Buscar

a-importancia-da-realizacao-de-exames-laboratorias-como-pre-requesito-para-realizacao-de-procedimento-estetico-de-carboxiterapia-tiago-da-silva-oliveira

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 36 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 36 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 36 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

IBMR – LAUREATE INTERNATIONAL UNIVERSITIES 
 
 
 
 
 
TIAGO DA SILVA OLIVEIRA 
 
 
 
 
 
 
 
A IMPORTÂNCIA DA REALIZAÇÃO DE EXAMES 
LABORATORIAIS COMO PRÉ-REQUISITO PARA 
REALIZAÇÃO DE PROCEDIMENTO ESTÉTICO DE 
CARBOXITERAPIA 
 
 
 
 
 
 
Rio de Janeiro 
2017 
 
 
TIAGO DA SILVA OLIVEIRA 
 
 
 
 
 
A IMPORTÂNCIA DA REALIZAÇÃO DE EXAMES 
LABORATORIAIS COMO PRÉ-REQUISITO PARA 
REALIZAÇÃO DE PROCEDIMENTO ESTÉTICO DE 
CARBOXITERAPIA 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso 
apresentado, ao IBMR – Laureate 
International Universities, como requisito 
parcial para a obtenção do título de 
Graduado em Biomedicina. 
 
 
 
 
ORIENTADOR: Prof. Dr. Rômulo Medina de Mattos 
 
 
 
Rio de Janeiro 
2017 
 
 
TIAGO DA SILVA OLIVEIRA 
 
 
A IMPORTÂNCIA DA REALIZAÇÃO DE EXAMES 
LABORATORIAIS COMO PRÉ-REQUISITO PARA 
REALIZAÇÃO DE PROCEDIMENTO ESTÉTICO DE 
CARBOXITERAPIA 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso 
apresentado, ao IBMR – Laureate 
International Universities, como requisito 
parcial para a obtenção do título de 
Graduado em Biomedicina. 
 
 
Aprovado em _____ de ________________ de 2017. 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
 
_______________________________________________ 
Prof. Dr. Alan Brito Carneiro 
 
 
_______________________________________________ 
Prof. Dr. Maurício Cupello Peixoto 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
À minha Mãe e ao meu Pai, com a 
mesma intensidade de amor e carinho 
com a qual me criaram. 
 
 
AGRADECIMENTO 
 
Agradeço a Deus pela oportunidade de viver e poder, com saúde e 
determinação, concluir a tão esperada graduação. 
Agradeço aos meus pais pelo alicerce que me proporcionaram e por sempre 
acreditarem, e continuarem a acreditar. 
Agradeço à esta instituição, IBMR, onde pude crescer e me desenvolver 
enquanto pessoa e profissional, onde pude acompanhar inúmeras transformações e 
onde obtive a base para poder voar. 
Agradeço a todos os professores que, através dos longos, longos anos em 
que andei pelos corredores, subi de elevadores e desci pelas escadas (elas eram 
mais rápidas para descer) para assistir as mais diversas aulas, me ensinaram 
tecnicamente a ciência. 
Agradeço ao professor Rômulo Medina por toda sua orientação, dedicação e 
enorme paciência. 
Agradeço, em especial, aos professores Júlio Vianna, Cláudia Gouveia, 
Rogério Alvares por me ensinarem que tudo é possível na ciência e que nenhuma 
teoria deve ser desmerecida, por mais absurda que possa parecer inicialmente; 
agradeço por me ensinarem ciência. 
Agradeço aos muitos colegas que tive e, mais ainda, aos poucos amigos (mas 
sinceros!) que conquistei pelas inúmeras horas de emoção, desde as aflições pré-
provas, passando pelos choros de raiva e chegando ao alívio das notas azuis. 
Agradeço aos colegas de trabalho por sempre se disponibilizarem às minhas 
necessidades de horários para que eu pudesse estudar. 
Por fim, por ser mais recente em minha jornada e não por ser menos 
importante, agradeço ao Iury Moraes pelo total apoio, carinho e dedicação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Hakuna matata. 
Timão e Pumba 
 
