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Apostila Metodologia Cientifica

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Metodologia da pesquisa 
científica 
A pesquisa científica pode ser definida 
como um procedimento racional e 
sistemático que pretende responder aos 
“problemas” ou “questões” levantados 
por um pesquisador 
 
 
✓ Tema 
Bem delimitado e focado 
✓ Situação- problema 
Toda pesquisa começa com a 
formulação do problema (pergunta de 
pesquisa) e tem por objetivo a sua 
solução. 
✓ Justificativa 
Essa etapa deverá responder à pergunta 
“por que” fazer a pesquisa. 
✓ Hipótese 
Uma solução possível para o problema 
em forma de suposição 
✓ Objetivos gerais e 
específicos 
Os objetivos gerais indicam, de forma 
abrangente, o que se pretende 
conseguir com a execução do projeto de 
pesquisa (o que será feito). Os objetivos 
específicos definem aspectos 
particulares do objetivo geral. Ambos 
devem responder à pergunta “para que” 
desenvolver a pesquisa. 
VERBO NO INFINITIVO 
✓ Metodologia 
São descritas as etapas a serem 
desenvolvidas e que dependem de qual 
tipo de pesquisa que será proposta. 
Tipo: se bibliográfica ou pesquisa de 
campo. O projeto a metodologia é 
escrito na forma futura. 
 
Apêndice é o nome dado ao material 
elaborado pelo próprio pesquisador. Já 
anexo corresponde ao material que o 
pesquisador retirou de uma fonte de 
consulta 
O pesquisador precisará apresentar o 
cronograma de atividades. A 
apresentação do cronograma tem por 
objetivo mostrar o tempo necessário 
para o desenvolvimento de cada fase 
posterior ao projeto. Em forma de 
quadro ou parágrafo. 
 
Uma previsão dos principais gastos 
referentes à pesquisa, como, por 
exemplo, custos diretos, pessoal técnico 
(remuneração), despesas 
administrativas (serviços de apoio) e 
gastos eventuais (imprevistos). 
Elementos pré-textuais 
• Capa 
• Folha de rosto 
• Sumário 
Elementos textuais 
 Introdução: Neste momento, o 
pesquisador faz a apresentação do tema 
e sua delimitação. Todas as informações 
devem estar fundamentadas nas fontes 
de pesquisa por meio de citações, 
sempre pelo uso do sistema autor-data 
e de acordo com as normas da ABNT. 
Formulação do problema: Apresentação 
do problema de pesquisa (pergunta de 
pesquisa) Justificativa Formulação das 
hipóteses (se houver) 
 Objetivos: Objetivos gerais e Objetivos 
específicos 
 Revisão da literatura: Esta parte 
complementa a Introdução. Serve para 
apresentar informações sobre o estágio 
atual de conhecimento sobre a questão 
da pesquisa, esclarecendo conceitos, 
definições ou classificações e 
mostrando as contribuições 
proporcionadas por outras 
investigações relacionadas ao tema. 
 Metodologia ou métodos; 
Cronograma; 
Orçamento; 
Recursos humanos: Nesta parte são 
apresentados dados do responsável 
pelo projeto (coordenador) e dos 
demais colaboradores incluindo a 
formação acadêmica, titulação e 
percentual de dedicação ao projeto. 
Elementos pós-textuais 
 Referências: Devem ser elaboradas de 
acordo com as normas da ABNT, 
somente serão referenciados os autores 
citados no texto do projeto. Não se pode 
referenciar aquilo que não foi citado; 
anexos ou apêndices (se houver). 
 
O que determina se a pesquisa é 
quantitativa ou qualitativa é a 
abordagem dada ao problema, no 
entanto essa abordagem escolhida 
precisa estar adequada ao tipo de 
pesquisa que você deseja desenvolver. 
As abordagens quantitativa e qualitativa 
também podem ser usadas de forma 
combinada no mesmo estudo. 
 
