Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 FACULDADE CASA BRANCA - FACAB LÍGIA MATTOS RIBEIRO DE LIMA EXTENSÃO PSICOMOTRICIDADE IMPORTÂNCIA DA PSICOMOTRICIDADE NO DESENVOLVIMENTO INFANTIL CASA BRANCA 2021 2 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO.............................................................................03 2. DESENVOLVIMENTO.................................................................04 2.1 Definição de psicomotricidade...................................................04 2.2 As etapas do desenvolvimento infantil......................................08 2.3 A relação entre psicomotricidade e desenvolvimento infantil...09 2.3.1 Educação psicomotora...........................................................09 2.3.2 Desenvolvimento psicomotor..................................................18 2.3.3 A influência da psicomotricidade na aprendizagem...............19 3. CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................23 4. REFERÊNCIAS...........................................................................25 https://monografias.brasilescola.uol.com.br/pedagogia/psicomotricidade-identificando-novos-paradigmas-sua-colaboracao.htm#indice_2 https://monografias.brasilescola.uol.com.br/pedagogia/psicomotricidade-identificando-novos-paradigmas-sua-colaboracao.htm#indice_10 https://monografias.brasilescola.uol.com.br/pedagogia/psicomotricidade-identificando-novos-paradigmas-sua-colaboracao.htm#indice_11 https://monografias.brasilescola.uol.com.br/pedagogia/psicomotricidade-identificando-novos-paradigmas-sua-colaboracao.htm#indice_12 https://monografias.brasilescola.uol.com.br/pedagogia/psicomotricidade-identificando-novos-paradigmas-sua-colaboracao.htm#indice_15 https://monografias.brasilescola.uol.com.br/pedagogia/psicomotricidade-identificando-novos-paradigmas-sua-colaboracao.htm#indice_16 https://monografias.brasilescola.uol.com.br/pedagogia/psicomotricidade-identificando-novos-paradigmas-sua-colaboracao.htm#indice_17 https://monografias.brasilescola.uol.com.br/pedagogia/psicomotricidade-identificando-novos-paradigmas-sua-colaboracao.htm#indice_18 https://monografias.brasilescola.uol.com.br/pedagogia/psicomotricidade-identificando-novos-paradigmas-sua-colaboracao.htm#indice_19 https://monografias.brasilescola.uol.com.br/pedagogia/psicomotricidade-identificando-novos-paradigmas-sua-colaboracao.htm#indice_22 3 1. INTRODUÇÃO Hoje o mundo está crescendo muito rápido e as exigências sociais com o ser humano estão muito grandes. A sociedade exige pessoas críticas, atuantes, que saibam se expressar, posicionando-se e comunicando-se com clareza, portanto vemos aí a grande necessidade do desenvolvimento motor no processo ensino aprendizagem para que o ser humano possa enfrentar as situações do dia -a -dia, com maior capacidade e desenvoltura. Desde o início dos tempos o homem procurou desenvolver suas habilidades e aptidões. Conheceu o fogo, criou a roda, estudou a relação movimento/espaço, foi à lua, criou barreiras, destruiu barreiras e estudou os diversos elementos que compõe a sociedade. Conheceu o poder da ação e reação, fez de sua inteligência sua arma mais poderosa; construtiva e destrutiva. Houve mudança, houve movimento. A educação tem uma função essencial e importante neste processo. A escola deve ser um local agradável onde à criança sinta prazer em apreender e, especialmente trabalhe a coordenação motora das mesmas. Para que ela aprenda a conhecer e valorizar o seu corpo cabe aqui salientar a necessidade de citar durante o trabalho e em anexo atividades psicomotoras, que busquem despertar um melhor desenvolvimento psicomotor da criança, tais como: Domínio dos movimentos gestuais do corpo, Movimento com as mãos e os dedos, reconhecimento das partes do corpo, entre outros, tal trabalho resultara em uma melhor aprendizagem no processo de formação do educando. O movimento é o objeto primo da psicomotricidade. Entende-se o significado da psicomotricidade como sendo a ciência que tem como objeto de estudo o homem através de seu corpo em movimento e em relação ao seu mundo externo e interno, isto é, a capacidade de se movimentar com intenção. Nesta pesquisa aborda-se a psicomotricidade no desenvolvimento infantil. 4 Falar de psicomotricidade é falar de possibilidades. Existem possibilidades em cada etapa no desenvolvimento da criança, relacionando-a uma à outra. Cada criança é única, cada ser é diferente, mas as relações de crescimento estão ligadas diretamente a afetividade, cognição e organização. Para tanto, o envolvimento desses processos é preenchido com os três conhecimentos básicos que norteiam a psicomotricidade, que são o movimento, o intelecto e o afeto, estes sim, são individuais e únicos em cada criança. O conhecimento do próprio corpo e do seu funcionamento são aspectos fundamentais para o desenvolvimento dos aspectos físico, motor e intelectual da criança, que se criança for bem trabalhada, principalmente em seus movimentos de lateralidade, espaço, tempo e percepção, ela estará melhor preparada para atuar na sociedade, também percebeu-se que através das atividades motoras obtém-se resultados mais rápidos e compensatórios por parte dos educandos e assim a importância do papel da escola e do educador em todo o processo. Sendo assim, formamos um espaço, um todo. Entendendo as relações de movimento com o meio tornará o indivíduo mais ou menos confiante e compreendente desse espaço que vive. 2. DESENVOLVIMENTO O ser humano é produto de um processo histórico que vem se expandindo e aperfeiçoando de geração a geração, ampliando suas