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Conceitos Psicomotores

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UN IFEN AS - Fac uldade de P s ico lo gia - C a mp us de Var ginha 
D isc ip lina : P s ico mo tr ic idade 
Doce nte : F la via na N é ias B ue no 
 
CON C EI TOS PS I COM OTOR ES 
 
 O de se nvolv iment o psic o motor a c ontec e dentro de um processo contínuo e de e voluç ã o grada tiva. 
A e stimu la ç ã o é funda menta l pa ra que haja c o nsc iência dos mov imentos c orp ora is integrados c om sua 
emoçã o e expressados por e sse s movime ntos. A fas e ma is imp orta nte pa ra trabalhar c om todos os 
as pe c tos do de se nvolv ime nto (m otor , c ogn it iv o e sócio-e moc iona l) é na fa ixa e tária que c ompre ende do 
na sc ime nto a té os 7 a nos, a proximadamente . É ne sse pe ríodo q ue s e insta la m a s pr inc ipa is d if ic u lda de s 
em todas a s áre as de rela ç ão com o me io ao qua l está inserido e q ue , se nã o fore m e xp lorada s e 
trabalhada s no tempo c erto, ce rtamente trarão prejuízos c omo d if ic u lda de s na motricida de , na e sc rita, na 
le itura, na fa la , na s oc ia liza ç ã o, e ntre outros. 
Após e ste pe ríodo , c om tod o o trabalh o de e s timu la ç ã o, há um re finamento de s uas c a pac idade s 
bá sica s , refinamento es se possíve l apena s com a boa inte gr idade de sua s c onduta s motora s, 
cogn it ivas/intele ctua is e emocio na is. N e sta lin ha, d iv id iremos os c onc e itos psic o motores e m fu nc iona is e 
rela c iona is. 
A Psic omotr ic ida de fa z-se nec e ss ária ta nto pa ra pre ve nç ã o e trata me nto da s dif ic u lda de s q ua nto 
pa ra a e xplora çã o do potenc ia l a t ivo de c a da um. 
 
 - CO NCEITO S FUNCION AIS 
 
 Estes conce itos re fe rem-se à que la s c uja aç ã o, qualidade e me nsuraç ão são possíve is de se r 
pe rce bida e que c onjuntame nte formam a integra liza çã o motora d o se r humano num e spaç o e num te m po 
enquadrado. 
 
 Es que ma Co rpo ral e I mage m C o rpo ral 
 O esque ma corporal é um ele mento bá sic o in d ispe nsá vel para a formaçã o da pe rsona lidade da 
cria nç a . Segundo WALLON (1966) , é a re prese ntaçã o rela tivamente g lo ba l, c ie nt íf ic a e difere ncia d a que 
a c ria nça te m de s e u próprio corpo. 
A própr ia cria nç a pe rce be -se e pe rce be os s eres e as c oisa s que a c e rca m, em funç ã o de sua 
pe ssoa. Sua personalida de s e de se nvolverá gra ça s a uma progress iva toma da de c ons ciê nc ia de s eu corpo, 
de s eu se r, de sua s pos sibilidade s de a gir e tra nsforma r o mundo à sua volta . 
P ode mos c onside ra r c omo dua s fac es de um mesmo fenôme no : 
1 - O c onhe c ime nto de s e u c orpo, a unida de de suas dife re nte s pa rtes e a possibilidade de agir; 
2 - A fa c ilidade ou a dif ic u ldade do se r e m r ec onhec er-se , ace itar -se , re sponsabiliza r-s e por si. 
O proc e sso de evoluç ã o da noçã o do cor po huma no ac onte ce de sde que nas cemos a té o 
envelhe c ime nto. A c riança que se se nte be m c om se u c orpo é c apaz de situar s eus membros uns e m 
rela ç ão aos outros, faze ndo u ma tra nspos iç ã o de suas des c obe rta s; e progre ss ivamente , loc a liza rá os 
ob jetos , a s pess oas, os a contec ime ntos em re la ç ão a s i, depo is e ntre ele s. 
 
