Buscar

Livro Digital -3 Tópicos Especiais em Educação

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 26 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 26 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 26 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

06/05/2021 Livro Digital - Tópicos Especiais em Educação
https://livrodigital.uniasselvi.com.br/pos/topicos_especiais_em_educacao/conteudo.html?capitulo=3 1/26
IINTELIGÊNCIA EMOCIONAL
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Contextualizar as inteligências múltiplas; inteligência emocional e a
Inteligência emocional intra e interpessoal;
Identi�car a importância da inteligência emocional no mundo do
trabalho;
Apresentar a criatividade, espontaneidade e empatia com foco no
processo de ensino aprendizagem, aplicando a inteligência
emocional em projetos.
Reconhecer suas emoções e sentimentos diante do
autoconhecimento;
Ter habilidade de se relacionar com outras pessoas (relacionamento
interpessoal).
Pós Graduando
Tenha consciência do seu “EU” reconheça sua autovalorização e irás
alcançar seus objetivos.
Objetivos : 
Habilidades que o aluno deverá desenvolver: 
Competências que deverá adquirir ao �nal da disciplina: 
O aluno deverá adquirir equilíbrio emocional  nas suas ações, tanto na
vida pessoal quanto pro�ssional.
Capítulo 3 
06/05/2021 Livro Digital - Tópicos Especiais em Educação
https://livrodigital.uniasselvi.com.br/pos/topicos_especiais_em_educacao/conteudo.html?capitulo=3 2/26
A INTELIGÊNCIA NÃO É UMA SÓ, ELA É MÚLTIPLA
Antes de investigarmos o contexto das inteligências múltiplas e
emocionais iremos compreender o conceito de inteligência, que é
entendido como uma competência intelectual que de�ne algumas
características do ser humano, como a aprendizagem rápida, raciocínio
lógico, capacidade de memorização, interpretação e pensamento. Entre
as variáveis da psicologia humana tem como destaque como estou no
estado emocional e motivacional, quem sou geneticamente e onde estou
diante do ambiente social, logo, são esses fatores que descobrimos o
quanto a mente humana é complexa.
Neste contexto, o professor e psicólogo norte americano Howard
Gardner pesquisou e desenvolveu a teoria das inteligências múltiplas,
identi�cando seu potencial biopsicológico, em que se processam
informações e podem ser ativadas em um dado cenário, com o objetivo
de resolver problemas ou elaborar produtos que agreguem valor em um
determinado contexto (GARDNER, 2000). No entanto, as inteligências
múltiplas (IM) não se resumem a solução de problemas, mas nas
habilidades adquiridas por uma sociedade globalizada e multicultural,
constantemente conectada nas informações no novo comportamento
humano.
‘Múltiplas' para enfatizar um número desconhecido de capacidades
humanas diferenciadas, variando desde a inteligência musical até a
inteligência envolvida no entendimento de si mesmo; ‘inteligências' para
salientar que estas capacidades eram tão fundamentais quanto àquelas
historicamente capturadas pelos testes de QI. (GARDNER, 1995)
As inteligências múltiplas são representadas por diferentes capacidades
intelectuais, como os diversos estilos de aprendizagem, que são
estabelecidos por uma série de tarefas efetuadas pelos indivíduos, como
palestras, workshop, vídeos, leituras, visitas técnicas, dentre outras
possibilidades. Portanto, a teoria das IM não se propõe a rotular as
pessoas pelos tipos de inteligência que possuem, mas tem como objetivo
Capítulo 3 
06/05/2021 Livro Digital - Tópicos Especiais em Educação
https://livrodigital.uniasselvi.com.br/pos/topicos_especiais_em_educacao/conteudo.html?capitulo=3 3/26
investigar e compreender como as pessoas aprendem. Gardner (2000)
argumenta que, dada a sua complexidade, a vida humana necessita do
desenvolvimento de múltiplas inteligências e podem se manifestar em
oito tipos diferentes: lógico matemática, linguística, musical, espacial,
corporal cinestésica, naturalista, interpessoal e intrapessoal.
Figura 1: Inteligências múltiplas
FONTE: <cesvale.edu.br>.
Para Gardner (2000), a inteligência linguística se manifesta como a
capacidade de dominar tanto a linguagem, quanto a comunicação, sendo
esta última verbal ou não verbal. Indivíduos que possuem uma
inteligência linguística superior se destacam pro�ssionalmente como
escritores, professores, políticos poetas, jornalistas, comunicadores e
atividades correlatas. Já atividades relacionadas à engenharia, ciência
investigativa, economia e estatísticas são mais aderentes a indivíduos que
apresente a inteligência lógico matemática mais desenvolvida, uma vez
que estão mais relacionadas à necessidade de raciocínio lógico e
resolução de problemas matemáticos, atrelado à velocidade na resolução
de cálculos.
Já a inteligência espacial, que demanda a capacidade de observação do
mundo e seus respectivos elementos em diversas perspectivas, a partir
da criatividade, é mais aderente a pessoas que possuem habilidades que
lhes permitam desenhar uma perspectiva, criando imagens mentais com
re�namento de detalhes. Pessoas que possuem esta inteligência são
Capítulo 3 
06/05/2021 Livro Digital - Tópicos Especiais em Educação
https://livrodigital.uniasselvi.com.br/pos/topicos_especiais_em_educacao/conteudo.html?capitulo=3 4/26
fortes candidatas a serem escultores, designers, arquitetos, fotógrafos,
assim como outras atividades que estejam alinhadas ao senso artístico.
Outra IM alinhada a este senso é inteligência musical.  Segundo Gardner
(2000), todas as pessoas possuem uma inteligência musical latente, uma
vez que algumas áreas cerebrais são destinadas à execução de funções
relacionadas à composição musical. Entretanto, como qualquer outra
inteligência, exije envolvimento e dedicação, para que se alcance seu
desenvolvimento, como a inteligência corporal e sinestésica, que exprime
as habilidades motoras, de forma a expressar sentimentos e emoções
através do próprio corpo. Atividades pro�ssionais mais aderentes a esta
IM estão relacionadas àquelas desenvolvidas por dançarinos, atores, e
atletas, dentre outros pro�ssionais.
Gardner (1995) achou necessário incluir no rol de IM a inteligência
naturalista, por ser essencial à sobrevivência humana, assim como de
outras espécies, uma vez que se referente às questões da natureza, como
seus fenômenos e os elementos que nela coabitam, como os animais,
