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Etica e profissionalismo em estetica unidade2

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- -1
ÉTICA E PROFISSIONALISMO EM 
ESTÉTICA
UNIDADE 2 – MARKETING, MERCADO DE 
TRABALHO E DIREITOS/DEVERES
Márcia Moreno
- -2
Introdução
Olá! Seja bem-vindo à segunda unidade da disciplina Ética e Profissionalismo em Estética. Ao longo desta
unidade, você verá alguns pontos importantes para sua vida profissional, ou seja, conceitos e práticas que farão
parte do seu dia a dia. Você já se perguntou de que forma fazer o marketing do seu trabalho sem expor os
pacientes? Como avaliar o mercado de trabalho e conseguir se colocar de forma ética nele? Como ofertar os
serviços?
Para iniciar, precisamos fazer uma reflexão: até que ponto sua vida pessoal e profissional andam juntas? Você
consegue separar uma da outra? Saiba que essas questões não são tão simples quanto aparentam. Os avanços
tecnológicos nos permitem ficar ligados o tempo todo, dando-nos condições de checar nossos e-mails e
mensagens no trabalho.
Ao conseguir dividir seu tempo de forma equilibrada entre vida profissional e pessoal, você aumentará a
qualidade do seu tempo livre, o que garantirá menos estresse. O mundo perfeito seria aquele em que você
pudesse acordar, engajar-se com alguns afazeres pessoais, ir trabalhar, almoçar com a família, retornar ao
trabalho, voltar para casa ao final do expediente e descontrair, deixando sua profissão em um arquivo fechado na
sua mente. Se fosse assim, você conseguiria separar seu perfil virtual pessoal e profissional tranquilamente, não
é verdade?
Temos, contudo, que aceitar que somos um único indivíduo, e que essa divisão entre pessoal e profissional é
tênue, mas necessária. É nesse ponto que você precisa focar sua atenção neste momento: separar sua liberdade
pessoal e sua responsabilidade como profissional.
Vamos imaginar que você tem o perfil profissional de seu médico nas redes sociais. Ao segui-lo, você o vê em
diversas ocasiões diferentes no dia a dia, como na academia, praia, festas etc. Em uma das postagens, você o vê
num bar, segurando um copo vazio, sem camisa, com muitas bebidas em cima da mesa. Pode parecer uma cena
rotineira para qualquer pessoa que goste de curtir a vida, mas será que é algo adequado ao perfil profissional de
um médico? Como profissional da Estética, você também poderá curtir a vida, mas não necessariamente deverá
expor tudo que faz em seu perfil profissional. Essa atitude corresponde ao ato de cuidar da sua imagem pessoal
perante os pacientes.
Quer saber mais sobre esse assunto? Então, prossiga com atenção.
2.1 Marketing
Segundo Kotler (2000), devemos entender o marketing como a tarefa de criar, promover e fornecer bens e
serviços a clientes (pessoas físicas ou jurídicas). Como você já deve saber, “os profissionais de marketing
envolvem-se no marketing de bens, serviços, experiências, eventos, pessoas, lugares, propriedades,
organizações, informações e ideias” (KOTLER, 2000, p. 25). Para o autor, a tarefa do marketing é encontrar meios
de conectar os benefícios do produto ofertado às necessidades e aos interesses naturais das pessoas. Saiba mais
sobre o marketing aplicado ao mundo da Estética a seguir!
2.1.1 Marketing aplicado à Estética
Assim como no mercado de produtos, o marketing é uma peça fundamental no imenso leque de serviços da
Estética, fazendo com que o público sinta a necessidade do que você oferece. Ele vai também monitorar o que o
paciente deseja e, dessa forma, tornar possível a satisfação desses desejos por meio de serviços. Kotler (2000, p.
34) diz que “o marketing consiste na tomada de ações que provoquem a reação desejada de um público-alvo.” E
complementa afirmando que “as empresas têm maiores chances de se saírem bem quando escolhem seus
mercados-alvo com cuidado e preparam programas de marketing customizados” (KOTLER, 2000, p. 42).
