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1 Fichamento 01 - Introdução ao pensamento filosófico Disciplina: Filosofia e ética na Administração Participantes: Gabriel de Carvalho Araújo, Daniel Christian Lemos da Silva e Isabele Maciel da Silva. BONJOUR, Laurence e BAKER, Ann. Filosofia: Textos fundamentais comentados. Porto Alegre: Artmed, 2010 A autora explica como a filosofia é construída como estudo, ela demonstra que esse ramo de estudo abrange questionamentos que estão relacionados ao autoconhecimento e a questões sociais. Adiante, ela lista alguns dos ramos que a filosofia estuda, como a natureza fundamental da realidade (Metafísica), a natureza fundamental das relações (Epistemologia) e a natureza fundamental dos valores (Axiologia). Após contextualizar a Filosofia, a autora cita as duas características principais de um filósofo. Em linhas sequentes, ela explica detalhadamente o que é cada uma dessas palavras, como a alegação que é uma afirmação sobre algo, sendo verdadeiro ou falso, a clarificação que é a capacidade de mostrar de forma específica o que uma alegação significa, e, por fim, a justificação que é a capacidade do filósofo de criar argumentos para acreditar em uma alegação que já foi clarificada. Em um dos trechos subsequentes, a autora define filosoficamente o que é um argumento e como ele é estruturado: a partir de premissas e depois suas conclusões. Uma das habilidades principais de um filósofo é diferenciar o que é premissa do que é conclusão sendo a primeira a alegação feita pelo filósofo e a segunda é feita para dar suporte à primeira. Sendo a ideia central de um argumento é ter premissas que sejam verdadeiras e apoiem a conclusão, do contrário, será um argumento falho. Os exemplos de argumentos falhos são as falácias, algumas delas são citadas pela autora, como a Falácia de afirmar o consequente quando uma premissa é falsa e sua conclusão também é falsa, mas, pela lógica, a afirmação acaba sendo verdadeira, mesmo que na realidade não aconteça. 2 Em alguns parágrafos seguintes, a autora cita dois tipos de argumentos: os argumentos indutivos e os argumentos explanatórios. O primeiro se trata do argumento que é improvável de ser falseado, pois a observação confirma tal argumento, ele é muito usado no meio científico. O segundo também é conhecido como argumento abdutivo, ele parte da premissa de um fato afirmado que deve ser explanado pela melhor alegação, como acontece em explicações de cenas de crime em que o criminoso foge e apenas a vítima e algumas testemunhas, vão existir possíveis explanações para o acontecido. “Temos pensado até agora, através de uma explanação inicial, em duas das habilidades importantes envolvidas no método da filosofia: clarificação e justificação. Consideremos, agora, uma ilustração dessas habilidades, tentando clarificar e justificar a alegação de que estudar filosofia tem valor.” (p.28) A partir deste trecho, a autora irá ilustrar o método filosófico de forma a argumentar e defender que o estudo da filosofia tem valor e, assim, mostrando como uma das alegações feitas no início do capítulo é verdadeira. Após explicar mais detalhadamente sobre o processo de clarificação, a autora passa a esclarecer a etapa da justificação. Com um exemplo simples de alegação, é discorrido acerca da verdade das premissas apresentadas ao justificar a conclusão. ‘’Apenas faça de conta, por um momento, que as premissas são verdadeiras. Se elas são verdadeiras, a verdade das premissas torna a conclusão provável ou até mesmo certa de ser verdadeira?’’ (p. 27) ● Nessa percepção, as possibilidades quanto a classificação das premissas e da conclusão como verdadeiras ou falsas é analisada, principalmente, sobre as perspectivas de ambas serem verdadeiras e a alegação principal ser falsa ou desta ser verdadeira, enquanto que os componentes justificativos serem falsos. Posteriormente, é destacado a relevância da existência de objeções em uma argumentação. A autora ressalta como uma argumentação pode se tornar mais forte ao se considerar as adversidades nela contidas. Uma vez que uma argumentação 3 não se atenta para o lado negativo, há a possibilidade de que o seu poder de convencimento seja menor caso apresentasse perspectivas diferentes e objeções. Objeções, como dito pela autora, geralmente é visto como um argumento fraco ou nem sendo um argumento, mas não se deve olhar para as objeções por esse escopo. As objeções devem ser consideradas como ajudantes do argumento principal, como um artigo que apresenta uma opinião, inserindo nele possíveis objeções contrárias e respondendo elas. Desta forma, irá convencer mais pessoas do que um artigo em que essa estratégia não seja aplicada. Pode ser usado não só para esse exemplo, mas também para você criar argumentos mais fortes. Além disso, o uso de objeções pode ajudar a clarificar mais ainda as alegações e todas as premissas. Posteriormente, a autora cita o uso de contraexemplos para tentar argumentar contra uma alegação, mas em casos de argumentos que não possam ser comprovados amplamente (Exemplo, Argumentos científicos), esse tipo de objeção não oferece uma forma conclusiva de se é verdadeira ou falsa a objeção. Diante disso, a autora passa a discorrer sobre como qualquer indivíduo pode pensar de forma filosófica, relacionando tudo à concentração empregada na leitura ou assuntos filosóficos. Basicamente, isso acontece através de compreender inteiramente e imaginar possíveis aberturas para objeções e validação dos argumentos - seja em uma leitura, em debates filosóficos ou em outros meios. Nesse sentido, se atentar aos argumentos e objeções, das diferentes partes e opiniões, conseguindo distinguir quem é a favor e quem não é, são os pontos principais de pensar de forma filosófica. Desse modo, avaliar o discurso filosófico e entender as premissas, com argumentos e como são construídos, se torna difícil e, a fim de demonstrar como pode ser feito, são apresentados dois exemplos, demonstrando como a imaginação e a análise são necessárias para ler e compreender um texto filosófico - sendo um do mesmo livro e o outro de um livro de Locke.
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