descobertas e curiosidades, sempre lendo e revelando sua linguagem corporal através de gestos, risos, expressão facial e sempre buscando onde se encaixar no quebra – cabeça da vida. 2.1. Definição de psicomotricidade A psicomotricidade refere-se diretamente ao movimento humano. É o relacionamento através da ação, é a integração do corpo com a natureza. Como ciência, a psicomotricidade é definida tendo como objeto de estudo o homem 5 através de seu corpo em movimento relacionado com a sociedade e consigo mesmo. As relações do movimento corporal com o meio tornaM o indivíduo mais confiante e compreendente do espaço que ocupa, e conseqüentemente melhor entendimento de suas emoções. “Psicomotricidade como a posição global do sujeito, que pode ser entendido como a função de ser humano que sintetiza psiquismo e motricidade com o propósito de permitir ao indivíduo adaptar de maneira flexível e harmoniosa ao meio que o cerca” (DE LIÈVRE Y STAES 1992, p. 39). De acordo com Coste (1978, p.23), é a ciência encruzilhada, onde se cruzam e se encontram múltiplos pontos de vista biológicos, psicológicos, psicanalíticos, sociológicos e linguísticos. A psicomotricidade está relacionada ao desenvolvimento das aquisições afetivas, cognitivas e orgânicas. Três conhecimentos básicos substanciam esse processo: o movimento, o intelecto e o afeto. Compreender esses processos direciona o olhar para a criança num todo, visando contribuir para o entendimento desses três conhecimentos. São conhecimentos básicos relacionados a psicomotricidade: o movimento, o intelecto e o afeto. O movimento, segundo dicionário Cegalla (2005), “movimento é o deslocamento de um corpo, ou parte dele, no espaço; série de atividades organizadas com um fim comum; atividade, ação”. Fonseca (1988) define que: “O movimento humano é construído em função de um objetivo. A partir de uma intenção como expressividade íntima, o movimento transforma-se em comportamento significante”. 6 Para abordar o primeiro conhecimento básico é necessário citar Wallon (1971), que fundamenta os estágios da criança e foca no estágio inicial, o movimento. Wallon define a criança em seu primeiro estágio de desenvolvimento como um ser queexpressa a emoção no seu corpo e a emoção antecede a cognitividade, defendida por Piaget. O movimento segundo Wallon não é entendido apenas como desenvolvimento a partir do fisiológico é também uma forma de relação com o meio. O movimento tem ação direta sobre o meio, relacionando-se intrinsecamente com o afetivo. “O movimento humano é a parte mais ampla e significativa do comportamento do ser humano”. É obtido através de três fatores básicos: os músculos, a emoção e os nervos, formados por um sistema de sinalizações que lhes permitem atuar de forma coordenada” (BARROS & NEDIALCOVA,1999:, p.3). O movimento no desenvolvimento infantil tem uma função fundamental, principalmente nos primeiros estágios da criança onde esta não adquiriu a linguagem falada ainda. O movimento tem a função de comunicação. É através do movimento que a criança expressa suas sensações e manifesta o contato com o mundo ao seu redor. Entende-se por comunicação o ato ou ação de comunicar-se, esta dada através de gesticulação, expressando assim seus desejos, vontades e sentimentos. As necessidades físicas ou psíquicas são expressas através do movimento, essa, portanto, é a primeira forma de comunicação antes do desenvolvimento da linguagem. Essa comunicação através do movimento é definida por Wallon como comunicação emocional. A necessidade da criança de se expressar faz com que a postura corporal demonstre seu estado orgânico ou emocional. O intelecto, segundo Aurélio (2004) define intelecto como inteligência, e inteligência como faculdade ou capacidade de aprender, apreender, compreender ou adaptar-se facilmente; intelecto, intelectualidade, destreza mental; agudeza, perspicácia. 7 O processo de cognição leva ao desenvolvimento do intelecto, isto é, quanto mais aquisição do conhecimento, maior a maturação do processo intelectual. Neste segundo conhecimento básico tem-se como base de fundamentação Piaget. De acordo com Piaget, a aprendizagem é decorrência do desenvolvimento cognitivo, vinculado por sua vez, à maturação biológica e a qualidade dos desafios do meio. O intelecto está relacionado ao cognitivo, que faz relação com o movimento para se estabelecer a comunicação com o meio. Voltando ao primeiro conhecimento básico com referência a comunicação, Wallon define que a maturação e aprendizagem – processo de desenvolvimento do intelecto – estão condicionadas pela riqueza do intercâmbio emocional e da comunicação com o outro. O afeto é definido como afeição, carinho, atenção, simpatia. As aquisições afetivas vêm completar os conhecimentos básicos. A ação é impulsionada pela emoção. “Emoção é a referência a um sentimento e seus pensamentos distintos, estados psicológicos e biológicos, e a uma gama de tendências para agir. Há centenas de emoções, juntamente com suas combinações, variações, mutações e matizes” (GOLEMAN, 1996, p. 34). Todos os movimentos, gestos, mímicas são expressos pela emoção, indicando uma pré-linguagem. A criança associa novos significados e percepções as suas ações a sua consciência e a sua cognição, possibilitando o desenvolvimento da afetividade e consequentemente da inteligência. A afetividade tem papel fundamental no desenvolvimento infantil, existem dois fatores das quais a afetividade é dependente: o orgânico e o social. “[…] a constituição biológica da criança ao nascer não será a lei única do seu futuro destino. Os seus efeitos podem ser