vegetais e minerais.
Já as inteligências intra e interpessoais recebem um olhar diferenciado
por Gardner (2000), destacando-se em sua pesquisa, uma vez que essas
duas inteligências foram identi�cadas como essenciais ao
desenvolvimento humano, muitas vezes negligenciadas no processo de
ensino aprendizagem. Enquanto a inteligência intrapessoal está
relacionada ao autoconhecimento, compreendendo e controlando as
questões internas, a inteligência interpessoal possibilita a interpretação
das palavras, aprimorando a capacidade de empatia.
A multiplicidade de inteligências apresentada por Gardner (2000)
possibilita ampliar a concepção do desenvolvimento no processo ensino
aprendizagem, deslocando este processo para além do foco nas
habilidades que priorizem  o desenvolvimento lógico matemático e
linguístico. Muitas são as possibilidades na vida das pessoas, sejam as
experiências pessoais ou do mundo do trabalho, e para que possamos
desenvolver habilidades aderentes a esta vasta gama de caminhos, é
necessário que todas as inteligências estejam no foco do processo de
ensino aprendizagem.
Capítulo 3 
06/05/2021 Livro Digital - Tópicos Especiais em Educação
https://livrodigital.uniasselvi.com.br/pos/topicos_especiais_em_educacao/conteudo.html?capitulo=3 5/26
Percepção, avaliação e expressão da emoção;
A emoção como facilitadora do pensamento;
Compreensão e análise de emoções, emprego do conhecimento
emocional;
Controle re�exivo de emoções para promover o crescimento
emocional e intelectual.
Conheça mais sobre as múltiplas inteligências:
<https://bit.ly/2JjWlO5>.
INTELIGÊNCIA EMOCIONAL 
Em 1995, o termo inteligência emocional (IE) foi imortalizado pela obra de
Daniel Goleman, com o título homônimo, em que era apresentava a IE
como a capacidade de criar motivações para si, controlando impulsos e
mantendo a assertividade, impedindo que a ansiedadeinter�ra no
raciocínio e na autocon�ança.Essa capacidade de criar motivações para si
traz a possibilidade do indivíduo identi�car seus sentimentos através do
comportamento positivo, desenvolvendo a capacidade de bons
relacionamentos com outras pessoas e grupos.
A pesquisa de Goleman desencadeou novos estudos, como os de Oliveira
(2011), em que conceitua a inteligência emocional como a capacidade de
identi�car e compreender os próprios sentimentos, gerando um
comportamento alinhado aos mesmos e impactando na motivação. Para
Mayer e Salovey (1997) a inteligência emocional pode ser dividida em
quatro domínios, sendo eles:
Figura 2: A importância da inteligência emocional
Capítulo 3 
https://bit.ly/2JjWlO5
06/05/2021 Livro Digital - Tópicos Especiais em Educação
https://livrodigital.uniasselvi.com.br/pos/topicos_especiais_em_educacao/conteudo.html?capitulo=3 6/26
FONTE: <pixabay.com/>.
Dissertando sobre os quatro domínios citados por Mayer e Salovey
(1997), Aveleira (2013) aponta que a percepção, avaliação e expressão da
emoção são capacidades adquiridas pelas pessoas ao reconhecer seus
próprios sentimentos, assim como os sentimentos das pessoas que as
rodeiam. Esse domínio é relacionado às expressões não verbais das
emoções, como os sentimentos por estímulos, voz e expressões faciais.
Aveleira (2013) ainda argumenta que a emoção como facilitadora do
pensamento é um domínio em que as emoções são percebidas a ponto
de facilitar os pensamentos e raciocínios, auxiliando a resolução de
problemas e tomadas de decisão. Já o domínio de compreensão, análise
de emoções e emprego do conhecimento emocional proporcionam a
capacidade de entendimento e análise de emoções, junto à linguagem e
aos sinais emocionais. Aveleira (2013) �naliza seu argumento com uma
análise do domínio do controle re�exivo de emoções, para promover o
crescimento emocional e intelectual, que facilita a capacidade de se
relacionar com as emoções para alcance de objetivos pessoais e demais
integrantes de um grupo.
É válido destacar que na teoria de Goleman (2001), “a inteligência
emocional considera que competências emocionais são competências
adquiridas, aprendidas e desenvolvidas ao longo da vida para alcançar
um desempenho excepcional.” (GOLEMAN, 2001). Nesse sentido, o autor
argumenta que as inteligências emocionais podem ser desenvolvidas e
não se tratam de uma dádiva ou tenham relação à concepções inatas.
Posteriormente, avançando em suas pesquisas, Daniel Goleman (2011)
destaca a importância da inteligência emocional, no que se refere ao
autocontrole em determinadas situações e no alcance dos objetivos,
delimitando cinco pilares que regem a compreensão sobre a inteligência
Capítulo 3 
06/05/2021 Livro Digital - Tópicos Especiais em Educação
https://livrodigital.uniasselvi.com.br/pos/topicos_especiais_em_educacao/conteudo.html?capitulo=3 7/26
emocional: autoconhecimento emocional, controle emocional,
automotivação, empatia e relacionamentos interpessoais.
Para Goleman (2011), emoção é intrínseca aos seres humanos e o
autoconhecimento emocional proporciona a superação do desa�o de
aprender a ouvir e conhecer os nossos próprios sentimentos e
manifestações.  Entretanto, reconhecer a existência de nossos
sentimentos não é su�ciente, é preciso saber lidar com eles através do
controle emocional, o que não signi�ca um real domínio da vida,
podendo estar dependente das emoções. Portanto, a automotivação tem
um papel fundamental, pois exprime a capacidade de redirecionar um
sentimento, com o objetivo de obter algum ganho pessoal, mantendo a
serenidade e a calma. Nesta trajetória, a empatia é fundamental, para
que as emoções dos outros sejam respeitadas, possibilitando relações
pessoais mais sinceras e que proporcionem relacionamentos
interpessoais saudáveis, em que as trocas e as interações sejam
resultados da capacidade de gerenciamento dos sentimentos das outras
pessoas.
Portanto, tanto a inteligência emocional, quanto às inteligências múltiplas
se complementam para o desenvolvimento integral, uma vez que sem
relacionamentos humanos a vida em sociedade como a conhecemos não
seria possível - indiferente dos elementos positivos e negativos que o
compartilhamento de emoções entre as pessoas possibilita, como a�rma
Goleman (2011). Sendo assim, vamos investigar mais essa aderência,
retomando o destaque da pesquisa de Gardner (2000), no que se refere
às inteligências intra e interpessoal.
Conheça o Laboratório Inteligência de Vida, seu lema é: Você não
