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UFJF – Departamento de Anatomia – Anatomia Aplicada à Medicina III Exercício Somativo 5 → Pescoço superficial Nome: Diego Martins Sanson Apresentação do paciente e dados clínicos: Adele, uma menina de 3 anos de idade, nascida por parto vaginal a termo, porém com a utilização de fórceps, estava em seu pediatra para consulta. Achados clínicos relevantes: Sua cabeça parece estar fletida para a direita e girada para a esquerda. Palpação do pescoço revela um encurtamento do ECM de um lado. Apresentava escápula alada ipsilateralmente. Exame físico: Apresentava resistência contrária à manobra (executada pelo pediatra) de inclinação lateral da cabeça. Os ombros aparentemente caídos não apresentando resistência à elevação. Conforme mostram as figuras abaixo: Problemas clínicos a considerar: Torcicolo congênito ou por lesão do Nervo Acessório na ocasião do parto As questões que seguem estão baseadas no texto fornecido acima (UTILIZE o número de linhas indicado para cada pergunta na sua resposta): 1) Uma vez confirmada a lesão do Nervo Acessório, relacionar os sinais apresentados paciente com o antímero do nervo lesado. O nervo acessório (XI par) é responsável pela inervação do m. esternocleidomastoideo que faz a rotação contralateral e flexão da cabeça e do m. trapézio que eleva, deprime, retrai e rota superiormente a escápula. Logo, quando esse nervo é lesado o paciente apresenta dificuldade na elevação do ombro e rotação da cabeça para o lado oposto ao da lesão. Assim, o lado lesado foi o esquerdo, dessa forma, o músculo a direita tem sua ação acentuada por não ter um contrabalanço, fazendo com que a cabeça do paciente fique fletida para a direita e girada para a esquerda. O trapézio também perde parte de sua inervação fazendo com que o paciente apresente a escapula alada do lado da lesão (esquerda). 2) A mãe da paciente questiona o porquê do “Ombro caído” (posição “alada” da escápula). Colocando-se na posição do pediatra, explicar o fato com bases anatômicas. Existem 3 músculos principais para a estabilização da escápula, que são: serrátil anterior, porção superior do trapézio e porção inferior do trapézio. Como sabemos, o trapézio é inervado pelo nervo acessório, entretanto, como houve comprometimento desse nervo ele deixa de inervar o músculo, assim, como o serrátil anterior possui outra inervação e essa não foi afetada, sua ação acaba sendo mais evidente justamente por não ter um contrabalanço, dessa forma a escápula perde sua estabilização e fica com esse aspecto em asa. A elevação do ombro se da principalmente pela ação do músculo trapézio que por não estar sendo inervado em sua totalidade deixa de exercer sua função, assim, a força da gravidade por não ter um contrabalanço acaba fazendo com o ombro fique caído. Devolutiva: Torcicolo → encurtamento do esternocleidomastoideo Lesão do ECM, coagulo, fibrose, compreensão do nervo acessório Parto por fórceps pode levar ao quadro clínico apresentado Lesão do nervo por acúmulo fibroso Pescoço inclinado para o lado lesado e a face girada para o lado oposto ECM potente extensor do pescoço Os dois em conjunto faz flexão do pescoço, deitado e tem q levantar a cabeça contra resistência projeção do manúbrio, participa dos movimentos respiratórios, braço de bomba quando age unilateralmente, inclina ipsilateralmente a cabeça e gira a face, elevando o mento Escápula alada O trapézio é o grande responsável por elevar e retrair a escápula Com a lesão do acessório Deixa de ser inervado Aparece como consequência a escápula alada Lesão é ipsilateral a flexão da cabeça → logo é à direita
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