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Parto; Fases Clínicas; Mecanismo; Trajeto; Partograma

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Reinádissa Brito 2021.1 @medicinareina 
 
A média da duração da gravidez humana 
única é de 280 dias (40 semanas) contados a 
partir do primeiro dia do último período 
menstrual, sendo definida a gravidez a termo 
como o período de 259 dias até 293 dias, 
após o último ciclo (37 a 41 e 6/7 semanas). 
Trabalho de parto (TP), é um processo 
fisiológico que envolve uma sequência de 
eventos integrados e de modificações no 
miométrio, decídua e colo uterino, que 
ocorrem gradualmente em período de dias 
ou de semanas seguidas. 
 
O TP é caracterizado por aumento da atividade 
miometrial ou, mais precisamente, mudança dos 
padrões contráteis de baixa frequência e intensidade, 
para um modelo de contrações de alta intensidade e 
frequência, resultando em esvaecimento progressivo e 
dilatação do colo uterino. 
Clinicamente, o TP é definido por: 
 Uma mudança na atividade uterina; 
Que em nenhum momento durante o ciclo 
gestatório é absolutamente quiescente ou 
ausente. 
 Aumento progressivo de contrações, 
de maior duração, intensidade e 
ritmicidade; 
 Progressivo esvaecimento; 
 Afinamento e dilatação do colo 
uterino. 
 
Elementos que se combinam para 
desencadear os fenômenos passivos 
indicadores de seu início. 
 
Os processos fisiológicos que regulam o 
processo de parturição e do parto continuam 
em estudo para serem definidos claramente. 
Está assentado que o início do evento 
representa o ápice de uma série de 
mudanças bioquímicas no colo e no corpo 
do útero, que provêm de sinais endócrinos e 
parácrinos emitidos da mãe e do feto de 
modo simultâneo. 
 
 
 
Contratilidade uterina; Trabalho de parto; Trajeto; Fases Clínicas do Parto; 
Mecanismo de parto e Partograma 
 
 
 
 
Reinádissa Brito 2021.1 @medicinareina 
O conceito de que a contratilidade é a 
principal mentora do sucesso desse evento 
não encontra suporte na literatura científica. 
Segundo Norwitz et al. a parturição mais 
rápida resultaria muito mais da diminuição 
progressiva da resistência de tecidos moles 
da pélvis do que da alta atividade miometrial. 
O TP a termo é evento de natureza 
multifatorial e seu determinismo envolve 
vários mecanismos que ocorrem 
gradualmente por vários dias e semanas, no 
interior dos tecidos uterinos maternos. 
As principais mudanças incluem aumento da 
biossíntese de PG (prostaglandina) e sua liberação no 
útero, aumento das junções GAP (comunicações 
intercelulares) e da liberação dos receptores de 
ocitocina. 
 
Quando o miométrio e a cérvix estão preparados, os 
fatores endócrinos, parácrinos e autócrinos da 
unidade fetoplacentária modificam seu padrão irregular 
para regular, iniciando-se a ativação miometrial 
compatível com a parturição. 
O feto parece estar no controle do início do 
TP, coordenando a ligação da produção dos 
hormônios esteroides sexuais sobre: atividade 
miometrial, mecanismo de distensão do 
útero, secreção de hormônios da neuro-
hipófise e estimulação da síntese de PGs. 
 
 
GESTAÇÃO 
 Até 28 semanas de gestação 
 atividade uterina é muito baixa 
 diminutas contrações que se 
restringem a pequenas áreas 
uterinas, são indolores e se 
confundem com os movimentos 
fetais 
 variam de 2 a 8 mmHg 
 Após 30 semanas 
 se tornam mais frequentes e 
perceptíveis 
 até que quatro semanas antes 
do parto, chamado de período 
pré-parto, ganham intensidade 
e se difundem por área maior no 
globo uterino 
 denominam-se contrações de 
Braxton-Hicks 
 intensidade chega a 8 mmHg 
em média, com frequência de 3 
contrações por hora 
 No período pré-parto 
 As contrações do pré-parto 
adaptam e insinuam a 
apresentação fetal na bacia 
 O orifício externo cervical atinge 
em média 2 cm de dilatação 
com apagamento de 70% nas 
nulíparas, e 2,5 cm de dilatação 
e pagamento de 50%, nas 
multíparas. 
 Têm a função de: 
 encurtar o corpo uterino 
 tracionar 
longitudinalmente o 
segmento e o colo 
uterino, que 
progressivamente se 
apaga e 
gradativamente se dilata 
OBS: a cada contração do corpo uterino, o segmento 
inferior é estirado no sentido longitudinal. Há 
adelgaçamento de suas paredes 
As contrações só passam a ser percebidas à 
palpação abdominal depois que sua 
intensidade ultrapassa o valor de 10 mmHg. 
As contrações são habitualmente indolores 
até que a sua intensidade ultrapasse 15 
mmHg (valor médio para parturientes sem 
analgotocia). 
Contratilidade uterina 
 
 
 
 
Reinádissa Brito 2021.1 @medicinareina 
 
 
Curioso pensar que, apesar de existir 
atividade uterina durante a gestação, não há 
descolamento placentário em condições 
fisiológicas. Isso ocorre pelo fenômeno 
chamado de “bloqueio progesterônico”. 
Na área de inserção placentária, há alto nível 
de progesterona, produzida pela placenta 
que acaba sendo absorvida pelo miométrio 
antes de ser levada pela circulação 
sanguínea. 
A progesterona tem ação local sobre a 
condução elétrica e consequentemente a 
contração uterina, especificamente no sítio 
placentário. Isso protege a paciente de um 
descolamento placentário durante a 
gestação, trabalho de parto e durante o 
próprio período expulsivo. 
A fase preparatória, denominada de pré-parto, 
precede esses eventos em alguns dias ou semanas. Os 
sinais mais importantes dessa fase são: descida do 
fundo uterino geralmente de 2 a 4 cm, eliminação do 
muco pelas glândulas cervicais podendo vir 
acompanhado ou não de pequena perda sanguínea, 
amolecimento do colo com posterior apagamento, 
modificação do direcionamento do colo para o centro 
do eixo da vagina, contrações uterinas dolorosas, 
incoordenadas e irregulares. 
 
PARTO 
No trabalho de parto, as contrações uterinas 
são frequentes, intensas e dolorosas. Ocorre 
transição gradativa com acréscimo da 
intensidade e da frequência, de forma a 
passar do período pré-parto para o franco 
trabalho de parto. 
Em média: 
 contrações atingem 30 mmHg, 
 com frequência de 2-3 em 10 minutos 
 duração média de 30 segundos, 
durante o 
Período inicial da dilatação (2 a 3 cm) 
Até atingir: 
 40 mmHg de intensidade 
 com frequência de 4-5 contrações em 
10 minutos 
Período final da dilatação 
 
Durante o período expulsivo, as contrações 
chegam a 5 em 10 minutos, com duração 
média de 50 segundos e intensidade de 50 
mmHg. Também, somam-se às contrações 
uterinas movimentos involuntários de 
fechamento da glote com retesamento dos 
músculos abdominais, os chamados “puxo”. 
Tais puxos tem intensidade de 50mmHg, que 
então, somados (contrações do período 
 
 
 
Reinádissa Brito 2021.1 @medicinareina 
expulsivo e puxos), chegam à incrível 
intensidade de 100 mmHg. 
OBS: puxos são como uma vontade incontrolável de 
fazer força como nas evacuações. 
 