 
RESUMO 
 
Este trabalho de conclusão apresenta parcialmente a carboxiterapia (terapia com 
utilização de CO2) sob o ponto de vista estético, enfatizando os seus mecanismos de 
ação e, principalmente, suas contraindicações. Apresenta correlação entre tais 
contraindicações com a fisiologia humana conhecida, e a necessidade de 
antecedente análise laboratorial para a precaução de potenciais riscos à saúde do 
cliente. As bases legislativas foram revisadas para justificar o que seria a nova 
atribuição do profissional biomédico esteta e até que ponto ele poderia atuar na 
prática de prescrição de exames complementares. Os exames de hemograma, 
gasometria e EAS foram abordados como necessidades básicas para se atestar as 
condições metabólicas dos clientes previamente à carboxiterapia. A pesquisa utilizou 
dados bibliográficos obtidos em bases de informações científicos para interligar os 
efeitos orgânicos do dióxido de carbono com os referidos mecanismos de 
averiguação metabólica, nos indicando que é possível haver intoxicação por CO2 e, 
principalmente, nos fazendo concluir que é concebível reduzir os riscos de tal 
intoxicação com a prática de prévia preceituação de pesquisas laboratoriais. 
 
 
Palavras-chaves: Carboxiterapia. Ácido-base. Gasometria. pH. CO2. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
This final paper presents the partially carboxiterapia (therapy with the use of CO2) 
from an aesthetic point of view, emphasizing their action mechanisms and, especially, 
their contraindications. It presents correlation between such contraindications to the 
known human physiology, and the need for laboratory analysis prior to the 
precautionary potencial risk to the customer's health. The legislative bases were 
reviewed to justify what would be the new assignment of the biomedical professional 
esthetician and to what extent it could act in the practice of prescribing additional 
tests. The blood count tests, blood gas and EAS were addressed as basic needs to 
attest to the metabolic conditions of the customers prior to carboxiterapia. The study 
used bibliographic data in scientific information base to interconnect the organic 
effects of carbon dioxide with said Metabolic investigation of mechanisms 
in indicating that there may be poisoning CO2 and especially 
paragraphs making conclude that it is conceivable to reduce risks of such intoxication 
with the practice of previous preceituação laboratory research. 
 
 
Keywords: Carboxiterapia. Acid-base. Gasometry. pH. CO2. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
 