amplamente transformados pelas 8 circunstâncias sociais da sua existência, onde a escolha individual não está ausente” ( WALLON, 1971, p. 34) O aspecto afetivo por si só não pode modificar as estruturas cognitivas, mas pode influenciar as estruturas a se modificar. No processo de ensino-aprendizagem, o aspecto afetivo é de grande importância para compreender que cada criança é única, tanto no desenvolvimento afetivo, quanto no cognitivo. Afetividade é um termo que usamos para identificar um domínio funcional, este por sua vez, de acordo com Wallon (1971), são quatro: o ato motor; o conhecimento; a afetividade e a pessoa. São eles que dão uma determinada direção ao desenvolvimento e no decurso da vida humana, cada um desses domínios tem seu próprio campo de ação e organização, mas mantém em relação com os demais uma espécie de mecanismo interfuncional. A criança, no decorrer de seu desenvolvimento, estabelece diferentes níveis de relacionamento, a partir dessas relações, também modifica suas sensações em relação à afetividade. Intrinsecamente, todos os três conhecimentos básicos estão ligados. É através do movimento, que a criança expressa suas emoções, e através das emoções em relação com o meio que ela desenvolve sua cognição. Considera-se a emoção altamente orgânica, pois é a partir das reações fisiológicas da criança, que as emoções são expressas. Estas fazem modificar as reações do organismo, como mudanças no batimento cardíaco, sensações corporais, entre outros. A emoção faz com que a criança se relacione com o meio e passa a se conhecer melhor. Portanto, é necessário considerar de forma integrada os três conhecimentos básicos, entendendo que o desenvolvimento da afetividade vai influenciar diretamente no desenvolvimento do cognitivo da criança. 2.2. As etapas do desenvolvimento infantil 9 Quando se refere as etapas do desenvolvimento infantil nos remetemos as correntes da psicologia. Etimologicamente, a palavra psicologia tem sua origem na língua grega, onde psiché quer dizer alma e logia, razão significando então, o tratado da alma. A psicologia tem grande influencia na educação. Existem práticas pedagógicas que, ora oscila em favor de uma tendência subjetivista, e ora por uma tendência objetivista de sujeitos. Foi a partir dos anos 70, no Brasil, que a perspectiva teórica que influenciou o modo como processo de ensino-aprendizagem seria definido. Chamamos então, de Behaviorismo ou Comportamentalismo. Em diferentes partes do mundo, teóricos da educação procuraram criticar o modo reducionista de conceber a aprendizagem, propondo visões alternativas. Dentre esses teóricos, os Gestaltistas se destacaram pela teoria de Gestalt, que estuda os processos cognitivos envolvidos na percepção e na aprendizagem. Por ser inovadora e convincente, a teoria de Gestalt inspirou o surgimento de um campo da psicologia que estuda a aprendizagem, a psicologia cognitiva. A psicologia da educação estava insatisfeita com a noção de um sujeito determinado por sua natureza individual externa, sentiu-se necessidade de uma concepção que contemplasse a interação entre indivíduo e realidade. Nesse contexto, a teoria genética de Jean Piaget se fortalece passando a ser estendida a educação sob a denominação de Construtivismo Piagetiano. 2.3. A relação entre psicomotricidade e desenvolvimento infantil O desenvolvimento é um processo ativo, dinâmico e interativo, que vai acontecendo no desenrolar da vida. Como visto nos três conhecimentos básicos, a criança, no processo de desenvolvimento, passa pelas três etapas que são, o movimento, o intelecto e o afeto. A partir de cada um deles observa-se a importância da psicomotricidade no desenvolvimento infantil (Idem). 2.3.1. Educação psicomotora 10 A educação física tem um papel fundamental no desenvolvimento psicomotor da criança. É através dela que as crianças vão demonstrar suas habilidades e dificuldades em relação ao movimento. A educação física é baseada nas necessidades da criança. Tão importante quanto se alimentar, ela deve ser bem condicionada a fim de desenvolver meios para que a criança sinta-se estimulada e consequentemente tenha um bom desenvolvimento. Entende-se que o desenvolvimento da criança acontece através dos três conhecimentos básicos, sendo o movimento o primeiro meio de comunicação da criança. É a partir desses conhecimentos que a criança toma consciência de si mesma, passandoa conhecer seu corpo num todo, entendendo assim a importância de se expressar e compreender o meio em que vive. A educação física escolar tem como objetivo principal incentivar os movimentos corporais buscando compreender todas as etapas da vida. A educação psicomotora bem desenvolvida pode detectar problemas futuros e até mesmo resolvê-los, em relação à concentração, coordenação, dificuldades de aprendizagem. As habilidades da criança, bem desenvolvidas possibilitam que estas aprendam melhor ou que, possam ser detectadas com antecedência problemas como citados acima, colaborando assim para corrigi-los. O esquema corporal da criança deixa de ser limitado tornando-a mais perceptiva ao meio. Entende-se por esquema corporal o ritmo, o tempo e o espaço da criança. Tanto o afeto, quanto o intelecto é desenvolvido a partir do movimento – atividade física – que possibilita esse desenvolvimento. É necessário que a criança tenha uma boa coordenação motora para iniciar seu processo de escrita, assim como para a leitura é necessário que consiga concentrar-se. Portanto a educação psicomotora no ensino infantil exerce um papel fundamental em toda a vida do indivíduo. “É a educação um fato social