Também durante o trabalho de parto, o útero 
vai encurtando e espessando na região do 
fundo, à medida que as contrações vão 
evoluindo e o colo uterino dilatando. O istmo 
é tracionado para cima e, em conjunto com 
a pressão exercida pela bolsa amniótica ou 
pelo polo cefálico, contra o colo, atuando 
em forma de cunha, constitui também fator 
determinante para a dilatação cervical. 
Em média, o trabalho de parto de uma 
primípara demora 10 a 12 horas e o de 
multíparas 6 a 8 horas. 
 
 
OBS: A sensação dolorosa se deve à hipóxia das 
fibras musculares do útero durante as contrações. 
Essas contrações, ditas efetivas, provocarão a 
dilatação do colo devido à tração que as fibras 
musculares do corpo uterino exercem sobre o 
segmento inferior e pela apresentação fetal 
insinuada, que exerce pressão hidrostática sobre 
a cérvix 
 
 
SECUNDAMENTO 
Após a expulsão do feto, as contrações 
uterinas se mantêm, a fim de promover o 
desprendimento
da placenta da sua área de 
inserção, para que ocorra a dequitação. 
 
 
 
PUERPÉRIO 
Após 12 horas de ocorrido o parto, as 
contrações uterinas diminuem até a 
frequência de 1 a cada 10 minutos. 
A atividade uterina nessa fase é indispensável 
para inibir a hemorragia pós-parto, sendo as 
contrações uterinas que selam os vasos 
sangrantes da zona de inserção placentária, 
sem as quais, a mulher sangraria até a morte. 
São também as contrações uterinas 
responsáveis pela expulsão dos coágulos e 
dos lóquios durante o puerpério. Após as 
primeiras 24 horas, em geral, essas contrações 
são perceptíveis no momento do 
aleitamento, quando a puérpera sente 
cólicas, chamadas de dores de tortos. 
São responsáveis pelo retorno uterino 
gradativo para a pelve feminina durante o 
transcurso das fases puerperais. 
 
 
 
Reinádissa Brito 2021.1 @medicinareina 
 
 
 
FASES DA FISIOLOGIA DA ATIVIDADE 
CONTRÁTIL UTERINA 
De modo didático, a atividade miometrial ao 
longo da gravidez poderia ser dividida nas 
seguintes fases. 
Fase 0: inibição ativa 
A atividade miometrial inibida: durante a 
maior parte do período gestacional o útero 
tem sua cinética quiescente, decorrente da 
ação atribuída a várias substâncias inibidoras, 
a saber: 
 Progesterona; 
 Prostaciclinas (prostaglandina – PG – 1 
e 2); 
 Relaxina; 
 Óxido nítrico; 
 Peptídeos relacionados ao gene da 
calcitonina; 
 Peptídeos relacionados ao hormônio 
da paratireoide; 
 Adrenomodulina; 
 Peptídeo vasoativo intestinal. 
 
OBS: útero apresenta atividade contrátil durante toda a 
gravidez, embora a frequência, localização e 
intensidade das contrações, não são suficientes para 
deflagrar o processo da parturição. 
 
Fase 1: Atividade miometrial 
Período próximo ao termo, quando o útero 
começa a reagir às ações de substâncias 
com poder uterotrópico, por exemplo, os 
estrogênios. 
A fase é reconhecida pela ativação dos 
receptores associados a proteínas (CAP), 
principalmente os de ocitocina e de PGs, dos 
canais de íons e aumento das chamadas 
conexinas-43, que fazem parte das GAP 
(comunicações intercelulares). Esse processo 
aumenta a sincronia elétrica miometrial e 
facilita a efetiva coordenação das 
contrações. 
 
 
PROSTAGLANDINAS 
São hormônios predominantemente parácrinos/autócrinos, 
isto é, atuam no próprio sítio de produção ou em células 
contínuas. 
O aumento de sua biossíntese é observado tanto nos partos 
a termo como nos pré-termo, particularmente as PGs das 
séries de subtipos E e F, dentro do compartimento uterino, 
com predomínio para as decíduas e para as membranas 
fetais. As evidências da importância e do papel das PGs 
podem ser sumariadas: 
 Os tecidos do útero humano são seletivamente ricos 
em ácido araquidônico, precursor fundamental para 
a biossíntese das PGs; 
 Há aumento das concentrações de PGs durante o 
parto no líquido amniótico, plasma e urina maternos; 
 A administração vaginal, intravenosa e intra-
amniótica de PG exógena pode iniciar o parto em 
qualquer época da gravidez e em qualquer espécie 
animal. 
 Estão envolvidas em três importantes eventos: 
sincronização das contrações, esvaecimento 
cervical e aumento da responsividade uterina à ação 
da ocitocina, devido ao aumento da produção das 
GAP e da concentração dos receptores da ocitocina. 
 
 
 
 
Reinádissa Brito 2021.1 @medicinareina 
OCITOCINA 
A ocitocina é um hormônio peptídeo produzido no hipotálamo 
e liberado pela neuro-hipófise, com meia-vida curta de 3 ou 4 
minutos, que parece se encurtar ainda mais quando doses 
grandes são infundidas. É inativada no fígado e nos rins, 
embora durante a gravidez seja degradada por ação da 
ocitocinase placentária. 
Por ser bem conhecida sua capacidade de induzir com 
sucesso o TP, considerou-se que essa ação fosse a maneira 
lógica de explicar o seu início. Além do mais, é uma 
uterotonina potente e é encontrada naturalmente em todos os 
seres humanos. 
As evidências de seu papel na parturição que se conhecem 
estão sumariadas abaixo: 
 É o mais potente agente uterotônico de produção 
endógena; 
 A frequência e amplitude de suas contrações 
induzidas são idênticas às do TP; 
 Contrações uterinas podem ser provocadas pela 
estimulação elétrica da hipófise posterior ou por 
estimulação dos mamilos (o controverso reflexo de 
Fergunson), com aumento de sua circulação no 
sangue; 
 Os análogos de ocitocina que competem por seus 
receptores, bloqueando-os, inibem o TP; 
 O número de seus receptores aumenta ao final da 
gestação nos tecidos deciduais e no miométrio; 
 A ocitocina age na decídua para promover a 
liberação de PGs; 
 Há dados abundantes para sustentar seu papel no 
segundo estágio do TP, no puerpério imediato e 
durante o aleitamento 
Fase 2 
 Fase de estimulação, quando o útero, 
“devidamente preparado”, 
pode ser estimulado pelos agonistas 
uterotônicos como as PGs E2 e F2-alfa, as 
endotelinas-1 e a ocitocina 
Em humanos: é razoável considerar que o feto, 
alcançando suficiência na maturidade de seus órgãos, 
“sinalizasse” para o processo de parturição se iniciar. O 
“sinal” que seria emitido pelo concepto não é conhecido 
ou foi identificado no ser humano, sendo apenas 
sugerido. 
 