A ima ge m c orpora l é a perc e pção / figuraç ão do própr io c orp o formada e e struturada na me nte do 
mes mo ind iv íduo, o u se ja , a maneira pela qua l o c orpo se a pre se nta para si própr io. É o c onjunto de 
se nsaç õe s c inesté sic as c ons truída s pe los s e ntidos (a ud iç ã o, v isã o, ta to, pa la dar), or iund os de e xperiê nc ia s 
vivencia das pelo ind iv idu o, o nde o re fe rido c ria u m re fe re nc ial do s e u c orpo, para o se u c orpo e pa ra o 
outro , sobre o obje to e laborado. 
 
 Coo rde nação Mo to ra Glo bal o u Prax ia Glo bal 
 A c oordena ç ão motora g lo ba l é c ons ide ra da c omo a p ossib ilida de de c ontr o le dos movimentos 
mais a mp los de nos so corpo. E la pe rmite a possib ilidade de c ontra ir grup os musc u la res dife rente s de uma 
forma inde pe nde nte. 
P a ra que e ss a c oorde na ç ão oc orra , se faz ne cessá rio uma pe rfe ita ha rmon ia de gr upos m usc ula res 
coloc a dos e m mo v ime nt o e / ou e m re po uso. Sua funçã o é permit ir , da forma ma is e fic a z e e c onômic a 
poss ível, m ov ime nt os que intere s sa m a vá rios se gme ntos c orpora is imp lic ados e m um ge sto ou a t itu de . 
(BUENO , 1998) 
A coordenação dinâ mic a glo ba l a pre se nta -se sobre dois a spe c tos : 
 
- Coo rden ação está tica : a qua l se rea liza e m repouso e que res u lta do e q u ilíbr io entre a aç ã o dos 
grupos muscu la re s anta gonistas , e sta be le ce ndo-se e m funçã o do tônus e pe rmite a c onse rvaç ão 
vo lun tária de atitudes ; 
 
- Coo rden ação d in â mica : que “é a c oloca çã o simu ltâ nea de grande s grupos musc ula res difere nte s, c om 
vista à e xe cuçã o de movimentos v o lun tários ma is o u menos c o mp le xos ”. Compre e nde mov imentos 
com me mbros infe riores em simu ltane ida de com me mbros supe r iore s, como : trepar, s a lta r, c orre r, 
andar, ma rc ha r, la nça r, e tc. 
 
Some nte por meio de u ma c oordena ç ão adequa da que a c ria nç a c onse gue es ta be lec e r rela ç õe s de 
aç ã o e moviment o que s erã o o c a rro-c he fe na educ aç ão de s ua motric ida de. 
 
Obse rv aç ão: Praxia te m por definiçã o a capac idade de realiza r a movime ntaç ã o volu ntá ria pré -
es tabele c ida c omo forma de a lc ança r um ob je tivo. 
 
 Coo rde nação Mo to ra Fina o u Praxia Fina 
 BUENO (1998) afirma q ue e sta c oordena çã o é c onside ra da c omo a c a pa c idade de c ontro lar os 
pe que nos grupos musc u la res pa ra e xerc íc ios de re fina mento , o nde a ssocia a funç ã o de coordena çã o dos 
mov ime ntos dos olhos dura nte a fixa çã o da a te nção, e dura nte a fixaç ã o da ate nç ão e ma nipu laç ã o de 
ob jetos que ex igem c ontro le v isua l, a lé m de a brange r a s funç õe s de programa çã o, re gulaç ã o e verif ic a ç ão 
da s atividades pre e nsiva s e manipu la t iva s, ma is fina s e c omple xas. 
A c oorde na ção motora fina e nvolve trê s tipos: 
 
Coo rden ação ó cu lo – ma nua l é defin ida c omo a c apac idade de coordenar movimentos de mã os e pés em 
rela ç ão a o alvo de visã o. 
 