tão antigo quanto o próprio homem, devendo ter sido praticada desde que apareceu na terra a primeira 11 família humana. Coincide, assim, o início da história da educação com o da história da humanidade” (BELLO, 1978 p. 9). Não é possível falar de educação sem relatar um pouco da história da mesma. História essa que começou com o início da humanidade no planeta terra, e continua até os dias atuais, num processo contínuo e complexo que tem suas raízes na família e em sua cultura, refletindo-se na sociedade em que está inserido. A educação não é apenas aquela formal que a escola oferece, mas toda e qualquer vivência que o ser humano está em contato e que vivencia. A educação primitiva não seguia regras formais, mas tudo dependia da maneira como os povos viviam e, como sua cultura era inserida na sociedade. Era assim a educação informal dos povos primitivos, que deram origem à nossa educação dos dias de hoje, não era como a atual que segue regras, tudo acontecia de forma natural e espontânea mesmo que algumas pessoas copiassem umas das outras, sem perceber. Essa educação imitativa foi explicada por John Devey: “Como esclarece John Dewey, nessas sociedades primitivas são todas as instituições que exercem a influência educativa sem que nenhuma delas tenha propriamente, essa função” (apud BELLO, 1978, p. 13). No início dos tempos a escola não era institucionalizada, não havendo uma pessoa qualificada especificamente para a educação do povo, esse processo acontecia de forma que toda a comunidade exercia poderes e auxiliava de maneira direta ou indireta na educação. Todas as instituições participavam igualmente. A educação, portanto, não existia de forma sistematizada, ela consistia quase que exclusivamente na imitação das atividades que os adultos realizavam e as crianças os imitavam. Com o passar dos anos foram surgindo pessoas preocupadas em descobrir e conhecer sempre mais sobre o processo educacional, conhecer mais sobre o mundo e suas transformações, surgindo aí estudiosos que até hoje buscam respostas para o desenvolvimento humano e social. A educação foi muitas vezes identificada com o conceito mais restrito de instrução. 12 Hoje, temos a noção de que todas as influências, todos os estímulos que provocam uma série de reações da parte do indivíduo, têm alguma influência no seu caráter e fazem parte, portanto, da sua educação. “Ninguém nasce feito. Vamos nos fazendo aos poucos na prática social em que tomamos parte” (FREIRE, 2001, p.88.). Num sentido amplo, podemos dizer que a educação é um longo processo de desenvolvimento, inicia desde o nascimento do indivíduo, assim sendo moldado na família, na sociedade e principalmente na escola. A formação do ser vai depender muito das pessoas que irão fazer parte de sua convivência no processo educacional. Há várias formas de se conceber o fenômeno educativo. Por sua própria natureza, não é uma realidade acabada que se dá a conhecer de forma única e precisa em seus múltiplos aspectos. É um fenômeno humano, histórico e multidimensional. Nele estão presentes tanto a dimensão humana quanto a técnica, a cognitiva, a emocional, a sócio- política e cultural. Não se trata de mera justaposição das referidas dimensões, mas, sim, da aceitação de suas múltiplas implicações e relações (MIZUKAMI, 1986. p. 1). Sendo assim, a educação não começou e nem vai terminar hoje, ela é um processo que sempre busca inovações, correções e aplicações em diversos níveis de conhecimento. O ser humano faz parte da natureza, da sociedade e do universo como um todo, estando sempre em contato com o novo, aprendendo com tudo que está à sua volta, tanto ensinando como revisando. Pois aprender é isso: um processo de aceitação, assimilação, revisão multidimensional de tudo e de todo o conhecimento, sendo ele empírico ou científico. O indivíduo, nesse processo, é caracterizado pelas suas dimensões humanas, emocionais, cognitivas, sua vivência sócio-histórica e cultural a qual produz e 13 renova seus saberes. Sendo assim, o ser humano está sempre em contato com o novo, adquirindo e formando sempre novos conhecimentos, que serão parte fundamental de sua formação . Conforme Mizukami (1986, p.2): “O conhecimento é uma ‘descoberta’ e é novo para o indivíduo que a faz. O que foi descoberto já se encontrava presente na realidade exterior. Não há construção de novas realidades”. O ser humano é dotado de uma capacidade que muitas vezes nem ele se dá conta, pois a todo o momento está adquirindo conhecimentos novos e transformando os já existentes. Sendo assim, cada indivíduo interpreta o mundo à uma maneira e através dos diferentes olhares, cada um forma a sua concepção. Cada ser é único e tem uma maneira de ver o mundo, com o seu jeito de aprender o novo. Um homem pode entrar em contato, por exemplo, com um livro muito antigo, que muitas pessoas já o leram e sugaram segundo eles toda a sua essência. Porém esse homem, ao lê-lo, conseguiu retirar algo dele que jamais alguém havia percebido, isso não quer dizer que o conhecimento do livro mudou, mas, a forma como as pessoas interpretam é que é diferente. Nessa realidade de existência e transformação do conhecido para algo novo, o processo de conhecimento passa por transformações onde muitas vezes o ser humano não consegue aprender sozinho, ele necessita de seres que o ajudem. Sendo assim, todo ser ao iniciar seu contato com a sociedade precisa de pessoas conscientes que lhe mostrem o caminho a seguir, e lhe guie neste processo. Sendo assim, o professor tem que estar preparado no momento em que a criança chega à escola. “Dizemos que a criança está pronta para aprender, quando ela apresenta um conjunto de condições, capacidades, habilidades e aptidões consideradas como pré –requisitos para o inicio de qualquer aprendizagem” (DROUET, 2001 p. 27). 