Em ovelhas: o “sinal” emitido pelo feto suspenderia a 
fase zero de completa inibição, fato que coincidiria com 
a queda vertiginosa da progesterona em circulação; O 
circuito desse processo caminharia a partir do cérebro, 
hipófise, adrenais, sangue fetal e trofoblasto. A 
interrupção da fase zero se faria pelo aumento do 
cortisol produzido na adrenal fetal, geneticamente 
codificada para ativar enzimas responsáveis pela 
esteroidogênese. 
 
 Nos humanos, o “sinal de partida” 
poderia ser transmitido dos pulmões ou 
rins, por meio de secreções ou 
excreções desses órgãos, para o 
interior do líquido amniótico – o braço 
parácrino do sistema de comunicação 
do binômio mãe-feto; 
Esta fase do processo poderia ser dividida em 
três estágios individualizados: 
a. O primeiro deles: 
 começa quando podem ser 
identificadas contrações com 
frequência, intensidade e duração 
suficientes para provocar 
demonstráveis esvaecimento e 
dilatação do colo uterino. 
 Terminaria quando a dilatação 
atingisse suficiente espaço para 
permitir a passagem do feto, havendo 
importante liberação da ocitocina no 
plasma materno nesse momento, mas 
predominam os níveis de PGs no 
líquido amniótico e na corrente 
sanguínea materna, que aumentam 
de modo significativo durante todo o 
processo; 
 
b. O segundo estágio 
 começaria quando a dilatação 
atingisse seu máximo e 
 terminaria quando o feto é expulso do 
ventre materno. Neste momento, a 
ocitocina plasmática aumenta de 
modo dramaticamente intenso; 
 
 
c. O terceiro estágio 
 inicia-se imediatamente após o parto 
do feto, 
 terminando com a expulsão completa 
da placenta e das membranas e, ao 
contrário do que se considera em 
geral, com o prosseguimento regular 
 
 
 
Reinádissa Brito 2021.1 @medicinareina 
da atividade uterina, com contrações 
muito fortes e de alta intensidade, 
agora desacompanhadas de dores ou 
desconforto maiores, mas passíveis de 
serem demonstradas ou até 
percebidas pela mãe. 
 
Há forte retração do volume uterino 
com a saída de seu conteúdo principal 
e a placenta se separa, em 
mecanismo originado pela 
desproporção de dimensões entre o 
sítio de sua implantação e do músculo 
uterino encolhido, clivagem ademais 
facilitada pela natureza da estrutura 
esponjosa da decídua subjacente. 
 
Acompanhando de modo passivo o 
processo de redução da superfície 
uterina, as membranas começam a se 
descolar submetidas 
gravitacionalmente pelo peso da
placenta, com tração de seu conjunto 
de páreas e pela forte contração da 
massa muscular uterina, terminando 
por serem expulsas, quando, então, se 
aproximam mais as paredes do útero, 
restando em aposição, quase 
obliterando por completo a cavidade. 
 
O processo, realizado de modo 
espontâneo e fisiológico, auxilia de 
modo poderoso a primeira fase do 
tamponamento uterino, evitando 
perdas sanguíneas maiores e 
desnecessárias. 
Fase 3 
A involução uterina pós-parto é mediada 
primariamente pela ocitocina. De modo 
geral, esse neuro-hormônio está em níveis 
elevados no segundo período do TP (final da 
fase 3), no início do pós-parto e durante a 
maior parte do tempo de aleitamento. Sua 
necessidade torna-se mais evidente no 
processo final de contração e retração 
uterinas firmes e persistentes, providências 
essenciais para evitar as hemorragias pós-
parto, após a saída do feto, placenta e 
membranas. A ocitocina garantiria 
contrações persistentes e por mecanismos 
mais complexos, a involução uterina até o fim 
do puerpério tardio. 
Para a ejeção láctea, sua presença é 
fundamental e a amamentação estimula sua 
presença permanente e prolongada na 
circulação, assegurando mais rápido o 
processo de involução uterina. 
 
 
 
 
 
Trajeto duro ossos da bacia 
Trajeto mole músculos da região pélvica 
(diafragma pélvico e diafragma urogenital), 
útero e vagina, formam o trajeto ou canal do 
parto. 
As partes moles do canal do parto são 
sustentadas pela bacia óssea (trajeto duro). 
O trajeto mole é constituído pelo segmento 
inferior do útero, colo do útero, vagina e 
região vulvoperineal. 
OBS: Anomalias no trajeto mole podem 
dificultar o parto, causando distocias. Essas 
anomalias podem se localizar em quaisquer 
porções do canal do parto (útero, colo, 
vagina, vulva) e podem decorrer da 
presença de tumores extrauterinos. 
 
 
 
 
 
 
Trajeto 
 
TRAJETO: duro & mole 
 
 
 
Reinádissa Brito 2021.1 @medicinareina 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANATOMIA DA PELVE ÓSSEA 
A pelve obstétrica/bacia obstétrica está 
dividida em grande (pelve falsa) e pequena 
bacia ou escavação. 
 
Os ossos são: dois ilíacos, o sacro e o cóccix, 
que, por sua vez, são constituídos pela união 
do ílio, ísquio e púbis. Esses ossos se articulam 
entre si dando origem às articulações 
denominadas: sínfise púbica, articulações 
sacroilíacas e sacrococcígea. 
 
 
 
 PELVE FALSA ou pelve grande 
Se localiza acima da linha terminal, tendo 
como limite lateral as fossas ilíacas, 
posteriormente à coluna vertebral e 
anteriormente à porção inferior da 
musculatura abdominal. 
 PELVE VERDADEIRA 
É a parte da bacia mais importante do ponto 
de dista da parturição. Localiza-se abaixo da 
linha terminal. 
 
 
 
Reinádissa Brito 2021.1 @medicinareina 
Seus limites são constituídos superiormente 
pela linha terminal, posteriormente pela 
superfície anterior do sacro, lateralmente pela 
superfície interna dos ísquios, ligamentos e 
fendas sacrociáticas e anteriormente tem 
como limite o púbis, o ísquio e o forame 
obturador. 
 
 
 
DIÂMETROS DA BACIA 
Do ponto de vista obstétrico, para a 
avaliação da via de parto, é necessário 
apenas o conhecimento das dimensões da 
bacia menor. 
A bacia menor é também denominada 
escava, escavação ou bacia obstétrica. 
Didaticamente, ela é dividida nos estreitos 
superior, médio e inferior e consideram-se seus 
respectivos diâmetros. 
 
OBS: Esses estreitos são denominados no sentido da 
progressão do produto conceptual e a divisão tem 
importância na diferenciação dos tipos de distocias 
ósseas, que são causadas por alterações na bacia 
obstétrica. 
 