pode mudar o que sente, mas pode aprender o que fazer com seus
sentimentos. Para conhecer o LIV, acesse
<https://www.inteligenciadevida.com.br/pt/liv/>.
INTELIGÊNCIAS INTRA E INTERPESSOAL
Capítulo 3 
https://www.inteligenciadevida.com.br/pt/liv/
06/05/2021 Livro Digital - Tópicos Especiais em Educação
https://livrodigital.uniasselvi.com.br/pos/topicos_especiais_em_educacao/conteudo.html?capitulo=3 8/26
As inteligências intra e interpessoal são de�nidas como tipos de
inteligências múltiplas, que envolvem os indivíduos por meio da
motivação, empatia, interação, autoestima, autorrealização e con�ança,
dentre outros sentimentos positivos. Tanto a inteligência intrapessoal,
quanto a interpessoal se constituem como inteligências emocionais.
A inteligência emocional intrapessoal é entendida como a capacidade do
indivíduo em identi�car as próprias emoções e sentimentos, diante suas
necessidades, identi�cando seus desejos, ambições e motivações – assim
como outras inteligências deve ser aprimorada e seu desenvolvimento
está diretamente relacionado ao autoconhecimento. Para Goleman
(2011), a inteligência intrapessoal se manifesta nos indivíduos a partir de
características como foco e concentração nas atividades desempenhadas,
facilidade em resolução de con�itos,determinação e persistência para
atingir os resultados desejados, disciplina, autocompreensão,
autoestima,  autonomia, capacidade de realização; capacidade de
despertar o melhor de si em todas as situações e comportamento
congruente com seus princípios e valores. Como pro�ssionais, indivíduos
que possuem a inteligência emocional intrapessoal desenvolvida
apresentam como tendências de carreira atuações que se relacionem à
psicologia, psiquiatria, �loso�a, sociologia, escrita, dentre outras
experiências pro�ssionais que demandem um elevado nível dessa
inteligência.
Figura 3: Relacionamento intra e interpessoal
FONTE: A autora
A inteligência emocional interpessoal é entendida como a capacidade das
pessoas em serem empáticas com as outras. Esta inteligência se relaciona
com as interações, entendimentos, interpretações dos desejos e
intenções das outras pessoas. A capacidade do bom relacionamento e a
adaptação ao ambiente são e�cazes. Quem possui essa inteligência é
Capítulo 3 
06/05/2021 Livro Digital - Tópicos Especiais em Educação
https://livrodigital.uniasselvi.com.br/pos/topicos_especiais_em_educacao/conteudo.html?capitulo=3 9/26
favorecido pela motivação, que possibilita compreender o estado
emocional de outras pessoas, seja na vida pessoal e ou pro�ssional. Para
Gardner (2000), a inteligência interpessoal se relacionada às capacidades
de inteligência emocional, empatia, manejo das relações intersubjetivas,
resolução de con�itos e habilidades de comunicação.
Assim como as demais inteligências, também é uma habilidade a ser
construída e pode ser encontrada em pro�ssionais que exercem diversas
atividades, como professores, advogados, médicos, psicólogo,
pro�ssionais que atuam diretamente com a sociedade. Gardner (1995),
indica que a inteligência interpessoal pode ser entendida como a
“Capacidade de compreender outras pessoas: o que as motiva, como elas
trabalham cooperativamente com elas. Os vendedores, políticos,
professores, clínicos (terapeutas) e líderes religiosos bem-sucedidos,
todos provavelmente são indivíduos com altos graus de inteligência
interpessoal.” (GARDNER, 1995)
Portanto, para Gardner (1995) a inteligênciaemocional interpessoal tem
como cerne a percepção do comportamento humano, a partir da
maneira como as pessoas se relacionam. Sendo assim, os tipos de
inteligência estão presentes em todas as pessoas e o seu
desenvolvimento estará diretamente atrelado à ênfase de seu
aprendizado.
Qual a relação da fala com as inteligências intra e interpessoal?
Assista a este TED e identi�que como a fala é uma ferramenta
incrível em nossas vidas: <https://www.youtube.com/watch?
v=D236cCikGmA>.
A INTELIGÊNCIA EMOCIONAL NO MUNDO DO TRABALHO
Já identi�camos o conceito de inteligências múltiplas e da inteligência
emocional, e como estas inteligências se entrelaçam no percurso do
desenvolvimento humano, impactando nos comportamentos e
Capítulo 3 
https://www.youtube.com/watch?v=D236cCikGmA
06/05/2021 Livro Digital - Tópicos Especiais em Educação
https://livrodigital.uniasselvi.com.br/pos/topicos_especiais_em_educacao/conteudo.html?capitulo=3 10/26
sentimentos dos indivíduos. Nesse momento, iremos investigar como
essas inteligências se manifestam no mundo do trabalho, locus de grande
parte da atuação da vida adulta. 
A inteligência emocional é de suma importância no mundo do trabalho,
uma vez que é por meio dela que os pro�ssionais encontram
oportunidades de carreiras promissoras, imbuídas de um sentido de
pertencimento e projeções futuras. Na conjuntura de processos
contínuos de transformações e mudanças, pro�ssionais que apresentam
essa inteligência desenvolvida saberão driblar obstáculos, com calma e
clareza dos fatos, transformando-os em oportunidades. Nesse sentido,
ao se deparar com os desa�os, os mesmos são entendidos como parte
natural das relações de trabalho, que devem ser elaborados e
transformados em soluções, sem que isso se torne um desgaste
emocional.
Na percepção de Nascimento (2006), “é possível uma abordagem
promissora para a inteligência emocional em um ambiente de trabalho,
onde reside em treinamento e desenvolvimento de competências sociais
e emocionais”. Para que esta abordagem possa resultar positivamente, é
necessário que os sentimentos de empatia, automotivação, autocontrole,
trabalho em equipe, afetividade, assim como outros elementos que
envolvem o universo pro�ssional, sejam valorizados tanto pelas
organizações, quanto pelos indivíduos que as compõe.
Diante da a�rmação de Gondim, em Siqueira (2004), “a afetividade é um
termo referente a processos subjetivos de estabelecimento de vínculos
com pessoas (incluindo o próprio indivíduo), com objetos físicos, sociais e
as manifestações de emoções e sentimentos.” Essa afetividade que
envolve os pro�ssionais nas organizações pode ser entendida como os
sentimentos que envolvem emoções e afetos, podendo causar fatores
positivos e ou negativos, e naturalmente ocasionar ruídos e con�itos.
A inteligência emocional é indispensável no âmbito organizacional, sendo
aplicada ao planejamento das organizações, de modo que os