Coo rden ação viso - mo tor a é a c oorde na ç ã o e ntre visã o e ta to, os se gme ntos da c a beça e da s mã os ou pé s, 
que ju nta me nte permite m à c riança poder se gura r e controla r o movimento para o obje t iv o, p or me io do 
instrume nto de a poio ou não , do que os o lhos vêem. 
 
Coo rden ação múscu lo - fac ia l refe re -se a os mov imentos refina d os da face propria me nte dit os e é 
funda menta l na a quis iç ão da fa la, da ma stigaç ão e da deglut iç ã o. 
 Este é um e le me nto da e ducaç ã o motora muit o e spec ífic o , n o qua l so me nte terá êxito e se torna rá 
um e leme nto a t ivo e f lue nte na c oor dena ç ão se houve r uma boa ba se motora , de ntro de a lgu ns e le me ntos 
se ndo, pr inc ipa lme nte, a ton ic ida de . Cria nça s que têm tra nstornos na coordena ç ão motora fina ge ralme nte 
têm prob le mas v is o motores , a pre se ntando inúme ras dif ic u lda de s de dese nha r, re c ortar, e sc re ve r, ou se ja , 
em todos os mov ime nt os que e xi ja m prec is ão. 
 
 Late ralidade 
 De ac ordo c om BUENO (1998) a la tera lida de é a capac idade motora de percepçã o da div is ã o e 
inte gração dos do is la d os do corpo : d ire ito e es que rdo. É o e le mento fu nda menta l de re la çã o e orientaçã o 
com o mund o e xterior. 
A la tera lida de liga -se a o dese nvolv ime nt o do es que ma c orpora l, s e ndo para e ste uma bússola. A 
pre dom inânc ia de um d os la dos do c orp o se fa z e m funç ão do he misfé rio c e re bra l. A s atividades motoras 
sã o c ontrola das por um dos hem is fé rios c e re bra is , c ons ide ra ndo dom ina n te. A late ra lida de corporal se 
refe re ao e spa ço inte rno do indiv ídu o, c a pa cita ndo-o a ut ilizar um la do d o c orpo c om maior de se mbaraço. 
Dura nte o cre scime nto, natura lme nte se define uma d ominância la tera l na c ria nç a, ou se ja , se rá 
mais forte e ma is á gil de um d os lados , a va lia nd o do p onto de v is ta da forç a e pre cisã o. Inic ialme nte, é 
comum a contec er à c onfusão da la tera lida de c om n oç ão de d ire ita e e s que rda , e e stá e nvo lv ida com 
es que ma c orpora l. A la tera lida de é div id ida e m : 
 
Ho mog ênea: do m inâ nc ia de stra ou ca nhota em n íve l de todas a s o bse rvaç õe s (membros infer iores, 
superiores, o lh os, ou v id os ). 
 
Cru zad a : a dominâ nc ia a contec e c ontrária e m re la ção a dive rsos membros , c omo de stra da mã o e canhota 
do pé ou v ic e -versa . 
 
Amb id es tra : a dominânc ia é hábil ta nto d o la d o e sque rdo qua nto do d ire ito. 
 A pa rtir do f inal do pr ime iro ano, a late ra lida de c ome ça a se e videnc ia r e , n orma lme nte em torn o 
dos 2 anos, a la te ralida de já e stá c ons titu ída. O c onhe c ime nto e stável da esquerda e da dire ita só é 
poss ível em torn o d os 6 a 7 a nos e a re versib ilida de , o u se ja , a poss ib ilida de de rec onhec er a mã o dire ita 
ou a mão e sque rda de uma pessoa à sua frente não pode se r a borda da antes dos 7 ou 8 a nos. 
Em re la ç ão à e duca çã o na la tera lida de , a re gra gera l é a juda r a cria nç a a la ter a liza r-se cla ra me nte . 
Hoje em dia pensa -se e acre dita se r me lhor que um la d o pre dom ine sobre o outro. D es te modo, a 
la tera lida de de pe nde de fatore s he re ditários e dominânc ia e spac ia l a dqu irida , med ia t iza dos pe la educa ção. 
 
