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1 DIREITO DOS CONTRATOS *Universidade Estácio de Sá* Professora Rachel Brambilla PÚBLICA 2 CONTRATOS EM GERAL. Art. 421 C.C. FUNÇÃO SOCIAL – EQUILÍBRIO AS PARTES, VONTADE E ACORDO CONTRATOS CIVIS E EMPRESARIAIS PRINCIPIOS DE PROBIDADE E BOA-FÉ CONTRATOS DE ADESÃO – DEVERÁ SER INTERPRETADOS EM FAVOR DO MAIS VULNERÁVEL CLÁUSULAS NULAS DE PLENO DIREITO FORMAÇÃO DOS CONTRATOS: Art. 427 C.C. OBRIGAÇÕES EQUILIBRADAS ENTRE AS PARTES E OBRIGA A TODOS A CUMPRIREM A NÃO SER QUE SEJA ASSINADO POR COAÇÃO – Art. 428 C.C. PÚBLICA 3 Art. 429 C.C. – OFERTA AO PÚBLICO – EXEMPLO CDC – CÓDIGO DE DEFESA O CONSUMIDOR Arts. 431/434 C.C. ACEITAÇÃO EXPRESSA ANTES DO ACEITE – RETRATAÇÃO – INEXISTE CONTRATOS ( MENSAGENS, EMAILS, OU OUTROS MEIOS) ESTIPULAÇÃO EM FAVOR E TERCEIRO – EX. COMPROMISSO DE ENTREGAR UM FILHO ETC... O ESTIPULANTE RESERVA- SE O DIREITO E ESCOLHER OUTRO. PROMESSAS – PERDAS E DANOS – ART. 439 C.C. COMPROMETIMENTO COM ALGUÉM PÚBLICA 4 CASO CONCRETO: Em 05 de dezembro de 2016, Sérgio, mediante contrato de compra e venda, adquiriu de Fernando um computador seminovo (ano 2014) da marca Massa pelo valor de R$ 5.000,00. O pagamento foi integralizado à vista, no mesmo dia, e foi previsto no contrato que o bem seria entregue em até um mês, devendo Fernando contatar Sérgio, por telefone, para que este buscasse o computador em sua casa. No contrato, também foi prevista multa de R$ 500,00 caso o bem não fosse entregue no prazo combinado. Em 06 de janeiro de 2017, Sérgio, muito ansioso, ligou para Fernando perguntando pelo computador, mas teve como resposta que o atraso na entrega se deu porque a irmã de Fernando, Ana, que iria trazer um computador novo para ele do exterior, tinha perdido o voo e só chegaria após uma semana. Por tal razão, Fernando ainda dependia do computador antigo para trabalhar e não poderia entregá-lo de imediato a Sérgio. Acerca dos fatos narrados, assinale a afirmativa correta. Sérgio poderá exigir de Fernando a execução específica da obrigação (entrega do bem) ou a cláusula penal de R$ 500,00, não podendo ser cumulada a multa com a obrigação principal. Sérgio poderá exigir de Fernando a execução específica da obrigação (entrega do bem) simultaneamente à multa de R$ 500,00, tendo em vista ser cláusula penal moratória. Sérgio somente poderá exigir de Fernando a execução específica da obrigação (entrega do bem), não a multa, pois o atraso foi por culpa de terceiro (Ana), e não de Fernando. Sérgio somente poderá exigir de Fernando a cláusula penal de R$ 500,00, não a execução específica da obrigação (entrega do bem), que depende de terceiro (Ana). PÚBLICA 5 VÍCIOS REDIBITÓRIOS VÍCIOS E DEFEITO OCULTOS PODE ABATER O PREÇO SE DER PARA USAR SE QUEM VENDEU CONHECIA O VICIO DEVERÁ RESSARCIR O PREJUDICADO VÍCIOS OCULTOS – DEFEIETOS OCULTOS – RECALL EVICÇÃO O VENDEDOR responde pelos defeitos, problemas, que o produto ou serviço tenha. Até mesmo em HASTA PÚBLICA. Ou EM GARANTIA. ISENÇÃO DE EVICÇÃO – Se houver cláusula constando, pode limitar ou excluir. PÚBLICA 6 CASO CONCRETO: Dona Maria Silva celebrou contrato de compra e venda com a empresa “Casa Limpa”, produtora e vendedora de aparelhos para EMPRESAS, para adquirir uma máquina de lavar louça, no dia 1º de março de 2002. A empresa fabricou e entregou a máquina no dia 15 de Março de 2002. Logo depois, no dia 20 do mesmo mês, a máquina se incendiou, causando danos na cozinha. A empresa providenciou o conserto