pro�ssionais executem as atividades com e�ciência e e�cácia.
Colaboradores com inteligência emocional mais desenvolvida conseguem
Capítulo 3 
06/05/2021 Livro Digital - Tópicos Especiais em Educação
https://livrodigital.uniasselvi.com.br/pos/topicos_especiais_em_educacao/conteudo.html?capitulo=3 11/26
Con�ança nos relacionamentos de trabalho;
As decisões são tomadas com mais cuidado;
Liderança e�caz;
Honestidade na comunicação;
Con�ança nas equipes de trabalho;
Inovação e criatividade;
Responsabilidade, respeito e comprometimento.
alcançar melhores resultados, tanto pessoais, quanto pro�ssionais,
proporcionando ganhos plurilaterais.
No âmbito organizacional, colaboradores que trabalham com inteligência
emocional, conseguem atingir melhores resultados pessoais e
pro�ssionais. Nesses casos geralmente os funcionários conseguem
conviver com mais harmonia na companhia de seus colegas de trabalho
(JOHANN, 2013).
Sendo assim, a liderança tem um papel primordial. Para Nascimento
(2006), líderes que desenvolvem a inteligência emocional no trabalho
tendem a ser mais preparados para lidar com a suas equipes, são mais
receptivos a ouvir e se comunicam efetivamente, construindo uma
relação social positiva entre colaboradores e organizações. Neste
contexto, é fundamental que as organizações tenham como premissa
planos estratégicos para incorporação de relacionamentos e emoções em
suas relações de trabalho, ressigni�cando o conceito de desempenho. 
Corroborando com Nascimento (2006), Cooper (1997) especí�ca sete
fatores relacionados às transformações do mundo do trabalho, que
devem ser levados em consideração, para que a inteligência emocional
pode acrescer ao sucesso das organizações, sendo elas:
Para Copper (1997), a aplicação destes fatores às corporações aciona o
sentimento de pertencimento dos colaboradores, o que promove a
motivação e alinha os objetivos das organizações e dos colaboradores.
Capítulo 3 
06/05/2021 Livro Digital - Tópicos Especiais em Educação
https://livrodigital.uniasselvi.com.br/pos/topicos_especiais_em_educacao/conteudo.html?capitulo=3 12/26
Para que isto ocorra, não basta que a inteligência emocional seja um
fator isolado, mas que faça parte da cultura organizacional.
Goleman (1995), a�rma que “a inteligência emocional seria a capacidade
mais importante na explicação do sucesso no trabalho”. Esta a�rmação
foi um fomento, para que as organizações começassem a investir em
treinamentos e remodelaram seus processos de recrutamento e seleção,
em busca de pessoas com inteligência emocional de alto nível,
principalmente para os cargos de liderança – uma vez que as emoções
dos líderes apresentam maior impacto sobre as equipes e ao gerenciar
suas próprias emoções tornam os ambientes mais suscetíveis aos
sucesso.
Em relação à inteligência emocional no mundo do trabalho, destacam-se
quatro pilares que compõem as habilidades de um pro�ssional:
autoconsciência, autogestão, empatia e habilidade social.
O pilar da autoconsciência, segundo Goleman (2001), está relacionado à
identi�cação dos sentimentos, “é entender e identi�car os sentimentos
que se está sentindo de forma clara e objetiva, para que em determinado
momento esses sentimentos possam ser usados a seu próprio favor.”
Sendo assim, conhecer-se é fundamental, principalmente para os
momentos de tomadas de decisão, como a�rma Weisinger (1997), “com
autoconsciência o indivíduo tem todas as informações necessárias para
direcionar suas ações de forma e�ciente.”
Entretanto, a autoconsciência não garante que este processo de
identi�cação de sentimentos se torne menos desa�ador. Diante as
fragilidades da nossa autoestima, criamos uma espécie de proteção,
�ltrando as situações e realizando leituras fragmentadas, criando
contextos e narrativas que nos auxiliam a elaborar nossos
posicionamentos e emoções.
Todos temos bloqueios quando se trata de emoções, forças e fraquezas, e
de como nossos comportamentos e estilo impactam outras pessoas -
negativa e positivamente. Nosso viés auto serviente, uma emoção
potencialmente destrutiva, protege nosso ego e nossa autoestima frágeis,
por meio de uma distorção cognitiva da realidade. A consciência é a mãe da
mudança, do crescimento, do desenvolvimento e do aprimoramento. Mas é
Capítulo 3 
06/05/2021 Livro Digital - Tópicos Especiais em Educação
https://livrodigital.uniasselvi.com.br/pos/topicos_especiais_em_educacao/conteudo.html?capitulo=3 13/26
difícil mudar o que não se vê. O desenvolvimento da autoconsciência é,
sem dúvida, o obstáculo mais difícil e desa�ador ao desenvolvimento e à
manutenção de elevada Inteligência Emocional [...]. (BLOUNT, 2018).
A importância de enfrentarmos os obstáculos criados em nossas mentes
é realmente desa�ador para qualquer indivíduo. Entretanto, é possível
desenvolver a autoconsciência, para que este autoconhecimento ocorra
de forma mais orgânica, galgando o desenvolvimento da nossa
inteligência emocional.
O segundo pilar da inteligência emocional é a autogestão ou
autocontrole.Para Goleman (2015), este pilar “é saber o que fazer e como
direcionar suas próprias emoções de modo que seja �exível, sempre
respeitando a si mesmo”. Esta habilidade se remete à capacidade de
manter o equilíbrio emocional, nas diversas situações com as quais nos
deparamos no mundo do trabalho, de forma a enfrentá-las de maneira
assertiva e dissuadi-las, eliminando a postura de esquiva ou
agressividade, como a�rma Soto (2002).
Pessoas com grande habilidade para administrar emoções podem ser
passionais, mas também possuem bom autocontrole emocional,
costumam ter um temperamento comedido, pensam com clareza ao
experimentar emoções fortes, tomam decisões com base no coração e no
cérebro e geralmente re�etem basicamente sobre suas emoções. Ao
mesmo tempo, indivíduos sem especial habilidade na administração
emocional costumam ser vistos como tendo mau temperamento,
perdendo o controle e descontando o que sentem nos outros. (SOTO,
2002).
O autocontrole emocional é uma característica sine qua non dos gestores
de uma organização, uma vez que sua liderança encontra-se atrelada às
tomadas de decisão, que impactam o ambiente como um todo. Não é
incomum que as lideranças tenham de realizar escolhas, solicitar metas e
tarefas ou ainda remodelar uma determinada equipe, sem estarem
completamente aderentes a estas propostas, ou ainda terem de tomar