14 Dessa forma, constatamos que a criança é um ser que vive em constante transformação, e não podemos dizer que está pronta e acabada. Portanto, ela se desenvolve pelas vivências e momentos, desenvolvimento esse que envolve seu lado psicomotor, o que é muito importante para sua formação. Quando a criança apresenta dificuldades de aprendizagem, na maioria das vezes, uma simples atividade que envolva seu corpo pode solucionar tal problema. Cabe ao educador ter o conhecimento e ajudar seu aluno, já que toda criança tem capacidades, habilidades e aptidões. Basta só ser observada com carinho, pois o seu futuro depende muito da sua formação inicial que acontece na família e principalmente na escola. O educador, através do seu conhecimento que adquiriu no decorrer do tempo, deve buscar maneiras diferentespara conduzir todo o processo de educação, tendo em mente que todo e qualquer indivíduo pode apresentar mudanças através do meio que vive. Educar significa que o próprio educador deve criar sua identidade, ser crítico e consciente, capaz de mudar os caminhos da educação. Sendo a escola o local onde a criança ira receber estímulos para continuar desenvolvendo suas capacidades psicomotoras é de suma importância que o educador busque inovar e aperfeiçoar a cada momento sua maneira de trabalhar tanto o lado motor como o afetivo da criança que e parte fundamenta do processo. Quando uma criança apresentar problemas de aprendizagem, é muito importante que o educador busque constatar, e consequentemente tente saná-lo. Se o problema for mais grave, deverá buscar ajuda de outros especialistas. É muito importante que, mesmo que sejam pequenas essas dificuldades, o professor não deixe passar por despercebido, pois uma simples troca do tipo ‘ P por B’, pode parecer simples mais não o é . Essa simplicidade de erros pode causar com o passar do tempo uma enorme dificuldade de aprendizagem. 15 Conforme afirma Seber (1997, p. 65): “É preciso entender que, o domínio de uma atividade não é conquistado imediato. Só o funcionamento de uma ação pode conduzir a um aprimoramento dos movimentos”. Conhecer o próprio corpo significa ter uma compreensão global do seu desenvolvimento. Isso implica conhecer e entender o seu desenvolvimento motor, sua lateralidade, saber orientar-se no espaço, ter uma memória cinestésica desenvolvida, fazendo com que haja uma interação entre corpo e aprendizagem. Mas, é preciso entender que qualquer atividade que a criança fará de imediato ela não terá domínio do seu corpo. Somente a continuidade de atividades fará com que haja o aprimoramento dos seus movimentos. “O ser humano, comparado com outras espécies animais, possui um desenvolvimento motor bastante lento e isso acontece porque o cérebro da criança está sendo programado para atividades mais complexas que envolve a linguagem, o raciocínio lógico, poder de espacialização e amadurecimento das emoções” (ANTUNES, 2001, p. 153). O desenvolvimento motor relacionado à criança está incluído num processo lento de aquisições de conhecimentos. Isso porque, comparado com o de outros animais, o cérebro humano é programado para atividades complexas como a linguagem, raciocínio lógico, localização espacial, e amadurecimento das emoções, enquanto o animal apenas preocupa-se com o seu desenvolvimento motor, (pois é um animal irracional). O homem tem que estar se desenvolvendo num todo. Por isso, faz-se necessário trabalhar em cima de estímulos com a criança desde pequena, desenvolvendo um conjunto de habilidades que engloba o domínio do esquema corporal, só assim ela chegará à fase adulta sem problemas de aprendizagem, fazer com que ela viva o real e o imaginário formando sistemas de interpretação do mundo, da cultura em que faz parte e do meio em que vive, construindo e ampliando sua história. É na escola, através da mediação do professor com o aluno, que o processo de desenvolvimento ocorre por completo. O ser humano por si só, não consegue 16 desenvolver-se sozinho, ele necessita de estímulos e de um mediador para que esse processo se realize. O educador, enquanto professor atuante terá um papel fundamental fazendo a relação entre o amadurecimento do seu organismo, com estímulos trabalhados para desenvolver melhor a motricidade do aluno. Para que essa mediação aconteça faz-se necessário que ele esteja preparado e conheça sobre o assunto, devendo estar sempre em busca constante do conhecimento, para poder ajudar seu aluno. Despertando através de atividades a motivação, unindo corpo e mente e através da expressão tornar o educando um ser criativo, desenvolvido, apto a realizar atividades mais complexas. Portanto, cabe a nós educadores, buscar a interação do movimento na escola com objetivos e metas bem traçadas. Sendo eles peça fundamental no aprendizado do aluno é de suma importância que se trabalhe na educação infantil e nas séries iniciais, de forma interessante e prazerosa. Que as atividades aplicadas para desenvolver corpo – movimento sejam estimuladoras e contribuam para desenvolver o aluno no todo, não esquecendo que o motor não pode ficar isolado. É através do desenvolvimento motor e das habilidades básicas que a criança consegue ter uma aprendizagem globalizada e estará preparada para viver na sociedade a qual está inserida. De maneira alguma podemos separar movimento e atenção, pois é um processo interligado, somente trabalhando juntos é que o educando terá um desenvolvimento completo de seu corpo e mente. A aprendizagem da criança está interligada ao seu desenvolvimento psicomotor, portanto, enfatizamos a importância da formação do educador, interligando-se numa proposta pedagógica que proporcione à criança a visualização de todo processo, aprendendo a conhecer, a conviver, a fazer e ser, transformando-se em um individuo atuante e integrado em seu meio social. 