da máquina, que passou a funcionar regularmente. A máquina era para a ATIVIDADE FIM da COMPRADORA. Contudo, no dia 02 de Setembro de 2003, a máquina se incendiou novamente, causando mais danos na cozinha, destruindo a própria máquina e ferindo Lúcia, sua funcionária que estava na cozinha. Maria e Lúcia Silva ingressaram com ação no Juizado Especial Civel no dia 15 de Janeiro de 2004, pedindo devolução de dinheiro no valor da máquina e indenização por danos patrimoniais e morais sofridos. A empresa alegou que o juízo é INCOMPETENTE para este tipo de AÇÃO, pois não se trata de relação de consumo. Haverá o dever de indenizar pelo fornecedor? PÚBLICA 7 CASO CONCRETO De acordo com a propaganda veiculada em revista especializada, P. C. comparece à loja ofertante, ainda no primeiro dia em que ocorreu a circulação daquele periódico, visando à aquisição do bem anunciado. Lá chegando, foi atendido pelo próprio dono do comércio varejista que, se desculpando pela “viagem quase perdida”, disse ao frustrado comprador que, em razão das inúmeras vendas até então realizadas, apenas dispunha de outro bem, quase igual ao anunciado, porém um pouquinho mais caro, que, por certo, melhor iria atendê-lo. O consumidor, todavia, argumentando que na oferta divulgada, além de não existir qualquer informação sobre tal peculiaridade, não havia indicação sobre a quantidade a ser disponibilizada para a venda, como também a existência de produto similar substitutivo, mas com preço superior ao anunciado, insistiu na efetivação da compra, o que foi, de forma jocosa, repudiado pelo vendedor, que, em alto e bom som, disse-lhe que era melhor procurar uma loja no Paraguai, lugar ideal para a compra de bugigangas, aliás, o preferido por nove entre dez idiotas. Sob a ótica do Código de Defesa do Consumidor, responda, justificando: a) É juridicamente viável impor ao vendedor o cumprimento da oferta, tal qual anunciada? b)Em caso afirmativo, qual o fundamento jurídico a ser utilizado? PÚBLICA 8 CONTRATOS ALEATÓRIOS Aleatório é o contrato em que uma prestação pode deixar de existir em virtude de um acontecimento incerto e futuro Além dos aleatórios por natureza, há os contratos acidentalmente aleatórios, que são de duas espécies: Venda de coisas futuras; e venda de coisas existentes mas expostas a risco. Ex. SEGURO - Contrato de Risco Cabe ANULAÇÃO se houver vícios, dolo... PÚBLICA 9 Temos também como exemplo disto é a venda de colheita futura, como já apresentado anteriormente, independente da existência da safra ou não existir, em que o comprador deve assumir o risco da completa frustração da safra, ou seja, sua não existência, salvo se o risco cumprir-se por dolo ou culpa do vendedor. De aposta, jogo etc... PÚBLICA 10 CONTRATO PRELIMINAR Negociações preliminares – Consistem nas conversações prévias, sondagens e estudos sobre os interesses de cada contratante, tendo em vista o contrato futuro, sem que haja qualquer vinculação jurídica entre os participantes. Temos como exemplo o CONTRATO DE PROMESSA DE COMPRA E VENDA DE IMÓVEIS é um contrato preliminar e não definitivo. Pois, o contrato definitivo será a compra e venda do imóvel. Nesse sentido o objetivo da promessa é obrigar as partes contratantes a celebrarem o contrato definitivo, oportunamente e sob certas condições PÚBLICA 11 Cont... Contrato Preliminar Seus requisitos são: capacidade das partes, objeto licito e possível, consentimento ou acordo de vontades. Importante ressaltar que o O CC/02 