Usa a medição numérica, a contagem e 
a estatística para descrever e analisar as 
características do fenômeno estudado. 
Em outras palavras, o pesquisador usa a 
quantificação dos dados tanto no 
processo de coleta quanto de análise e 
apresentação. O método quantitativo é 
muito utilizado para descobrir e 
classificar a relação entre as variáveis 
estudadas, investigar a relação causa-
efeito entre fenômenos, propor 
recomendações ou simplesmente para 
descrever tendências nas populações 
estudadas. 
Apresentação dos resultados por meio 
de tabelas e gráficos em estudos com 
abordagem quantitativa. 
 
Ao planejar um estudo quantitativo, o 
pesquisador deverá definir todas as 
variáveis a serem estudadas. o 
pesquisador deverá escolher 
instrumentos de coleta de dados que 
possam atender a essa necessidade 
 
➔ A pesquisa com abordagem 
quantitativa busca comparar os 
dados coletados, estabelecer 
correlações matemáticas e 
estatísticas em relação às 
variáveis
tem como base a análise e interpretação 
da realidade estudada. Dá maior 
profundidade aos dados coletados no 
momento da análise, pois considera a 
contextualização do ambiente e as 
experiências dos sujeitos 
➔ A pesquisa qualitativa tem 
caráter descritivo, ou seja, relata 
acontecimentos da forma como 
ocorreram e em que resultaram, 
utilizando o ambiente natural 
como local para a análise.
➔ A população, também conhecida 
como universo, é o conjunto de 
coisas ou pessoas que 
apresentam uma ou mais 
características em comum 
relacionadas ao foco do estudo
➔ Amostra é uma parcela da 
população capaz de representar, 
de forma real, esse conjunto de 
pessoas, entretanto vários 
cuidados precisam ser tomados 
no processo de seleção dessa 
amostra.
➔ 
Para os estudos qualitativos, a 
amostragem não segue o critério 
numérico. Neste caso, a escolha da 
amostra é intencional, ou seja, no 
processo de amostragem o 
pesquisador deve selecionar o grupo, 
considerando as suas diversidades e 
experiências que vão ao encontro dos 
objetivos da pesquisa.
A adoção de critérios de inclusão serve 
para garantir que a amostra estudada 
tenha as características necessárias para 
o estudo, ou seja, para que o sujeito 
participe desde que esteja de acordo 
com os critérios de inclusão 
estabelecidos. Os critérios de exclusão, 
por sua vez, são condições que retiram 
o sujeito da pesquisa mesmo ele 
preenchendo os critérios de inclusão. 
Dados primários: dados coletados 
pelo pesquisador no ambiente em que 
se realiza o estudo. É possível coletar 
dados primários de diversas formas e o 
quadro abaixo trará um resumo das 
formas mais utilizadas. 
 Dados secundários: informações 
prontas disponíveis em artigos, livros, 
sites etc. O autor não coleta esses 
dados, ele os acessa durante a 
realização da pesquisa. 
 
Entrevista: Estruturada (roteiro pré-
estabelecido) ou não estruturada 
(conversa informal) 
O grupo focal é outro instrumento 
muito utilizado nas pesquisas com 
abordagem qualitativa. Ele pode ser 
definido como uma discussão em grupo, 
na qual o pesquisador promove a 
interação entre as pessoas. 
Outro instrumento disponível para fazer 
parte da coleta de dados é o 
questionário, que pode ser usado à 
medida da necessidade de um 
levantamento mais generalizado sobre 
o objeto de estudo. 
Há também o formulário que é muito 
parecido com o questionário. A principal 
diferença é a forma de aplicação. O 
formulário geralmente é preenchido 
pelo próprio pesquisador, que pergunta 
e assinala as respostas dadas pelo 
sujeito. Assim, como os questionários, 
os formulários também são mais 
frequentes em estudos quantitativos. 
Nos estudos de abordagem 
quantitativa, a análise dos dados se dá 
por meio de quantificações e testes 
estatísticos. É muito frequente o cálculo 
das medidas de tendência central 
(média, mediana e moda) e medidas de 
dispersão ou de variabilidade (desvio-
padrão, amplitude, entre outras). 
Também podem ser calculadas as 
medidas de frequência, como 
prevalência ou incidência. 
Algumas das teorias de análise de dados 
qualitativos são: a análise de conteúdo, 
a análise do discurso, a análise do 
discurso do sujeito, a hermenêutico-
dialética, a teoria das representações 
sociais, entre outras. 
 