É importante ressaltar que o marketing na Estética deve ser realizado com ética. E muitas vezes o marketing não
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É importante ressaltar que o marketing na Estética deve ser realizado com ética. E muitas vezes o marketing não
é em cima do produto ou serviço, mas sim do profissional que está atuando. Muitos consumidores vão desejar
fazer o serviço X com você, porque de alguma forma, “vendeu” sua imagem de bom profissional. E para isso, é
necessário cuidar da sua imagem pessoal.
2.1.2 Imagem pessoal
Com certeza, há dias em que você se olha no espelho e pensa: “Uau, estou um arraso!”, e outros em que pensa
“Nossa, nada fica bom em mim!”. Isso é normal, todos passam por essas situações. Mas precisamos ter em mente
que a imagem refletida no espelho mostra quem somos e como as pessoas vão nos ver.
Clique nas setas abaixo e aprenda mais sobre o tema.
A imagem pessoal é a forma como você mostra para outras pessoas o que está sentindo. Ao estar bem, com
certeza, a sua imagem será de segurança, boa autoestima e sucesso. Ou seja, é essencial que você se aceite e goste
de si mesmo(a) como é. Lembre-se de que o belo está no equilíbrio, o conjunto do que você é. Todos somos belos,
e precisamos acreditar nisso a fim de transmitir essa mensagem aos nossos interlocutores.
A imagem pessoal, no âmbito profissional, deve passar aos seus pacientes que você é uma pessoa competente e
que sabe o que faz. Dessa forma, o tratamento que você decidir será aceito pelo(a) paciente. Também a sua
honestidade vai ser levada em conta. O sucesso de uma pessoa não vem apenas de uma boa ideia ou de trabalho
árduo. É preciso planejar. Você deve mapear os concorrentes e analisar seus pontos fortes e fracos, estabelecer
seus objetivos e implementar uma estratégia baseada em ações. Isso é marketing pessoal!
Essas ações vão divulgar sua melhor imagem e investir em suas qualidades. Em outras palavras: você é o
produto ou serviço que vende. Visibilidade é um fator fundamental para desenvolver sua carreira. Tome as
rédeas de seu futuro e siga em frente.
Lembre-se de que a imagem pessoal e profissional deve ser genuína. Não adianta construir uma imagem que não
mostre quem você é, porque você não vai conseguir sustentar isso por muito tempo. Então seja ético e mostre a
genuína expressão de quem você é. Para Ritossa (2012, p. 21), “sob o ponto de vista profissional, contamos com
ingredientes como seus valores e ética profissional, a qualidade de seu trabalho e o seu nível de desempenho. De
nada adianta sermos pessoas de conduta irrepreensível se nossas habilidades e competências profissionais não
nos qualificarem.”
2.1.3 Mercado de trabalho e oferta de serviços
A estética é um setor que envolve diversas áreas. Existem muitas possibilidades de trabalhar como esteticista,
não apenas em uma cabine de estética. Saiba que é possível trabalhar em SPAs, salões de beleza, ao lado de
médicos dermatologistas ou cirurgiões plásticos, em academias de ginástica, em navios de cruzeiros, em
empresas de cosméticos, como professor em cursos livres, técnicos ou superiores, em hospitais, promovendo
bem-estar e conforto aos pacientes etc.
São muitas opções e, para se encontrar, é crucial ler, estudar, pesquisar até descobrir em que área atuar.
VOCÊ QUER VER?
“O filme Patch Adams, o amor é contagioso”, de 1998, do diretor Tom Shadyac, conta a história
de um médico com visão humanista, lembrando que sempre existe um ser humano por trás da
doença. Um filme que toca o coração e nos faz refletir sobre temas importantes da área da
Saúde.
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bem-estar e conforto aos pacientes etc.
São muitas opções e, para se encontrar, é crucial ler, estudar, pesquisar até descobrir em que área atuar.
Contudo, não podemos esquecer o principal: o (a) profissional de estética sabe tudo sobre os cuidados com a
pele, pois é treinado para prestar serviços especializados e personalizados. Para cumprir com essa função, o
profissional deve agir com responsabilidade, honestidade e confiança. Tenha em mente que a credibilidade vem
com demonstração de competência. Portanto, o profissional deve seguir as normas vigentes em sua área.
Figura 1 - São várias as opções de atuação do profissional da Estética.
