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Extensivo Essencial Carreiras Jurídicas (Estúdio) - Diurno 
CARREIRAS JURÍDICAS 
Damásio Educacional 
MATERIAL DE APOIO 
 
Disciplina: QSJ –Civil 
Professor: Christiano Cassetari 
Aula: 05 | Data: 14/06/2016 
 
 
ANOTAÇÃO DE AULA 
SUMÁRIO 
 
1. Questão 1 
2. Questão 2 
3. Questão 3 
4. Questão 4 
5. Questão 5 
6. Questão 6 
 
1. Questão 1 
Ano: 2016 Banca: FGV. Órgão: MPE-RJ. Prova: Analista do Ministério Público- Processual 
Eduardo, embora casado com Maria, encontra-se separado de fato há três anos, sendo que há um ano e meio 
vive maritalmente com Alessandra, mantendo convivência pública, duradoura e contínua. Considerando que 
Alessandra, em virtude de um acidente, não pode ter filhos, é correto afirmar que: 
a) inexiste união estável entre Eduardo e Alessandra, já que ele se mantém casado; 
b) Eduardo e Alessandra estão em relação de união estável, pelo simples fato de estarem juntos há mais de um 
ano, requisito único para sua configuração; 
c) Eduardo e Alessandra estão em relação de união estável, já que a separação de fato exclui o impedimento 
decorrente do casamento; 
d) inexiste união estável entre Eduardo e Alessandra, já que ela não pode ter filhos; e) inexiste união estável entre 
Eduardo e Alessandra, já que o prazo mínimo para sua configuração é de cinco anos. 
 
Comentários: 
Eduardo é casado com Maria, mas está separado de fato há 3 anos. Vive há 1 ano e meio com Alessandra, em 
convivência pública, duradoura e contínua, ou seja, no exato conceito da união estável – art. 1.723, CC. 
O §1º, do art. 1.723, aduz que o separado de fato pode constituir união estável. 
 
“Art. 1.723. É reconhecida como entidade familiar a união estável 
entre o homem e a mulher, configurada na convivência pública, 
contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo de constituição 
de família. 
§ 1º A união estável não se constituirá se ocorrerem os 
impedimentos do art. 1.521; não se aplicando a incidência do inciso 
VI no caso de a pessoa casada se achar separada de fato ou 
judicialmente”. 
 
a) Errada: existe união estável entre Eduardo e Alessandra, uma vez que ele se mantém casado, mas está 
separado de fato - art. 1.723, §1º, CC 
b) Errada: não existe requisito temporal para a constituição da união estável. 
c) Correta; 
d)Errada; 
e) Errada: o prazo mínimo de 5 anos teve validade até 1996, momento em que houve mudança legislativa. 
 
Resposta: C 
 
 Página 2 de 7 
2. Questão 2 
Ano: 2016 Banca: FCC. Órgão: Prefeitura de São Luiz – MA. Prova: Procurador do Município 
Paulo e Ana moram juntos há 10 anos, em convivência estável e como se fossem casados. Ademais, Paulo é 
separado de fato de Camila, tendo nascido desta união Mauro. Paulo e Ana, durante a profícua união, de comum 
adquiriram um apartamento no valor de R$ 500.000,00, uma moto no valor de R$ 100.000,00. Destaque-se que 
ambos contribuíram financeiramente para a aquisição dos bens, unidos seus esforços e patrimônio para tanto, 
todavia decidiram romper o convívio afetivo por incompatibilidades. Em relação à situação fática exposta, é 
correto afirmar: 
a) Paulo e Ana viveram em união estável, aplicando-se às relações patrimoniais, em regra, o regime de comunhão 
parcial de bens devendo isso ser levado em conta para o rompimento e a partilha dos bens. 
b) Percebendo que Paulo era separado de fato de Camila, a relação desenvolvida com Ana realmente se dava 
como concubinato e não, de outro lado, como união estável. 
c) Na união estável, aplica-se, às relações patrimoniais, sempre o regime da comunhão parcial de bens. 
d) Ressalvando-se contrato escrito entre os companheiros, na união estável, aplica-se às relações patrimoniais, o 
regime da separação de bens. 
e) Já que Paulo era separado de fato de Camila, não se impediria a existência de união estável com Ana, todavia, 
os bens não serão divididos entre ambos porque na dissolução de união estável não cabe partilha de bens 
 
Comentários: 
Paulo é separado de fato de Camila e convive com Ana, por mais de 10 anos. Portanto, Paulo e Ana vivem em 
união estável. O art. 1.725, CC garante direito à meação, sendo que na ausência de contrato, aplica-se o regime 
da comunhão parcial de bens. 
 