 
 
 
Reinádissa Brito 2021.1 @medicinareina 
 Estreito superior 
Diâmetro anteroposterior, de interesse 
obstétrico, traçado do promontório até a 
borda superior da sínfise púbica, cujo nome é 
diâmetro promonto suprapúbico (conjugata 
vera anatômica) e mede 11 cm. 
 
a. Estreito superior da bacia, visto de cima 
 
 Estreito médio 
Delimitado no sentido posteroanterior pelo 
ápice do sacro (precisamente entre as 
vértebras S4 e S5), passa pelo processo 
transverso da S5, pela borda inferior dos 
ligamentos sacroisquiáticos e pelas espinhas 
isquiáticas e segue anteriormente até a 
margem inferior da sínfise púbica. 
 
c. estreito médico, visto de baixo 
Dois diâmetros devem ser citados: o 
sacromediopúbico (anteroposterior), que vai 
do meio da concavidade do osso sacro 
(S4/S5) até o meio da face posterior da sínfise 
púbica, medindo 12 cm; e o bi-isquiático 
(transverso), que se estende de uma espinha 
isquiática à outra, mede 10,5 cm e é o ponto 
de maior estreitamento do canal de parto. 
 Estreito inferior 
É delimitado, no sentido posteroanterior, pelo 
promontório e pela ponta do cóccix; 
estende-se pela borda inferior do grande 
ligamento sacroisquiático, pela face interna 
da tuberosidade isquiática e pela borda 
inferior do ramo isquiopúbico, até atingir a 
sínfise púbica. 
Esse estreito é representado por dois 
triângulos, tendo como base uma linha que 
passa pela tuberosidade isquiática. O anterior 
tem seu ápice no meio da borda inferior da 
sínfise púbica e o posterior o tem na ponta do 
cóccix. 
 
d. estreito inferior, visto de baixo 
Existe um diâmetro anteroposterior traçado 
da ponta do cóccix ao meio do diâmetro 
bituberoso denominado diâmetro sagital 
posterior (com 7,5 cm), que não possui 
interesse obstétrico. Contudo, odiâmetro 
cóccix-subpúbico, que se estende da ponta 
do cóccix à borda inferior da sínfise púbica e 
mede 9,5 cm é de interesse obstétrico e, na 
fase final da expulsão fetal, após a 
retropulsão do sacro, amplia-se em 2 a 3 cm, 
recebendo o nome de conjugata exitus. Já o 
diâmetro transverso se situa entre as duas 
faces internas da tuberosidade isquiática, 
mede 11 cm e é chamado biisquiático ou 
bituberoso. 
 
 
 
 
Reinádissa Brito 2021.1 @medicinareina 
 
 
TIPOS DE BACIA 
Para o entendimento do mecanismo que 
envolve o parto vaginal e suas distocias, faz-
se necessária a compreensão dos diversos 
tipos de bacia existentes na espécie humana. 
OBS: A raça, as condições socioeconômicas, a 
atividade física, as características nutricionais da 
infância e da adolescência, além de o habitat interferem 
na formação da bacia. 
A classificação realizada no século passado 
por Caldwell et al. (1934) propõe quatro tipos 
de bacia: 
1. Ginecoide 
 50% das mulheres estudadas 
 apresenta o estreito superior 
arredondado 
 
2. Antropoide 
 bacia dos macacos 
 tem estreito superior alongado no 
sentido anteroposterior 
 
OBS: As bacias das negras tendem para o tipo 
antropoide, sendo a conjugata vera obstétrica mais 
longa que o diâmetro transverso do estreito superior. 
Esse tipo de bacia é favorável ao parto graças à maior 
amplitude da hemipelve posterior. 
3. Androide 
 é a masculina 
 estreito superior é levemente triangular 
 
OBS: As mulheres urbanas têm uma tendência maior a 
bacias ovaladas, ao passo que as campestres têm 
tendência a bacias arredondadas. 
4. Platipeloide 
 estreito superior ovalado com o 
diâmetro anteroposterior reduzido 
 
 
 
Reinádissa Brito 2021.1 @medicinareina 
 
 
OBS: Dessa forma, em virtude da miscigenação e das 
mudanças de hábito, sabe-se hoje que existem outras 
formas mistas de bacias obstétricas, e não apenas as 
quatro formas típicas. 
 
A pélvis feminina atinge sua morfologia 
obstetricamente mais adequada entre 25-30 anos. 
 
A forma da bacia feminina torna-se mais redonda 
(mais ginecoide) até cerca de 40 a 45 anos, e mais oval 
a partir de
então. 
 
O ângulo subpúbico diminui em fêmeas após 40 a 45 
anos
 
 
 
 
 
PARTURIÇÃO 
O parto é caracterizado por contrações das 
fibras miometriais, cujas principais funções são 
a dilatação cervical e a expulsão do feto 
através do canal de parto. Essas contrações 
são dolorosas, porém, antes do seu início, o 
útero sofre modificações fisiológicas e 
bioquímicas locais concomitantes ao 
aumento da frequência de contrações 
indolores (contrações de Braxton Hicks), até 
que o verdadeiro trabalho de parto seja 
deflagrado. 
O processo fisiológico que regula tais 
modificações não possui um marco bem 
definido como as fases clínicas do parto, 
contudo, pode ser dividido em quatro etapas: 
 1º período ou fase de dilatação 
 2º período ou fase de expulsão 
 3º período ou secundamento 
 4º período ou 1ª hora pós-parto 
O Zugaib trás como: 
 
 
 
Fases clínicas do parto 
 
 
 
 
Reinádissa Brito 2021.1 @medicinareina 
QUIESCÊNCIA- fase 1 
 É caracterizada por relativa ausência 
de resposta a agentes que 
determinam a contratilidade uterina. 
 Ela se inicia com a implantação do 
zigoto e perdura por quase toda a 
gestação. 
 Apesar de algumas poucas 
contrações serem observadas nesse 
período, elas não modificam a 
estrutura cervical nem causam 
dilatação do colo uterino. 
 
ATIVAÇÃO – fase 2 
 Prepara o útero e o canal cervical 
para o trabalho de parto e dura 
aproximadamente 6 a 8 semanas. 
 Esta preparação determina algumas 
modificações cervicais e caracteriza-
se pela descida do fundo uterino 
 
ESTIMULAÇÃO- fase 1 
 Que pode ser clinicamente dividida 
em três períodos (1º Pdilatação, 
2ºPexpulsão e 3ºP dequitação) e 
cujo fenômeno mais importante são as 
contrações uterinas efetivas. 
 Para um adequado trabalho de parto, 
essas contrações devem apresentar 
uma frequência regular entre duas e 
cinco contrações a cada 10 minutos, 
intensidade de 20 a 60 mmHg (média 
de 40 mmHg) e duração entre 30 e 90 
segundos (média de 60 segundos). 
 
1º período DILATAÇÃO 
 Inicia-se com as primeiras contrações 
dolorosas, cuja principal ação é a 
modificação da cérvix; 
 Assim, esse período começa com as 
primeiras modificações cervicais e 
termina com a dilatação completa do 
colo uterino (10 cm) de modo a 
permitir a passagem fetal; 
 Essas modificações abrangem dois 
fenômenos distintos: o esvaecimento 
cervical e a dilatação propriamente 
dita; 
 O esvaecimento e a dilatação cervical 
são fenômenos distintos. Nas 
primíparas, ocorrem nessa ordem, 
sucessivamente: primeiro o 
esvaecimento, de cima para baixo, e 
depois a dilatação do orifício externo; 
já nas multíparas, são simultâneos; 
 O esvaecimento ou apagamento do 
canal cervical consiste na 
incorporação do colo à cavidade 
uterina, terminando com a formação 
de um degrau ao centro da abóbada 
cervical. 
 
