Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
São Atribuições do Revisor de Textos São Atribuições do Revisor de Textos: "O revisor de texto é um profissional que deve ter muita paciência, atenção e conhecer muito bem a língua com que está trabalhando. É ele que lê e relê os textos à procura de palavras e frases escritas de maneira inadequadas. [...]”. (Fonte: Site do Menino Maluquinho). Este profissional se dedica a corrigir textos com a finalidade de apresentar sugestões pertinentes, com o intuito de fazer com que os textos fiquem suficientemente bem escritos. Assim, o revisor de textos observa não só pequenos detalhes que envolvem os aspectos da normatividade, como, por exemplo, vírgulas, concordância, pontos e acentos, mas também a coesão, a coerência, entre outros aspectos linguístico-textuais. Cabe ao revisor: · Realizar a revisão técnica (revisão gramatical do texto, incluindo ortografia, pontuação, concordância e regência nominal e verbal); · Realizar a revisão estrutural (revisão em relação à adequação textual, isto é, se o texto está bem estruturado do ponto de vista do gênero, da coerência e da coesão, além de outros aspectos linguísticos e semânticos); · Formatar o trabalho conforme as normas da ABNT (adequação do texto às normas técnicas, assim como a ABNT específica da própria universidade). A REVISÃO DE TEXTO é a revisão do texto em geral. O revisor interfere diretamente na construção do texto do autor, corrigindo a ortografia, os aspectos gramaticais, a coesão, a coerência, etc. Veja o exemplo: http://vanderleitrabalhosacademicos.blogspot.com/2016/02/esabido-que-revisao-de-textos-e.html https://3.bp.blogspot.com/-pJ-VXEoD5c8/WJZzZhRqcxI/AAAAAAAAAJA/N-BaMuuz8cQDXFTj9OPMxEOqm8SV3VBAgCLcB/s1600/01.jpg JÁ a ORIENTAÇÃO DE TEXTO é um procedimento mais detalhado, pois cabe ao autor do texto submeter à reescrita a partir dos comentários e/ou sugestões indicadas pelo revisor. Veja o exemplo: O Que Ocorre Numa Revisão de Texto? Quais as atribuições de um revisor de texto? Não é papel de um revisor de texto criar ou reescrever documentos (livros, artigos, textos acadêmicos etc.). Sua função é torná-los mais inteligíveis e acessíveis para o consumidor final. Durante esse processo, o revisor tem duas instâncias: na primeira ele é livre e na segunda fica subordinado ao autor. Em outras palavras,ele tem liberdade para corrigir os erros ortográficos e gramaticais (correção primária), mas, para efetuar a eliminação de problemas filosóficos ou relativos à comunicação (correção secundária), ele primeiro deve estabelecer um diálogo com o autor da obra (em forma de comentários). Um bom revisor de texto não se apodera de qualquer obra que a ele seja submetida. Nenhuma modificação agressiva deve ser feita, antes que o autor acate a sua sugestão. O revisor jamais deve tentar otimizar qualquer parte importante de um texto baseando-se apenas em sua própria concepção. Porém, seu papel é fundamental porque serve como uma ponte entre o autor e o leitor final. Costumo dizer que, enquanto o bom revisor tem um olhar “amorosamente desapaixonado”, o autor tem a tendência de enxergar a sua obra como algo visceral, de modo que qualquer mudança pode causar-lhe desconforto. Assim, quando revisa uma obra, ele se antecipa e elimina os possíveis problemas que, do contrário, seriam alvo de críticas. O revisor não distorce o meu estilo? Talvez fosse muito desagradável se um político, em ocasião de sua posse, submetesse o texto de seu discurso a um revisor que desconsiderasse o seu estilo. Isso provavelmente causaria um impacto muito negativo, tanto para o político quanto para os seus ouvintes, que naturalmente estranhariam a fala do seu representante que, naquele momento, não se expressava com seu modo peculiar. Portanto, usar toda criatividade para manter o estilo do escritor o mais original possível é obrigação de qualquer bom revisor. Cada obra é um discurso. Portanto, todo discurso deve incorporar o estilo original de seu autor. Os dois tipos de escritores… Achamos necessário escrever este artigo porque, como revisores, algumas vezes nos deparamos com duas situações bem distintas, tanto entre si quanto em relação ao que de fato se deveria esperar de um revisor de texto. São estes os dois tipos de equívocos de escritores, quando desejam contratar o serviço pela primeira vez: 1) o autor é bastante “ciumento” em relação à sua obra e, por isso, fica inseguro diante da possibilidade dela se desvirtuar; 2) o autor não ficou satisfeito com o que escreveu e, então, deseja que o revisor a torne mais interessante. Revisor de textos Revisor de textos é o profissional encarregado de revisar material escrito com o intuito de conferir-lhe correção, clareza, concisão e harmonia, agregando valor ao texto, bem como o tornando inteligível ao