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Epidemiologia - Introdução

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De acordo ao livro de Bonita, 2ª edição, 
“Epidemiologia Básica”, a epidemio- 
logia originou-se das observações 
de Hipócrates feitas há mais de 
2000 anos de que fatores ambien- 
tais influenciam a ocorrência de 
doenças. 
 
Assim, na teoria miasmática a origem da doença 
situava-se na má qualidade do ar, proveniente da 
decomposição de plantas e animais. 
Entretanto, foi somente no século XIX que a 
distribuição das doenças em grupos humanos 
específicos passou a ser medida em larga escala. Isso 
determinou não somente o início formal da 
epidemiologia como também as suas mais 
espetaculares descobertas. 
 
Os achados de John Snow, de que o risco de contrair 
 
 
 
 
 
demiologia, mostra a distribuição dos casos de cólera 
no centro de Londres em 1954. 
Seu estudo foi considerado um clássico da 
“epidemiologia de campo”, Snow é considerado o 
pai da epidemiologia. 
 
 
 
 
 
 
OBS: os estudos epidemiológicos de Snow foram 
apenas um dos aspectos de uma série abrangente de 
investigações que incluiu o exame de processos 
físicos, químicos, biológicos, sociológicos e políticos. 
 
A abordagem epidemiológica que compara os 
coeficientes (ou taxas) de doenças em subgrupos 
populacionais tornou-se uma prática comum no final 
do século XIX e início do século XX. 
 
A sua aplicação foi inicialmente feita visando o 
controle de doenças transmissíveis e, posteriormente, 
no estudo das relações entre condições ou agentes 
ambientais e doenças específicas. 
 
Na segunda metade do século XX, esses métodos 
foram aplicados para doenças crônicas não 
transmissíveis tais como doença cardíaca e câncer, 
sobretudo nos países industrializados. 
Atualmente, a epidemiologia é pautada em três 
pilares: 
 Ciências Biológicas: 
 biologia e disciplinas afins, 
contribuem para descrever e 
classificar as doenças para atingir 
maior grau de precisão na 
determinação da frequência que 
estão acontecendo na população. 
 
 Ciências Sociais: 
 dispõem de teorias e métodos 
trazidos para epidemiologia como 
instrumentos e formas de abordagem 
empregadas nas investigações das 
relações entre saúde e sociedade. 
 
 Ciências Estatísticas: 
 arte de coletar, resumir e analisar 
dados sujeitos a variações. 
 
 
 
Contexto Histórico 
 
 
cólera em Londres estava 
relacionado ao consumo de 
água proveniente de uma 
determinada companhia, 
proporcionaram uma das mais 
espetaculares conquistas da epi- 
 
 
 
 
 
 
Em Bonita, a epidemiologia é derivada das palavras 
gregas: epi “sobre”, demos “povo” e logos “estudo”. 
 
Foi definida por Last como “o estudo da distribuição 
e dos determinantes de estados ou eventos 
relacionados à saúde em populações específicas, e 
sua aplicação na prevenção e controle dos 
problemas de saúde”. 
 
Essa definição deixa claro que os epidemiologistas 
estão preocupados não somente com a 
incapacidade, doença ou morte, mas, também, com 
a melhoria dos indicadores de saúde e com maneiras 
de promover saúde. O termo “doença” compreende 
todas as mudanças desfavoráveis em saúde, 
incluindo acidentes e doenças mentais. 
 
Já de acordo ao capítulo 2 do livro “Epidemiologia e 
Saúde” de Rouquayrol, a epidemiologia é uma 
ciência que estabelece/indica e avalia métodos e 
processos usados pela saúde pública para prevenir 
doenças, além de usar como bases para avaliação: 
medidas profiláticas; fornece pistas para diagnóstico; 
verifica a causalidade e hipóteses. 
 
Sendo assim, estuda a distribuição de morbidade 
(para traçar perfil saúde-doença), realiza testes de 
eficácia e inocuidade de vacinas, desenvolve 
vigilância epidemiológica, analisa fatores (ambientais 
e socioeconômicos) que influenciam a eclosão de 
doenças e nas condições de saúde e estimula o elo 
entre comunidade/governo. 
 
