇÃO 
• Ao tomarmos conhecimento da realidade social, desenvolvemos sentimentos positivos 
[pró], negativos [contra] ou neutros em relação a pessoas e objetos sociais em geral. 
• Atitudes: sentimentos pró ou contra pessoas ou objetos [ou situações] com que entramos 
em contato. 
• Importância: Segundo Znaniecki e Thomas (1918), a Psicologia Social é o estudo científico 
das atitudes. 
• Formação: aprendizagem, derivados de características da personalidade ou de 
determinantes sociais, formar-se por ativação não consciente ou por processos cognitivos 
(equilíbrio; consonância cognitiva) 
Definição de Atitude: 
“uma organização duradoura de crenças e cognições em geral, dotada de carga afetiva pró ou 
contra um objeto social definido, que predispõe a uma ação coerente com as cognições e afetos 
relativos a este objeto." 
https://youtu.be/EFHPaihbMTY
Importante: esta definição é diferente do entendimento do senso comum sobre 
atitude... 
 
2 - I 
 
COMPONENTES DAS ATITUDES: 
a) O componente cognitivo 
b) O componente afetivo 
c) O componente comportamental 
a) O componente cognitivo 
Para que se tenha uma atitude em relação a um objeto é necessário que se tenha alguma 
representação cognitiva deste objeto. 
“para que haja uma carga afetiva pró ou contra um objeto social definido, faz-se mister que se tenha 
a representação cognitiva deste mesmo objeto. As crenças e demais componentes cognitivos 
(conhecimento, maneira de encarar o objeto, etc.) relativos ao objeto de uma atitude constituem o 
componente cognitivo da atitude.” 
b) O componente afetivo 
Não há dúvida de que o componente mais nitidamente afetivo, definido como sentimento pró ou 
contra um determinado objeto social, é o único característico das atitudes sociais. 
Nisto as atitudes diferem, por exemplo, das crenças e das opiniões que, embora muitas vezes se 
integrem numa atitude suscitando um afeto positivo ou negativo em relação a um objeto e 
predispondo à ação, não são necessariamente impregnados de conotação afetiva. 
Rosenberg (1960) demonstrou experimentalmente que os componentes cognitivo e afetivo das 
atitudes tendem a ser coerentes entre si. 
c) O componente comportamental 
A posição geralmente aceita pelos psicólogos sociais é de que as atitudes possuem um componente 
ativo, instigador de comportamentos coerentes com as cognições e os afetos relativos aos objetos 
atitudinais. 
Para Newcomb, Turner e Converse (1965), as atitudes são propiciadoras de um estado de prontidão 
que, se ativado por uma motivação específica, resultará num determinado comportamento. 
Outros autores (KRECH; CRUTCHFIELD, 1948; SMITH; BRUNER; WHITE, 1956; KATZ; STOTELAND, 
1959): as atitudes são a própria força motivadora da ação. 
 
Vê-se na representação de Newcomb e cols. que as atitudes criam um estado de predisposição à 
ação que, quando combinado com uma situação específica desencadeante, resulta em 
comportamento. 
ATITUDE E COMPORTAMENTO 
De acordo com as teorias psicossociais conhecidas como teorias de consistência (por exemplo, 
Festinger (1957) e Heider (1958)), os três componentes das atitudes devem ser internamente 
consistentes. 
De fato, causaria surpresa verificar-se que alguém é atraído por um objeto que ele considera 
cognitivamente como possuidor de características mais negativas, ou vice-versa. 
Entretanto, não raro se verificam certas inconsistências entre as atitudes e os comportamentos 
expressos pelas pessoas. Para ilustrar esta inconsistência, vejamos o estudo de La Pièrre (1934) que 
aparentemente demonstrou que não há coerência entre atitude e comportamento 
[Este experimento é típico das Formas Psicológicas da Psicologia Social]. 
“No início da década de 30, La Pière viajou por uma parte dos Estados Unidos acompanhado de um 
casal de chineses. Durante a viagem eles pararam em 66 hotéis e 184 restaurantes, sendo atendidos 
por todos os estabelecimentos à exceção de um hotel. Seis meses depois La Pière enviou carta a 
todos os estabelecimentos que havia visitado em sua viagem, perguntando se eles prestariam seus 
serviços a um casal de chineses. Dos 128 que responderam, 92% disseram que recusariam seus 
serviços a chineses.” 
“O comportamento não é determinado apenas pelo que as pessoas gostariam de fazer, mas 
também pelo que elas pensam que devem fazer, isto é, normas sociais, pelo que elas geralmente 
têm feito, isto é, hábitos, e pelas consequências esperadas de seu comportamento.” (TRIANDS, 
1971, p. 14) 
 