 To nic idade 
 Se gundo BRON DGEEST (1997) , o tônus a pre se nta -se como uma tensão, lige ira e pe rmanente, do 
músc ulo e squelé t ic o no s eu e stado de re pouso, e stando pre pa ra do pa ra e xe rce r múlt ip la s e variadas 
formas de movime nto, a qua lque r moment o. 
Em uma conce pç ã o a mpla , o t ônus não é apena s u m as pe cto da açã o físic a ou muscula r, ma s 
poss u i um s ign if ic ado ps ic o lóg ico e h uma no , p o is e stá int imame nte re la c iona do às f lutua ções e mocio na is 
do ind iv ídu o cons tit u indo-se de um ve rda de iro in dic ador da pers ona lida de huma na . 
P a ra re a liza r qualque r mo v ime nto ou aç ã o c orporal é nec es sá rio que a lguns m úsc ulos a lc a nc e m 
um determinado gra u de te nsã o a ssim c omo outros se in iba m ou re la xe m. A exec ução de um ato motor de 
tip o vo lu ntário imp lic a no c ontrole da ton ic ida de musc ula r, no qua l te m sua bas e na s prime ira s 
experiê nc ia s se ns ório-m otoras da c ria nça. 
A c onsc iência do nosso c orp o e a sua possib ilida de de ut iliza çã o de pe nde de um c orre to 
func io na me nto da ton ic idade , além d isso , o dese nvo lv iment o cons c ie nte da tonic idade é a c ondiç ão bá sic a 
pa ra a a quis içã o de mo v imentos manua is c oorde na dos. P orta nto, q ua ndo se intervêm s obre o c ontro le da 
ton ic ida de musc ular , inte rv im os ta mbé m s obre o contro le dos pr oc es sos de a te nçã o, um e le me nto 
im pre sc ind íve l pa ra qualq ue r aprendizagem. 
O tônus es tá muito re la c io nado c om o c a mpo da s emoç õe s, da pers ona lidade , a a titude , a p ostura, 
mímic a e c om a c a rac te rís tic a de rea çã o de c a da indiv íduo. Existe uma re gula çã o rec íproc a no c a mpo 
tôn ic o - e m oc iona l e a fetiv o – s ituac io na l. P or e la , a s tens ões ps íqu ic a s s e e xpre ss am se mpre e m te nsões 
musc ula re s. COSTALLAT (1990) c onside ra o tônus co mo um e sta do de a tenç ã o ne c es sá ria pa ra a 
ha rmon ia do gesto e e quilíbr io d o orga n ismo. E la compõe, e m c a da a ção, o tônus e m: 
 
M uscu lar : refe rindo-se a qua lque r mov ime nt o e xe cuta do; 
 
Af e tiv o : refe rindo-se a o es ta do de espír ito a prese nta do; 
 
M en ta l: re fe rindo-se à capac idade de ate nç ã o naque le de termina d o mome nt o da a çã o. 
 P a ra dese nvolve r o c ontro le da tonic ida de , ut ilizam-se e xerc íc ios que tende m a proporc iona r à 
cria nç a o má ximo de s e nsaç õe s possíve is de se u próprio c orpo em d iversa s posiç õe s, e m a titude s es tátic a s 
e e m movimento , todos c om d ist intos graus de dif ic u lda de que e xig irá da c riança uma re gula çã o de sua 
tensão musc ular pa ra c a da segme nto c orporal. 
 