“Art. 1.725. Na união estável, salvo contrato escrito entre os 
companheiros, aplica-se às relações patrimoniais, no que couber, o 
regime da comunhão parcial de bens” 
 
Paulo e Ana, durante a união adquiriram apartamento no valor se R$ 500.000,00 e moto de R$ 100.000,00. Estes 
bens devem ser divididos entre Paulo e Ana. 
 
a) Correta; 
b) Errada: mesmo separado de fato a relação não era concubinato, mas sim união estável em razão da previsão 
do art. 1,723, §1º, CC. 
c) Errada: o art. 1.725, CC aduz que se aplica, salvo contrato escrito. 
d) Errada: ausente o contrato, aplica-se a comunhão parcial de bens (art. 1.725, CC). 
e) Errada: o art. 1.725, CC retrata que na dissolução da união estável haverá partilha de bens. 
 
Resposta: A 
 
3. Questão 3 
Ano: 2015 Banca: FGV. Órgão: TJ-PI. Prova: Analista Judiciário Escrivão Judicial 
Clara, professora universitária, vive com Paula há 15 anos. O relacionamento é público, e dentre os demais 
familiares e amigos, Paula e Clara são reconhecidas como um casal. Elas compartilham o domicílio, as despesas 
cotidianas e as responsabilidades do dia a dia. Na universidade em que Clara leciona, há um acordo coletivo que 
reconhece aos cônjuges, companheiros e descendentes dos funcionários o direito a cursar com bolsa integral os 
cursos superiores lá oferecidos. Sobre a questão, é correto afirmar que, conforme o entendimento firmado no 
STF, as uniões entre pessoas do mesmo sexo: 
 
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a) devem gozar do mesmo status jurídico das uniões heterossexuais. Portanto Paula terá direito ao curso com 
bolsa integral; 
b) por falta de previsão legal ou constitucional, não devem gozar do status jurídico de família. Portanto, Paula não 
terá direito à bolsa integral; 
c) não constituem família, embora não haja vedação legal para tanto. Portanto, Paula não terá direito à bolsa; 
d) não constituem família, entretanto há uma parceria econômica entre elas. Portanto, Paula terá direito à 
concessão da bolsa integral; 
e) são consideradas família, mas não são equiparadas aos efeitos civis da união estável. Portanto, Paula não terá 
direito à bolsa 
 
Comentários: 
O tema é união homoafetiva. Devido a extensão aos companheiros do direito de cursar com bolsa integral curso 
superior, Paula possui direito a bolsa integral, pois é companheira de Clara. O STF, ao julgar a ADI 4277 e a ADPF 
132, em 05/05/2011, estendeu os efeitos da união estável para a união homoafetiva. 
 
