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Resumo - Remédios constitucionais

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Remédios Constitucionais
Habeas Corpus 
Foi a primeira garantia de direitos fundamentais, concedida por João Sem Terra na Magna Carta de 1215 e depois foi formalizada pelo Habeas Corpus Act, em 1679. 
No brasil ela apareceu a primeira vez com Dom Pedro I, em 1821 através de um alvará que assegurava a liberdade de locomoção. A termologia só foi aparecer no Código Criminal de 1830. Foi garantido constitucionalmente a partir de 1891. A Lei n. 2.033, de 20.09.1871 (art. 18) ampliou o HC também para beneficiar estrangeiro. Perdura até hoje, na CF/88 está presente no Art. 5°, LXVIII:
“conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder;”
Ele foi inicialmente utilizado para garantir não só a liberdade física, mas também as que tinham como pressuposto básico a locomoção (“Teoria Brasileira do Habeas Corpus”), foi com o advento da Reforma Constitucional de 1926 que a garantia passou somente para os casos de lesão ou ameaça de lesão à liberdade de ir e vir.
O autor da ação de habeas corpus recebe o nome de impetrante, o indivíduo em favor do qual se impetra paciente (pode ser o impetrante), a autoridade que pratica a ilegalidade ou abuso de poder é autoridade coatora ou impetrado.
A ação pode ser formulada sem advogado, não tendo de obedecer a nenhuma formalidade processual ou instrumental, sendo, por força do Art. 5°, LXVIII gratuito 
Pode ser impetrado para: Trancar ação penal ou inquérito policial, bem como em face de particular, como um paciente internado ilegalmente em hospital psiquiátrico. 
Espécies: Será preventivo quando alguém se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sula liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder, ou seja, a restrição ainda não se consumou. Pode-se obter um “salvo-conduto” (documento que autoriza alguém a viajar e transitar livremente) para garantir seu direito de ir e vir. 
Será liberatório ou repressivo, para cessar a violência ou coação que já se consumou. 
Competência: O órgão competente depende da autoridade coautora, a constituição prevê algumas situações atribuindo previamente a competência a tribunais, em razão do paciente 
Vide: Art. 102, I, “d”, “I”
Art. 102, II, “a”
Art. 105, I, “c” (existem + esses acima são apenas exemplos). 
Habeas Data 
Introduzida pela CF/88 no Art. 5°, LXXII: 
conceder-se-á habeas data:
a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público;
b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo;
Esse remédio é regulamentado pela Lei n. 9.507/1997, que tem como objetivo disciplinar o direito a acesso a informação, constantes de registros ou banco de dados de entidades governamentais ou de caráter publico para conhecimento ou ratificação, todas referente a dados pessoais, concernentes à pessoa de impetrante. O art. 7° dessa lei, coloca o Habeas Data para uma hipótese não presente na constituição:
III - para a anotação nos assentamentos do interessado, de contestação ou explicação sobre dado verdadeiro mas justificável e que esteja sob pendência judicial ou amigável.
A HD 1147 – DF (2006/0224991-0) reconheceu a possibilidade dos herdeiros usar o HD para obter dados sobre parente falecido. 
Segundo a Súmula 2 do STJ e o Art. 8° da lei regulamentadora, exige-se prova da recusa de informação pela autoridade sob pena de, inexistindo pretensão resistida, a parte ser julgada carecedora de ação, por falta de interesse processual.
O art. 21 da Lei de Habeas Corpus e Art. 5°, LXXVII garantem que o HD é gratuito. 
Competência: Assim como o HC estão previstos na CF/88 (Art. 102, 105, 108, 109, 121 e 125) e na lei regulamentadora em seu Art. 20. 
Mandado de Segurança
É criação brasileira; uma ação constitucional de natureza civil, qualquer que seja o ato impugnado, seja ele administrativo, seja ele jurisdicional, criminal, eleitoral, trabalhista etc. 
Foi constitucionalizado em 1934, permanecendo nas constituições seguintes, com exceção da de 1937. Suas regras gerais estão regulamentadas pela Lei 12.016/2009.
Abrangência: segundo o Art. 5°, LXIX:
conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público;
Então, excluindo os direitos inerentes à liberdade de locomoção e ao acesso ou retificação de informações relativas a pessoa impetrante, através do mandado de segurança, busca-se a invalidação de atos de autoridade ou a supressão dos efeitos da omissão administrativa, geradores de lesão a direito liquido e certo, por ilegalidade ou abuso de poder. Direito líquido e certo é aquele que pode ser demonstrado de plano mediante prova pré-constituída, sem necessidade de qualquer outra, ou seja, não cabe prova testemunhal, 
pericial etc. Pode ser pedido por pessoa física, jurídica, ente despersonalizado e coletivo.
Competência: dependerá da categoria da autoridade coatora e sua sede funcional, sendo definida na CF e na lei regulamentadora. 
O MS pode ser repressivo se ilegalidades ou abusos de poder já praticados. Ou Preventivo, quando ainda não ocorreu, mas se sente a ameaça. 