destinatário ― o leitor. Este profissional deve trabalhar em consonância com o autor do texto original, de forma que as intervenções propostas respeitem o desejo deste e não alterem em demasia a sua intenção. Conceito de revisor, por Sophie Brissaud “O revisor se define não por seus conhecimentos, mas por seu perfil psíquico. A revisão é mais que uma profissão: é uma neurose. Esta neurose se caracteriza como uma espécie de sacrifício consentido (desejado) pelo revisor; é um tributo à saúde (qualidade) da edição. O revisor se oferece, sempre, em sacrifício à Deusa do Idioma, portanto, todos aqueles que se dedicam a esse ofício nunca serão normais. […] Para o revisor, o importante não é o que ele sabe, mas o que ele está consciente de não saber ou, pelo menos, não saber totalmente, e que por isso exige permanente verificação. […] O revisor não lê como todos os demais homens leem, ele fotografa a palavra visualmente […]. O exercício da profissão do revisor pode ser descrito, perfeitamente, como uma 'leitura angustiada'. O seu trabalho é, justamente, evitar que todos os outros seres humanos necessitem fazer essa leitura angustiada.” Tipologia Em determinados contextos, o revisor pode tornar-se o profissional encarregado de analisar criticamente um texto escrito, não só do ponto de vista ortográfico e gramatical, mas também com o objetivo de apontar sugestões para aprimorar a estrutura textual. Uma boa revisão literária, por exemplo, leva em consideração a possibilidade de realização de uma leitura mais clara, concisa e harmônica, agregando valor ao texto. Em muitos casos, o revisor pode tornar-se um coautor do texto, a partir da proposta de melhorar a argumentação quando for necessário. No entanto, o revisor de textos deve respeitar os limites de sua intervenção, não sendo recomendável interferir de maneira resolutiva no conteúdo do texto sem consultar o autor original a respeito das alterações propostas. A autonomia para esse tipo de intervenção cabe apenas ao editor, que lida diretamente com o cliente, autor do texto original. Existem quatro tipos de intervenções que podem ocorrer durante o processo de revisão e de interação com o produtor do texto: Revisão resolutiva: o revisor intervém diretamente no texto, com o objetivo de preencher lacunas e solucionar problemas, sejam de ordem formal ou de conteúdo. Revisão indicativa: o revisor indica quais são as alterações propostas, porém não realiza as alterações, deixando a critério do autor do texto acatar as sugestões ou não. Revisão interativa: o revisor realiza um diálogo com o autor. Ocorre normalmente em situações em que é preciso uma maior reflexão sobre trechos do texto que tenham ficado obscuros ou que podem ser aprimorados, de acordo com a visão do revisor. Por isso, há a interação entre as partes com o intuito de chegar ao melhor resultado. Revisão classificatória: o revisor utiliza uma classificação para diferenciar e destacar os diferentes tipos de inadequações. Para realizar uma revisão de qualidade,além de consultar ferramentas (dicionários, gramáticas) que sustentem as correções realizadas, o revisor precisa conhecer a diversidade dos gêneros textuais e adequação da linguagem para cada gênero, bem como saber respeitar as características estilísticas inerentes a cada autor. O revisor de textos deve dominar as regras gramaticais da língua padrão do texto, bem como atentar para a redação, revisão de provas, revisão de padrão (ou padronização textual) e revisão gramatical. O revisor trabalhará com uma enorme variedade de materiais: em geral, textos técnicos, científicos, acadêmicos, jornalísticos e comerciais (revistas, jornais, livros, manuais, cartas, relatórios, apostilas, teses, monografias, tabelas, gráficos, transparências, folders, entre outros), que, na maioria das vezes, serão publicados. É importante ressaltar que, para uma atuação ampla na profissão, o revisor precisa conhecer alguns fundamentos de linguística e de análise do discurso, já que alterar o texto do outro requer sensibilidade. É necessário que o revisor compreenda como o autor do texto revela sua voz no trabalho em revisão e respeite a sua autoria, pois, por meio da escrita, cada indivíduo revela muito sobre a sua maneira de ser, de dizer e de pensar. Assim, o grande desafio no trabalho de revisão é contribuir para a melhoria do texto sem descaracterizar a voz do autor. O profissional em revisão de textos, geralmente, possui formação superior em Letras ou Jornalismo. No entanto, há profissionais de revisão formados em áreas diversas, uma vez que, atualmente, é possível encontrar ofertas de cursos de especialização latu sensu em Revisão de Textos. Na cultura anglófona, algumas das competências desta atividade são apelidadas de copy- desk, termo que foi usado por muitos jornais lusófonos