Fonte: Anzhelika Voloshyna, iStock, 2019.
No Brasil, existem diferenças sobre a atuaçãoda Estética, então é necessário que você procure a legislação do seu
estado para identificar o que poderá ou não fazer. As regras da Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(ANVISA) e de outros órgãos de defesa do consumidor devem ser seguidas. Existem punições, por exemplo, para
falsas propagandas, pois sabemos que na Estética não existe milagre, apesar de muitos profissionais apelarem
para esse conceito.
De que forma podemos conquistar os nossos pacientes e fidelizá-los? Gerson et al. (2011, p. 29-30) mostram
algumas diretrizes para manter a credibilidade e confiança, que citamos aqui. Clique e confira!
1) Obter credenciais necessárias para trabalhar na sua região.
2) Participar de organizações profissionais com uma abordagem imparcial.
3) Manter a integridade, garantindo que suas ações correspondam aos seus valores. Exemplo: se acredita ser
antiético vender produtos para obter lucro, não o faça. Mas se você acredita que essa é uma atitude que vai
ajudar seu cliente a se comprometer com o tratamento, então faça.
4) Não fazer comentários pejorativos com relação aos colegas de trabalho.
5) Não “roubar” pacientes de outros profissionais.
6) Conhecer seus limites, fazendo o que foi treinado(a) para fazer.
7) Não dar conselhos que não sejam da sua área de atuação.
8) É importante saber quando recusar um serviço ou uma opinião — encaminhando o paciente para o
profissional adequado.
9) Manter com o paciente uma relação de amizade e profissionalismo. Muitas vezes, o paciente vai falar de
situações pessoais. É essencial praticar o hábito de ouvir, manter o limite profissional e não fazer fofocas, além
de não dar conselhos ou repassar informações pessoais.
10) Não fazer alegações falsas sobre alguma técnica, ser honesto(a) e verdadeiro(a). Se não souber a resposta,
pesquisar.
11) Não acreditar apenas no material promocional do fabricante. Fazer sua própria pesquisa, testando os
produtos para verificar a eficácia. Defender os produtos que você usa e acredita.
12) Estar aberto(a) a consultar profissionais mais experientes.
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produtos para verificar a eficácia. Defender os produtos que você usa e acredita.
12) Estar aberto(a) a consultar profissionais mais experientes.
13) Manter-se informado(a).
2.2 Ética profissional: o esteticista nas redes sociais
Esse é um tema polêmico e que requer atenção e autoconhecimento. Se você é adepto(a) às redes sociais mais
famosas, como Facebook e Instagram, já deve ter notado diferentes postagens com as quais concorda ou não, não
é verdade? Saiba que a atração de novos pacientes por meio das redes sociais hoje é obrigatória, pois é fato que
as redes sociais tornam a comunicação mais fácil e acessível. Contudo, deve ser feita a partir de alguns critérios.
Saiba mais a seguir!
2.2.1 O destaque nas redes sociais
Tenha em mente que a falta de conhecimento impede muitos profissionais de atrair mais pacientes. Afinal de
contas, como se destacar nas redes sociais, que já estão repletas de ofertas? A primeira questão a ser analisada é
o conteúdo da postagem. Seja especialista em assuntos específicos dentro da Estética, assim, você se tornará
autoridade numa área. Entregue o conteúdo pensando em seu consumidor final e não em seu concorrente. Não
tema exposições, mas preze por sua imagem. Torne-se uma “grife”, um produto que os consumidores queiram
consumir.
VOCÊ QUER LER?
A ética requer um processo reflexivo acerca dos princípios, valores, direitos e deveres que
regem a prática dos profissionais de Saúde – incluindo o cuidado humanizado. “A humanização
” artigo científico de Backes, Lunardi e Lunardi Filhohospitalar como expressão da ética
(2006), tem como objetivo refletir sobre considerações éticas que necessitam fundamentar as
ações de humanização, destacando a importância da dimensão humana nas relações
profissionais. Confira: .http://www.scielo.br/pdf/rlae/v14n1/v14n1a18
http://www.scielo.br/pdf/rlae/v14n1/v14n1a18
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Figura 2 - As redes sociais são fundamentais para divulgação do seu trabalho, mas devem ser usadas com 
critérios.
