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SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI- ÁRIDO Departamento Ciências Ambientais e Tecnológica Disciplina – Mecânica dos Solos. Professor: Francisco Alves da Silva JúniorProfessor: Francisco Alves da Silva Júnior Estrutura dos solos Mossoró, 31 de Março de 2011 Introdução: ESTRUTURA DOS SOLOS: 1.1 As partículas constituintes dos solos; 1.2 Sistema solo-água; 1.3 Estruturas. ESTRUTURA DOS SOLOS 1.1 As partículas constituintes dos solos A origem dos solos --- rocha + intemperismo (químico, físico e biológico) = solos. Fatores de intemperismo: • Material de origem; • Clima; ESTRUTURA DOS SOLOS • Clima; • Relevo; • Organismos; • e Tempo. ESTRUTURA DOS SOLOS Atuação do intemperismo � Intemperismo químico→ climas quentes e úmidos → mais importante e mais profundo; � Intemperismo físico → climas SECOS (quentes e frios); Atuação conjunta do intemperismo físico e químico. � Clima; CLIMA ORGANISMOS � Material de origem - Rocha; � Relevo; �Organismos; �Tempo. ORGANISMOS ROCHA TEMPO RELEVO SOLOPROCESSOS 1.1 As partículas constituintes dos solos Tamanho das partículas: ESTRUTURA DOS SOLOS Primeira característica que diferencia os solos: Solos grossos podem ser vistos a olho nu e solos finos não. As partículas de areia podem ter dimensões em torno de 2 mm e as de argila podem ter dimensões de até 10 Angstons (0,000001mm). Se uma partícula de argila fosse ampliada a ficar com o tamanho de uma folha de papel, o grão de areia de 2mm, ficaria com dimensões de 200 m. Geralmente os solos possuem diversos tamanhos de partículas,com exceção dos solos homogêneos. Partículas podem revestir partículas de areia – torrões --- necessidade de umedecer. 1.1 As partículas constituintes dos solos Tamanho das partículas: ESTRUTURA DOS SOLOS Segundo a ABNT: Fração Limites Matacão 25 cm – 1,0 mMatacão 25 cm – 1,0 m Pedra de mão 7,6 cm – 25cm Pedregulho 4,8 mm – 7,6 cm Areia grossa 2,0 mm – 4,8 mm Areia média 0,42mm – 2,0 mm Areia fina 0,05mm – 0,42 mm Silte 0,002 mm – 0,05 mm Argila Inferior a 0,002 mm 1.1 As partículas constituintes dos solos Constituição mineralógica: ESTRUTURA DOS SOLOS Mineral Características Quartzo Presente na maioria das rochas, é bastante resistente à desagregação e forma grãos de silte e areia. Sua composição é simples, SiO2, as partículas são equipotenciais, como cubos ou esferas, e apresenta baixa atividade superficial. Feldispato Podem ser encontrados como areia e silte. Silicatos duplos de Al e de um metal Feldispato Podem ser encontrados como areia e silte. Silicatos duplos de Al e de um metal alcalino ou alcalino terroso (K, Na ou Ca). São translúcidos ou opacos e podem apresentar cristais mistos de três componentes: feldspato potássio, sódico e calcico. São os minerais mais atacados, dando origem aos argilosminerais, que constituem a fração mais fina dos solos, geralmente inferior a 2mm. Devido sua composição e textura, possuem comportamento diferenciado, em relação as areias e siltes. Mica Podem ser encontrados como areia e silte. Geralmente ortossilicatos de Al, Mg, K, Na ou Li. Trata-se de um grupo de minerais caracterizados por uma ótima clivagem laminar e boa elasticidade. Distinguem-se 2 variedades principais: Muscovita e Biotita. Calcita Podem ser encontrados como areia e silte. Pertence ao grupo dos carbonatos. Sua composição é CO3Ca. 1.1 As partículas constituintes dos solos Constituição mineralógica: argilominerais. Apesar da aparência amorfa, as argilas são constituídas de pequeníssimos minerais cristalinos. Existem três grupos principais: ESTRUTURA DOS SOLOS Argilomineral Características Caulinita são formadas por unidades de Silício e Alumínio que unem alternadamente, conferindo-lhes uma estrutura rígida. Em conseqüência, são relativamente estáveis em presença de água. As caulinitas sãosão relativamente estáveis em presença de água. As caulinitas são compostas por fortes ligações entre as estruturas, formando grãos maiores, com menor superfície específica, menos plasticidade e baixa compressibilidade 1.1 As partículas constituintes dos solos ESTRUTURA DOS SOLOS Argilomi neral Características MONTM ORILONI TAS São estruturalmente