O tipo de pesquisa é definido como o 
delineamento adotado pelo 
pesquisador para a coleta de dados de 
seu estudo. Os principais tipos estão 
divididos em doisgrupos caracterizados 
como teóricas e empíricas. 
Também chamadas de secundárias, 
são aquelas desenvolvidas a partir de 
dados ou informações de outras 
pesquisas, já realizadas. As pesquisas 
teóricas trabalham com síntese e 
reflexão. Elas buscam ampliar conceitos 
e modelos teóricos, relacionar 
diferentes hipóteses, proporcionar a 
síntese de conhecimento e a inclusão de 
resultados de estudos expressivos na 
prática. A pesquisa bibliográfica é um 
tipo de pesquisa teórica realizada 
exclusivamente em livros e artigos 
científicos. Ela se concretiza a partir dos 
resultados de outras pesquisas, bem 
como das contribuições dos diversos 
autores que estudaram e pesquisaram 
sobre determinado assunto. 
A pesquisa bibliográfica é parte 
integrante das pesquisas empíricas, 
porque todo trabalho precisa ser 
baseado em teoria para que o 
pesquisador justifique suas reflexões e 
análises. Assim, todo esse estudo 
começa pelo levantamento 
bibliográfico. Quando a pesquisa 
bibliográfica constitui o “todo” do 
trabalho, também pode ser chamada de 
revisão bibliográfica ou revisão de 
literatura. 
Devem ser consultadas as bases de 
dados eletrônicas e os acervos de 
instituições para levantamento das 
produções científicas que envolvem 
artigos científicos, trabalhos de 
especialização, dissertações de 
mestrado e teses de doutorado.
O seu projeto e/ou trabalho deverá 
conter o capítulo de metodologia. Nele, 
será preciso descrever os critérios 
utilizados para a seleção dos artigos e 
textos acadêmicos, seguido do período 
de publicação, idiomas, entre outros. 
• Revisão narrativa ou 
analítica
É a análise dos resultados de diferentes 
estudos que investigaram uma mesma 
questão. Ela pode ser desenvolvida 
sobre temas variados. 
Fontes: Além da inclusão de artigos 
científicos também podem ser incluídos 
trabalhos monográficos, dissertações de 
mestrado, teses de doutorado, capítulos 
de livros, manuais, citações e anais de 
congressos. 
Objetivos: São direcionadas a descrever 
a história ou desenvolvimento de um 
problema e seu gerenciamento, bem 
como para discutir um tema do ponto 
de vista teórico ou contextual, 
desenvolver relações ou agregar áreas 
de pesquisa com enfoque 
multidisciplinar 
• Revisão integrativa
A revisão integrativa é um método de 
revisão mais amplo, para um 
entendimento completo do fenômeno 
estudado. é considerada, por alguns 
autores, como uma ferramenta da 
prática baseada em evidências. 
Fontes: Permite a inclusão de literatura 
teórica e empírica, bem como estudos 
experimentais e não experimentais com 
diferentes abordagens metodológicas 
(qualitativa e quantitativa). 
Objetivos: Definir conceitos, rever 
teorias e evidências ou analisar 
problemas metodológicos. Assim, o 
pesquisador será capaz de gerar um 
panorama consistente de determinada 
teoria ou problema sintetizando o 
conhecimento e permitindo a 
incorporação de resultados de estudos 
significativos na prática
• Revisão Sistemática 
A revisão sistemática é um tipo de 
estudo secundário que usa métodos 
rigorosos e explícitos para identificar, 
selecionar, avaliar e descrever as 
contribuições de estudos primários para 
sua pesquisa. É importante reforçar que 
para ser denominada como revisão 
sistemática é indispensável que sejam 
selecionadas para análise apenas 
pesquisas empíricas, laboratoriais ou de 
campo. 
Nesse tipo de revisão, o pesquisador 
precisa adotar uma metodologia 
padronizada baseada em 
procedimentos de busca, seleção e 
análise bem delineadas e claramente 
definidas. Em muitos casos, elas utilizam 
escalas ou formulários que definem 
critérios considerados norteadores da 
apreciação crítica sobre a qualidade da 
evidência científica disponibilizada em 
artigos selecionados. 
https://brazil.cochrane.org/news 
É uma organização especializada em 
elaborar, manter e divulgar revisões 
sistemáticas. No site deste centro você 
encontra várias informações sobre 
revisões sistemáticas, além de um curso 
virtual gratuito sobre Revisão 
Sistemática e Metanálise. 
 