Concluímos, pois, de acordo com Newcomb, Turner e Converse (1965) que o comportamento é uma 
resultante de múltiplas atitudes. 
ATITUDES E VALORES 
Valores são categorias gerais dotadas também de componentes cognitivos, afetivos e 
predisponentes de comportamento, diferindo das atitudes por sua generalidade. 
Uns poucos valores podem encerrar uma infinidade de atitudes. O valor religi ão, por exemplo, 
envolve atitudes em direção a Deus, à Igreja, a recomendações específica da religião, à conduta dos 
encarregados das coisas da Igreja etc. 
A característica de generalidade dos valores e de especificidade das atitudes faz com que uma 
mesma atitude possa derivar de dois valores distintos. Assim, por exemplo, uma pessoa pode ter 
uma atitude favorável a dar esmola a um pobre por valorizar a caridade, e outra por valorizar o 
desejo de mostrar-se poderoso e superior. 
Enfoques cognitivos: as teorias do equilíbrio e da dissonância cognitiva 
PRINCÍPIO DO EQUILÍBRIO DE FRITZ HEIDER 
Em 1946, Fritz Heider publicou um artigo intitulado Atitudes e Organização Cognitiva, no qual os 
postulados fundamentais do que posteriormente passaria a ser conhecido como teoria do equilíbrio 
foram apresentados. 
Referência: concepções gestaltistas relativas à percepção de coisas levadas à percepção de pessoas 
(simetria, boa forma, proximidade, semelhança etc.) e objetos aos quais elas estão relacionados. 
Exemplo: 
Em linguagem gestáltica, a percepção de um objeto, x, e uma outra pessoa, o, formam uma relação 
unitária (autor e sua obra são percebidos como um todo indivisível); na situação p gosta de x, p 
gosta de o e o está unido a x, constitui um todo harmonioso cuja boa forma é facilmente percebida 
por p. 
 