Ainda em Rouquayrol, a epidemiologia ser uma 
ciência que estuda o processo saúde doença em 
coletividade humana e tem suma importância na 
imposição de medidas de prevenção e erradicação 
de doenças. Dessa forma, visa: 
 caracterizar a distribuição e magnitude das 
enfermidades na massa social, 
 apresentar dados científicos para um 
planejamento da saúde pública e por fim, 
 definir os fatores pré-patogênicos/período 
epidemiológico (relação suscetível-ambiente 
sendo estes sociais, ambientais e genéticos). 
 
Epidemiologia Descritiva de acordo com Pereira, 
2017, é o conhecimento da distribuição de um 
evento, na população. É o estudo da distribuição de 
frequência das doenças e dos agravos à saúde 
coletiva em função de variáveis ligadas ao tempo, ao 
espaço – ambientais e populacionais – à pessoas, 
possibilitando o detalhamento do perfil 
epidemiológico, com vistas para a saúde. 
o Descrição do estado de saúde de uma 
população; 
o Analisa a distribuição das doenças através do 
tempo, local e pessoas; 
o Utiliza dados primários e secundários; 
o Não busca associar as causas aos efeitos; 
o Indicadores de morbidade e mortalidade 
 
Dessa forma, é o estudo das variações na frequência 
de doenças e que leva em consideração: 
 Quem? Referente a variáveis relativas à 
pessoa 
 Quando? Referente as variáveis relativas ao 
tempo 
 Onde? Variáveis relativas ao lugar 
 
 
 
 
Conceitos Básicos 
 
 
 
 
 
O processo saúde doença na antiguidade tinha a 
doença como um castigo dos deuses, bem como a 
saúde que era vista como um “estado de graça”. 
 
Com a teoria miasmática essa realidade começa a 
mudar, este processo transforma-se de uma ligação 
com a parte divina, mas como algo mais material, 
sendo relacionado aos “ares e lugares”, sobre a 
relação de corpos de pessoas mortas causarem 
doenças, desenvolvendo a importância de enterrar, 
houve também a preocupação com isolamento de 
doentes. 
 
Com o avanço da microbiologia houve a ampliação 
do conceito de doença bem como o conhecimento 
dos microrganismos causadores destas. 
 
Segundo a OMS saúde é definida como um completo 
bem estar físico, mental e social e não apenas a 
ausência de doenças ou enfermidades. A saúde é 
dividida em três planos: 
 subindividual, 
 individual e 
 coletivo. 
 
A doença também pode ser vista como uma alteração 
biopsicossociocultural e espiritual do estado de saúde 
de um ser, manifestada por um conjunto de sintomas 
perceptíveis ou não. 
 
Dessa forma, a processo saúde-doença é o conjunto 
de variáveis que envolvem a saúde e a doença de um 
indivíduo ou população. 
 
 
 
A História Natural da doença é o nome dado ao 
conjunto de processos interativos que compreendem 
“as inter-relações do agente, do suscetível e do meio 
ambiente que afetam o processo global e seu 
desenvolvimento, desde as primeiras forças que criam 
o estímulo patológico no meio ambiente, ou em 
qualquer outro lugar, passando pela resposta do 
homem ao estímulo, até as alterações que levam a 
um defeito, invalidez, recuperação ou morte.” 
 (Leavell e Clark, 1976) 
 
No capítulo 2 sobre “Epidemiologia, História Natural 
e Prevenção de Doenças” de Rouquayrol, aborda que 
a história seria dividida em: 
 período epidemiológico/pré-patológico 
 analisa a distribuição e fatores 
determinantes da enfermidade, 
 refere-se ao processo de saúde e a 
contaminação. 
 
 período patológico 
 surgimento de sinais ou sintomas ou 
horizonte clínico; 
 divisor entre doença instalada e 
manifestação de sintomas; 
 quando o indivíduo já tem a doença 
mas não manifesta; 
 é uma fase de incubação.
 