 
 
 
 
Reinádissa Brito 2021.1 @medicinareina 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O padrão de dilatação cervical durante as 
divisões de aceleração e de dilatação é 
representado por uma curva sigmoide 
dividida em duas fases. A fase latente, que 
corresponde à divisão de preparação, e a 
fase ativa, que corresponde à dilatação, 
sendo esta composta, segundo Friedman, em 
fase de aceleração, fase de aceleração 
máxima e fase de desaceleração. 
 
 
 
 
Reinádissa Brito 2021.1 @medicinareina 
 
 
Fase latente 
Friedman (1972) definiu essa fase como o 
momento em que a parturiente percebe as 
contrações uterinas regulares, pouco 
dolorosas. Normalmente, é o período até a 
dilatação de 3 a 5 cm, definido como limite 
de dilatação da fase latente e o início da fase 
ativa. A dilatação nessa fase é em média de 
0,35 cm por hora, com duração variável, de 
difícil delimitação. A fase latente é 
considerada prolongada quando se estende 
por mais de 20 horas nas nulíparas e 14 horas 
nas multíparas. 
 
Fase ativa 
Fase caracterizada por contrações dolorosas, 
com aumento gradual de frequência e 
intensidade, levando à rápida dilatação do 
colo. As taxas de dilatação cervical, segundo 
Friedman (1972), variam de 1,2 a 6,8 cm por 
hora. 
A fase ativa tradicionalmente se inicia com 
entre 3 e 4 cm; multíparas evoluem, em 
média, 1,5 cm por hora, com 2,4 
horas(máximo de 5,2 horas) de duração, e 
nulíparas, 1,2 cm por hora, com 4,6 horas 
(máximo de 11,7 horas) de duração. 
 
 
2º período EXPULSÃO 
 O feto é expelido do útero através do 
canal de parto por meio da ação 
conjugada das contrações uterinas e 
das contrações voluntárias dos 
músculos abdominais (puxos). 
 
 Nesse período, ocorre a maioria dos 
fenômenos mecânicos do parto e o 
canal de parto é completamente 
formado, ou seja, o segmento inferior 
do útero, o canal cervical totalmente 
dilatado e a vagina formam uma 
única cavidade; 
 
 
 O útero fica imobilizado pela ação de 
contenção dos ligamentos largo 
(lateralmente), redondo 
(superiormente) e uterossacro 
(posteriormente); e a resultante de 
força das contrações miometriais 
converge sobre o orifício interno do 
colo uterino, contra o qual a 
apresentação fetal é impelida. 
 
 A evolução de descida do polo 
cefálico é representada por uma 
curva hiperbólica e divide-se em fase 
pélvica e fase perineal. 
 
 
 
 
 
 
Reinádissa Brito 2021.1 @medicinareina 
 
 
 
3º período DEQUITAÇÃO 
 Também chamado secundamento; 
 A dequitação ocorre entre 10 minutos 
e 1 hora após o parto; 
 O útero expele a placenta e as 
membranas (após o nascimento do 
feto); 
 Assim, após descolamento de seu leito 
uterino, a placenta desce através do 
canal de parto e é expelida pela rima 
vulvar; 
 Seu descolamento ocorre em virtude 
da diminuição do volume uterino 
depois da expulsão fetal, associada às 
contrações uterinas vigorosas e 
indolores; 
 Fisiologicamente, sabe-se que ela 
deve ocorrer dentro de 20 a, no 
máximo, 30 minutos. Porém, em 80% 
dos partos a dequitação se dá nos 
primeiros 10 minutos. 
 
Baudelocque-Schultze (BS): mecanismo central 
de decedura, em que a placenta se encontra 
inserida posteriormente no fundo do útero: no 
momento do descolamento, ocorrerá primeiro a 
exteriorização pela face fetal da placenta, para 
então haver a eliminação do coágulo (hematoma 
retroplacentário). Acontece em 85% dos casos; 
 
Baudelocque-Duncan (BD): mecanismo 
periférico, menos comum, de secundamento, a 
placenta se encontra inserida na parede lateral do 
útero: no momento do descolamento pela face 
materna, ocorre primeiro o sangramento e logo em 
seguida a exteriorização da placenta. 
 
O processo de dequitação dá-se em média de 5 a 10 
minutos em 80% dos casos, sendo considerado 
prolongado se acima de 30 minutos, quando 
complicações hemorrágicas se tornam mais frequentes
 
 
 
 
Reinádissa Brito 2021.1 @medicinareina 
 
 
 
INVOLUÇÃO- fase 4 
 Destaca-se pelo retomo ao estado pré 
-gravídico (puerpério ); 
 Seu início ocorre após a dequitação e 
é caracterizado por uma contração 
persistente que promove a involução 
uterina. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dá-se o nome de mecanismo de parto ao 
conjunto de movimentos e fenômenos ativos 
e, principalmente, passivos do feto durante 
sua passagem pelo canal de parto. 
 
RELAÇÕES UTEROFETAIS 
Para descrever e estudar o mecanismo de 
parto, é necessário conhecer as relações 
espaciais entre o organismo materno e o 
produto conceptual, utilizando-se para isso 
nomenclatura e definições convencionadas. 
Mecanismos de parto 
 
 
 
 
Reinádissa Brito 2021.1 @medicinareina 
 
ATITUDE 
A atitude ou hábito
fetal diz respeito às 
relações das diversas partes do feto entre si. 
Assim, a atitude fetal depende da disposição 
dos membros e da coluna vertebral. 
Como já mencionado, o feto de termo mede 
cerca de 50 cm e, para caber dentro do 
útero, que mede 30 cm, ele precisa se 
adaptar, admitindo atitude característica. 
Em condições habituais, o feto se aloja na 
cavidade uterina em atitude de flexão 
generalizada, apresenta encurvamento da 
coluna vertebral, produzindo concavidade 
voltada para face anterior do feto, com a 
cabeça levemente fletida, de maneira que o 
mento se aproxima do esterno. 
 
Os membros se apresentam flexionados e 
anteriorizados; nos membros inferiores, as 
coxas ficam fletidas sobre o abdome e as 
pernas fletidas sobre as coxas. 
Nos membros superiores, com os antebraços 
fletidos sobre os braços e aconchegados ao 
tórax. Nesse modo, o eixo fetal (distância 
entre o lambda ao cóccix) mede 25 cm, 
metade do seu comprimento total. 
 