Fonte: Rawpixel.com, Shutterstock, 2019.
Planejar seu conteúdo é o primeiro passo. Crie um calendário de postagens e ações promocionais. Um exemplo é
se basear nas datas comemorativas, como dia dos namorados, dia das mães, dia dos pais etc. Entenda que o
consumidor não compra apenas sua técnica, mas um atendimento em que ele se sentirá único e especial.
Quanto mais você mostrar que sabe, mais seu trabalho se tornará confiável. Fotos e vídeos sempre chamam
atenção, portanto, não tenha medo de utilizar um conteúdo de paciente para endossar seu trabalho. Por
exemplo, se você atende alguém famoso, uma celebridade, que publica nas redes sociais algo positivo sobre você,
divulgue. Mas jamais faça o contrário, ou seja, divulgar suas clientes famosas para conseguir pacientes. A melhor
propaganda será aquela gratuita, em que seu cliente exalta suas qualidades. Tenha um ou com um canalsite blog
de depoimentos de pacientes, pois isso endossará seu trabalho. Contudo, lembre-se de que tudo deve ser
autorizado pelo paciente, por escrito. Por fim, crie experiências únicas em seu atendimento. Você precisa focar
100% em qualidade!
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2.3 Direitos, deveres, erro profissional e sigilo do 
esteticista
No relatório de denúncias sobre Serviços de Interesse para a Saúde, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(ANVISA, 2016), a categoria de Estética e Embelezamento concentra o maior número de denúncias recebidas
(151 durante o ano de 2016), alcançando 52% das demandas. A maior parte vem dos estados de São Paulo, Rio
de Janeiro, Distrito Federal, Ceará e do Paraná, sendo que os dois primeiros são os que possuem o maior número
de estabelecimentos do setor. Cerca de 80% das denúncias registradas contra profissionais de Estética e
Embelezamento estão classificadas como de alto médio risco (ANVISA, 2016).
Aqui, cabe uma observação: a categoria de Estética e Embelezamento engloba dois universos diferentes, que são
os salões de beleza (que incluem atividades como cabeleireiro, manicure, pedicuro, depilação com cera etc.) e os
centros de estética (atuação só de estética corporal e facial), onde se realizam procedimentos especializados ou
com uso de aparelhos e equipamentos.
“No Brasil, a Anvisa é responsável por criar normas e regulamentos e dar suporte para todas as atividades da
área” (PIATTI, 2016, p. 25). A maior concentração de denúncias relativas a centros de estética é relativa a falhas
em procedimentos internos — como a menção do uso incorreto de materiais e equipamentos em conjunto com a
aplicação de produtos irregulares. Nesse item, o que chama atenção são casos de queimaduras. Isso constitui um
problema sério no segmento da beleza e estética, já que muitos estabelecimentos funcionam sem alvarás
emitidos pelos municípios ou sem receberem visitas de inspeção. Em estudo com profissionais sobre as práticas
de biossegurança no segmento de Estética, muitos não demonstram estar muito preocupados em relação à
limpeza e desinfecção, não realizando como rotina as normas de segurança (GABARCCIO; OLIVEIRA, 2012).
Moreno (2018, p. 234) afirma que:
[...] diante da realidade do mercado e da responsabilidade que nós esteticistas temos, com os
cuidados com a vida, devemos redobrar a atenção e alertar a sociedade para esta questão. A
regulamentação da profissão de esteticista, cosmetólogo e técnico em estética, torna ainda mais
necessária e urgente a conscientização da biossegurança. Na nossa profissão, temos muita
proximidade física com os clientes - seja em uma massagem - onde estamos em contato permanente
com cliente ou em uma limpeza de pele, onde teremos contato com fluídos corporais - como
conteúdo de pústulas, comedões e sangue. Há também a possibilidade do cliente ou profissional
espirrar ou tossir nos atendimentos. Nestes casos, há risco de contaminação. Se não seguirmos as
normas de biossegurança, as chances de se contrair doenças infectocontagiosas aumentam muito.