nos anos 90 (mas tem caído em desuso). Algumas figuras célebres da sociedade brasileira foram revisores de texto em outros momentos de suas carreiras, como é o caso do cantor Chico César, do humorista Tom Cavalcante e dos jornalistas Roberto Marinho, Salete Lemos e Denise Campos de Toledo. O Papel do Professor na Correção das Produções dos Alunos O direcionamento para a construção de produções textuais representa o porquê da participação docente durante a oferta do ensino aos discentes, com isso corrigir adequada e satisfatoriamente os textos produzidos por estes, tem sido a preocupação de muitos professores de Língua Portuguesa. Frente a este desafio os professores devem em primeiro lugar construir as concepções críticas sobre o que se quer analisar diante de um determinado texto com a premissa de não prejudicar ou desestimular aquele aluno que, com muito esforço conseguiu por suas palavras no papel. Como auxílio vê-se o professor participando dos estudos continuados em encontros promovidos pela Secretaria de Educação do Estado ou pela própria escola; adquirindo livros sobre o assunto como fonte de orientação e preparo e ainda dedicando-se a estudos espontâneos sobre leitura e produção escrita. Como enfoque para a importância dos textos diante da consolidação da aprendizagem crítica dos alunos, o professor deve perceber que seu papel é salutar para o avanço do ensino e aprendizagem. O QUE SE ENTENDE POR TEXTO? A conceituação de texto não se restringe ao ato da palavra escrita, pois texto é tudo aquilo que é possível ser compreendido pelo interlocutor (ouvinte/leitor) podendo ser oral ou escrito. Para Geraldi (1991), o texto é “... uma proposta de compreensão” onde o autor chama a atenção do locutor para a importância de cinco ações indissociadas da prática de produção textual, a saber: a) ter o que dizer; b) ter motivos para dizer o que se tem a dizer; c) ter um interlocutor; d) construir-se como locutor enquanto sujeito que diz, o que diz, para quem diz; e e) escolher as estratégias para realizar o que dizer, os motivos, o interlocutor e o próprio posicionamento como locutor. Segundo Gladys Rocha (2005) “... a escola é o lugar privilegiado onde se constituem, ou não, no processo ensino-aprendizagem, as condições de construção de propostas de compreensão das produções textuais”. PROCEDIMENTOS UTILIZADOS NA PRODUÇÃO DE TEXTOS Os procedimentos utilizados para que o aluno produza um texto são vários e têm mudado com o passar dos anos, bem como, as suas nomenclaturas, segunda mostra Janete Silva dos Santos (2004), “Antes era a composição (...) depois veio a redação (...) agora é a produção de texto”. As datas importantes ou comemorativas que não podiam passar sem um texto, como por exemplo, no primeiro dia de aula a inesquecível redação “minhas férias”. Como no primeiro dia de aula o aluno vai escrever sobre suas férias? Se não foram férias e sim muito trabalho, capinando lotes para ganhar algum dinheiro, trabalhando como babá para ajudar no sustento em casa? E, ainda como falar de algo tão particular e constrangedor para um professor desconhecido? Pois se este será o único a ler o seu texto. Outros temas sugeridos sempre são “o dia das mães” em maio. Muitos dos alunos chegam até a chorar neste dia ou mesmo a faltar na escola porque não têm boas lembranças da mãe ou não tem mãe. Alguns são órfãos de mãe, outros a mãe os abandonou com o pai e foi embora com outro homem. É de grande importância que o professor tenha cautela ao sugerir temas para produção textual, que conheça um pouco da história de vida de cada aluno, e que saiba respeitar as particularidades da vida do aluno. Pois, forçando o aluno a produzir um texto fora da sua realidade pode ser desastroso, chegando a ser uma poda de seus “sonhos criativos”. No livro “O texto na sala de aula” organizado por Wanderley Geraldi há a indicação de uma proposta para fugir de temas repetitivos e pessoais, dando outra finalidade aos textos produzidos pelos alunos que não seja o cesto de lixo. Pois são raros os alunos que lêem as observações escritas pelo professor, em suas produções de texto. A grande maioria só amassa o papel e joga-o no cesto de lixo, visto que o mesmo já cumpriu sua finalidade, obter nota. Um dos motivos que leva o aluno a não escrever é o fato de seu texto não possuir um destinatário. O único leitor é o professor, que o lê apenas com os objetivos de corrigir, e avaliar se o aluno está se desenvolvendo dentro dos padrões exigidos pela escola. Quando existe mais alguém que lê o texto é a mãe do aluno, que na maioria das vezes critica o professor pelos riscos (observações e marcações de alguns vocábulos) feitos no texto do filho. O professor deve trabalhar com a sugestão de um novo tema (diferente daquelas datas especiais e comemorativas ou férias) como, por