decisões em que a balança tende necessariamente pender para a equipe
ou para a corporação. Nestas situações, o autocontrole, junto ao
autoconhecimento, é fundamental para que os posicionamentos possam
ser assertivos e minimizem os impactos negativos.
Capítulo 3 
06/05/2021 Livro Digital - Tópicos Especiais em Educação
https://livrodigital.uniasselvi.com.br/pos/topicos_especiais_em_educacao/conteudo.html?capitulo=3 14/26
O terceiro pilar das habilidades da inteligência emocional para o mundo
do trabalho, visa a empatia. Blount (2018) explica que “empatia é sentir o
que o outro sente, criar uma conexão a ponto de entender o que o outro
está sentindo.” Entender os sentimentos de uma outra pessoa não é uma
tarefa simples, uma vez que existem contextos, e o que pode não ser
impactante para uma determinada pessoa pode ser um grande impacto,
para outro indivíduo. Por isso, Goleman (2015) a�rma que “a empatia não
visa fazer tudo o que os outros querem, mas criar uma verdadeira
conexão, que deve ser a base para o relacionamento do líder com seus
colaboradores e a�ns.” Nesse sentido, a empatia é fundamental no
mundo do trabalho, em quem colaboradores e líderes compartilham
desa�os conjuntos e juntos às trajetórias pessoais. Portanto, sem
empatia não há êxito nas organizações.
Figura 4: Inteligência emocional no mundo do trabalho
FONTE: <https://pxhere.com/>.
O quarto e último pilar é a habilidade social, que também pode ser
chamada de inteligência interpessoal, representada pela comunicação
e�caz e envolvimento direto com as pessoas do grupo. Como a�rma,
Weisinger (1997), “em um relacionamento é necessário um contato
prolongado, conversas sobre emoções e percepções, além de ambos se
auxiliarem nas suas di�culdades.”
A interpessoalidade deve estar presente para o alcance dos resultados
positivos que as organizações almejam. Quando isso não ocorre, a
ausência de habilidade social se transmuta na ine�ciência dos membros
da equipe, causando grandes perdas mensuráveis e intangíveis. Por isso,
é de grande valia que os líderes tenham a habilidade social desenvolvida,
Capítulo 3 
06/05/2021 Livro Digital - Tópicos Especiais em Educação
https://livrodigital.uniasselvi.com.br/pos/topicos_especiais_em_educacao/conteudo.html?capitulo=3 15/26
para que possam gerir com e�cácia, tanto as pessoas, quanto os
negócios. Mayer e Caruso (2002), indicam que “líderes com alto nível de
inteligência emocional estão mais bem preparados para desenvolver
times mais fortes e se comunicar mais efetivamente com os outros,
construir uma real relação social positiva para a organização e entre a
organização e seus empregados.” Nesse sentido, é primordial a
participação das organizações para o desenvolvimento das pessoas, por
meio de uma cultura de gestão de pessoas que priorize a inteligência
emocional, objetivando o crescimento de todos os envolvidos.
Este desenvolvimento pode ser iniciado por meio de um mapeamento
comportamental dos colaboradores para promoção do
autoconhecimento – que também possibilita à organização conhecer seu
colaborador – para que consequentemente a motivação seja
manifestada, a partir do senso de pertencimento e feedbacks que sejam
alinhados aos per�s pro�ssionais. Este mapeamento pode ser realizado
pelos gestores, a partir de testes de per�l, identi�cando características de
cada pro�ssional, a partir de perguntas claras e objetivas, dinâmicas de
grupo e ferramentas de análise de per�l. 
Fomentar a inteligência emocional nos pro�ssionais é uma cultura
extremamente favorável, tanto às organizações, quanto aos pro�ssionais
que nela atuam. É o que, popularmente, é o chamado ganha-ganha, em
que o pêndulo �ca equilibrado e todos os envolvidos são bene�ciados.
Nesse sentido, tanto o pro�ssional colabora com a organização na qual
trabalha, quanto a organização colabora com o pro�ssional. Isso não
signi�ca que os con�itos organizacionais deixarão de existir, mas serão
administrados de maneira mais ágil, assertiva e com menor impacto
emocional e �nanceiro.
Pessoas que desenvolvem sua inteligência emocional tornam-se mais
preparadas para enfrentar os desa�os diários, pertinentes ao seu
contexto pessoal, à sua carreira e ao mundo do trabalho. O
autoconhecimento, a motivação e a empatia possibilitam que um
indivíduo seja mais predisposto a analisar várias perspectivas,
compreendendo o contexto e agindo com maior assertividade. E são
pessoas com este per�l que terão mais êxito nas relações pessoais e nas
relações de trabalho.
Capítulo 3 
06/05/2021 Livro Digital - Tópicos Especiais em Educação
https://livrodigital.uniasselvi.com.br/pos/topicos_especiais_em_educacao/conteudo.html?capitulo=3 16/26
Você já realizou algum teste de per�l, para desenvolver seu
autoconhecimento? Conheça alguns testes muito utilizados no meio
corporativo: <https://bit.ly/31TQ2XJ>.
CRIATIVIDADE, ESPONTANEIDADE E EMPATIA COM FOCO
NO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM - APLICAÇÃO
DA INTELIGÊNCIA NOS PROCESSOS DE ENSINO
APRENDIZAGEM
Tornar jovens mais criativos tem sido uma das metas no processo de
ensino aprendizagem nos últimos tempos. Nas escolas, universidades e
faculdades a criatividade tem sido inserida no projeto político pedagógico
e sendo estimulado por meio de pesquisas, projetos e trabalhos
acadêmicos. A multidisciplinaridade passa a ser um instrumento
fundamental nesse processo, porém toda a sociedade deve ser envolvida.
Estimular a criatividade, espontaneidade e empatia com foco no processo
de ensino aprendizagem, traz ao indivíduo a perspectiva de uma
formação mais integral, que não se baseia em meras questões de
quali�cação para exercer funções, mas também empreender e
transformar as relações sociais. Para Cambi (1999), “quando se trata da
formação humana, esta, está na base da educação universal, além do
Capítulo 3 
https://bit.ly/31TQ2XJ
06/05/2021 Livro Digital - Tópicos Especiais em Educação
https://livrodigital.uniasselvi.com.br/pos/topicos_especiais_em_educacao/conteudo.html?capitulo=3 17/26
problema saber e do ensino, também o das escolas”. A compreensão por
meio do conhecimento possibilita ao indivíduo a harmonia dos elementos
e sua relação com o todo. Esse comportamento estimula a interação com
os outros, e o desenvolvimento de suas habilidades e competências.
Muitos são os sentimentos que envolvem o desenvolvimento da
aprendizagem: as emoções, empatia, o estímulo, à interatividade, a