• Metanálise 
A metanálise é uma síntese 
estatística de resultados de vários 
estudos primários. Trata-se de um 
termo comumente usados para se 
referir às revisões sistemáticas com 
metanálise, ou seja, um tipo de revisão 
sistemática, com uma forma específica 
de apresentação dos resultados obtidos 
a partir de uma abordagem estatística. 
Os resultados de uma metanálise 
geralmente são apresentados por meio 
de gráficos que fornecem informações 
sobre a comparação das informações 
coletadas dos diversos autores ou 
estudos que compõem a revisão. 
Exemplo de artigo de metanálise: 
http://www.scielo.br/pdf/csp/v29n9/a
14v29n9.pdf 
 
 
 
 
 
 
 
https://brazil.cochrane.org/news
http://www.scielo.br/pdf/csp/v29n9/a14v29n9.pdf
http://www.scielo.br/pdf/csp/v29n9/a14v29n9.pdf
Também chamadas de primárias 
trabalham com dados primários, ou 
seja, dados que são coletados em 
campo ou em laboratório e que nenhum 
outro levantamento coletou e publicou.
Para ser considerada uma pesquisa de 
laboratório, o pesquisador deverá 
colocar os sujeitos de estudo dentro de 
um ambiente no qual ele controla todas 
as variáveis que pretende estudar. 
Como sujeito de estudo podemos ter 
pessoas, animais, células, vegetais, 
minerais etc. 
Os estudos de campo são aqueles nos 
quais o pesquisador observa o sujeito da 
pesquisa em seu próprio ambiente, 
cujos fatos ocorrem espontaneamente. 
Neste tipo de pesquisa, não é possível 
isolar ou controlar todas as variáveis 
relevantes, mas é possível a percepção 
de relações entre as condições 
estudadas. Os estudos de campo podem 
ser realizados em diferentes locais, 
como empresas, hospitais, clínicas, 
escolas, nas ruas, em domicílios, sempre 
envolvendo os sujeitos de pesquisa, 
termo que inclui não apenas pessoas, 
mas também instituições, empresas, 
objetos e animais. 
 
 
Toda pesquisa empírica tem como 
ponto de partida o embasamento 
teórico presente na literatura, pois ela é 
capaz de servir de fonte que vai em 
busca de respostas para a 
problematização e construção de 
protocolo de estudo. 
 
Em todos os estudos de laboratório ou 
de campo é fundamental a descrição do 
local onde o trabalho será realizado 
 
• Pesquisa descritiva 
A pesquisa descritiva é aquela que 
observa, registra, analisa e relaciona as 
características de fatos ou fenômenos 
estudados, mas sem qualquer tipo de 
manipulação. 
Exemplo 
http://www.scielo.br/pdf/rbepid/v9n1/
06.pdf 
 