Processo saúde doença História Natural da Doença 
 
 
 
 
Dessa forma, o período patogênico são as 
modificações passadas ao organismo vivo. 
Primeiras ações que o agente patológico exerce 
no organismo afetado. 
Compreende a doença (estágio subclínico, 
prodrômico e clínico), a cura ou a morte. Se 
dividindo em 4 etapas: 
1) Interação estímulo-suscetíveis A doença não tomou 
desenvoltura, mas, estão 
presentes todos os estímulos 
necessários que nos deixam 
suscetíveis à doença. 
2) Alteração bioquímica, histológica e 
fisiológica 
 Doença já instalada no organismo 
 Ainda não ocorreu as 
manifestações clínicas 
 É o período de incubação 
OBS: algumas doenças não passam dessa fase e 
podem regredir 
3) Sinais e sintomas 
 Manifestações clínicas da doença 
 
 
4) Desfecho 
 Doença evolui para cura, 
cronicidade, invalidez permanente 
ou morte. 
OBS: o Horizonte Clínico separa o estágio de 
alterações bioquímicas/histológicas/fisiológicas 
(período de incubação) para a manifestação dos 
sinais e sintomas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Há quatro níveis de prevenção, os quais 
correspondem a diferentes fases no 
desenvolvimento de uma doença, são: 
primordial, primário, secundário e terciário. 
 
A prevenção primordial tem como principal 
objetivo evitar o surgimento e o estabelecimento 
de padrão de vida social, econômica e cultural 
que, sabidamente, contribuem para um elevado 
risco de doença. 
Já a prevenção primária inclui o conjunto das 
atividades que visam evitar ou remover a 
exposição de um indivíduo ou de uma população 
a um fator de risco ou causal antes que se 
desenvolva um mecanismo patológico 
(Jamoulle, 2000; Jamoulle et al., 2002). 
 
A primária tem a principal vantagem da 
estratégia populacional é que não há 
necessidade de identificar um grupo de risco 
populacional; o objetivo é simplesmente reduzir, 
mesmo que em pequena quantidade, os níveis 
de um dado fator de risco na população. 
 
A prevenção secundária tem como finalidade a 
detecção de um problema de saúde num 
indivíduo ou numa população numa fase 
precoce, por forma a condicionar 
favoravelmente a sua evolução (Jamoulle, 2000; 
Jamoulle et al., 2002). 
 
Assim, pode ser aplicada somente a doenças 
cuja história natural inclua um período inicial, em 
que possa ser facilmente identificada e tratada, 
de modo a interromper sua progressão para um 
estágio mais sério. 
 
Já o objetivo da prevenção terciária é reduzir a 
progressão e as complicações de uma doença já 
sintomática; esse é um aspecto importante da 
terapêutica e da reabilitação. 
 
Por fim, na prevenção quaternária, o nível mais 
elevado de prevenção em saúde, pretende evitar 
o excesso de intervencionismo médico através da 
detecção de indivíduos em risco de sobre 
tratamento, trata-se, pois, da prevenção da 
iatrogenia (refere-se a um estado de doença, 
efeitos adversos ou complicações causadas por 
ou resultantes do tratamento médico). 
 
 
Níveis de prevenção 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Referências: 
ROUQUAYROL, Maria Zélia; SILVA, Marcelo Gurgel Carlos da. Rouquayrol 
epidemiologia & saúde. 7. ed. Rio de Janeiro: MedBook, 2013 
BONITA, R.; BEAGLEHOLE, R.; KJELLSTRÖM, T. Epidemiologia básica. 2ª Edição. São Paulo: 
Santos Editora, 2010. 
SURTO 
O surto é um aumento repentino do 
número de casos de uma 
determinada enfermidade, em uma 
área com limites restritos ou entre 
um grupo específico de pessoas, 
em um determinado período. 
 
PANDEMIA 
Aqui não há limites entre países ou 
continentes. Abrange um número 
exorbitante de vítimas. 
 
EPIDEMIA 
É quando atinge uma larga área 
geográfica e atinge uma grande 
quantidade de pessoas. Não é 
delimitado à apenas uma região. 
 
ENDEMIA 
Na endemia não vamos tratar de 
quantidade ou área de abrangências. O 
conceito aqui difere dos outros três 
acima. A endemia é a presença contínua 
de uma enfermidade em uma zona 
geográfica determinada.

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