formadas por uma unidade de Alumínio entre duas unidades de Silício. A ligação entre essas unidades, não sendo suficientemente firme para impedir asuficientemente firme para impedir a passagem de moléculas de água, torna as argilas montmoriloníticas muito expansivas e, portanto, instáveis em presença de água. Este fato possibilita às montmorilonitas características de elevada plasticidade e compressibilidade, assim como alta superfície específica, aproximadamente 100 vezes maior que a caulinita. Superfície específica – soma das superfícies de todas as partículas contidas na unidade de volume ou peso do solos 1.1 As partículas constituintes dos solos ESTRUTURA DOS SOLOS Argilomineral Características ILITAS As ILITAS são estruturalmente análogas às Montmorilonitas, sendo menos expansivas. As ilitas possuem características medianas entre as caulinitas e as motmorilonitas. �Composição mineralógica das argilas - Estrutura Tetraedos de sílica Octaedros de alumínio ESTRUTURA DOS SOLOS 1.2 Sistema solo-água ESTRUTURA DOS SOLOS Devido as ligações entre as estruturas dos argilominerais, podem permitir a entrada de moléculas de água, sendo as montmorolonitas as mais atingidas e as caulinitas as menos. Camada dupla – com a elevação do teor de água, forma-se no entorno das partículas uma camada de água, devido a atração dos íons dos solos argilosos e a superfície das partículas. Esta água possui forte atração o que a diferencia da água de livre nos vazios. Os contatos entre os argilominerais, portanto são feitoságua de livre nos vazios. Os contatos entre os argilominerais, portanto são feitos por esta camada dupla de água e não diretamente entre os minerais, diferentemente dos solos grossos, onde este contato é direto. As estruturas dos solos argilos dependem das forças de atração e repulsão que existem entre os contatos, que se refere à disposição das partículas na massa de solo. Podendo geral estruturas dispersas ou floculentas. 1.3 Estruturas ESTRUTURA DOS SOLOS Floculada – quando os contatos se fazem entre faces e arestas, ainda que através da água adsorvida – mais sinsitivas e compressíveis; Dispersa – quando as partículas se posicionam paralelamente, face a face – menso sensitivas e menos compressíveis. Floculada Dispersa 1.3 Estruturas ESTRUTURA DOS SOLOS Estrutura Granular simples: Característica das areias e pedregulhos, predominando as forças de gravidade na disposição das partículas que se apóiam diretamente umas sobre as outras. 1.3 Estruturas ESTRUTURA DOS SOLOS Tixotropia - A perda e o conseqüente retorno da resistência coesiva são devidos a destruição e conseqüente reordenação da estrutura molecular do solo. Exemplo: amassando-se uma amostra de argila úmida e, a seguir, deixando- a repousar, a massa adquire resistência com o tempo, ou seja, endurece. Bentonitas - Argilas ultra-finas formadas em sua maioria pela alteração química de cinzas vulcânicas. Em sua composição predomina a montmorilonita, o que explica sua tendência ao seu inchamento. É utilizada em vedação de barragens e escavações, pois é bastante impermeável. É também aplicada para estabilização de furos. 1.3 Estruturas ESTRUTURA DOS SOLOS Sensitividade O tempo e as mudanças nas pressões a que o solo está submetido pode gerar diferenças entre um amostra indeformada e uma amostra remoldada(amolgada). O termo sensitividade é usado para descrever essa diferença de resistência e é determinado pela razão entre a resistência da amostra indeformada e a referente ao estado remoldado. Existem solos com sensibilidade de até 500. Sensitividade Classificação 1 Insensitiva 1-2 Baixa sensitividade 2-4 Média sensitividade 4-8 Sensitiva 8 Ultra-sensitiva 1.3 Estruturas ESTRUTURA DOS SOLOS Sistema trifásico Em virtude da tensão superficial o contado entre a água e os sólidos nos vazios entre as partículas apresentam uma curvatura, indicando que a pressão nos dois fluidos não é a mesma. Esta diferença é a pressão de sucção, que é responsável por diversos fenômenos referentes ao comportamento mecânico dos solos e dos solos não saturados quando solicitados por carregamentos e submetidos a infiltrações de água.
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