Conforme Garner (apud GABARCCIO; OLIVEIRA, 2012), para reduzir riscos duranteos serviços prestados em
que profissionais possam ficar expostos a doenças infecciosas, deve-se aplicar as precauções padrão. Essas
precauções compreendem um conjunto de medidas utilizadas pelos profissionais no atendimento aos clientes
quando há a possibilidade de contato com sangue, fluidos corpóreos, pele não íntegra e mucosa, fazendo o uso
combinado de equipamentos de proteção individual (EPIs).
2.3.1 Ética
Em relação ao não cumprimento da Lei da Ética, a legislação sanitária federal, disposta na Lei n. 6.437 (BRASIL,
1977), em seu segundo artigo, diz que:
[...] sem prejuízo das sanções de natureza civil ou penal cabíveis, as infrações sanitárias serão
punidas, alternativas ou cumulativamente, com as penalidades de:
I – advertência;
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I – advertência;
II – multa;
III - apreensão do produto;
IV – inutilização de produto;
V – interdição de produto;
VI – suspensão de vendas e/ou fabricação de produtos;
VII – cancelamento de registro de produto;
VIII – interdição parcial ou total do estabelecimento;
IX – proibição de propaganda;
X – cancelamento de autorização para funcionamento de empresa;
XI – cancelamento do alvará de licenciamento.
Para aprender mais sobre o tema, clique nas abas abaixo.
Deveres e responsabilidades
No âmbito dos deveres e responsabilidades, a ética precisa ser coerente com os objetivos da sua profissão e com
os valores universais próprios de uma ética geral, válida para todas as pessoas, dando legitimidade às práticas
profissionais. Com esses aspectos unidos, o exercício profissional será de excelência.
Código de Ética
O esteticista que tem como opção o trabalho na área da Estética não deve se afastar da sua formação básica, nem
do Código de Ética da classe, o qual aponta seus direitos e deveres. Também deve observar o Código de Ética da
classe de acordo com o seu município. Lembre-se de que a ética profissional é de interesse e importância para o
profissional que busca o melhor desenvolvimento de sua carreira. Quem apresenta conduta ética conquista mais
credibilidade, confiança e reconhecimento.
Segundo o Código de Ética dos esteticistas, a Febrape (2003) diz que são de responsabilidades fundamentais:
Art. 2º – O esteticista deve prestar assistência, sem restrições de ordem racial, religiosa, política ou
social, promovendo procedimentos estéticos específicos que beneficiem a saúde, higiene e beleza do
Homem.
I – o esteticista presta serviços de estética facial, corporal e capilar, programando e coordenando
todas as atividades correlatas;
II – o esteticista deve autoavaliar periodicamente sua competência, aceitando e assumindo
procedimentos somente quando capaz do desempenho seguro para o cliente;
III – ao esteticista cabe a atualização e aperfeiçoamento contínuos de seus conhecimentos técnicos,
científicos e culturais, visando o benefício de seus clientes, bem como o progresso de sua profissão.
A ética no âmbito profissional diz que procedimentos aplicados por profissionais de forma incorreta, que não
sejam pertinentes à classe, que usem títulos que não possuam, ou que anunciem especialidades nas quais não
estão habilitados, vão contra o Código de Ética, e o profissional que atuar dessa forma será punido pelo órgão
competente. Além de estar atuando de forma irregular, ele ainda coloca a vida do paciente em risco. Não
podemos fechar os olhos para uma situação que, infelizmente, existe, que é a de profissionais que atuam
pensando apenas no lucro, enganando o paciente.
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Figura 3 - Responsabilidade é uma peça fundamental do quebra-cabeças de ética.
Fonte: Mathias Rosenthal, Shutterstock, 2019.
A mentira demonstra uma postura antiética, uma vez que quem a elaborou conhece a verdade. Quem age dessa
forma prejudica os colegas de profissão e os pacientes. De acordo com Pereira (2012), essa dinâmica inclui
divulgar resultados e métodos de pesquisas não realizadas por si e atrair clientes mediante pesquisa falsa, pondo
em risco a credibilidade da classe.
Essas atitudes são consequências da ambição humana de querer sempre mais do que se tem e de nunca estar
contente com sua situação. Por isso, há a necessidade de impor limites e normas que valorizem a ética e o
respeito. O espaço de trabalho deve dispor de um código de conduta ética, que é criado justamente para orientar
o comportamento de seus colaboradores de acordo com as normas e posturas da organização.