espontaneidade em poder apresentar ideias e não ser reprimido pelos
outros, a partir da criação de um ambiente seguro. Antônio e Tavares
(2013) argumentam que “o conhecimento de mundo,dos outros e de nós
mesmos, não se reduz ao intelectivo. Ele é movido pela emoção, esta que
move a inteligência, isto é, o emotivo move o cognitivo [...] Não há
conhecimento sem emoção.”
O compartilhamento de experiências emocionais faz parte de uma
prática pedagógica que tenha por objetivo atender as necessidades dos
indivíduos em seu processo de ensino aprendizagem, essa cultura deve
ser promovida pelas instituições de ensino e fomentada por docentes e
discentes. Inseridas práticas que fomentem essa cultura de ensino, é
possível promover um constante interesse pelo conhecimento e pelo
autoconhecimento. Wallon (2007) considera importante a participação e
interação para o desenvolvimento do indivíduo, compreendida de forma
que todos participem de suas experiências, na teoria das múltiplas
inteligências, desenvolvida por Gardner, a criatividade também se
destaca. 
Os indivíduos criativos são dotados de muita energia e são extremamente
exigentes consigo e com os outros; conservam traços de sua infância e
tendem a se marginalizar; podem ser extremamente egoístas,
egocêntricos, intolerantes, estúpidos, obstinados e altamente capazes de
ignorar convenções (GARDNER,1994).
No entanto, o autor defende ainda que as pessoas criativas não
expressam uma inteligência fora do comum, mas sim uma inteligência
singular restrita a determinados domínios. Amabile (1996) propõem
alternativas de estímulos da criatividade, tanto na sala de aula, quanto no
ambiente de trabalho:
Capítulo 3 
06/05/2021 Livro Digital - Tópicos Especiais em Educação
https://livrodigital.uniasselvi.com.br/pos/topicos_especiais_em_educacao/conteudo.html?capitulo=3 18/26
encorajar autonomia do indivíduo, evitando controle excessivo e
respeitando a individualidade de cada um;
cultivar a autonomia e independência, enfatizando valores no lugar
de regras;
ressaltar as realizações em detrimento de notas ou prêmios;
enfatizar o prazer no ato de aprender;
evitar situações de competição;
expor os indivíduos a experiências que possam estimular sua
criatividade;
encorajar comportamentos de questionamento e curiosidade;
usar feedback informativo;
dar aos indivíduos opções de escolha;
apresentar pessoas criativas como modelos.
Neste processo de construção do conhecimento por meio da criatividade,
faz-se necessário destacar sobre a espontaneidade que envolve o ser.
Isso signi�ca que mesmo com este ambiente propício, para que a
criatividade se desenvolva, deverá ser um movimento genuíno de
docentes e discentes e não apenas pontual. Para Vigotsky (1987) “a
participação do outro social é crucial na apropriação do conhecimento”.
Vigotsky ainda argumenta que para que a interação social ocorra com
êxito, para o desenvolvimento humano, o contato físico e social entre os
atores do processo de ensino aprendizagem é determinante.
Ao veri�car a importância da criatividade, espontaneidade e empatia,
com foco na aplicação da inteligência emocional nos processos de ensino
aprendizagem, é importante destacar que docentes e discentes são
precursores no desenvolvimento da inteligência emocional, a partir de
uma cultura pedagógica que se comprometa a ser propulsora do
desenvolvimento humano.
Figura 5: Criatividade como propulsora da humanidade
Capítulo 3 
06/05/2021 Livro Digital - Tópicos Especiais em Educação
https://livrodigital.uniasselvi.com.br/pos/topicos_especiais_em_educacao/conteudo.html?capitulo=3 19/26
FONTE: <Freepick.com>.
Para Wallon (1989), “o desenvolvimento humano se deve a fatores
biológicos, às condições de existência e as características individuais de
cada um, em uma relação de interdependência entre cada fator.”
Segundo Goleman(1998), “as dimensões da inteligência emocional
representam competências indispensáveis aos pro�ssionais, muitas
vezes sobressaindo-se às competências técnicas”. Assim, Goleman e
outros autores elevam a inteligência emocional como fator predominante
para qualquer tipo de projeto de aprendizagem, seja ele inserido no
trabalho ou na vida acadêmica, corroborando com Lima (2015), que
a�rma que os aspectos comportamentais são cada vez mais relevantes
para desenvolver as atividades nas organizações e na comunidade
cientí�ca.
Stephens e Carmeli (2016), indicam que “os indivíduos com altos níveis de
inteligência emocional, expandem as suas bases de conhecimentos e de
competências para melhorar a sua capacidade de comunicar e cooperar
e�cazmente para obter resultados de projetos bem sucedidos”. Sendo
assim, inteligência emocional retrata um conjunto de competências que
gera sentimentos e emoções, aclarando o pensamento, promovendo
crescimento emocional e intelectual.
Quando o professor tem a capacidade de compreender internamente as
reações do estudante, tem uma consciência sensível da maneira pela qual
o processo de educação e aprendizagem se apresenta ao estudante, então,
mais uma vez, aumentam as probabilidades de uma aprendizagem
signi�cativa. (ROGERS, 1983)
Capítulo 3 
06/05/2021 Livro Digital - Tópicos Especiais em Educação
https://livrodigital.uniasselvi.com.br/pos/topicos_especiais_em_educacao/conteudo.html?capitulo=3 20/26
Relação aluno-professor: construindo uma relação de ensino
aprendizagem que estimule a espontaneidade-criatividade do aluno
e não negligencie a interação socioafetiva entre ambos;
Relação aluno-instituição educacional: considerando o sistema
educacional enquanto parte de um contexto social muito mais
amplo, em que ocorre in�uência contínua de ambas as instituições
(escola e sociedade em geral) o tempo todo, instituições essas em
que o aluno se encontra intrinsecamente inserido;
Neste cenário, a aprendizagem signi�cativa é vista como algo que
realmente proporciona o aprender, que instiga o conhecimento e
desenvolve o indivíduo, potencializando seu processo de criatividade e
espontaneidade, surgida por meio da autonomia conquistada.
É evidente que um processo de criatividade espontânea é a matriz e o
estágio inicial de qualquer conserva cultural, seja em forma de religião,
obra de arte ou um invento tecnológico. Isso põe em relevo a relação entre
o momento, a ação imediata, a espontaneidade e a criatividade, em
contraste com o nexo tradicional entre a espontaneidade e a resposta