ADI 4277 
Relator(a): Min. AYRES BRITTO, Tribunal Pleno 
Julgado em 05/05/2011, DJe-198 DIVULG 13-10-2011 PUBLIC 14-10-2011 EMENT VOL-02607-03 PP-00341 RTJ 
VOL-00219-01 PP-00212 
EMENTA 
1. ARGUIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL (ADPF). PERDA PARCIAL DE OBJETO. 
RECEBIMENTO, NA PARTE REMANESCENTE, COMO AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. UNIÃO 
HOMOAFETIVA E SEU RECONHECIMENTO COMO INSTITUTO JURÍDICO. CONVERGÊNCIA DE OBJETOS ENTRE 
AÇÕES DE NATUREZA ABSTRATA. JULGAMENTO CONJUNTO. Encampação dos fundamentos da ADPF nº 132-RJ 
pela ADI nº 4.277-DF, com a finalidade de conferir “interpretação conforme à Constituição” ao art. 1.723 do 
Código Civil. Atendimento das condições da ação. 2. PROIBIÇÃO DE DISCRIMINAÇÃO DAS PESSOAS EM RAZÃO DO 
SEXO, SEJA NO PLANO DA DICOTOMIA HOMEM/MULHER (GÊNERO), SEJA NO PLANO DA ORIENTAÇÃO SEXUAL DE 
CADA QUAL DELES. A PROIBIÇÃO DO PRECONCEITO COMO CAPÍTULO DO CONSTITUCIONALISMO FRATERNAL. 
HOMENAGEM AO PLURALISMO COMO VALOR SÓCIO-POLÍTICO-CULTURAL. LIBERDADE PARA DISPOR DA PRÓPRIA 
SEXUALIDADE, INSERIDA NA CATEGORIA DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS DO INDIVÍDUO, EXPRESSÃO QUE É DA 
AUTONOMIA DE VONTADE. DIREITO À INTIMIDADE E À VIDA PRIVADA. CLÁUSULA PÉTREA. O sexo das pessoas, 
salvo disposição constitucional expressa ou implícita em sentido contrário, não se presta como fator de 
desigualação jurídica. Proibição de preconceito,à luz do inciso IV do art. 3º da Constituição Federal, por colidir 
frontalmente com o objetivo constitucional de “promover o bem de todos”. Silêncio normativo da Carta Magna a 
respeito do concreto uso do sexo dos indivíduos como saque da kelseniana “norma geral negativa”, segundo a 
qual “o que não estiver juridicamente proibido, ou obrigado, está juridicamente permitido”. Reconhecimento do 
direito à preferência sexual como direta emanação do princípio da “dignidade da pessoa humana”: direito a auto-
estima no mais elevado ponto da consciência do indivíduo. Direito à busca da felicidade. Salto normativo da 
proibição do preconceito para a proclamação do direito à liberdade sexual. O concreto uso da sexualidade faz 
parte da autonomia da vontade das pessoas naturais. Empírico uso da sexualidade nos planos da intimidade e da 
privacidade constitucionalmente tuteladas. Autonomia da vontade. Cláusula pétrea. 3. TRATAMENTO 
CONSTITUCIONAL DA INSTITUIÇÃO DA FAMÍLIA. RECONHECIMENTO DE QUE A CONSTITUIÇÃO FEDERAL NÃO 
EMPRESTA AO SUBSTANTIVO “FAMÍLIA” NENHUM SIGNIFICADO ORTODOXO OU DA PRÓPRIA TÉCNICA JURÍDICA. 
A FAMÍLIA COMO CATEGORIA SÓCIO-CULTURAL E PRINCÍPIO ESPIRITUAL. DIREITO SUBJETIVO DE CONSTITUIR 
FAMÍLIA. INTERPRETAÇÃO NÃO-REDUCIONISTA. O caput do art. 226 confere à família, base da sociedade, especial 
proteção do Estado. Ênfase constitucional à instituição da família. Família em seu coloquial ou proverbial 
significado de núcleo doméstico, pouco importando se formal ou informalmente constituída, ou se integrada por 
casais heteroafetivos ou por pares homoafetivos. A Constituição de 1988, ao utilizar-se da expressão “família”, 
 