O feto assume a postura de um ovoide ou 
oval, com dois polos: cefálico e pélvico. 
Denomina-se ovoide córmico o tronco e os 
membros superiores e inferiores. 
Em situações anômalas, pode haver extensão 
da coluna com deflexão do polo cefálico, o 
que leva às apresentações defletidas de 1º, 
2º e 3º graus. 
A ausência persistente de flexão de todos os 
membros é anormal e pode significar 
sofrimento fetal grave por perda do tônus 
muscula. 
SITUAÇÃO 
Situação é a relação entre o maior eixo 
uterino com o maior eixo fetal. Essa relação 
dá origem a três possibilidades de situação 
fetal: 
 Longitudinal: maior eixo uterino e fetal 
coincidem. Ocorre em 99,5% das 
vezes; 
 
 Transversa: o feto se dispõe 
perpendicularmente ao maior eixo 
uterino; 
 
 
 Oblíqua: fase de transição da situação 
fetal, que no momento do parto se 
definirá em longitudinal ou transversa 
 
 
 
Reinádissa Brito 2021.1 @medicinareina 
APRESENTAÇÃO 
A apresentação é definida como a região 
fetal que ocupa o estreito superior e nele vai 
se insinuar. É importante salientar que a 
apresentação pode ser bem definida após o 
sexto mês, pois o volume da região fetal deve 
ser capaz de encontrar obstáculo na sua 
passagem pela bacia, e antes desse período 
os diâmetros dos polos fetais são muito 
inferiores aos da bacia. 
A partir da vigésima semana, o útero se 
converte da forma piriforme ou esférica para 
a forma cilíndrica e vai se alongando 
progressivamente com velocidade maior até 
32 semanas. Existe aumento na dimensão 
transversa da região fúndica, a qual avança 
até 36 semanas de gestação. O útero 
gestante torna-se mais amplo no fundo e suas 
paredes procuram manter o feto em situação 
longitudinal. 
Na situação longitudinal, a apresentação 
pode ser cefálica ou pélvica, dependendo 
do polo fetal que ocupa a região inferior do 
útero. 
 
 
Nas situações transversas, por sua vez, duas 
outras possibilidades ocorrem, nas quais se 
distinguem as apresentações córmicas (ou de 
ombro), em que o dorso fetal se apresenta 
anterior ou posteriormente, ou as 
apresentações dorsais superior e inferior, em 
que o dorso fetal se apresenta superior ou 
inferiormente (nestes casos, o plano coronal 
fetal é perpendicular ao plano coronal 
materno), extremamente mais raras. 
 
 
 
 
A localização placentária também exerce 
influência sobre a situação e apresentação 
fetal. Stevenson demonstrou que a inserção 
fúndica e segmentar da placenta se 
relacionavam com a situação transversa ou 
oblíqua do feto. O mesmo autor demonstrou 
que a apresentação pélvica em gestações 
de termo ocorre com maior frequência 
quando a placenta se insere na região 
cornual-fúndica, direita ou esquerda, e se 
estende para a parede posterior ou anterior 
do útero, concluindo que essa localização 
placentária restringe a amplitude da 
cavidade uterina, favorecendo a 
 
 
 
Reinádissa Brito 2021.1 @medicinareina 
acomodação da cabeça fetal para essa 
região. 
A avaliação da altura da apresentação 
também é feita pelo método de DeLee, em 
que se considera plano zero quando o ponto 
mais baixo da apresentação está no plano 
das espinhas isquiáticas e, em centímetros, -1, 
-2, -3, quando acima, e +1, +2 e +3, se estiver 
abaixo desse plano. 
 
 
APRESENTAÇÃO CEFÁLICA 
Essa apresentação é classificada a seguir de 
acordo com o grau de flexão ou deflexão do 
polo cefálico no sentido anteroposterior. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Reinádissa Brito 2021.1 @medicinareina 
 Fletida ou de vértice ou de occipício: o 
mento fetal se encontra 
aconchegado ao esterno; 
 
 
 Defletida de 1º grau ou bregmática: no 
centro da área do estreito superior 
surge, como ponto de referência fetal, 
o bregma; 
 
 
 
 
 
 Defletida de 2º grau ou de fronte: a 
glabela é o ponto de referência que 
surge no centro do estreito superior; 
 
 
 
 Defletida de 3º grau ou de face: surge 
o mento como ponto de referência. 
 
 
 
 
Reinádissa Brito 2021.1 @medicinareina 
 
 
APRESENTAÇÃO PÉLVICA 
Nas apresentações pélvicas, a atitude 
fisiológica do polo pélvico pressupõe as coxas 
fletidas e aconchegadas ao abdome, e as 
pernas fletidas junto às coxas. Assim, diz -se 
tratar de apresentação pélvica completa ou 
pelvipodálica. 
 
As demais atitudes assumidas pelos membros 
inferiores dão origem às seguintes 
apresentações pélvicas incompletas: 
 Modo de nádegas (ou agripina): 
membros inferiores estendidos e 
rebatidos sobre a parede ventral do 
feto. 
 
 Modo de joelhos completa: as coxas se 
encontram estendidas e as pernas 
fletidas sobre as coxas; 
 
 Modo de joelhos incompleta: apenas 
um joelho é acessado pelo toque 
vaginal. 
 
 Modo de pés completa: ambas as 
pernas estão estendidas; 
 
 Modo de pés incompleta: apenas um 
pé se encontra em extensão. Embora 
os pés e joelhos estejam ocupando o 
estreito superior e nele se insinuem, 
trata-se de pequenas partes fetais e 
não são capazes de exercer 
compressão contra o colo uterino, 
portanto são considerados 
procidências ou procúbitos. 
 
 
 
 
Reinádissa Brito 2021.1 @medicinareina 
POSIÇÃO 
Há duas escolas em que se classificam a 
posição fetal: alemã e francesa. Na 
atualidade, tem sido mais utilizada a escola 
alemã, para a qual a posição fetal é a 
relação entre os pontos de referência da 
apresentação fetal e os pontos de referência 
maternos (direito e esquerdo). 
Logo, só existem dois tipos de posições fetais: 
esquerda (ou primeira posição) e direita (ou 
segunda posição), denominadas assim pelo 
fato de o dorso fetal se encontrar na maior 
parte das vezes voltado para o lado esquerdo 
da mãe. 
O propósito da posição fetal é encontrar a 
melhor localização para se realizar a ausculta 
dos batimentos cardíacos fetais que, na 
maioria das vezes, será homolateral ao dorso 
fetal, com ressalva às apresentações 
cefálicas defletidas de terceiro grau, em que 
a ausculta é mais bem realizada na face 
anterior do tórax do feto. 
Condicionou-se, para tal, o emprego de três 
letras como nomenclatura definidora de 
apresentação, posição e variedade de 
posições fetais: 
 A primeira letra diz respeito ao ponto 
de referência da apresentação fetal: 
O (occipício), B (bregma), N (naso ), M 
(mente), S (sacro) e A (acrômio). 
 
 A segunda letra refere-se ao lado 
matemo para o qual está voltado o 
ponto de referência fetal (posição): D 
(direita) e E (esquerda). É importante 
lembrar que essa letra é suprimida nas 
variedades anteroposteriores (sacral e 
púbica). De modo geral, as posições 
esquerdas são mais frequentes. 
 
 A terceira letra indica
a variedade de 
posição, conforme o feto esteja 
voltado para o ponto de referência 
ósseo da bacia materna: A (anterior) - 
eminência ileopectínea, T (transversa) - 
extremidade do diâmetro transverso, P 
(posterior ou púbis) - sinostose 
sacroilíaca ou púbis, S (sacro) - 
matemo. 
 