 Equilíbrio 
 BUENO (1998) a firma que o e quilíbr io é à base de toda a c oorde na ç ão d inâ mic a g lo ba l. Funç ã o 
do ce re be lo na organizaç ã o postural a uxilia d o pe lo siste ma ve stibula r , se guranç a e inse guranç a 
gra vita c iona l. É a noç ão de d istribu içã o do peso em re la ç ão a um e s paç o e um te mpo, e m re la ç ã o a o eixo 
de gravida de , à a da ptaçã o as nec e ssidade s da postura em pé e dos desloc a mentos na posiç ã o ereta . 
 
 O equilíbr io p ode s e r div id ido e m : 
 
Dinâ mico : é a c a pacidade de c ontro la r o c orpo em moviment o, ma ntendo o c e ntro de grav ida de c orpora l 
se m osc ila ç õe s. P ara mante r o e quilíbr io d inâ m ic o o c orpo de ve pe rde r e rec upe rar alte rnadame nte o 
equilíbr io , atra vé s de suce ssiva s a lte raç ões da base de sus te nta çã o. 
 
Estático : é a c a pa c idade de c ontro la r e suste ntar se u corpo ou sua s pa rtes e m d ife rente s situaç ões. S e ndo 
que o e q u ilíbr io es tátic o aprese nta ma is d if icu lda de s, p o is é ma is a bstra to e e x ige m u ita c onc entra ç ão. O 
se gre do de ste e quilíbr io es tá no controle c orpora l. 
 Se gundo FONSECA (1983) , u m equilíbr io c orre to co nstit ui a ba se fundamenta l de t oda aç ã o 
difere ncia da dos me m bros supe r iore s de tal forma que q ua ndo a c ria nça s ente - se de se quilibra da não pode 
libe ra r s eus braç os ne m sua s mãos dos qua is pre cis a pa ra todo tip o de a pre ndizagem. 
Outro fa tor im porta nte é o da a tiv ida de re la ciona l e da a utonom ia da c riança . Q ua se toda s a s 
cria nç a s que a prese ntam dific u lda de s e m se u e quilíbr io, sã o cria nç as tím ida s, re traída s e e xc essiva mente 
de pe nde ntes ; talve z pe los inúme ros fra cas sos vividos e m oc a siõe s que ne ces sitou c orre r, sa ltar, s ubir , e tc. , 
no q ual s ã o e xpe riê nc ia s que cons t ituema ba se fís ica re a l da c apac idade de a utono m ia , liberdade e 
in ic iat iva e m qua lq ue r c ria nça . 
Um e quilíbr io inade qua do traz como c onse qüênc ia a pe rda da c onsc iê nc ia da mobilida de de 
alguns se gme ntos c orpora is , o q ua l a feta a c orreta c onstr uçã o do e sque ma c orpora l. Como c ita ALVES 
(1981) , “quant o mais de fe itu oso é o e qu ilíbr io , mais e ne rg ia e a tençã o e sc a pa m e m de tr ime nto de o utra s 
ativ ida des ” . 
As a tiv ida de s que fa vorec em o e quilíbr io corpora l sã o, pa rale lame nte, uma e duc aç ã o do e s que ma 
corporal e uma inve st igaç ão dia nte da rea lidade dos ob je tos. Ela s imp lic am re fle xã o s obre si me smo e a 
coordenaç ã o das ações e m um c ontro le p ostura l que nã o p ode de se nvo lve r -se , orga n iza r -se , e struturar -se , 
se nã o a tra vé s da a çã o viv ida. 
 