17 O educador deve ser criativo em todos os aspectos, analisando: espaço, materiais e atividades que condigam com a idade da criança, usando técnicas bem criativas que venham somar no desenvolvimento e aprendizado do educando, fazendo com que o mesmo aprenda a se comunicar com o mundo pela linguagem corporal e que sinta prazer em aprender através das atividades motoras propostas. “É de suma importância o papel dos educadores – pais e professores nos processos fundamentais do desenvolvimento humano” (JOSÉ, 2000. p. 09). A partir do momento em que todos os agentes envolvidos no processo do desenvolvimento da aprendizagem da criança sejam os pais e professores principalmente, faz-se necessário que eles estejam completamente engajados na compreensão dos princípios do processo de aprendizagem, o educando poderá desenvolver-se naturalmente sem maiores problemas de traumas e tabus. Por isso é desejável que futuros profissionais da educação obtenham alto grau de conhecimento e preparo para o desempenho de suas atribuições; buscando juntas, escola e família fazer um trabalho em prol da criança e seu desenvolvimento, não esquecendo que ela não é um adulto em miniatura e sim um ser em constante transformação e necessita de todas as atenções, para vir a ser um adulto apto a viver no meio social. Conforme afirmação de José (2000, p. 09): “Quando se fala em crescimento, todo mundo se lembra facilmente de aumento de estatura, de peso, e outras mudanças tanto estruturais como orgânicas que ocorrem na constituição física”. Muito mais amplo e complexo que as mudanças estruturais, são as mudanças que ocorrem no organismo e na personalidade do ser humano, de tal maneira que o desenvolvimento da criança se dá de forma amplamente integrada. Nessa integração estão contidas: a hereditariedade, ambiente, maturação e aprendizagem. 18 O entendimento do educador é imprescindível para que o desempenho do educando, possa ser conduzido de maneira correta e objetiva, com total sucesso dos objetivos pedagógicos. Muitas vezes nos preocupamos com o desenvolvimento mental e intelectual, nos esquecendo de toda mudança estrutural, inclusive de ordem orgânica que envolve o desenvolvimento integrado da criança. Portanto, precisamos estar atentos, pois a criança possui um esquema corporal, movimentos e todo o lado psicológico, e esses aspectos são de suma importância para o desempenho de uma aprendizagem completa. 2.3.2. Desenvolvimento psicomotor De acordo com Barreto (2000, p. 54), “O desenvolvimento psicomotor é de suma importância na prevenção de problemas da aprendizagem e na reeducação do tônus, da postura, da direcional idade, da lateralidade e do ritmo”. A organização de todas as áreas de pende do desenvolvimento motor sendo este responsável pelas habilidades e/ou dificuldadesmotoras que o indivíduo apresentará. É também responsável pela progressão do intelecto. Os estímulos dados à criança na fase da educação infantil possibilitam maior integração da mesma ao meio, favorecendo a adaptação. É importante que a criança tenha contato com atividades dinâmicas, como jogos, brincadeiras, que contribua para seu desenvolvimento psicomotor. Para o corpo desenvolver suas funcionalidades é necessário um bom desenvolvimento psicomotor. Segundo Fonseca (1995), sete fatores são os que norteiam o desenvolvimento psicomotor: tonicidade: É a que indica o tônus muscular, exerce um papel de suma importância no desenvolvimento motor da criança. Ela garante, além das atitudes, todos os sentidos de postura, mímicas e emoções de onde vêm as atividades motoras. 19 equilíbrio: O equilíbrio é o conjunto estático das aptidões. Abrange o controle postural e de locomoção. Esse equilíbrio estático caracteriza-se pelo tipo de equilíbrio conseguido em certa posição. Já o equilíbrio dinâmico é aquele que se consegue por um corpo em movimento. lateralidade: A lateralidade do corpo se refere na dominância lateral da mão, olho e pé, capacitando o indivíduo a desenvolver as aptidões adquiridas. A lateralidade manual surge geralmente no fim dos doze meses de vida e no início do segundo ano, mas vai firmar seu estabelecimento físico por volta dos quatro ou cinco anos de idade. noção corporal: Trata-se da noção da personalidade da criança, ou de sua formação. É o momento em que o indivíduo toma consciência do seu corpo, separando-o por partes e cuidando mais do aspecto estático. Nesse momento também a criança percebe que por intermédio do corpo há algumas possibilidades de se expressar. estruturação espaço-temporal: Em função da lateralidade e da noção corporal forma-se a estruturação do espaço temporal. A partir da motricidade e das múltiplas relações com o meio e com os fatores citados que se desenvolve a consciência espacial. A criança passa a conhecer seu próprio corpo tomando consciência de lugar e espaço. praxia global: É a capacidade de realizar movimentos voluntários pré- estabelecidos com a intencionalidade de alcançar um objetivo. praxia fina: É a relativa compreensão de todas as tarefas motoras finas. Tem relação com os movimentos de olhos e mãos. 2.3.3. A influência da psicomotricidade na aprendizagem O desempenho motor da criança está intrinsecamente