• Pesquisa exploratória 
A pesquisa exploratória é considerada a 
fase inicial no processo de pesquisa. Seu 
objetivo principal é familiarizar o 
pesquisador com o tema de estudo e, a 
partir daí, novas ideias podem surgir. 
Convém lembrar que alguns autores 
consideram a pesquisa exploratória 
como um tipo de pesquisa descritiva 
• Pesquisa documental 
O material utilizado para a coleta de 
dados na pesquisa documental é 
composto por documentos, como, por 
exemplo, registros de câmaras 
legislativas, setores do governo e 
http://www.scielo.br/pdf/rbepid/v9n1/06.pdf
http://www.scielo.br/pdf/rbepid/v9n1/06.pdf
autoridades educacionais, informações 
em bancos de dados nacionais, 
relatórios de inspeção, atas de 
conselhos acadêmicos, grupos de 
administração superiores, reuniões de 
diretoria, cartas, correspondências, 
relatórios anuais de diretores, boletins, 
jornais e revistas, demonstrações 
orçamentárias, websites e outros 
materiais que podem ser consultados 
via internet. 
Objetivo: descrição a comparação de 
costumes, tendências, diferenças e 
outras características. Para isso, o 
pesquisador precisa detalhar o processo 
de seleção dos documentos a serem 
utilizados e a forma de análise deles. 
Exemplo 
http://www.scielo.br/pdf/rarv/v32n1/0
9.pdf 
• Estudo de caso 
O estudo de caso é um tipo de pesquisa 
quepode ser realizado individualmente, 
em uma família, um grupo, uma 
organização ou até mesmo em um 
sistema, dentre muitos outros. 
Geralmente são realizados estudos de 
caso com situações raras ou novas, e 
que ainda não foram abordadas em 
estudos com grupos maiores. 
 
• Estudo transversal ou 
estudo de prevalência 
Mais usado na saúde pública e na 
epidemiologia, o estudo transversal ou 
estudo de prevalência pode ser definido 
como um estudo observacional (pois 
observa um grupo sem intervir nele) que 
realiza uma análise única da população 
estudada, a fim de obter informações 
sobre a proporção da população que 
tem uma doença ou condição clínica em 
um de terminado momento. 
Exemplo 
http://www.scielo.br/pdf/rpp/v31n4/pt
_0103-0582-rpp-31-04-00437.pdf 
 
• Estudos analíticos 
Estudo retrospectivo: é aquele no qual 
as informações de interesse estão em 
registros anteriores ao início da 
realização da pesquisa, ou seja, os fatos 
e eventos já ocorreram e a pesquisa será 
realizada a partir do registro dessas 
situações. Assim, a coleta se dá em 
arquivos de dados como, por exemplo, 
em prontuários hospitalares. 
Estudo prospectivo: é aquele no qual as 
situações de interesse do estudo ainda 
vão acontecer e, à medida que forem 
acontecendo, permitirão a coleta dos 
dados. 
• Estudo caso-controle 
Os estudos de caso-controle são 
geralmente retrospectivos e analisam a 
prevalência de fatores de risco em dois 
grupos de indivíduos: os que possuem a 
doença ou outro desfecho de interesse 
que se pretende estudar (casos); e o 
grupo sem a condição estudada 
(controle). Neste estudo, o pesquisador 
parte do desfecho (doença) e caminha 
para o passado, a fim de verificar a 
exposição aos fatores de risco. 
• Estudo de coorte 
O estudo de coorte é realizado por meio 
do acompanhamento de um grupo de 
sujeitos ao longo do tempo – esse 
acompanhamento é chamado de 
pesquisa longitudinal. O principal 
http://www.scielo.br/pdf/rarv/v32n1/09.pdf
http://www.scielo.br/pdf/rarv/v32n1/09.pdf
http://www.scielo.br/pdf/rpp/v31n4/pt_0103-0582-rpp-31-04-00437.pdf
http://www.scielo.br/pdf/rpp/v31n4/pt_0103-0582-rpp-31-04-00437.pdf
objetivo é descrever a incidência do 
desfecho esperado ao longo do tempo e 
relacionar isso aos fatores preditores ou 
de risco, aos quais os indivíduos foram 
expostos. Assim, neste estudo o 
pesquisador parte da exposição aos 
fatores de risco e caminha até o 
desenvolvimento ou não da doença ou 
desfecho esperado. 
• Pesquisa experimental 
Na pesquisa experimental, o 
pesquisador manipula as variáveis 
relacionadas ao objeto de estudo 
almejando analisar relações de causa e 
efeito. Por isso, esse tipo de estudo 
também é conhecido como estudo 
causal. 
Nos estudos experimentais o 
pesquisador divide sua amostra em dois 
ou mais grupos e um será aquele que 
não recebe nenhuma interferência do 
pesquisador. Esse grupo serve para 
comparação dos resultados e é 
chamado de grupo controle. O outro 
grupo receberá a manipulação a ser 
estudada. É importante que a 
distribuição dos sujeitos nos grupos seja 
feita de forma aleatória, a fim de evitar 
a interferência do pesquisador. Os 
estudos chamados de ensaios clínicos 
são exemplos de pesquisa experimental. 
Eles são muito realizados na área da 
saúde e buscam estudar os efeitos de 
métodos terapêuticos e medicamentos 
em situações clínicas. 
Neste tipo de análise, o sorteio dos 
participantes é chamado de 
randomização – esse processo garante 
que as amostras dos grupos controle e 
de estudo sejam determinadas ao 
acaso. Além disso, muitos estudos são 
chamados de duplo-cego, ou ensaio 
clínico em dupla ocultação. Isso significa 
que nem o examinado (objeto de 
estudo) nem o examinador sabem o que 
está sendo utilizado como variável em 
um dado momento. 
 