AMPc Adenosina 3’-5’-monofosfato 
atm Atmosfera – unidade de pressão 
CNDL Confederação Nacional de Dirigentes Logistas 
CO2 Dióxido de carbono / gás carbônico 
EAS Elementos Anormais do Sedimento 
HCO3- Bicarbonato 
H+ Hidrogênio 
H2CO3 Ácido carbônico 
ml/min Mililitros por minuto 
ml Mililitros 
mmol/l Milimol por litro 
mmHg Milímetro de mercúrio 
pH Concentração hidrogeniônica do meio 
PCO2 Pressão parcial de gás carbônico 
PO2 Pressão parcial de oxigênio 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................ 10 
2. OBJETIVO ................................................................................................................................... 13 
2.1. GERAL .................................................................................................................................. 13 
2.2. ESPECÍFICO ........................................................................................................................ 14 
3. METODOLOGIA ......................................................................................................................... 14 
3.1. CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO E INCLUSÃO .................................................................... 15 
4. CARBOXITERAPIA ................................................................................................................... 15 
4.1. HISTÓRIA ............................................................................................................................. 15 
4.1.1. O EQUIPAMENTO DE CARBOXITERAPIA ............................................................. 16 
4.2. MECANISMOS DE AÇÃO .................................................................................................. 17 
4.2.1. APLICAÇÕES DA CARBOXITERAPIA ..................................................................... 19 
4.2.2. CONTRAINDICAÇÕES ...............................................................................................20 
4.2.3. DISFUNÇÕES METABÓLICAS ASSOCIÁVEIS ...................................................... 21 
4.3. EXAMES LABORATORIAIS .................................................................................................. 25 
4.3.1. HEMOGRAMA .............................................................................................................. 27 
4.3.2. GASOMETRIA .............................................................................................................. 27 
4.3.3. EXAME DE URINA / EAS ............................................................................................ 29 
5. CONCLUSÃO ............................................................................................................................. 30 
6. REFERÊNCIAS ........................................................................................................................... 32 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
A profissão de biomédico fora regulamentada pela Lei 6.684, de 03 de 
setembro de 1979 e, ao passar dos anos e com a expansão do mercado de trabalho, 
novas áreas de atuação do profissional da biomedicina foram surgindo, incluindo sua 
inserção no ramo da saúde-estética. Entendendo-se, então, sobre a necessidade de 
regularizar/atualizar a situação do Biomédico e dar-lhe instrumentos legais que 
assegurassem o exercício de suas atividades de forma segura, irrefutável e 
irreversível, em fevereiro e julho de 2011 foram aprovadas, respectivamente, as 
resoluções nº 197 (b.BIOMEDICINA, 2011) e 200 (c.BIOMEDICINA, 2012) que 
dispõem sobre as atribuições do profissional Biomédico no exercício da saúde-
estética, conferindo-lhe critérios para habilitação em Biomedicina Estética. 
Em complementariedade às resoluções supracitadas, em 2012 foi aprovada a 
resolução 214 (d.BIOMEDICINA, 2012) que disserta sobre o uso de substâncias em 
procedimentos estéticos e, em 2014, a resolução 241 (e.BIOMEDICINA, 2014) 
seguiu regulamentando a prescrição do Biomédico para finalidades estéticas 
trazendo em seu texto original a consideração “que o uso de substâncias para fins 
estéticos deve se dar de forma segura e eficaz e por profissional com conhecimento 
técnico das mesmas” (e.BIOMEDICINA, 2014). 
A legislação redigida pelo Conselho Federal da Classe (leis, normas e 
resoluções) determina os procedimentos permitidos a serem executados e os 
formulações sujeitos à prescrição pelo Biomédico Esteta (e.BIOMEDICINA, 2014). 
Dentre as inúmeras técnicas autorizadas está a carboxiterapia, que é caracterizada 
pela administração de gás carbônico medicinal por via subcutânea para uso 
terapêutico e para fins estéticos, como tratamento de gordura localizada, redução de 
celulite, estrias e flacidez, através de processo inflamatório seguido de reparação 
tecidual induzida pela lesão ocasionada pelo CO2 à região exposta (MAIO, 2011). 
Estudo recente, liderado pelo SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) e 
pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), aponta que “sete em 
cada dez brasileiros acreditam que gastos com beleza são uma necessidade e não 
um luxo”, evidenciando, então, de forma direta, a perspectiva promissora e 
11 
 
exponencialmente crescente do setor da beleza (SPC Brasil, 2016). Com isso, é 
fundamentalmente necessário ter-se profissionais altamente qualificados e 
legalmente habilitados para a execução segura de quaisquer procedimentos 
estéticos, tendo em vista os grandes riscos à saúde do cliente. 
O uso estético do gás carbônico deve ser realizado com algumas 
salvaguardas. O CO2 necessita de uma eficiente operação biológica para ser 
transformado e expelido do corpo. Para essas funções, o coração (e todo sistema 
circulatório), os pulmões e os rins possuem papel central e o estado de equilíbrio, 
tanto anatômico-fisiologicamente quanto metabolicamente, é de suma importância 
para o sucesso da carboxiterapia sem que haja prejuízo à saúde do cliente 
(VARLARO, 2007). 
O mercado da estética é um dos mais promissores da atualidade. Segundo a 
Associação Brasileira de Franchising (2017), o mercado da saúde, beleza e bem-
estar está na segunda colocação quanto ao valor arrecadado entre 2016 e 2017, 
mais de 27 bilhões de reais, sendo o setor com maior crescimento nos últimos 12 
meses, 16%. 
 
Tabela 1 – Faturamento por seguimento e acumulado em 12 meses 
 
Fonte: Associação Brasileira de Franchising, 2017. 
 