ligado à aprendizagem. As habilidades motoras de recorte, colagem, escrita e o desenvolvimento do intelecto requerem conhecimento do próprio corpo. Se os estímulos forem realizados de forma a abranger todas as áreas do corpo, certamente o 20 desenvolvimento psicomotor se dará plenamente, contribuindo assim para uma melhor aprendizagem. O desenvolvimento psicomotor bem estimulado para contribuir para evitar problemas de aprendizagem. Estes podem ter várias causas como: causas neurologias, sensoriais, emocionais, sociais, intelectuais ou problemas físicos. É importante conhecer a causa para auxiliar a criança. A educação psicomotora pode favorecer o desenvolvimento das capacidades existentes e a motivação é um fator fundamental para a aprendizagem. “Se eu tivesse que reduzir toda a psicologia educacional a um único princípio, diria isto: O fator isolado mais importante que influencia a aprendizagem é aquilo que o aprendiz já conhece. Descubra o que ele sabe e baseie nisso seus ensinamentos” (AUSUBEL, NOVAK, HANESIAN, 1980) Ausubel nos remete a aprendizagem significativa, para que ela ocorra é necessário que a criança tenha uma atitude positiva para aprender de modo significativo, ou seja, tenha predisposição para aprender. É importante que a criança relacione material novo aos materiais disponíveis em sua estrutura cognitiva. Ao teorizar a aprendizagem significativa observa-se a importância da motivação para aprender. A motivação é um fator subjetivo, mas pode ser pontencializada através de estímulos. A aprendizagem é o resultado da estimulação do ambiente sobre o indivíduo já maduro. Por isso, é importante que a aprendizagem possa ser significativa, esta por sua vez, nos remete a psicomotricidade, que se bem desenvolvida na criança pode gerar níveis de aprendizagem bem melhores, ou se não bem estimuladas, causar consequências. Para que a aprendizagem provoque uma efetiva mudança de comportamento e amplie cada vez mais o potencial da criança, é necessário que ela estabeleça 21 relação direta com o meio e com aquilo que esta aprendendo. Para isso, é importante a estimulação. É de suma importância, que o professor conheça as crianças e o processo de aprendizagem e possa se interessar por elas como seres humanos, que sentem emoções, que estão se transformando e mais que isso, que são únicos no seu desenvolvimento. As identificação dos problemas de psicomotricidade apresentadas em cada criança é única, e é por isso, a importância de conhecê-la num todo, identificar suas dificuldades para poder ajudá-la. Para saber se uma criança tem problemas de psicomotricidade é necessário fazer uma avaliação psicomotora, através de exercícios específicos, que verifiquem aspectos como: qualidade tônica (rigidez ou relaxamento muscular); qualidade gestual (dissociação manual e dos membros superiores e inferiores; agilidade; equilíbrio; coordenação; lateralidade; organização temporoespacial; grafomotricidade. Essa avaliação pode revelar na criança, respeitadas as características próprias do seu desenvolvimento, se existem atrasos no desenvolvimento motor e perturbações de equilíbrio, coordenação, lateralidade, sensibilidade, esquema corpora, estrutura e orientação espacial, grafismo, afetividade, etc. Tais problemas podem fazer-se notar tanto na Pré-escola como nas séries iniciais, com maior ou menor intensidade e decorrendo das mais variadas causas como: debilidade intelectual; problemática emocional; 22 retardos de maturação; desarmonias tônico-motoras. Os tipos de distúrbios psicomotores, quando usa-se o termo distúrbio liga-se diretamente a problemas que envolve o individuo em sua totalidade. Distúrbios afetivos e psicomotores estão ligados, se influenciam e se reforçam mutuamente. Sendo assim, a psicomotricidade leva sempre em conta o individuo como um todo, pesquisando se o problema está no corpo, na área da inteligência ou na afetividade. Traçar um diagnóstico não é tarefa fácil, devido à complexidade do ser humano. Com relação ao tratamento, ele varia de criança para criança, dependendo da patologia que elas apresentam. Segundo Haim Grünspun, os distúrbios apresentam os seguintes quadros: instabilidade psicomotora, debilidade psicomotora, inibição psicomotora, lateralidade cruzada, imperícia. instabilidade psicomotora é o tipo mais complexo e que causa uma série de transtornos pelas reações que o portador apresenta. Nesse quadro predomina uma atividade muscular contínua e incessante; debilidade psicomotora caracteriza-se pela presença da paratonia ou da sincinesia. Paratonia é a persistência de uma certa rigidez muscular, que pode aparecer nas quatro extremidades do corpo ou somente em duas. A sincinesia é a participação de músculos em movimentos aos quais eles não são necessários; inibição psicomotora é quando as características da debilidade psicomotora estão presentes com uma distinção fundamental: na inibição psicomotora existe a presença constante da ansiedade; lateralidade cruzada é a falta das dominâncias do mesmo lado do corpo. A maioria dos autores acredita que existe no cérebro um hemisfério dominante responsável pela lateralidade do individuo. Desta maneira, de acordo com a ordem enviada do hemisfério dominante, teríamos o destro e 23 o canhoto. No entanto, além da dominância da mão, existe também a do pé, do olho e do ouvido.Quando estas dominâncias não se apresentam do mesmo lado, dizemos que o individuo tem lateralidade cruzada; imperícia é em geral, a dificuldade de realizar certas tarefas que requerem uma apurada habilidade manual. As atividades motoras desempenham na vida da criança um papel importantíssimo, em muitas das suas primeiras iniciativas intelectuais. Enquanto explora o mundo que a rodeia com todos os órgãos do sentido, ela percebe também os meios com os quais fará grande parte dos seus contatos sociais” (JOSÉ e COELHO, 2000, p. 109). Durante a infância, até aproximadamente 3 anos, a criança não tem bem definida suas funções motoras, explora o mundo e os objetos com os seus órgãos dos sentidos, cada vez com mais curiosidade, criando mediações entre ela e o meio em que vive. Só mais tarde é que ela começa a entender a relação entre o concreto e o abstrato, separando movimentos e pensamentos. 