Toda vez que a pesquisa envolver seres 
humanos é obrigatório o envio do 
projeto de pesquisa a um Comitê de 
Ética em Pesquisa (CEP). Caso os sujeitos 
de pesquisa sejam animais o projeto de 
pesquisa deve ser encaminhado à 
Comissão de Ética no Uso de Animais 
(CEUA). 
Também é importante reforçar a 
necessidade do Termo de 
Consentimento Livre e esclarecido 
(TCLE) em todas as pesquisas 
envolvendo seres humanos. Este termo 
é construído pelo pesquisador e deve 
conter a descrição de todo o protocolo 
da pesquisa reproduzido em uma 
linguagem acessível aos sujeitos 
pesquisados. 
A coleta de dados só pode ser iniciada 
após a aprovação dos órgãos citados. 
 
Praticamente todas as pessoas 
que concluem um curso de graduação, 
passarão pela fase de elaboração do TCC 
a ser apresentado como requisito 
parcial de aprovação e conclusão de seu 
estudo acadêmico. 
 
 
Se o trabalho começa bem, tem muito 
mais chance de terminar bem, por isso, 
antes de dar início à construção de seu 
TCC é importante decidir qual será o 
tema do trabalho e preparar um bom 
projeto. O projeto deve servir de guia na 
construção de todas as etapas de seu 
TCC. 
1. Escolha do tema 
o tema deve ser delimitado e específico, 
mas também viável, considerando-se os 
prazos e recursos disponíveis. 
Você pode definir uma área mais 
abrangente de estudo e depois ir se 
aprofundando até chegar ao tema 
específico de seu trabalho. 
Ex: Farmacologia -> Antibióticos -> 
Cefalosporina -> Cefalexina 
2. Identificar um problema ou uma 
questão de pesquisa, que 
deverá ser “respondida” por 
meio de seu TCC 
Tanto o tema quanto o problema 
devem ser definidos no momento de 
construção de seu projeto de 
pesquisa. 
3. Escolha do Orientador 
Um ponto considerado de suma 
importância no momento da escolha é a 
área ou disciplina relacionada ao tema 
escolhido. Escolher um professor que 
tenha experiência na área do trabalho 
pode facilitar o processo. 
A função do orientador é direcioná-lo, 
mas a responsabilidade pelo TCC é sua e 
não dele. 
Para os trabalhos coletivos, a escolha do 
grupo também deve ser pensada logo 
no início da construção do trabalho. 
Escolha as pessoas que farão parte do 
grupo levando em conta o interesse 
pelo tema e que se colocarão à 
disposição para contribuir com o projeto 
de forma que todos os componentes se 
sintam motivados a pesquisar. 
4. Planejar os assuntos abordados 
Uma forma de organizar o 
desenvolvimento do trabalho é 
construir um “sumário” com todos os 
tópicos ou assuntos que serão 
abordados pelo trabalho. Esse 
“sumário” pode ser alterado ao longo do 
processo, mas serve como uma linha 
condutora da direção que você 
pretende seguir para que seu trabalho 
termine respondendo aos objetivos 
propostos. 
 