Dentre os procedimentos estéticos mais procurados pelas pessoas, segundo 
a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas e SPC Brasil (2016), estão técnicas 
realizáveis pelos biomédicos estetas. 
 
12 
 
Gráfico 1 - Intenção em realizar procedimentos estéticos nos próximos 12 meses 
 
Fonte: Confederação Nacional de Dirijentes Lojistas e SPC Brasil, 2016. 
 
 De acordo com os dados, é imprescindível que o profissional especializado 
esteja de acordo com as novas necessidades surgidas frente aos avanços 
tecnológicos e ao dever ético, moral e legal de resguardar a segurança de seus 
clientes (a.BIOMEDICINA, 1984). 
Dados da Revista do Biomédico, de 2014, mostram que a especialização em 
estética é a quinta mais procurada entre os formandos. 
 
13 
 
Gráfico 2 – Inscritos no CRBM-1 
 
Fonte: Revista do Biomédico, 2014. 
 
A técnica de carboxiterapia é a base de estudo deste trabalho em correlação 
com a necessidade de realização prévia de exames laboratoriais complementares 
como forma de assegurar a integridade física do consumidor ao analisar-se seu 
sistema fisiológico. 
 
 
2. OBJETIVO 
 
2.1. GERAL 
 
O presente estudo pretende correlacionar a técnica de carboxiterapia aplicada 
na biomedicina estética com a necessidade de realização de exames 
complementares pré-procedimento. 
 
 
14 
 
2.2. ESPECÍFICO 
 
 Examinar o procedimento estético de carboxiterapia; 
 Estudar técnicas de diagnóstico laboratorial (Hemograma, 
Gasometria e EAS) e sua aplicabilidade na realização de estudos 
fisiopatológicos; 
 Correlacionar as etapas de realização e os respectivos mecanismos 
fisiológicos de ação da prática estética com a possibilidade de 
desenvolvimento ou agravamento de doenças e a necessidade de 
se realizar exames complementares como forma preventiva; 
 Indicar a necessidade de se avaliar a possibilidade de incluir, nas 
atribuições legais do biomédico esteta, o direito à 
prescrever/solicitar exames complementares para avaliação pré-
consulta/procedimento técnico. 
 
 
3. METODOLOGIA 
 
Realizada pesquisa bibliográfica com inclusão de artigos originais e de revisão 
pesquisados nas plataformas PubMed, Periódicos CAPES/MEC, SciELO, LILACS e 
Google Acadêmico publicados desde o ano de 1995, escritos em português ou inglês, 
que estudaram temáticas sobre carboxiterapia, fisiologia humana, avaliação 
hematológica, aspectos específicos do sistema circulatório e exames laboratoriais. 
Foram pesquisados, nas plataformas supracitadas, os termos: CO2 insufflations, 
carboxytherapy, CO2 laparoscopy, CO2 insuflação, carboxiterapia, CO2 
laparoscopia, 
 
 
 
 
15 
 
3.1. CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO E INCLUSÃO 
 
Foram incluídos exemplares descritivos sobre dados históricos, o 
procedimento em si e mecanismos de ação e efeitos, locais e sistêmicos, do 
procedimento de carboxiterapia sobre o organismo humano. Foram consideradas 
artigos científicos, originais e de revisão, sobre efeitos da utilização de CO2 em 
organismos vivos, animais e humanos. Estão inclusos conteúdos sobre fisiologia 
básica dos sistemas hematológico, cardiorrespiratório e renal humano, e exames 
laboratoriais específicos de hemograma, gasometria e EAS. Dados sobre a 
correlação entre a técnica de carboxiterapia, a fisiologia humana e as 
contraindicações ao referido procedimento estético foram priorizados. 
Foram descartados materiais datados anteriormente à 1995. 
 
