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SUBJETIVISMO NA ÉTICA · A IDEIA BÁSICA DO SUBJETIVISMO ÉTICO “As pessoas têm opiniões diferentes, mas, no que diz respeito à moral, não há “fatos” e ninguém está “correto”. As pessoas apenas sentem de maneira diferente [...]” “Esse é o pensamento básico por trás do subjetivismo ético. O subjetivismo ético é a ideia segundo a qual as nossas opiniões morais são baseadas em nossos sentimentos e nada mais. Sob esse ponto de vista, não há uma tal coisa como o “objetivamente” certo ou errado.” · A EVOLUÇÃO DA TEORIA “Ela começou como uma ideia simples – nas palavras de David Hume, de que a moralidade é uma questão de sentimento e não de fato. Mas, ao mesmo tempo em que objeções foram levantadas contra a teoria e seus defensores tentaram responder a elas, ela se tornou mais sofisticada.” PRIMEIRO ESTÁGIO O subjetivismo simples não pode dar conta das discordâncias: O argumento pode ser resumido assim: quando uma pessoa diz “X é moralmente aceitável” e uma outra pessoa diz “X é moralmente inaceitável”, elas discordam. Contudo, se o subjetivismo simples for correto, não pode haver discordância. Portanto, o subjetivismo simples não pode ser correto O subjetivismo simples implica que nós estamos sempre certos: Na medida em que alguém está honestamente representando os seus sentimentos, seu julgamento moral é sempre correto. Mas isso contradiz o fato certo de que nós algumas vezes cometemos enganos em ética. Portanto, o subjetivismo simples não pode ser correto SEGUNDO ESTÁGIO “A versão melhorada se tornou conhecida como emotivismo. O emotivismo foi popular em meados do século XX, devido em grande parte ao trabalho do filósofo americano Charles L. Stevenson (1908-1979).” “De acordo com o emotivismo, contudo, a linguagem moral não é uma linguagem para declarar fatos; não é feita para transmitir ou informar. Ela é usada, primeiro, como um meio de influenciar o comportamento das pessoas” “o emotivista, os julgamentos morais têm duas funções: expressar as próprias atitudes e tentar influenciar as atitudes e a conduta das outras pessoas.” “Ainda que o emotivismo seja uma melhoria em relação ao subjetivismo simples, ambas as teorias implicam que nossos julgamentos morais, em algum sentido, estão além de qualquer objeção. Para o subjetivismo simples, nossos julgamentos não podem ser criticados porque eles simplesmente não são julgamentos; eles são meramente expressões de nossas atitudes que não podem ser falsas. Esse é um problema para o emotivismo. Um outro problema é que o emotivismo não pode explicar o papel que a razão desempenha na ética” · O PAPEL DA RAZÃO NA ÉTICA “r. Nós não podemos fazer alguma coisa boa ou má somente querendo que seja assim, porque a nossa vontade não pode determinar o que são as razões. Isso também explica a nossa falibilidade. Podemos estar errados sobre o que é bom ou mau porque podemos estar errados sobre o que a razão recomenda. A razão diz o que ela diz, a despeito de nossas opiniões ou desejos.” · A QUESTÃO DA HOMOSSEXUALIDADE “A homossexualidade não é meramente sobre com quem você faz sexo; é sobre por quem você se apaixona. Pessoas gays se apaixonam do mesmo modo que pessoas heterossexuais se apaixonam. E, como heterossexuais, gays amiúde querem estar com, viver com e construir uma vida com a pessoa que amam. Dizer que os homossexuais não devem agir de acordo com seus desejos é, portanto, condená-los a uma vida frustrada. Deve-se acrescentar que pessoas gays não podem evitar a frustração com a escolha de se tornarem heterossexuais. Homossexuais e heterossexuais descobrem quem são após eles terem uma certa idade; ninguém decide por qual sexo quer ter atração. “ “A lei nos Estados Unidos certamente discrimina os gays. Ademais, em muitos outros lugares, as leis são ainda mais extremas. Em 76 países, o sexo gay é ilegal. Em alguns países, a punição é a morte.” “O ponto mais importante concerne à natureza do pensamento moral. O pensamento moral e a conduta moral são uma questão de pesar razões e de ser guiado por elas. Mas ser guiado por razões é uma coisa diferente de seguir os próprios sentimentos. “
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