• Heider postula que preferimos situações de equilíbrio, mas este equilíbrio não prevalece 
sempre em nossas relações interpessoais. 
• Se o equilíbrio não é atingido e a pessoa não puder mudar uma situação desequilibrada para 
uma situação equilibrada, ela experimentará tensão. 
A TEORIA DA DISSONÂNCIA COGNITIVA DE LEON FESTINGER 
Em 1957, foi publicado pela primeira vez o livro de Leon Festinger intitulado A Theory of Cognitive 
Dissonance. 
Princípio: procuramos um estado de harmonia em nossas cognições. 
O termo cognição, tal como definido anteriormente, refere-se a “qualquer conhecimento, opinião o 
crença acerca do ambiente, acerca da própria pessoa ou acerca de seu comportamento” 
(FESTINGER, 1957). 
As relações entre nossas cognições podem ser relevantes ou irrelevantes. Por exemplo, saber que o 
automóvel A é melhor que o B e comprar o automóvel B constituem um par de cognições relevantes 
e, segundo a teoria, dissonantes. Por outro lado, saber que um automóvel A é melhor que o B, e 
achar melhor andar de taxi é melhor que dirigir o próprio carro, constitui um par de cognições 
irrelevantes.Quando os elementos cognitivos são relevantes, diz-se que estão em dissonância se, considerando-
se apenas os dois, o contrário de um elemento seguir-se do outro. 
“Quando uma pessoa ofende outra, isso põe em movimento processos cognitivos destinados a 
justificar o ato de crueldade. A cognição ‘Ofendi Carlos’ é dissonante com a cognição ‘Eu sou uma 
pessoa decente, direita’. Uma boa maneira de reduzir a dissonância é convencer-nos de que ofender 
Carlos não foi um ato indecente, sem razão de ser, nem um gesto maldoso. Você pode conseguir isso 
fechando os olhos para as virtudes de Carlos e enfatizando seu aspectos negativos, convencendo -se 
que ele é um péssimo ser humano que mereceu ser machucado. Isso seria especialmente eficaz se o 
alvo fosse um vítima inocente de sua agressão”. (ARONSON; WILSON; AKERT, 2002, p.285) 
Um resumo das principais proposições da teria de Festinger foi apresentado por Zajonc (1968, p. 
360-361) de forma muito feliz: 
1. Dissonância cognitiva é um estado desagradável. 
2. Havendo dissonância cognitiva o indivíduo tenta reduzi-la ou eliminá-la e se comporta de forma a 
evitar acontecimentos que a aumentem. 
3. Havendo consonância, o indivíduo se comporta de forma a evitar acontecimentos provocadores 
de dissonância. 
4. A severidade ou intensidade da dissonância cognitiva varia de acordo com a impostância das 
cognições em relação dissonante umas com as outras, e o número relativo de cognições que estão 
em relação dissonante. 
 5. A força das tendências enumeradas em 2) e 3) é uma função direta da severidade da dissonância. 
6. Dissonância cognitiva só pode ser reduzida ou eliminada através de a) acréscimo de novas 
cognições ou b) mudança das cognições existentes. 
7. O acréscimo de novas cognições reduz a dissonância se a) as cognições acrescentadas adicionam 
peso a um lado e assim diminuem a proporção de elementos cognitivos que são dissonantes, ou b) 
as novas cognições mudam a importância dos elementos cognitivos que estão em relação 
dissonante uns com os outros. 
8. A mudança de cognições existentes reduz a dissonância se a) o seu novo conteúdo faz com que se 
tornem menos contraditórias entre si, ou b) sua importância é diminuída. 
9. Se não é possível acrescentarem-se novas cognições ou mudarem-se as existentes através de um 
processo passivo, recorrer-se-á a comportamentos que tenham consequências cognitivas que 
favoreçam um estado consonante de novas informações. 
EXERCÍCIO 
Escolha a alternativa que melhor completa os espaços abaixo: 
A atitude é formada por um componente ____________________ (as crenças), um componente 
______________________ e _____________________________. 
 
A) comportamental, afetivo, reflexivo 
B) cognitivo, emocional, pelo comportamento 
C) volitivo, relacional e afetivo 
D) cognitivo, afetivo, uma disposição à ação 
E) experiencial, emocional, cognitivo 
Ajudando a pensar... 
 
Laranja mecânica (Direção: Stanley Kubrick, 2h16min. 1972) 
Próxima aula: Mudança de Atitude e Influência Social 
Leitura obrigatória: 
RODRIGUES, A.; ASSMAR, E. M. L.; JABLONSKY, B. Psicologia social. Petrópolis: Vozes, 2012. 
Cap. 8: Mudança de atitudes e persuasão. 
Cap. 9: Influência Social. 
 
Leitura de aprofundamento: 
(a) TORRES, C. V.; NEIVA, E.R. (Orgs.) Psicologia Social: Principais Temas e Vertentes. Porto Alegre: 
Artmed, 2011. Cap. 8: Atitudes e mudança de atitudes. 
(b) ARONSON, E.; WILSON, T.D.; AKERT, R.M. Atitude e mudança de atitude: influência nos 
pensamentos e sentimentos. In Psicologia Social. 3ª ed. São Paulo: LTC, 2002.

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