automática. (MORENO,1992)
Em suma, o indivíduo desperta no processo da criatividade e
espontaneidade ao ser desa�ado pelo ambiente em que vive, ou seja,
pela sua cultura, propósitos e evolução das relações. A espontaneidade
encontra-se no meio afetivo emocional: família, amigos, sociedade; está
presente em todos os momentos, associada à emoção e à ação. Sendo
assim, quando o indivíduo percebe que é capaz de seguir seus próprios
passos e decidir por si, o processo de criatividade é ativado, assim como a
espontaneidade, fatores positivos para sua existência.
Segundo Moreno (1997) “os vários procedimentos usados no teatro para
o psicodrama culminam em sua abordagem de grupo, o fato dos alunos
serem tratados como indivíduos no seio de um grupo, numa situação
semelhante a que encontrarão no mundo em geral”. Ademais, a aplicação
da inteligência emocional no processo de ensino aprendizagem retrata a
participação dos grupos num contexto das relações interpessoais, em
que o indivíduo reage da emoção à ação, diante da aprendizagem.
Moreno ainda relata as seguintes relações no contexto educacional:
Capítulo 3 
06/05/2021 Livro Digital - Tópicos Especiais em Educação
https://livrodigital.uniasselvi.com.br/pos/topicos_especiais_em_educacao/conteudo.html?capitulo=3 21/26
Relação aluno-grupo: percorrendo as etapas do processo de
interação, socialização e identidade grupal, visando produzir
conhecimentos através da vivência de desempenho de papéis;
Relação professor-pais: a família é a primeira instituição a qual
criança se vê inserida socialmente, socialização essa que vem a ser
ampliada ao ingressar na escola. Ambas são responsáveis pela
formação do aluno.
Estas relações citadas, no contexto do ensino aprendizagem,representam uma abordagem e exploração da psique humana, por meio
dos vínculos emocionais do indivíduo, ou seja, essa inserção na
aprendizagem é instigada nas capacidades que envolvem a inteligência
emocional. Moreno (1997) ainda a�rma que a espontaneidade é um fator
inato que se apresenta como forma de energia em constante
transformação, que capacita o homem para enfrentar situações novas e
criar respostas às situações antigas.
Esta energia é encontrada na maioria dos indivíduos, principalmente nas
novas gerações, que já nasceram na era da revolução tecnológica, que faz
com que o indivíduo saia da zona de conforto, adaptando-se ao novo. É
perceptível que os recursos tecnológicos mostram a importância da
criatividade e espontaneidade, rompendo paradigmas em todas as
direções. Contudo, a sensação das gerações atuais é de estar sempre
ultrapassada, havendo a necessidade de buscar constantemente o
conhecimento. A própria sociedade, principalmente as relações de
trabalho, exige este aperfeiçoamento constante, junto a um profundo
desenvolvimento da inteligência emocional.
O conhecimento é nosso bem maior, se possuímos ou não um maior
nível de inteligência emocional é sempre tempo de elevarmos as nossas
capacidades.
Saiba mais sobre criatividade e como desenvolvê-la no cotidiano:
<https://rockcontent.com/br/blog/criatividade/>.
Capítulo 3 
https://rockcontent.com/br/blog/criatividade/
06/05/2021 Livro Digital - Tópicos Especiais em Educação
https://livrodigital.uniasselvi.com.br/pos/topicos_especiais_em_educacao/conteudo.html?capitulo=3 22/26
RESUMO
Caro, pós graduando!
Finalizamos este capítulo com o intuito de êxito. Ao iniciarmos,
conceituamos sobre inteligência sendo de�nida como uma competência
intelectual, caracterizada na forma de pensar, memorizar e raciocinar.
Como dito, a inteligência deve ser entendida como um conjunto de
inteligências que podem ser desenvolvidas ao longo do tempo, como algo
novo a ser estudado todos os dias. Os tipos de inteligência estão
presentes em todas as pessoas, porém algumas pessoas possuem tipos
de inteligências mais desenvolvidos.
Vimos as inteligências múltiplas de Gardner, na qual são apresentadas
por meio das habilidades e competências do indivíduo e suas
capacidades intelectuais: inteligência linguística, lógico matemática,
espacial, musical, corporal e cinestésica, naturalista, intrapessoal e
interpessoal. Estes tipos de inteligência retratam o quanto se faz
necessário a busca do conhecimento contínuo, sem priorizar um tipo
especí�co de conhecimento.
Na continuidade, sobre a inteligência emocional, que é tema desse livro,
foi explorada sobre a possibilidade do indivíduo identi�car seus
pensamentos por meio dos comportamentos positivos, re�etindo ao bom
relacionamento entre as pessoas e grupos. Para tanto, existem quatro
domínios sobre a inteligência emocional: percepção, avaliação e
expressão da emoção, a emoção como facilitadora do pensamento, a
compreensão e análise de emoções, emprego do conhecimento
emocional e por último o controle re�exivo de emoções para promover o
crescimento emocional e intelectual.
Sobre a inteligência emocional intra e interpessoal foi destacada a
congruência com as inteligências múltiplas e sua mútua relação com os
comportamentos dos indivíduos, de forma motivacional, empática,
interação, autoestima e con�ança, dentre outros sentimentos. Enquanto
a inteligência interpessoal está baseada na empatia, no entender e se
colocar no lugar do outro, a inteligência intrapessoal está relacionada ao
Capítulo 3 
06/05/2021 Livro Digital - Tópicos Especiais em Educação
https://livrodigital.uniasselvi.com.br/pos/topicos_especiais_em_educacao/conteudo.html?capitulo=3 23/26
autoconhecimento, que se concretiza como um grande passo para
entendermos o outro.
Ao descrever sobre a inteligência emocional no trabalho, contemplamos
o quanto é importante o desenvolvimento do indivíduo para sua carreira
pro�ssional, por meio do treinamento e desenvolvimento das
competências sociais e emocionais, estando preparado para as
mudanças contínuas e transformações, para que as organizações e
indivíduos possam alcançar seus objetivos, diluindo os con�itos.
Foi muito grati�cante passar este tempo com você, deixo aqui uma
citação de Goleman (2015), “a inteligência emocional é saber o que fazer
e como direcionar suas próprias emoções de modo que seja �exível,
sempre respeitando a si mesmo.”
Esperamos ter contribuído assertivamente no seu contínuo processo de
ensino aprendizagem!
REFERÊNCIAS 
BÁSICAS
AMABILE, T.M. Creativity in contexto. Boulder, CO: Westview Press.1996 
 