 
4. CARBOXITERAPIA 
 
4.1. HISTÓRIA 
 
A “carboxiterapia”pode ser brevemente definida como um método terapêutico 
onde se utiliza o dióxido de carbono (CO2), em sua forma gasosa e de elevado grau 
de pureza (99,9%) para uso medicinal, através da administração de injeções 
subcutâneas, tendo como objetivo principal o aumento do diâmetro dos vasos 
sanguíneos (vasodilatação) e, consequentemente, maior oxigenação do tecido 
(SCORZA, 2008). 
Segundo Goldman et al. (2006), a utilização do gás carbônico em terapias teve 
início na Argentina (sem mais detalhes), mas foram os estudos e tratamentos 
praticados na estação termal Waters de Royat, na França da década de 30, que mais 
se sobressaíram na comunidade acadêmica, tendo sido tratadas pessoas com 
distúrbios comprometedores do fluxo sanguíneo através da imersão de partes do 
corpo em águas carbonadas e, posteriormente, com injeções subcutâneas de CO2. 
16 
 
 O cardiologista Jean Baptiste Romuef liderou os maiores trabalhos sobre o 
tema, tendo efetuado a publicação de seus resultados após vinte anos de estudos 
com a utilização de injeções subcutâneas de CO2 (SCORZA, 2008). 
Em 1995, Fabry et al., através do relato de vinte mil casos atendidos em Royat, 
descreveram as vantagens do tratamento através de vários indicadores e, também, 
o mecanismo de atuação do gás, principalmente quanto há queda na afinidade da 
hemoglobina pelo oxigênio em ação local, intensificando o efeito Bohr (FABRY et al, 
1995). 
Carvalho, em seu trabalho datado de 2005, propôs, pela primeira vez, a 
utilização da carboxiterapia como tratamento estético para rejuvenescimento cutâneo 
a partir de constatações do funcionamento mecânico do enfisema subcutâneo 
ocasionado pela ação do gás carbônico. 
 
 
4.1.1. O EQUIPAMENTO DE CARBOXITERAPIA 
 
Borges (2010) é um dos poucos autores a apresentar o aparelho que é 
desenvolvido especificamente para o procedimento de carboxiterapia e na qual utiliza 
gás carbônico medicinal, tendo seu fluxo de injeção do gás no organismo (ml/min) e 
o volume a ser injetado (ml) controlados eletronicamente, e determinados 
previamente pelo operador terapeuta (Figura 1). O equipamento liga-se a um cilindro 
metálico por meio de um regulador de pressão de gás carbônico e é injetado por via 
de uma sonda com uma agulha de pequeno calibre, geralmente agulha para insulina, 
em via subcutânea do cliente. O gás presente no interior do cilindro é liquefeito, 
possui pressão de vapor constante de 60 atm e não é um gás inflamável, portanto 
não há risco de fogo ou explosão. 
 
17 
 
Figura 1 – Equipamento de Carboxiterapia – vista frontal e traseira 
 
Fonte: www.htmeletronica.com.br/produtos/pluria (2017). 
 
 
4.2. MECANISMOS DE AÇÃO 
 
A lesão física provocada pela infusão do gás carbônico subcutaneamente 
ativa o sistema imunológico e promove o processo inflamatório a fim de restabelecer 
a região lesionada ao tentar anular o agente agressor e desencadeando uma cascata 
de episódios no tecido conjuntivo vascularizado e em diversos componentes 
estruturais e celulares ao redor. O processo de reparação tecidual aciona os 
mecanismos de formação de novos vasos sanguíneos e fibroblastos, sintetizadores 
de colágeno e elastina. No organismo, o equilíbrio entre O2 e CO2 é constante e 
qualquer alteração fornece a informação ao sistema fisiológico de que é preciso 
restabelecer a harmonia. Basicamente, o excesso de CO2 passa a informação de 
necessidade de O2 local, atuando diretamente nos miócitos das arteríolas e 
provocando vasodilatação, resultando na chegada de maior quantidade de eritrócitos 
e liberação de O2 pelas hemoglobinas para eliminação do CO2 por via respiratória. A 
18 
 