Em se tratando do quesito qualidade é 
necessário pesquisar muito sobre o 
tema escolhido. Para isso, você deve 
consultar as bases de dados de 
literatura científica em sua área, além 
de livros, teses, dissertações e mesmo 
sítios eletrônicos relacionados. Quanto 
mais atuais as referências utilizadas, 
mais atual será seu TCC. 
 
Sempre faça referência ao autor e à obra 
citada, pois a falta de citação caracteriza 
plágio. 
 
O TCC é composto por elementos pré-
textuais, textuais e pós-textuais. Aqui, 
vamos dar enfoque aos elementos 
textuais, que serão o “corpo” de seu 
TCC. 
Introdução 
A Introdução deve apresentar o tema do 
trabalho de forma abrangente, partindo 
do geral e caminhando para a pergunta 
da pesquisa. Em outras palavras, deve 
contextualizar o leitor em relação ao 
assunto abordado e, a partir do 
contexto, apresentar o problema a ser 
estudado de forma clara. A introdução 
também deve conter uma justificativa 
da escolha do tema, ou seja, a relevância 
daquele estudo para a ciência, 
profissão, comunidade. 
Objetivos 
 Os objetivos podem ser definidos como 
aquilo que a pesquisa pretende 
responder, o que se deseja da pesquisa. 
Eles devem ser expressos com clareza, 
pois vão guiar todo o trabalho. Se seu 
projeto foi bemelaborado, os objetivos 
do TCC serão os mesmos do projeto. 
Revisão de literatura 
A revisão da literatura constrói um 
marco teórico necessário para qualquer 
pesquisa, tanto qualitativa quanto 
quantitativa. A partir da revisão da 
literatura sobre o tema, você poderá 
extrair e recompilar informações 
relevantes e necessárias para 
entendimento do problema de 
pesquisa. Para elaborar esta parte de 
seu TCC é preciso ler tudo que tem 
relação com seu tema de pesquisa, 
contudo a busca por materiais 
relacionados ao tema deve ser seletiva, 
pois milhares de artigos são publicados 
anualmente nas diferentes áreas do 
conhecimento. Definir adequadamente 
os critérios para a busca de materiais é 
fundamental para a construção desta 
etapa do trabalho. Após a seleção dos 
materiais, o pesquisador poderá revisá-
los com atenção e extrair as 
informações necessárias para 
desenvolver o referencial teórico de sua 
pesquisa. 
Métodos 
No capítulo de Métodos, também 
chamado de Materiais e Métodos, você 
deve fornecer todas as informações 
necessárias para que outro pesquisador 
possa reproduzir seu trabalho, por isso, 
este capítulo deve ser bem detalhado. 
Você pode começar descrevendo o tipo 
de estudo realizado. Os itens descritos 
nesta parte do TCC dependem, em 
grande parte, do tipo de estudo 
realizado. Por exemplo, em estudos de 
campo que envolverem seres humanos, 
devem ser descritos os materiais 
utilizados, equipamentos, época e local 
de realização do trabalho, critérios de 
seleção da amostra estudada, obtenção 
do consentimento do participante e 
parecer favorável do Comitê de Ética em 
Pesquisa, além da análise estatística 
realizada, quando pertinente. Já em 
estudos de revisão bibliográfica 
narrativa, devem ser descritos os locais 
de busca de materiais, período de 
busca, idiomas, palavras-chave 
utilizadas na busca, materiais utilizados 
para avaliação dos textos selecionados e 
a análise feita. Novamente, se seu 
projeto foi bem elaborado, os métodos 
do TCC serão os mesmos do projeto, 
apenas serão escritos no passado, 
enquanto no projeto são escritos no 
futuro. 
 