Mandado de Segurança Coletivo 
Visa a proteção de direito liquido e certo, não amparado por HC e HD, contra atos ou omissões ilegais ou com abuso de autoridade, biscando a preservação ou reparação de interesses transindividuais, sejam os individuais homogêneos, sejam coletivos. Pode ser impetrado, como diz o Art. 5°, LXX, por:
 o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por:
a) partido político com representação no Congresso Nacional;
b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados;
Art. 21 da Lei n. 12.016/2009: 
Art. 21.  O mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por partido político com representação no Congresso Nacional, na defesa de seus interesses legítimos relativos a seus integrantes ou à finalidade partidária, ou por organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há, pelo menos, 1 (um) ano, em defesa de direitos líquidos e certos da totalidade, ou de parte, dos seus membros ou associados, na forma dos seus estatutos e desde que pertinentes às suas finalidades, dispensada, para tanto, autorização especial. 
Parágrafo único.  Os direitos protegidos pelo mandado de segurança coletivo podem ser: 
I - coletivos, assim entendidos, para efeito desta Lei, os transindividuais, de natureza indivisível, de que seja titular grupo ou categoria de pessoas ligadas entre si ou com a parte contrária por uma relação jurídica básica; 
II - individuais homogêneos, assim entendidos, para efeito desta Lei, os decorrentes de origem comum e da atividade ou situação específica da totalidade ou de parte dos associados ou membros do impetrante. 
Segundo Michel Temer, os dois principais objetivos do mandado de segurança coletivo são: Fortalecimento das organizações classistas e “pacificar as relações sociais pela solução que o judiciário dará a situações controvertidas que poderiam gerar milhares de litígios com a consequente desestabilização da ordem social”.
O mandado de segurança não é gratuito, porém não tem condenação aos honorários sucumbenciais.
Mandado de Injunção 
É um instrumento de controle concreto ou incidental de constitucionalidade da omissão, voltado à tutela de direitos subjetivos. Introduzido pelo constituinte originário em 1988, no Art. 5°, LXXI 
conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania;Hoje com Lei especial: Lei 13.300/2016 (LMI) 
Os dois requisitos constitucionais são:
 - Norma constitucional de eficácia limitada, prescrevendo direitos, liberdades constitucionais e prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania. 
 - Falta de norma regulamentadora, tornando inviável o exercício dos direitos, liberdades e prerrogativas acima mencionada (omissão). 
Trata-se, então, de normas constitucionais de eficácia limitada, aplicabilidade mediata e reduzida, dividindo-se em dois: a) normas de eficácia limitada, declaratória de princípios constitutivos ou organizativos – criam órgãos (arts. 91, 125, §3°, 131...) e b) normas declaratórias de princípios programáticas – veiculam programas a serem implementados pelo Estado (arts. 196, 215, 218, caput...) 
Omissão Total – quando a inércia é absoluta, ou seja, o preceito constitucional de eficácia limitada não foi disciplinado. Ex. Art. 37, VII CF/88 que assegura o direito a greve 
Omissão Parcial – quando a regulamentação feita é insuficiente. Ex. Art. 7°, IV CF/88 que assegura o salário-mínimo. 
São legitimados ativos para o MI individual como impetrantes, pessoas naturais ou jurídicos que se afirmam titulares dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, soberania e cidadania. 
São legitimados ativos para a impetração de MI coletivo como impetrantes, o Ministério Público, partido político com representação no Congresso Nacional, organização sindical, entidade de classes ou associação legalmente constituída e em funcionamento a pelo menos 1 ano e a Defensoria Pública. Como previsto no Art. 12, I a IV do LMI
Competência: Prevista na Própria Constituição nos arts. 102, 105, 121 e 125. 
Ação Popular 
Elevada a nível constitucional em 1934, retirada da Constituição de 1937, retorna em 1946 e permanece até os dias atuais, prevista no Art. 5°, LXXIII: 
qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência;
“A ação popular garante, em última análise, o direito democrático de participação do cidadão na via pública, baseando-se no princípio da legalidade dos atos administrativos e no conceito de que a coisa pública é patrimônio do povo; [...]” – Ada Pellegrini Grinover
Lei n. 4.717/1965 recepcionada pela CF/88, regulamenta a ação popular. 
Requisitos: Deve haver lesividade ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente, ao patrimônio histórico e cultural. 
Desde que presentes os requisitos legais, é possível a concessão de liminar, podendo a ação popular ser tanto preventiva, visando evitar atos lesivos, como repressiva, buscando ressarcimento do dano, a anulação do ato, recomposição do patrimônio público lesado, indenização etc. 
Por lesividade deve também se entender ilegalidade. 
Somente poderá ser autor da ação popular o cidadão, assim considerado o brasileiro nato ou naturalizado, desde que esteja me pelo gozo de seus direitos políticos, comprovado por meio do Título Eleitoral ou documento similar, com isso em mente, podemos compreender que aquele entre 16 e 18 anos que possua Título de Eleitor, pode ajuizar a ação popular sem a necessidade de assistência, porém, sempre por advogado. 
Competência: presente no Art. 5° da Lei regulamentadora.
O autor da ação é isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência salvo comprovada má-fé. 
Fontes: 
· Direito Constitucional Esquematizado – Pedro Lenza, 24° edição, capítulo 14. 
· Aula de Teoria Constitucionais e Direitos Fundamentais – Professor Joao Carlos Lima Santini – Faculdade Estácio de Sá Santo André.
· Constituição da República Federativa do Brasil 1988.
· Leis Complementares citadas no texto. 
· Imagens de https://liciniarossi.com.br/mapas-mentais/
Esther Giriotas
Maio/2021

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