alteração de pH no microambiente ativa células à formarem novas estruturas 
sanguíneas e linfáticas, colágeno e elastina, todos encarregados da reconstituição 
do tecido “lesionado” (SCORZA, 2008). 
Ao infundir CO2, provoca-se um estado de hipóxia tecidual. Quanto mais gás 
carbônico no meio tecidual mais hemoglobinas carreadas com oxigênio chegarão 
através da circulação sanguínea, onde, por conta de a hemoglobina ter maior 
afinidade com a molécula CO2, ocorrerá liberação de O2 (hiperoxigenação – 
hiperóxia) e captação do CO2 para posterior eliminação. A essa resposta fisiológica, 
para as alterações nas concentrações de CO2 e, consequentemente, H+ (formado a 
partir da dissociação de H2CO3 – ácido carbônico), denomina-se Efeito Bohr 
(GUYTON, 2006). Este aumento de H+ circulante deve ser tratado com cautela, 
tendo em vista que o equilíbrio entre a ingestão e/ou produção de íons de hidrogênio 
e sua retirada do organismo é essencial para a homeostase, tal concentração 
necessita ser precisamente regulada pelo fato de o H+ estar presente em quase 
todas as funções dos sistemas (GUYTON, 2008). 
O dióxido de carbono também ocasiona o rompimento dos adipócitos (por lise 
– carbolipólise), provocando a substituição por colágeno, elastina e vasos 
sanguíneos, através da ação mecânica de acordo com o fluxo e/ou velocidade com 
que o gás adentra à pele e através de ação bioquímica ao ativar barorreceptores 
(receptores com a função primordial de manter a pressão arterial em estabilidade, 
onde sua ativação se dá pela alteração mecânica da forma das extremidades neurais 
em decorrência da distensão da parede vascular), em razão da distensão tecidual, 
com a posterior liberação de mediadores químicos, especialmente cetocolaminas, 
para resultar em ação lipolítica (quebra de triglicerídeos estimulada pela ativação da 
lipase hormônio sensível – LSH, que, por sua vez, é ativada por mediador químico 
AMPc) (BORGES, 2010). 
A adenosina 3’-5’-monofosfato (AMPc) é definida, basicamente, como 
segundo mensageiro intracelular. Um hormônio específico se conecta ao receptor 
exclusivo localizado na membrana plasmática de uma célula-alvo e ativa a 
adenilciclase que, consequentemente, converterá uma parte do ATP intracelular em 
AMPc. O AMPc ativa proteína cinase dependente de AMPc que, então, fosforilará 
19 
 
tantas outras proteínas, ativando-as ou desativando-as a fim de induzir ou inibir uma 
resposta (NELSON, 2014). No caso da carboxiterapia, em suma, ao infundir CO2, a 
ação mecânica estimula o aumento de AMPc que induzirá a lipólise (BORGES, 
2010). 
 
 
4.2.1. APLICAÇÕES DA CARBOXITERAPIA 
 
A carboxiterapia pode ser habitualmente aplicada ao tratamento de muitos 
distúrbios que necessitem de tratamento principalmente por melhorias no aporte 
sanguíneo local (KEDE, 2009), como rejuvenescimento cutâneo, tratamento de 
flacidez, estrias e celulites (KEDE, 2009), sabendo que a infusão de CO2 promove, 
principalmente, aumento no fluxo sanguíneo e neoangiogênese através da hipóxia 
na região infundida (VARLARO, 2007). 
Aproveitando para fins de análise no campo da estética e a fim de exemplificar 
a utilidade do tratamento com CO2 medicinal, o estudo de Durães et al (2013) 
evidenciou significativo aumento na produção de colágeno em enxertos teciduais 
realizados em coelhos com posterior terapia de dióxido de carbono, podendo ser 
interpretado como avanço no campo do rejuvenescimento cutâneo já que o colágeno 
é uma das principais proteínas responsáveis pela sustentação da pele (AZULAY, 
2015). 
Goldman et al (2006) indicam a carboxiterapia como tratamento pré e pós-
operatório para enxertos de pele, tratamento de celulites e gordura localizada. Para 
carboxiterapia em celulite, ele apresenta como o protocolo o uso de 100 à 200 ml de 
CO2 por membro tratado, com fluxo inicial de 10 à 50 ml/min. 
Dentro do uso medicinal da carboxiterapia, Borges (2010) e Goldman et al 
(2006) também trazem as arteriopatias como foco das primeiras aplicações do uso 
de CO2 medicinal, para tratamento de feridas vasculares. 
A quantidade total de CO2 a ser injetado permanece em torno de 1 litro, com 
máxima de 3000ml, sabendo que valores maiores são injetados em casos de cirurgia 
videolaparoscópica (infusão de 10 à 12 litros em cavidadeperitoneal), por exemplo 
20 
 