ANTÔNIO, S; TAVARES, K. Uma pedagogia poética para as crianças,
Americana, SP: Adonis, 2013. 
 
Aveleira, J. J. C. B. (2013). A inteligência emocional, o desempenho e a
satisfação laboral em funções comerciais (Tese de Mestrado). ISPA
Instituto Universitário, Lisboa, Portugal. Disponível em:
https://core.ac.uk/download/pdf/70652102.pdf Acesso em: 24 set.2020 
 
BLOUNT, J. Como os Super vendedores Utilizam a Inteligência Emocional
para Fechar mais Negócios. São Paulo: Autêntica Business, 2018. 
 
CAMBI, F. História da Pedagogia, Trad. Á. Lorencini, São Paulo: Unesp
(FEU), 1999. 
 
Capítulo 3 
https://core.ac.uk/download/pdf/70652102.pdf
06/05/2021 Livro Digital - Tópicos Especiais em Educação
https://livrodigital.uniasselvi.com.br/pos/topicos_especiais_em_educacao/conteudo.html?capitulo=3 24/26
COOPER, R.; SAWAF, A. Inteligência Emocional na Empresa. Rio de Janeiro:
Campus, 1997. 
 
GARDNER, H. Inteligências múltiplas: a teoria na prática. Porto Alegre:
Artemed, 2000. 
 
_______. Inteligências múltiplas: a teoria na prática. Porto Alegre: Artes
Médicas, 1995. 
 
_______. Estruturas da mente: a Teoria das Múltiplas Inteligências. Porto
Alegre: Artes Médicas,1994. 
 
GOLEMAN, D. Liderança: A inteligência emocional na formação do líder de
sucesso. Rio de Janeiro: Objetiva. 2015. Edição do Kindle. 
 
_______. Inteligência social: o poder das relações humanas. Rio de Janeiro:
Elieser, 2011. 
 
_______. Trabalhando com a Inteligência Emocional. Rio de Janeiro:
Objetiva, 2001. 
 
_______. Trabalhando com a Inteligência Emocional. Rio de Janeiro:
Objetiva, 1998. 
 
_______. Inteligência emocional: a teoria revolucionária que rede�ne o que
é ser inteligente. Rio de Janeiro: Objetiva, 1995. 
 
GONDIM, S.M.G.; SIQUEIRA, M.M.M. Vínculos do indivíduo com o trabalho
e com a organização. In: ZANELLI, J.C; BORGES-ANDRADE, J.E; BASTOS,
A.V.B (orgs). Psicologia, Organizações e Trabalho no Brasil. Porto Alegre:
Artmed, p.207-236, 2004.
BÁSICAS COMPLEMENTARES
JOHANN, S. Comportamento Organizacional. São Paulo: Saraiva, 2013. 
 
LIMA, L. F. O efeito da inteligência emocional nas Competências
Capítulo 3 
06/05/2021 Livro Digital - Tópicos Especiais em Educação
https://livrodigital.uniasselvi.com.br/pos/topicos_especiais_em_educacao/conteudo.html?capitulo=3 25/26
interpessoais do Gerente de Projetos e no Sucesso da Gestão de Projetos
(Dissertação de Mestrado). Universidade Nove de Julho, São Paulo, Brasil.
(2015) Disponível em:
https://bibliotecatede.uninove.br/bitstream/tede/1194/2/Luiz%20Fernando%20Lima.p
Acesso em: 25 set. 2020 
 
MAYER, J.D; CARUSO, D. The e�ective leader: Understanding and applying
emotional intelligence. Ivey Business Journal, Nov-Dec, 2002. 
 
MAYER, J.D; SALOVEY, P. What is emotional intelligence? In SALOVEY, P.;
SLUYTER, D. (Eds.), Emotional development and emotional intelligence:
implications for educators. New York: BasicBooks, 1997. 
 
MORENO, Jacob. Levy. Quem sobreviverá? Fundamentos da sociometria,
psicoterapia de grupo e psicodrama. V.1. Goiânia: Editora Dimensão,
1992 
 
______. Psicodrama. São Paulo: Editora Cultrix, 1997. 
 
NASCIMENTO, Silvana Helal. As relações entre inteligência emocional e
bem-estar no trabalho. São Bernardo do Campo, 2006. 101p. Dissertação
(Mestrado) - Universidade Metodista de São Paulo. Disponívelem:
http://tede.metodista.br/jspui/bitstream/tede/1327/1/Silvana%20Helal%20Nasciment
Acesso em: 25 set. 2020 
 
OLIVEIRA e CASTRO, J.M.; OLIVEIRA e CASTRO, K.M. Função adverbial de
inteligência: de�nições e usos em psicologia. Psicologia: Teoria e Prática,
v. 17, n. 3, p. 257-264, 2011 
 
ROGERS, C. R. Um jeito de ser. São Paulo: EPU, 1983 
 
SOTO, E. Comportamento Organizacional. São Paulo: Thomson: 2002.
 
STEPHENS, J. P., CARMELI, A. The positive e�ect of expressing negative
emotions on knowledge creation capability and performance of project
teams. International Journal of Project Management, 34 (5), 862-873. 2016 
Capítulo 3 
https://bibliotecatede.uninove.br/bitstream/tede/1194/2/Luiz%20Fernando%20Lima.pdf
http://tede.metodista.br/jspui/bitstream/tede/1327/1/Silvana%20Helal%20Nascimento.pdf
06/05/2021 Livro Digital - Tópicos Especiais em Educação
https://livrodigital.uniasselvi.com.br/pos/topicos_especiais_em_educacao/conteudo.html?capitulo=3 26/26
Capítulo 2 
Conteúdo escrito por:
 
WALLON, H. A evolução psicológica da criança. Tradução de Claudia
Berliner, São Paulo: Martins Fontes, 2007. 
 
_______. As origens do pensamento na criança. São Paulo: Editora Manole
LTDA, 1989. 
 
WEISINGER, H. Inteligência Emocional no Trabalho. Rio de Janeiro:
Objetiva, 1997. 
 
VYGOTSKY, L. S. Psicologia pedagógica. São Paulo: Martins Fontes, 2001. 
 
_______. A formação social da mente. 3. ed. São Paulo: Martins Fontes,
1989.
Todos os direitos reservados ©
Welington Soares
Profa. Ma. Thaise Dias Alves
Ana Maria Stol�
Capítulo 3 

Continue navegando