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TEORIA GERAL DA PROVA

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Por: Clarissa Cavalcante @clarissacavalcantee 
 
 
 
 
 
 
TEORIA GERAL DA 
PROVA 
É por meio das provas que o juiz terá 
elementos para decidir sobre a veracidade e a 
credibilidade das alegações. 
Luiz Fux: a prova é o meio através do qual as 
partes demonstram, em juízo, a existência dos 
fatos necessários a definição do direito em 
conflito. Provar significa formar a convicção do 
juiz sobre a existência ou inexistência dos 
fatos relevantes para a causa” 
OBJETO DA PROVA 
O objeto da prova são exclusivamente as 
alegações/fatos litigiosos; 
O objeto da prova não será o direito municipal, 
estadual, consuetudinário ou estrangeiro, mas 
sim as alegações da parte interessada; 
Os fatos devem ser relevantes e 
controvertidos; 
Mesmo entre os fatos relevantes, há alguns 
que não precisam ser comprovados: 
• Art. 374. Não dependem de prova 
os fatos: 
I - notórios; aqueles de conhecimento geral, 
que é sabido pelas pessoas da região que o 
fato ocorre/ocorreu; 
II - afirmados por uma parte e confessados 
pela parte contrária; 
III - admitidos no processo como 
INCONTROVERSOS; OBS: há fatos 
incontroversos que dependem de prova (art. 
341 e 345 CPC) 
 
 
 
 
 
 
IV - em cujo favor milita presunção legal de 
existência ou de veracidade: há casos em 
que o legislador faz presumir de maneira 
absoluta ou relativa, a veracidade dos fatos. 
Se a presunção for relativa, o adversário é que 
poderá demonstrar a inveracidade. 
ÔNUS DA PROVA 
Em regra, o ônus da prova deve ser utilizado 
apenas nos casos de dúvida invencível, o juiz 
deve usar primeiro os poderes que o art. 370 
concede-lhe, e posteriormente, diante de 
duvida insanável, recorre-se ao art. 373. 
Art. 370: Caberá ao juiz, de ofício ou a 
requerimento da parte, determinar as provas 
necessárias ao julgamento do mérito. 
Art. 373: O ônus da prova incumbe: 
I - ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu 
direito; 
II - ao réu, quanto à existência de fato 
impeditivo, modificativo ou extintivo do direito 
do autor. 
As partes não tem o dever de produzir provas, 
mas o ÔNUS de fazê-lo. 
Ônus são aquelas atividades que a parte 
realiza no processo em seu próprio benefício; 
Antes do ônus de provas, as partes têm o 
ônus de alegar. Este antecede o de provar, 
porque o objeto da prova são os fatos 
alegados/alegações. 
Em regra, a prova de um fato é de 
competência de quem a alegou. 
Aspectos subjetivo e objetivo do ônus da 
prova: 
Provas 
Por: Clarissa Cavalcante @clarissacavalcantee 
• Distribuição e inversão do 
ônus da prova 
A regra é de que a prova de um fato é de 
competência de quem a alegou. Ou seja, a 
quem interessar a demonstração/alegação do 
fato, a esta caberá o ônus de comprova-lo. 
 
Mas pode ocorrer uma inversão da 
distribuição ônus da prova. 
 
A inversão do ônus pode ser legal, 
convencional ou judicial. 
 
A inversão é feita em favor de uma das partes 
e em detrimento da outra. Assim, se feita em 
favor do autor, quem deverá provar é o réu e 
vice versa. 
 
Isso ocorre também pra sentença, ex.: a falta 
de provas que levaria à procedência, com a 
inversão pode levar à improcedência, e vice-
versa. 
 
❖ Inversão convencional 
Art. 373, § 3º: A distribuição diversa do ônus 
da prova também pode ocorrer por 
CONVENÇÃO DAS PARTES, SALVO 
QUANDO: 
I - recair sobre direito indisponível da parte; 
II - tornar excessivamente difícil a uma parte o 
exercício do direito. 
Nem será permitida também: 
- Quando o direito for indisponível; 
- Quando a convenção tornar excessivamente 
difícil a uma parte o exercício do direito. 
Fora essas exceções, a convenção sobre o 
ônus da prova é permitida. 
❖ Inversão legal – Presunção e 
máximas de experiências 
A inversão legal decorre de uma presunção; 
 
As presunções não são meios de prova, mas 
formas de raciocínios que deduzem um fato 
conhecido e permite provar outro, que se quer 
demonstrar. 
Existem as presunções legais e 
judiciais/simples; 
As presunções legais são estabelecidas 
pelo legislador. 
As presunções simples/judiciais são as que 
decorrem da observação sobre o que 
normalmente acontece. São fundadas em 
máximas de experiencias, estes são 
conhecimentos adquiridos pelo juiz ao longo 
da vida e da sua experiencia profissional e 
social, fundadas no que normalmente 
acontece. 
As presunções não precisam ser provadas; 
❖ Presunção absoluta: não admite prova 
em contrário; 
❖ Presunção relativa: dispensa prova 
de quem a alega, mas admite do 
adversário. Aqui há, portanto, 
inversão. 
Inversão judicial 
Quando a lei permite que o juiz altere as 
regras legais de distribuição do ônus da prova. 
Ex 1: Art. 6°, VIII – Permite inverter o ônus da 
prova em favor do consumidor sempre que, a 
critério do juiz, for verossímil a alegação ou 
quando for ele hipossuficiente. 
Obs.: Ocorre a inversão judicial 
propriamente no caso do juiz constatar a 
HIPOSSUFICIÊNCIA DO CONSUMIDOR. 
Considera-se a hipossuficiência técnica e 
econômica. Ou seja, quando o juiz verificar 
que a produção da prova seria mais difícil ao 
consumidor em razão dessas 
hipossuficiências. 
Ex. 2 – Possibilidade de inversão em razão da 
excessiva dificuldade da parte que, 
Por: Clarissa Cavalcante @clarissacavalcantee 
naturalmente iria produzir prova ou quando 
fosse o caso da parte adversária ter bastante 
facilidade em produzir prova contrária. 
• Momento da inversão do 
ônus da prova 
O assunto não é pacifico; 
A doutrina se diverge entre: 
a) O momento adequado deveria ser na 
sentença – aspecto OBJETIVO 
Quando o julgador avalia o conjunto 
probatório e vê quem faltou com seu dever de 
comprovar os fatos do processo e por isso 
ficou prejudicado por essa omissão. 
O juiz pode avisar antes, no saneamento do 
processo, a possibilidade da inversão do ônus 
na sentença, para advertir as provas. 
b) O momento adequado seria no 
saneamento do processo – 
SUBJETIVA 
Aqui as partes saberiam de antemão a quem 
caberia a produção da prova; 
Aqui há a possibilidade de evitar ainda mais a 
ofensa ao contraditória e à ampla defesa; 
O juiz pode avisar desde aqui a possibilidade 
da inversão do ônus na sentença, para 
advertir as provas. 
aspecto Subjetivo: 
• Constitui distribuição de encargos entre 
as partes; 
• Cada qual deve provar as alegações 
que a formulou para convencer o juiz; 
• A parte competente de produzir o ônus 
deve saber as consequências 
negativas do descumprimento. 
ASPECTO objetivo: 
• Dirigida ao juiz para orientar o 
julgamento; 
• Ele não pode eximir-se de sentenciar, 
alegando a impossibilidade da sua 
convicção, não pode proferir o non 
liquet;

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