adotou o principio da forma livre (art 462). Logo não é necessária a forma pública. A responsabilidade pelo pagamento da escritura e outras documentações é do comprador e não do vendedor, este é um consenso que existe em todas as negociações de compra e venda de bens imóveis Na hermenêutica contratual a vontade dos contratantes se sobrepõe ao que está previsto na cláusula do contrato, isso porque o art. 112 “Nas declarações de vontade se atenderá mais à intenção nelas consubstanciada do que ao sentido literal da linguagem.”, do Código Civil dá total autonomia para que assim seja feita PÚBLICA 12 CASO CONCRETO: Demervaldo, desempregado, recebe panfleto na rua em que consta o oferecimento de serviços, por parte de curso de dança, frisando o fato de o referido curso ser profissionalizante, com o respectivo reconhecimento do órgão profissional da categoria. Demervaldo, ingressa no referido curso, com o intuito de se profissionalizar neste ramo. Ocorre que,ao concluir o curso, depois de 8 anos cumprindo toda a grade curricular, não logrou êxito ao tentar obter a carteira profissional junto ao Sindicato dos Profissionais de Dança do Estado do Rio de Janeiro. Pleiteia indenização por danos morais e materiais, estes concernentes em ressarcimento das mensalidades pagas durante o curso. Os argumentos expendidos por Demervaldo procedem? Responda fundamentadamente. PÚBLICA 13 CASO CONCRETO: Considere que no último sábado à noite você foi a um bar com seus amigos para realizar um happy hour. No momento de pagar a conta, voluntariamente, você destinou 10% (dez por cento) de gorjeta ao garçom que lhes atendeu. No entanto, durante a aula de Direito Civil na segunda-feira seguinte, você descobriu que a gorjeta não é devida e não pode ser cobrada. Você, então, pergunta ao seu professor se pode retornar ao bar e pedir ao garçon a restituição dos valores a esse título pagos. O que você acha? Justifique sua resposta explicando a que tipo de obrigação se refere. PÚBLICA 14 CONTRATO COM PESSOA A DECLARAR Neste CONTRATO existirá uma pessoa que deve adquirir os direitos e assumir obrigações e deverá ser comunicada à outra parte (do contrato) no prazo de 5 dias da conclusão do Contrato, a não ser que tenha outro estipulado no Contrato. No momento da conclusão do contrato, pode uma das partes indicar uma pessoa que vai substituí-la para adquirir direitos e assumir obrigações. EXTINÇÃO DE CONTRATO – DISTRATO – Mediante TERMO DE RESCISÃO ou DISTRATO Ao distratar, todas as obrigações, compromissos e vínculos acordados anteriormente deixam de ter validade . Ex. Empresa – Dissolução/Extinção (É o Distrato) Se houver RESCISÃO UNILATERAL terá que avisar a outra – DENÚNCIA – dizendo que quer rescindir. Contrato de Aluguel. Terminando o prazo... CLÁUSULA RESOLUTIVA - uma das partes contratantes não cumprir com o acordado, o prejudicado pelo inadimplemento poderá pedir a resolução do contrato ou exigir o seu cumprimento. Em qualquer caso, contudo, haverá indenização por perdas e danos. É quando há parte prejudicada por algum fator – cabendo perdas e danos. Ex. Cláusula rescisória – Multas, etc... Clausula penal; RESOLUÇÃO POR ONEROSIDADE EXCESSIVA – Deverá haver uma comprovação para isso. Ex. Contratos de financiamentos. Dizem que é um determinado juros composto mais é muito mais. Pode ajuizar ação. PÚBLICA 15 DIREITO DOS CONTRATOS *Universidade Estácio de Sá* Professora Rachel Brambilla PÚBLICA
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