 
 
 
 
 
 
Reinádissa Brito 2021.1 @medicinareina 
 
 
 
 
O partograma possibilita que se tenha um 
registro detalhado, de forma gráfica, de 
todos os parâmetros maternos e fetais de 
interesse durante a assistência ao trabalho de 
parto e permite, ainda, a identificação da 
evolução normal ou mesmo da ocorrência de 
qualquer tipo de distocia. 
O detalhamento do partograma deverá ser 
maior ou menor na dependência de se estar 
registrando o acompanhamento de 
trabalhos de parto de gestações com ou sem 
intercorrências. 
Alguns itens básicos são comuns, como 
avaliação das contrações uterinas 
(frequência, intensidade); avaliação da 
frequência cardíaca fetal; e registro da 
Partograma 
 
 
 
 
Reinádissa Brito 2021.1 @medicinareina 
dilatação cervical, da altura da 
apresentação e do uso de ocitócitos. 
 Conceito: gráfico no qual são 
anotadas a progressão do trabalho de 
parto e as condições da mãe e do feto 
 
 Funcionamento: Sistema precoce de 
aviso de anormalidades na evolução 
da dilatação cervical e da descida da 
apresentação fetal na pelve. 
 
 Indicações: 
 
 Acompanhar a evolução do TP 
 Documentar o TP 
 Diagnosticar alterações no TP 
 Indicar a tomada de condutas 
apropriadas 
 Evitar intervenções 
desnecessárias 
 
Vantagens 
 Excelente meio para mostrar a 
evolução da dilatação e da descida 
da apresentação 
 
 Associa simplicidade e utilidade 
prática, e supera a intuição 
 
 
 Reconhece evolução normal e 
anormal do parto 
 
 Corrige partos disfuncionais 
 
 
 Diminui partos cesáreos 
 
 
OMS (WHO) em estudo multicêntrico 
(Indonésia, Tailândia e Malásia) 
 Eficaz e baixo custo 
 Redução TP (trabalho de parto) em 18 
h (50%) 
 Redução cesárias (5,2 para 3,7%) 
 Redução de roturas uterinas e 
hemorragias 
 
Definição de trabalho de parto ativo 
DIAGNÓSTICO: Contrações uterinas regulares 
que causam esvaecimento e dilatação 
cervical, a partir de no mínimo 5 cm de 
dilatação. 
 
O partograma deve considerar a fase ativa do 
trabalho de parto 
 
Partograma clássico Princípios: 
 A fase ativa do TP se inicia após 3 cm 
de dilatação 
FASE LATENTE – início do TP até 3cm, 
com 2 ou mais contrações 
FASE ATIVA – após 3 cm de dilatação 
 
 A fase latente não pode ser > 8 h 
 
 
• A progressão da dilatação cervical na fase 
ativa do TP não deve ser mais lenta que 
1cm/h; 
 
• O tempo de 4h entre a lentificação da 
progressão do TP e a necessidade de 
intervenção é insuficiente para comprometer 
mãe ou feto. 
 
 
 
 
 
Reinádissa Brito 2021.1 @medicinareina 
 
 
 
 
 
Curva contemporânea 
• Os dados de Friedman são antigos e não 
refletem necessariamente o padrão “normal” 
de evolução do TP. (Zhang, 2010) 
 
• Cerca de 50% das mulheres não dilatam 
1cm/hora até alcançarem 5-6cm. 
• Padrão de evolução diferente pode ser 
usado para definir fase ativa. Em estudo 
prospectivo recente, a OMS indica 5cm como 
definidor de fase ativa. (OMS, 2018) 
 
• O uso da linha de alerta é pobre para 
detecção de desfechos adversos e não deve 
ser utilizado (Souza et al, 2018) 
 
 
 
Reinádissa Brito 2021.1 @medicinareina 
 
 
Parada de progressão segundo Zhang: 
 
• A fase latente prolongada (>20 horas em 
nulíparas e >14 horas em multíparas) não 
deve ser uma indicação para cesariana. 
 
• Trabalho de parto lento, porém progressivo 
não deve ser uma indicação para cesariana. 
 
• Dilatação cervical de 6 cm deve ser 
considerada a dilatação inicial na fase ativa 
da maioria das mulheres em trabalho de 
parto. 
 
• Antes de 6 cm de dilatação, os padrões de 
progresso de fase ativa não devem ser 
aplicados. 
 
No primeiro período: 
• Dilatação cervical ≥ 6 centímetros de 
dilatação e ruptura de membranas com: 
 
• Nenhuma mudança cervical depois ≥ 4 
horas, apesar de contrações adequadas 
 
• Nenhuma mudança cervical depois ≥ 6 
horas, com contrações inadequadas 
 
No segundo período: 
Nenhum progresso (descida ou rotação) 
 
• Nulíparas: ≥ 3 horas 
• Multíparas: ≥ 2 horas 
OBS: Avaliar vitalidade fetal! 
 
Linhas 
 Linha de alerta traçada na hora 
seguinte 
 Linha de ação  traçada 4 h após a 
linha de alerta 
 
PARTO FUNCIONAL 
A curva de dilatação se mantém à esquerda 
da minha de alerta ou discreto desvio à 
direita 
 
TP primíparas # multíparas 
 
 
A cabeça do neném é representada por um 
círculo (obs: pode-se marcar o occipito) 
 
Necessário avaliar além da dilatação: 
 
 
 
Reinádissa Brito 2021.1 @medicinareina 
 FCF (fequencia cardíaca fetal)- 
auscultar todas as vezes com pinart ou 
sonar. 
 
OBS: normal a 120-160 
OBS: é sinal de sofrimento fetal 
identificar uma taquicardia (1ª fase do 
sofrimento fetal) e posteriormente 
(com o colapso cardiovascular) há 
bradicardia 
 
 Contrações uterinas, observar se a 
bolsa está íntegra, se fez administração 
de medicação (ex: ocitocina), se o 
líquido está claro ou não (pela 
minescopia) 
 
OBS: o líquido meconial é um sinal de 
sofrimento fetal 
 
PARTO DISFUNCIONAL 
 Fase prolongada da dilatação e 
descida 
 Para secundária da dilatação ou 
descida 
 Fase curta de dilatação e descida 
 
 
O triângulo é referente a dilatação e está 
correlacionado com a escala à esquerda. 
Já o círculo representa a altura do feto, 
respeitando os planos de De Lee ou de 
Hodge. 
Temos também duas linhas: a linha de alerta e a 
linha de ação. Elas podem estar presentes ou não 
no partograma, se não estiverem será de 
responsabilidade de quem abre o partograma 
desenhá-las. 
Ambas estão em um ângulo de 45 graus e devem 
estar espaçadas em 4 quadrados. E a linha de 
alerta deve começar na segunda hora do 
partograma. 
Linha de Alerta: o trabalho de parto deve 
acompanhar a linha, por isso, se a 
representação do parto ultrapassar essa 
linha, devemos prestar atenção. 
Linha de Ação: mostra a necessidade de 
intervenção, não necessariamente cesárea! 
 