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não limita sua formação a casais heteroafetivos nem a formalidade cartorária, celebração civil ou liturgia religiosa. 
Família como instituição privada que, voluntariamente constituída entre pessoas adultas, mantém com o Estado e 
a sociedade civil uma necessária relação tricotômica. Núcleo familiar que é o principal lócus institucional de 
concreção dos direitos fundamentais que a própria Constituição designa por “intimidade e vida privada” (inciso X 
do art. 5º). Isonomia entre casais heteroafetivos e pares homoafetivos que somente ganha plenitude de sentido 
se desembocar no igual direito subjetivo à formação de uma autonomizada família. Família como figura central ou 
continente, de que tudo o mais é conteúdo. Imperiosidade da interpretação não-reducionista do conceito de 
família como instituição que também se forma por vias distintas do casamento civil. Avanço da Constituição 
Federal de 1988 no plano dos costumes. Caminhada na direção do pluralismo como categoria sócio-político-
cultural. Competência do Supremo Tribunal Federal para manter, interpretativamente, o Texto Magno na posse 
do seu fundamental atributo da coerência, o que passa pela eliminação de preconceito quanto à orientação 
sexual das pessoas. 4. UNIÃO ESTÁVEL. NORMAÇÃO CONSTITUCIONAL REFERIDA A HOMEM E MULHER, MAS 
APENAS PARA ESPECIAL PROTEÇÃO DESTA ÚLTIMA. FOCADO PROPÓSITO CONSTITUCIONAL DE ESTABELECER 
RELAÇÕES JURÍDICAS HORIZONTAIS OU SEM HIERARQUIA ENTRE AS DUAS TIPOLOGIAS DO GÊNERO HUMANO. 
IDENTIDADE CONSTITUCIONAL DOS CONCEITOS DE “ENTIDADE FAMILIAR” E “FAMÍLIA”. A referência 
constitucional à dualidade básica homem/mulher, no §3º do seu art. 226, deve-se ao centrado intuito de não se 
perder a menor oportunidade para favorecer relações jurídicas horizontais ou sem hierarquia no âmbito das 
sociedades domésticas. Reforço normativo a um mais eficiente combate à renitência patriarcal dos costumes 
brasileiros. Impossibilidade de uso da letra da Constituição para ressuscitar o art. 175 da Carta de 1967/1969. Não 
há como fazer rolar a cabeça do art. 226 no patíbulo do seu parágrafo terceiro. Dispositivo que, ao utilizar da 
terminologia “entidade familiar”, não pretendeu diferenciá-la da “família”. Inexistência de hierarquia ou diferença 
de qualidade jurídica entre as duas formas de constituição de um novo e autonomizado núcleo doméstico. 
Emprego do fraseado “entidade familiar” como sinônimo perfeito de família. A Constituição não interdita a 
formação de família por pessoas do mesmo sexo. Consagração do juízo de que não se proíbe nada a ninguém 
senão em face de um direito ou de proteção de um legítimo interesse de outrem, ou de toda a sociedade, o que 
não se dá na hipótese sub judice. Inexistência do direito dos indivíduos heteroafetivos à sua não-equiparação 
jurídica com os indivíduos homoafetivos. Aplicabilidade do §2º do art. 5º da Constituição Federal, a evidenciar 
que outros direitos e garantias, não expressamente listados na Constituição, emergem “do regime e dos 
princípios por ela adotados”, verbis: “Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros 
decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República 
Federativa do Brasil seja parte”. 5. DIVERGÊNCIAS LATERAIS QUANTO À FUNDAMENTAÇÃO DO ACÓRDÃO. 
Anotação de que os Ministros Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes e Cezar Peluso convergiram no particular 
entendimento da impossibilidade de ortodoxo enquadramento da união homoafetiva nas espécies de família 
constitucionalmente estabelecidas. Sem embargo, reconheceram a união entre parceiros do mesmo sexo como 
uma nova forma de entidade familiar. Matéria aberta à conformação legislativa, sem prejuízo do reconhecimento 
da imediata auto-aplicabilidade da Constituição. 6. INTERPRETAÇÃO DO ART. 1.723 DO CÓDIGO CIVIL EM 
CONFORMIDADE COM A CONSTITUIÇÃO FEDERAL (TÉCNICA DA “INTERPRETAÇÃO CONFORME”). 
RECONHECIMENTO DA UNIÃO HOMOAFETIVA COMO FAMÍLIA. PROCEDÊNCIA DAS AÇÕES. Ante a possibilidade 
de interpretação em sentido preconceituoso ou discriminatório do art. 1.723 do Código Civil, não resolúvel à luz 
dele próprio, faz-se necessária a utilização da técnica de “interpretação conforme à Constituição”. Isso para 
excluir do dispositivo em causa qualquer significado que impeça o reconhecimento da união contínua, pública e 
duradoura entre pessoas do mesmo sexo como família. Reconhecimento que é de ser feito segundo as mesmas 
regras e com as mesmas consequências da união estável heteroafetiva. 
 
a) Correta; 
 
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b) Errada: união homoafetiva possui status jurídico de família, até mesmo porque o art. 226, CF1 possui rol 
exemplificativo. 
c) Errada; 
d) Errada: parceria homossexual era termo utilizado na década de 1980. Não existe mais. 
e) Errada: são equiparadas a união estável. 
 