Resultados 
O capítulo de resultados serve para o 
pesquisador mostrar os dados obtidos a 
partir da execução do trabalho. Nesta 
parte, podem ser colocados gráficos e 
tabelas para facilitar a apresentação dos 
dados, quando pertinente. Neste 
momento, também devem ser 
apresentados os resultados dos testes 
estatísticos, quando realizados, e sua 
interpretação em relação ao estudo. 
Discussão 
A discussão é o capítulo mais complexo 
do trabalho, pois se refere ao momento 
em que o pesquisador “explica” seus 
resultados com base na literatura 
científica relacionada ao tema. Nesta 
parte, é importante que você, na 
qualidade de pesquisador (a), responda 
algumas perguntas. Elas poderão variar 
de acordo com o tipo de estudo 
realizado: 
• Qual o significado de seus dados? Eles 
estão de acordo com a literatura? 
 • Que solução mais simples ou mais 
barata você conseguiu para o problema 
analisado em seu estudo? 
• Que nova hipótese ou teoria você 
pode lançar para explicar o fenômeno 
observado? 
Enfim, nesse momento da pesquisa você 
demonstrará toda a sua competência 
para esclarecer seus resultados e 
responder aos objetivos propostos. 
Conclusões 
As conclusões decorrem da discussão e 
devem responder aos objetivos 
propostos no trabalho. Trata-se do 
momento que o autor deverá redigir o 
seu texto com foco na construção do 
fechamento de seu TCC. Dependendo 
do tipo de estudo realizado, poderá ser 
mais direto ou partir mais para a 
reflexão, contudo, independentemente 
da forma escolhida para a construção do 
trabalho. Esse momento deve ser 
sempre o mais claro possível e focados 
nos objetivos delimitados no início do 
estudo. 
Além do conteúdo, também é 
importante que a construção do 
trabalho seja feita respeitando as regras 
definidas pela ABNT para apresentação 
de trabalhos de conclusão de curso. 
 
Após finalizar o seu trabalho é 
necessário revisá-lo. É importante 
prestar atenção em quesitos técnicos 
como ortografia, escrita em linguagem 
científica, coesão entre as diferentes 
partes do trabalho e adequação às 
normas da ABNT. 
 
APPOLINÁRIO, Fabio. Dicionário 
de metodologia científica: um guia 
para aprodução do conhecimento 
científico. 2 ed. São Paulo: Atlas, 
2011. 300 p. 
BARBOUR, R. Grupos focais. Porto 
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MARCONI, Marina de Andrade; 
LAKATOS, Eva Maria. Técnicas de 
Pesquisa. 4.ed. São Paulo: Atlas, 
1999. 260 p. 
CARRON, Wilson; Guimarães, 
Oswaldo. Física. 2ª. Ed. São Paulo: 
Moderna,2005. 338 p. (Volume 
único) 
CERVO, Amado Luiz; BERVIAN, 
Pedro A., SILVA, Roberto da. 
Metodologia científica. 6. ed. São 
Paulo: Pearson Prentice Hall, 
2007. 176 p. 
GIL, Antonio Carlos. Como 
elaborar projetos de pesquisa. 5. 
ed. São Paulo:Atlas, 2010.184 p. 
MARCONI, Marina de Andrade; 
LAKATOS, Eva Maria. Técnicas de 
Pesquisa. 4.ed. São Paulo: Atlas, 
1999. 260 p. 
Máximo, A.; Alvarenga, B. Física: 
de olho no mundo do trabalho. 1ª. 
Ed. São Paulo: Scipione, 2005. 
Volume único. 
MEDRONHO, Roberto A.; BLOCH, 
Katia Vergetti. Epidemiologia. 2. 
ed. São Paulo: Atheneu, 2008. 790 
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MINAYO, M. C. de S. O desafio do 
conhecimento: pesquisa 
qualitativa em saúde. 8. ed São 
Paulo: Hucitec, 2004. 
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de Metodologia Científica. São 
Paulo: Pioneira Thomson 
Learning, 2001. 320 p. 
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um Trabalho de Conclusão de 
Curso Nota 10. São Paulo: Saraiva, 
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LUCIO, Pilar Baptista. Metodologia 
de Pesquisa. 3. ed. São Paulo: 
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TEIXEIRA, Elizabeth. As três 
metodologias: acadêmica, da 
ciência e da pesquisa. 4. ed. 
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VIEIRA, Sonia. Como escrever uma 
tese. 5. ed. São Paulo: Pioneira 
Thomson Learning, 2004. 102 p. 
VIEIRA, Sônia. Como escrever uma 
tese. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2008. 
152 p

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