 
 
Mais informações: 
https://www.sanarmed.com/partograma-o-que-
e-e-como-preenche-lo 
 
 
 
 
Reinádissa Brito 2021.1 @medicinareina 
 
 
Pode ser definido como a sequência de 
contrações uterinas coordenadas e 
involuntárias que resultam no apagamento 
(esvaecimento do colo) e dilatação (até 10 
cm) do colo uterino, simultaneamente à 
descida fetal, e quando associadas aos puxos 
e contrações voluntárias da parede 
abdominal, na expulsão dos produtos da 
gestação. 
 Tempos 
1. Insinuação 
Passada do estreito superior 
para o inferior através das 
espinhas ciáticas 
2. Descida 
3. Rotação interna da cabeça 
Para colocar uma fontanela, o 
occipio no que se chama cipito 
púbica (não entendi a palavra) 
 essa fontanela na região da 
púbis e para que ocorra o 
próximo passo 
4. Desprendimento da cabeça 
5. Rotação externa da 
cabeça/interna das escápulas 
6. Desprendimento das escápulas 
 
 Definições importantes 
ATITUDE OU HÁBITO FETAL  é como o feto 
está no útero 
 Relação das diferentes partes do feto 
entre si 
 Flexão ou extensão: o flexo se aloja no 
útero em atitude de flexão 
generalizada 
 Forma ovoide com dois polos: cefálico 
e pélvico 
 Polo cefálico menos 
redutível/adaptação trajeto 
 
 
 
Reinádissa Brito 2021.1
@medicinareina 
SITUAÇÃO 
 Relação entre o maior eixo uterino e o 
maior eixo fetal 
 Longitudinal: 99,5% 
 
 Transversa 
 
 Oblíqua 
 
APRESENTAÇÃO 
Dos fetos em situação longitudinal: 
 Cefálica (96,5%)  fletida (o que 
apresenta no canal de parto é o 
occipício) e defletida (1º ou 2º grau, 
levantando a cabeça) 
 Pélvica (3-4%) nádega 
 Córmica (0,5%)  situação transversa 
APRESENTAÇÃO PÉLVICA  a nádega é 
um pouco mais amolecida 
 
 Completa ou pelvipodálica + comum 
 tem-se a flexão dos membros 
 Incompleta  quando se apresenta ou 
um joelhinho ou um pezinho 
 Agripina 
ALTURA DA APRESENTAÇÃO 
 Insinuação: passagem da maior 
circunferência 
 Apresentação através do anel 
estreito superior 
 Apresentação à altura das espinhas 
ciáticas (De Lee) 
 
PONTOS DE REFERÊNCIA FETAL 
 Cefálica = lambda 
Neném com a cabeça bem fletida, 
fontanela triangular 
 1 grau = bregma 
 2 grau = glabela 
 3 grau = mento 
Obs: bregma é quadrangular; glabela é a 
base do nariz e mento queixo do bebê 
 
NOMENCLATURA 
 1ª letra = apresentação 
 Bregma = B 
 Glabela = N 
 Mento = M 
 2ª letra = posição (direita ou esquerda) 
 3ª letra = referência da bacia 
(anteriorizada ou posteriorizada) 
Ex: OEA  apresentação cefálica, O de 
occipito; E esquerda; A anterior 
Ex: NEA  naso esquerdo anterior 
Defletidas 
 
 
 
Reinádissa Brito 2021.1 @medicinareina 
 
ESVAECIMENTO DO COLO 
Nas primigestas o colo esvaece primeiro antes 
de começar a dilatação, já nas multíparas o 
há dilatação a medida que o colo esvaece 
 
 
 
 
 
 Friedman (1978) 
 
 Período expulsivo a criança já está na 
pelve, já passou das espinhas ciáticas 
 Dequitação é a separação da 
placenta a partir da esponjosa 
 
 4º período é a estabilização da 
paciente como miotamponamento, 
trombotamponamento, diminui o 
sangramento... é um período 
importante, pois nele ocorrem algumas 
hemorragias e a paciente precisa estar 
devidamente monitorada 
 
PARADA SECUNDÁRIA DA DILATAÇÃO 
 Presença da mesma dilatação 
cervical em dois toques sucessivos, 
com intervalo de 2 horas ou mais, em 
fase ativa do trabalho de parto, 
ultrapassa a linha de alerta e, por 
vezes, a linha de ação 
MANEJO ATIVO DAS DISTOCIAS FUNCIONAIS 
 Controle da atividade uterina 
 Amniotomia (atualmente não é feito, 
deixa-se a bolsa “estourar” 
espontaneamente) 
 Toques vaginais 
As distocias são a não progressão, pode estar 
associado a causas maternas, associadas ao 
canal de parto ou funcionais, ou causas fetais 
 
Uma causa primária seria a falta de 
contração uterina, a inércia 
 
Períodos 
 
 
 
 
Reinádissa Brito 2021.1 @medicinareina 
DEQUITAÇÃO 
 5-10 minutos após expulsão fetal. OBS: 
evitar tracionar o cordão! Esperar 
pararem as pulsações do cordão 
umbilical 
 Descolamento: central & marginal 
 
VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA 
A violência obstétrica é a imposição de 
intervenções danosas à integridade física e 
psicológica das mulheres nas instituições e por 
profissionais que as atendem, bem como o 
desrespeito à sua autonomia. 
ESTRATÉGIAS DE QUALIFICAÇÃO 
 Reduzir índices de cesárias, de 
episiotomia e uso de ocitocina; 
 Ofertar métodos não invasivos para 
alívio da dor e mudança na posição 
de parto 
 Promover a participação do pai no 
momento do parto 
 Promover contato pele a pele 
 Garantir permanência dos pais em UTIs 
e UCIs 
 Estimular amamentação na primeira 
hora de vida 
 
LOCAL DO PARTO 
 Pode-se afirmar com segurança que 
uma mulher deve dar a luz num local 
onde se sinta segura e no nível mais 
periférico onde a assistência 
adequada for viável e segura 
 No caso de uma gestante de baixo 
risco, este local pode ser a sua casa, 
uma maternidade ou centro de parto 
de pequeno porte numa cidade ou, 
talvez, a maternidade de um hospital 
de maior porte 
 Entretando, deve ser um local onde 
toda a atenção e cuidados estejam 
concentrados em suas necessidades e 
segurança, o mais perto possível de 
sua casa e de sua própria cultura. 
 
FIGO, 1992 
 
 
Referências: 
Tratado de obstetrícia Febrasgo / editores Cesar Eduardo Fernandes, Marcos Felipe Silva de Sá ; 
coordenação Corintio Mariani Neto. - 1. ed. - Rio de Janeiro : Elsevier, 2019. 
Zugaib obstetrícia / editor Marcelo Zugaib; editora associada Rossana Pulàneli Vieira Francisco; 
[ilustrações Sírio José Braz Cançado). - 3. ed. - Barueri, SP: Manole, 2016. 
MEDCURSO, 2018. Ciclo Clínico 1. Obstetrícia, volume 2. 
FIOCRUZ, Atenção às Mulheres. Preenchimento de Partograma- Aplicação prática do gráfico de 
evolução do trabalho de parto. Portal de Boas Práticas em Saúde da Mulher, da Criança e do 
Adolescente.

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