Resposta: A 
 
4. Questão 4 
Ano: 2015 Banca: CESPE. Órgão: TRE-MT. Prova: Analista Judiciário- Judiciária 
A respeito do direito de família, assinale a opção correta à luz da jurisprudência do STJ. 
a) Se a união estável for formalizada por escritura pública, a fiança prestada por um dos conviventes sem a 
autorização do outro é inválida. 
b) Em regra, não se mostra cabível a fixação, por tempo determinado, de pensão alimentícia para ex-cônjuge. 
c) É incabível o pedido de alimentos decorrente do rompimento de união estável homoafetiva 
d) A invalidação da venda de imóvel comum fundada na falta de consentimento do companheiro dependerá da 
publicidade conferida à união estável ou da demonstração de má-fé do adquirente. 
e) É suficiente para a caracterização da união estável o fato de um casal de namorados que moram juntos 
projetar constituir família no futuro. 
 
Comentários: 
a) Errada: o STJ entende, em regra, que não é necessária outorga conjugal devido à ausência de publicidade. O 
Provimento 37/2014, do CNJ2, autoriza o registro da união estável do Registro Civil das Pessoas Naturais, o que 
concede publicidade a união estável. Assim, no caso não há registro, o que denota ser válida a fiança prestada. 
b) Errada: 
Alimentos para cônjuge: o Código Civil utiliza a “reciprocidade” de alimentos (art. 1.694, CC), ou seja, um cônjuge 
pode pedir para outro. Com o término do casamento/união estável, atualmente os alimentos são temporários, 
variando de 1 a 2 anos dependendo daidade. 
Julgamento do STJ: mulher com 65 anos questionou a fixação da pensão em 2 anos. O STJ afirmou que aos 65 
anos ela poderia trabalhar onde quisesse e em qualquer atividade. 
c) Errada: é cabível pedido de alimentos decorrente de união estável homoafetiva – art. 1.694, CC. 
 
“Art. 1.694. Podem os parentes, os cônjuges ou companheiros pedir 
uns aos outros os alimentos de que necessitem para viver de modo 
compatível com a sua condição social, inclusive para atender às 
necessidades de sua educação. 
 
1 Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado. 
§ 1º O casamento é civil e gratuita a celebração. 
§ 2º O casamento religioso tem efeito civil, nos termos da lei. 
§ 3º Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua 
conversão em casamento. 
§ 4º Entende-se, também, como entidade familiar a comunidade formada por qualquer dos pais e seus descendentes. 
§ 5º Os direitos e deveres referentes à sociedade conjugal são exercidos igualmente pelo homem e pela mulher. 
§ 6º O casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio. (Redação dada Pela Emenda Constitucional nº 66, de 2010) 
§ 7º Fundado nos princípios da dignidade da pessoa humana e da paternidade responsável, o planejamento familiar é livre decisão do casal, competindo ao 
Estado propiciar recursos educacionais e científicos para o exercício desse direito, vedada qualquer forma coercitiva por parte de instituições oficiais ou 
privadas. 
§ 8º O Estado assegurará a assistência à família na pessoa de cada um dos que a integram, criando mecanismos para coibir a violência no âmbito de suas 
relações 
2 http://www.cnj.jus.br/images/stories/docs_corregedoria/provimentos/provimento_37.pdf 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc66.htm#art1
 
 Página 6 de 7 
§ 1o Os alimentos devem ser fixados na proporção das necessidades 
do reclamante e dos recursos da pessoa obrigada. 
§ 2o Os alimentos serão apenas os indispensáveis à subsistência, 
quando a situação de necessidade resultar de culpa de quem os 
pleiteia”. 
 
d) Correta: a publicidade pode ser concedida nos termos do Provimento 37/2014 do CNJ. 
e) Errada: sendo namorados, não há união estável. 
 