Devemos nos lembrar sempre que lidamos com vidas, ou seja, com pacientes que merecem nosso respeito e
atenção. O sigilo profissional do que é conversado na cabine de estética também deve ser cultivado. Villas-Bôas
(2015, p. 516) explica que:
[...] há de se ter em mente o tratar o outro como se gostaria de ser tratado, sem esquecer que isso não
faz do profissional juiz do que deve ou não ser alvo de segredo, vez que, mesmo informações que a
outrem pareçam pessoalmente banais e para quem sua revelação seria irrelevante, podem ser
consideradas extremamente sigilosas pelo paciente, haja vista sua escala de valores. Assim sendo, a
regra há de ser a manutenção do segredo em relação a todos os dados a ele referentes, coibindo-se
comentários desnecessários. O segredo pertence ao paciente, e somente ele decide o que e a quem
revelá-lo, sendo o profissional mero e fiel guardião.
O dever de guardar sigilo não é apenas ético, mas legal. No âmbito internacional, a Declaração Universal dos
VOCÊ O CONHECE?
A professora e esteticista Maria de Fátima Lima Pereira fala sobre o início da sua carreira, as
dificuldades e vitórias conquistadas. Uma vida dedicada à Estética e à promoção da ciência
com ética e responsabilidade. Uma verdadeira inspiração para os profissionais da Estética.
Confira em: .https://www.youtube.com/watch?v=_jB9YtPgU-Q
https://www.youtube.com/watch?v=_jB9YtPgU-Q
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O dever de guardar sigilo não é apenas ético, mas legal. No âmbito internacional, a Declaração Universal dos
Direitos Humanos, de 1948, prevê em seu artigo XII que “ninguém será sujeito a interferência em sua vida
privada, sua família, seu lar ou sua correspondência, nem ataques à sua honra e reputação. Todo homem tem
direito à proteção da lei contra tais interferências ou ataques.”
Figura 4 - O sigilo profissional deve ser cultivado na área da estética.
Fonte: Olga Altunina, Shutterstock, 2019.
- -11
O Código Internacional de Ética Médica, adotado pela Associação Médica Mundial (WMA) em 1949, estabelece
que o médico deverá manter segredo absoluto sobre tudo o que sabe de um paciente, dada a confiança que nele
depositou (VILLAS-BÔAS, 2015). A Constituição Brasileira de 1988 assegura, em seu artigo quinto, que “X – São
invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo
dano material ou moral decorrente de sua violação.” Já o Código Penal qualifica como crime a violação do
segredo profissional, nos seguintes termos: “Art. 154 – Revelar alguém, sem justa causa, segredo, de que tem
ciência em razão de função, ministério, ofício ou profissão, e cuja revelação possa produzir dano a outrem. Pena
– detenção, de três meses a um ano, ou multa.”
Por fim, os artigos 6, 9, 10 e 14, do Código de Defesa do Consumidor (CDC) asseguram que é direito do
consumidor ser protegido e avisado a respeito dos produtos ou serviços que podem oferecer riscos à saúde e à
segurança. O Código Civil também oferece semelhante proteção.
VOCÊ SABIA?
O dever ético e legal dos profissionais de saúde tem origem justamente na garantia da
privacidade e confidencialidade das informações dos pacientes, mantendo o sigilo das
informações. O segredo profissional no trabalho de assistência à saúde é evidenciado no
pensamento de Hipócrates, que afirmava: “As coisas que eu verei ou ouvirei dizer no exercício
da minha arte, ou fora de minhas funções, no comércio dos homens, e que não deverão ser
divulgadas, eu calarei, percebendo-as como segredos invioláveis”. Como você deve saber,
Hipócrates é considerado o pai da Medicina. O juramento de Hipócrates é uma declaração
solene tradicionalmente feita por médicospor ocasião de sua formatura. Acredita-se que o
texto é de autoria de Hipócrates, ou de um de seus discípulos.