exemplo, a audição de determinada história, que pode ser uma história contada por algum parente de aluno. A partir daí cada aluno (re)conta a história à sua maneira e, no final de todo o processo de organização do texto, as histórias produzidas pelos alunos podem fazer parte de uma antologia daquela série para que os alunos possam ler os textos uns dos outros. Para ampliar as produções os docentes devem sugerir que os textos tenham destinatários, pois, na maioria das vezes, quando é sugerido que ele escreva bilhetes para os colegas da sala de aula ou para colegas de outra escola, a produção de texto flui porque o seu texto sai da condição de monólogo para a condição de diálogo. Isso indica que existem perguntas a serem respondidas, novidades a serem contadas, explicações e justificativas a serem dadas. Existe um motivo para escrever. A REVISÃO DO TEXTO A dinâmica leitura/escrita é fundamental para melhorar o texto do aluno. E funciona como um círculo que sempre se repete, ou seja, há sempre algo a alcançar que decorre da leitura, da escrita e da reescrita. O ciclo da produção de texto consiste em: ler, escrever e rescrever. O ato de redigir deve ser mais do que um exercício de buscade um padrão modelar, de repetição de esquemas formais e estilísticos de treinos mecânicos. Fazer com que os alunos desenvolvam uma competência discursiva marcada por um bom domínio da modalidade escrita e por uma visão de que a produção de texto é um trabalho que exige a superação de jogos de palavras ou frases soltas. Para Braggio (2002): “... ao escrever, a criança vai se aproximando das formas estruturadas e convenções da linguagem escrita para alcançar seus objetivos, isto é, o de dizer alguma coisa, a alguém, por uma determinada razão.” É com a necessidade de se comunicar que o aluno começa a utilizar os sinais de pontuação, ponto de interrogação no final de frases interrogativas; ponto de exclamação para expressar admiração, etc. Passando a utilizar o dicionário quando encontrar palavras desconhecidas nos textos que lê, ou até mesmo quando vai escrever para um amigo de correspondência, e precisa saber a grafia correta de determinada palavra. Pois não pode correr o risco de o amigo escrever uma carta ou bilhete e colar um pedacinho do papel, pedindo para explicar que palavra é aquela, e justificando que não conseguiu fazer a leitura da mesma. A revisão textual contribui para que o aluno perceba a estrutura do seu texto e considere aspectos relativos ao nível de informatividade do mesmo, como: a ortografia, a caligrafia, a concordância, a pontuação, e os demais aspectos formais do texto. Durante a primeira versão do texto, o aluno tem sua atividade reflexiva centrada em aspectos como: o que dizer, como dizer, que palavras usar, etc. Já no momento de revisão do texto, o aluno tem a possibilidade de perceber como dizer mais, dizer de outra maneira, analisar o que foi escrito, fazer correções, como a concordância, ortografia e caligrafia para que o leitor compreenda melhor o que foi escrito. Para o professor que convive com uma realidade de 35 (trinta e cinco) a 40 (quarenta) alunos em uma sala de aula, não é fácil o processo de correção de textos dos alunos, principalmente pela quantidade de turmas, que é de 8 (oito) a 10 (dez) para a composição de sua carga horária mensal. Somadas todas as turmas, são cerca de 300 (trezentos) textos para o professor ler, corrigir e questionar, devolver para que o aluno refaça, e depois, ainda, releia-os para confirmar se foram feitas as alterações por ele (professor) sugeridas. Para um professor que tem uma carga horária de 60 (sessenta) horas, que é o caso da grande maioria dos que trabalham para a rede pública (estado e município), não sobra tempo para tal prática de correção. Apesar da excessiva jornada de trabalho, o professor passa, no mínimo, duas horas de algumas de sua madrugada, a ler e corrigir textos de alunos, pois é responsável no cumprir do seu papel. Ao enfoque de seu papel na articulação da produção de texto, percebe-se que o professor venha a ser privado dessa atribuição, no entanto, ele não se afasta de sua visão de produtor de textos (ao corrigir e indicar as modificações aos seus alunos), pois mesmo diante da realidade da falta de tempo, cada um dos discentes estão à espera de uma palavra “nova” ou “sugestão” para o início ou continuidade das produções como articulação crítica do conhecimento em decorrência do ensino e aprendizagem promovido pela escola. São Atribuições do Revisor de Textos: O Que Ocorre Numa Revisão de Texto? Quais as atribuições de um revisor de texto? O revisor não distorce o meu estilo? Os dois tipos de escritores… Revisor de textos Conceito de revisor, por Sophie Brissaud Tipologia O Papel do Professor na Correção das Produções dos Alunos
Compartilhar