Resposta: D 
 
5. Questão 5 
Ano: 2015 Banca: FUNIVERSA. Órgão: Secretaria da Criança – DF. Prova: Especialista Socioeducativo - Direito e 
Legislação 
Acerca de união estável e concubinato, assinale a alternativa correta. 
a) Para efeitos jurídicos, a união estável é, atualmente, rigorosamente idêntica ao casamento. 
b) A convivência duradoura, para fins de configuração de união estável, é aquela cujo período não é inferior ao 
prazo mínimo de um ano. 
c) A união estável confere aos companheiros o dever recíproco de prestar alimentos. 
d) A convivência pública, contínua e duradoura estabelecida com o objetivo de constituição de família é 
enquadrada como união estável, ainda que ocorra entre pessoas impedidas de se casar. 
e) O concubinato é mera sociedade de fato da qual não decorre, para seus integrantes, direito patrimonial. 
 
Comentários: 
a) Errada: não é idêntica ao casamento. 
b) Errada: a união estável não possui prazo mínimo. 
c) Correta: art. 1.694, CC. 
d) Errada: trata do concubinato – art. 1.727, CC; o separado de fato e judicialmente são exceções; impedimento é 
amplo. 
 
“Art. 1.727. As relações não eventuais entre o homem e a mulher, 
impedidos de casar, constituem concubinato”. 
 
e) Errada: deve ser observada a súmula 380, do STF que concede o único direito ao concubino, de partilhar bens 
adquiridos com esforço comum. 
 
Súmula 380, STF 
Comprovada a existência de sociedade de fato entre os concubinos, é 
cabível a sua dissolução judicial, com a partilha do patrimônio 
adquirido pelo esforço comum. 
Resposta: C 
 
6. Questão 6 
Ano: 2015 Banca: CESPE. Órgão: TJ-DFT. Prova: Juiz de Direito Substituto 
De acordo com a jurisprudência do STJ, assinale a opção correta no que concerne ao instituto da união estável. 
a) Diante da inaplicabilidade de analogia com a legislação referente às relações estáveis heteroafetivas, é vedado 
o reconhecimento post mortem de união homoafetiva. 
http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=380.NUME.%20NAO%20S.FLSV.&base=baseSumulas
 
 Página 7 de 7 
b) Apesar de não estar previsto no Código Civil, o companheiro supérstite tem o direito real de habitação sobre o 
imóvel de propriedade do falecido onde o casal residia. 
c) É permitida a alienação de bem imóvel adquirido na constância de união estável independentemente da 
autorização de um dos companheiros. 
d) Em uma eventual ação de alimentos que seja posterior à dissolução de união estável homoafetiva, é 
juridicamente impossível o pedido de alimentos formulado pelo ex-companheiro. 
e) Caso um senhor, convivente em união estável, preste fiança sem a outorga uxória de sua companheira, tal 
fiança será nula. 
 
Comentários: 
a) Errada: não é vedado o reconhecimento post mortem da união estável. 
b) Correta: o STJ estende ao companheiro o direito real de habitação mesmo não estando previsto 
expressamente no Código Civil. 
c) Errada: a CESPE deu esta assertiva como falsa, o que contraria a questão 4, pois ambas tratam do 
entendimento jurisprudencial do STJ. Questão para recurso. 
d) Errada: não é impossível. Encerrada a união, ela pode ser reconhecida no Judiciário e consequentemente 
requerida a pensão alimentícia. 
e) Errada: quando a fiança é prestada sem outorga, ela é anulável – art. 1.649, CC. Contudo, como se trata de 
união estável e sem registro (o exercício nada disse), a fiança prestada é válida. 
 
“Art. 1.649. A falta de autorização, não suprida pelo juiz, quando 
necessária (art. 1.647), tornará anulável o ato praticado, podendo o 
outro cônjuge pleitear-lhe a anulação, até dois anos depois de 
terminada a sociedade conjugal. 
Parágrafo único. A aprovação torna válido o ato, desde que feita por 
instrumento público, ou particular, autenticado”. 
 
Resposta: B

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