 Orie ntaç ão Es paç o-te mpo ral 
 A orie ntaç ã o e spa ç o – te mpora l é a inte gra ç ão simu ltâ ne a e se que ncia l das pe rcepçõe s occ iptais 
(visua is), temp ora is (compre e nsã o visua l e a udiç ã o) construin do a e strutura ção do te mpo e e s pa ç o e m 
rela ç ão a o c orpo. Ela pe rmite a o ind iv íduo nã o só se movime nta r e rec onhe c er-se no e spa ç o, ma s 
també m rela ciona r e da r s eqüê ncia a os se us gestos, loca liza r as pa rtes do c orpo e s ituá -la s no e spaç o, 
coordenar sua s a tivida des e orga nizar sua vida c otid ia na. 
A orie nta çã o e spaç o-te mporal dec orre c omo or ga nizaç ã o func io nal da la tera lida de e da noç ão 
corporal, uma ve z que é ne ce ss á rio dese nvolve r a co nsc ientizaç ã o e spac ia l interna do c orp o a nte s de 
P rojeta r o referencia l do pró pr io corpo no es pa ço e xterior (FON SECA, 2004) . 
Este c onc e ito e merge da motr ic ida de , da re la çã o com os ob je tos loc a liza dos no e spa ç o, da 
posiç ã o re lat iva que ocupa o corpo, e nfim da s múlt ip la s re la ções integrada s da tonic idade , d o e qu ilíbr io , 
da la tera lidade e do es que ma c orpora l. Leva a tomada de c onsc iência pela c ria nç a , da s itua çã o de se u 
própr io c orpo em um determ ina do a mb iente , pe rm it in do- lhe c ons c ie nt iza r-se do lu gar e da or ie ntaç ã o no 
es pa ç o que pode te r em re la ção aos outros e a os objetos . 
A orie ntaç ã o es pa ço – tempora l te m u m pape l e ss encia l em tod os os pro b le mas da aprendizagem 
es c ola r, nã o se ndo poss ível se m grande var ie da de de e xpe riê nc ias v iv idas em re la ç ã o a o dom ín io do 
tempo e do es paço, e o tre ina me nto da me sma é um me io de e duc a r a inte ligê nc ia. 
 - CO NCEITO S R ELAC IO NA IS 
 
 LAP IER RE (1986 ) a fir ma : “N ão po de mo s e xist ir no dese jo do o ut ro a não se r na med ida 
e m que o o utro e xiste. ” N ossa aborda ge m só pode ser dese nvo lvida por me io do corpo que se 
expr essa, q ue d ia lo ga e se co munic a co m o ut ros co rpos, q ue re ve la s ua perso na lidade ma is 
agr ess iva o u ma is a fe t iva, q ue se e nt re la ça na perso na lid ade de o ut ros, pe lo mo vime nto de sse 
corpo e po r me io de s ua p s ico motric ida de. C o nte údos re lac io na is p er me ia m a re lação e nt re es ses 
corpos, essa r e lação de de sejo, fr ust ração e ações ; at ra vés da e xpre ssão, a fe t ividade, 
agr ess ividade, a co munica ção, a corpo re idade e o li mit e. Atra vés dos co nce itos re lac io na is 
sa ímos do red uc io nis mo da ló gica fo r ma l para um e nfoq ue ma is ho lís t ico e s is tê mico. 
 
 Ex pres s ão 
 A estrutura ç ã o 
 
 Co municação 
 A e xpre ssão e a c omunic aç ã o es tão int imame nt e re la c iona da , po is , q uando o in d iv íduo a prende a 
expres sar-se c orporalme nte, a ssume sua identidade e s e re la ciona c om o outro e c om o mu ndo. N a 
comunic aç ã o pe rc ebemos que “é imposs íve l não c omun ic ar” e uma comun ica ç ã o nã o s ó trans mite 
inf orma ç ã o, ma s ao me smo te mpo im põe um c omp ortame nto. Mesmo que um ind iv idu o nã o que ira 
convers a r ou troca r olhare s, a inda a ss im ele es tará comun ic ando o se u dese jo de nã o -c onta to. 
 
 
 Afe tiv idade 
 A estrutura ç ã o 
 
 
 Limites 
 A estrutura ç ã o 
 
 
 Co rpore idade 
 A estrutura ç ã o

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