3. CONSIDERAÇÕES Em resposta ao problema de pesquisa elaborado neste tema, considera-se que a psicomotricidade é uma ferramenta de grande importância para o desenvolvimento infantil, entendendo que esta ciência compreende o movimento humano, o relacionamento através da ação. Também como tomada de consciência que se dá através da união do ser corporal, mental, espiritual e social em relação ao meio em que vive. Entende-se que o desenvolvimento infantil, independente da teoria relacionada a ele, tem como pontos principais o movimento, o afeto e o intelecto, o que remete diretamente a psicomotricidade. As etapas do desenvolvimento infantil se dão pelo contato com o meio relacionando o corpo com o ambiente. Para o corpo 24 desenvolver suas funcionalidades é necessário um bom desenvolvimento psicomotor. É importante pontuar que, a psicomotricidade no desenvolvimento infantil contribui para melhor coordenação motora, tarefas de praxia global e praxia fina, também como para a aprendizagem ajudando nas atividades de leitura, escrita, concentração, raciocínio lógico. A relação que a criança tem como meio em que vive se bem estimulado passa a ser mais intensa, possibilitando a criança de conhecer-se melhor e compreender o mundo que a rodeia. Considera-se com essas colocações, que o objetivo geral dessa pesquisa foi alcançado, visto que foi possível conhecer a importância da psicomotricidade no desenvolvimento infantil. Através de atividades psicomotoras, o educando terá melhor desenvolvimento, que virá somar em sua aprendizagem, conforme estão descritas no trabalho e em anexo, várias atividades que podem ser trabalhadas; sendo o ser humano um ser único e individual, parte principal do processo, deve ser trabalhada com várias atividades psicomotoras que venham auxiliá-lo em seu desenvolvimento; a escola tem papel fundamental no desenvolvimento da criança, todos os agentes são responsáveis para a boa formação do indivíduo, nela deve ter um espaço adequado para a realização de atividades, bem como materiais necessários para cada atividade. Considera-se que o educador tem que criar condições para que as crianças desenvolvam suas capacidades num todo, sendo a criança um ser único e individual, vindo de diferentes culturas e meios sociais adversos, apresentando inúmeras carências. Levando em consideração que Educação e aprendizagem caminham juntas, e o aluno não é só conceitos, pois ele possui um corpo e este movimento, que 25 precisam ser trabalhados, pois se passarem despercebidos durante sua infância, e na fase escolar, poderá acarretar sérios problemas em sua vida adulta Por fim, a pesquisa foi importante, pois contribuiu para um aprofundamento sobre o tema. 4. REFERÊNCIAS ANTUNES, Celso. Como desenvolver as competências em sala de aula 4. Ed. Petrópolis RJ: Vozes, 2001. AURÉLIO. (2004). Novo dicionário eletrônico. (Versão 5.0). Positivo Informática Ltda. AUSUBEL, D. P.; NOVAK, J. D.; HANESIAN, H. Psicologia educacional. Rio de Janeiro: Interamericana, 1980. BARRETO, Sidirley de Jesus. Psicomotricidade, educação e reeducação. 2.ed. Blumenau: Livraria Acadêmica, 2000. BARROS, Daisy Regina; NEDIALCOVA, Giurgia T. A B C da ginástica. Rio de Janeiro: Grupo Palestra Sport, 1999. BELLO, Ruy de Ayres. Pequena História da Educação. 12.ed. São Paulo, Ed. Do Brasil, 1978. CEGALLA, Domingos Paschoal. Dicionário Cegalla Língua Portuguesa. 1. ed. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2005. COSTE, Jean Claude. A psicomotricidade. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1978. DE LIÈVRE, B.; STAES, L. La Psicomotricité o service de l’enfant. Belgium : Belin, 1992. 26 DE MEUR, A.; STAES, L. Psicomotricidade: educação e reeducação. Rio de Janeiro: Manole, 1984. DROUET, Ruth Caribé da Rocha. Distúrbios da aprendizagem, São Paulo, SP: Ática, 2001. FONSECA, Vitor. Psicomotricidade. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1988. FREIRE, Paulo. Política e Educação. 5. Ed. São Paulo: Cortez, 2001. GIL, Antonio Carlos. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 5.ed. São Paulo: Atlas, 1999. GOLEMAN, Daniel. Inteligência Emocional: a teoria revolucionária que redefine o que é ser inteligente. 4. ed. Rio de Janeiro: Editora Objetiva, 1996. JOSÉ, Elisabete da Assunção; COELHO, Maria Teresa. Problemas de Aprendizagem. 11. ed. São Paulo: Editora Ática, 1999. JOSÉ, Elizabete de Assunção & COELHO, Maria Teresa. Problemas de Aprendizagem. São Paulo: Afiliado, 2000. (série e educação) MENDES, Ângela Maria. Psicologia: caderno pedagógico II. 2. ed. Florianópolis. SC: UDESC: FAED: CEAD, 2002. MIZUKAMI, Maria da Graça Nicoletti. Ensino: As Abordagens do Processo. 5. Ed. São Paulo: EPU, 1986. RICHARDSON, Roberto Jarry. Pesquisa Social: Métodos e Técnicas. 3.ed. São Paulo: Atlas, 1999. SEBER, Maria da Glória. Psicologia do Pré–Escolar: uma Visão Construtivista. São Paulo: Moderna, 1997. WALLON, Henri. As origens do caráter da criança. São Paulo: Difusão Européia, 1971. 27
Compartilhar