CASO
Uma cliente famosa frequenta uma clínica de estética. Uma das funcionárias do lugar decide
tirar proveito e oferece umas fotos da cliente em momentos particulares para uma revista de
fofoca em troca de dinheiro, mas pede sigilo absoluto sobre sua identidade. A revista aceita e
publica fotos da famosa trocando de roupa na clínica. A famosa, inconformada, processa a
clínica e pede que a dona tome providências. A clínica conta com oito funcionárias. A dona
conversa com cada uma em particular, mas não consegue descobrir quem foi. Uma das
funcionárias, a faxineira, viu quando a gerente, que é amiga da dona, tirou as fotos. O que você
faria, se fosse a faxineira, nessa situação?
É uma decisão difícil e um caso delicado, pois envolve ética e amizade. A faxineira pode ficar
insegura de dedurar uma amiga da dona, mas também pesa a falta de sinceridade com a pessoa
que lhe deu o emprego. Temos que lembrar do sigilo profissional, mas também levar em conta
a questão de honestidade. Não cabe, aqui, bater o martelo sobre o que ela faria, mas sugerimos
que você se coloque no lugar dela e reflita sobre o caso.
- -12
3.4 Limites de atuação do profissional no âmbito da 
tecnologia
O Projeto de Lei n. 2332, de 2012, que deu origem à Lei 13.643 (BRASIL, 2018), que regulamenta a profissão de
esteticista cosmetólogo, diz no Artigo V, inciso VII, que cabe ao profissional de Estética utilizar recursos
eletroterápicos básicos autorizado pela ANVISA, desde que tenha o curso de eletroterapia para fins estéticos.
Clique para conhecer esses recursos!
Equipamento de alta frequência.
Equipamento de vapor de ozônio.
Equipamento de corrente contínua ou galvânica.
Equipamento de corrente alternada ou excitomotora.
Peeling mecânico (cristal, diamantado e ultrasônico).
Lâmpada de wood.
Ultrassom de 3 mhz.
Vacuoterapia.
Termoterapia.
O artigo sexto, inciso III, afirma que o esteticista e cosmetologista pode executar recursos eletroterápicos
avançados, tais como:
• hidrozônioterapia;
• radiofrequência para estética;
• luz intensa pulsada para estética.
Síntese
Nesta unidade, você teve a oportunidade de:
• entender sobre marketing e imagem pessoal;
• saber como a esteticista deve se colocar nas redes sociais;
• pensar sobre o direito, deveres, erros e sigilo profissional;
• refletir sobre os limites de atuação do profissional no âmbito da tecnologia.
Bibliografia
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. - Denúncias em Serviços de InteresseRelatório Semestral
para a Saúde, n. 4, dez. 2016.
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Referência Técnica para o funcionamento dos serviços de
. Brasília, DF: Anvisa, 2009.estética e embelezamento sem responsabilidade médica
BACKES, D. S.; LUNARDI, V. L.; LUNARDI FILHO, W. D. A humanização hospitalar como expressão da ética. Rev.
, v. 14, n. 1, p. 132-5, jan./fev. 2006. Disponível em: Latino-am Enfermagem http://www.scielo.br/pdf/rlae
. /v14n1/v14n1a18 Acesso em: 13/08/2019.
BRASIL. Lei n. 13.643, de 3 de abril de 2018. Regulamenta as profissões de Esteticista, que compreende o
•
•
•
•
•
•
•
http://www.scielo.br/pdf/rlae/v14n1/v14n1a18
http://www.scielo.br/pdf/rlae/v14n1/v14n1a18
- -13
BRASIL. Lei n. 13.643, de 3 de abril de 2018. Regulamenta as profissões de Esteticista, que compreende o
. Brasília, DF: DOU, 2018. Disponível em: Esteticista e Cosmetólogo, e de Técnico em Estética http://www.
. planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2018/lei/L13643.htm Acesso em: 13/08/2019.
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	Introdução
	2.1 Marketing
	2.1.1 Marketing aplicado à Estética
	2.1.2 Imagem pessoal
	2.1.3 Mercado de trabalho e oferta de serviços
	2.2 Ética profissional: o esteticista nas redes sociais
	2.2.1 O destaque nas redes sociais
	2.3 Direitos, deveres, erro profissionale sigilo do esteticista
	2.3.1 Ética
	3.4 Limites de atuação do profissional no âmbito da tecnologia
	Síntese
	Bibliografia

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