(BORGES, 2010). Goldman et al (2006) considera seguro a administração 
subcutânea ou intra-peritoneal do gás carbônico mesmo com a infusão de grandes 
volumes (2 à 10 litros) e relata inexistência, até então, de efeitos tóxicos. 
Apesar das considerações supracitadas, Cohen et al (2003) pondera, em seu 
artigo sobre “alterações sistêmicas e metabólicas da cirurgia laparoscópicas”, a 
possibilidade de efeitos colaterais severos mediante absorção de CO2. 
 
 
4.2.2. CONTRAINDICAÇÕES 
 
As contraindicações giram em torno de distúrbios relacionados aos sistemas 
cardíaco, respiratório e renal, como infarto agudo do miocárdio, angina, asma, rinite 
e falência renal (MAIO, 2011). Doenças auto-imunes, que atingem o tecido conjuntivo 
– colágeno, também fazem parte do grupo de contraindicações à carboxiterapia 
(KEDE, 2009). 
A injeção de dióxido de carbono (CO2) pode resultar em instabilidade 
fisiológica a partir da manipulação exagerada do produto ou dificuldades metabólicas 
do próprio organismo em eliminar tal excesso. Na intoxicação por CO2, ou a 
hipercapnia, a principal ação emergencial é a interrupção na infusão do gás e a 
estimulação da expiração pulmonar (MAIO, 2011). 
Durante o uso do gás carbônico em procedimento cirúrgico (laparoscopia), 
uma das respostas ao uso de CO2 é a taquicardia, motivada pela diminuição da 
circulação sanguínea em detrimento da pressão que o gás exerce sobre as estruturas 
anatômicas. Contudo, também sugere-se que a elevação na frequência cardíaca seja 
em decorrência da maior absorção de CO2, por haver maior disponibilidade e, com 
isso, maior necessidade de eliminação do organismo (COHEN, 2003). 
 
 
 
 
21 
 
4.2.3. DISFUNÇÕES METABÓLICAS ASSOCIÁVEIS 
 
Para todas as funções metabólicas há um pH ótimo e mudanças nesses 
valores, decorrentes de desordens internas ou induzidas por fatores externos, 
alteram as atividades funcionais do corpo de forma significativa, principalmente com 
relação ao desempenho de proteínas. Ao conceituar-se como pH ótimo para o 
sangue arterial em 7,4 e para sangue venoso e líquidos intersticiais em 7,35 (maior 
acidez em decorrência da metabolização de CO2 – CO2+H20H2CO3), também 
define-se como acidose qualquer valor abaixo deste pH ótimo do sangue arterial e 
como alcalose quando em valor acima de 7,4 (b.SOUZA, 2005), sabendo que 
alcalose é o termo usado no que se refere à remoção excessiva de H+ e acidose 
quando H+ é acrescido ao meio de forma exagerada (AIRES, 2008). 
Substâncias, moléculas ou íons são definidas como básicas quando possuem 
a capacidade de receber H+, como caso da hemoglobina que possui, em sua 
constituição, aminoácidos carregados negativamente capazes de se ligarem 
rapidamente ao H+; moléculas ou íons ácidos são aqueles capazes de liberarem 
prótons (H+) de seus arranjos (AIRES, 2008). 
 
Em síntese: Acidose = H+ pH 
 Alcalose = H+ pH 
 
A variação fisiológica de H+ é controlada com a finalidade de se evitar acidose 
ou alcalose, onde os sistemas-tampão ácido-base, o sistema respiratório e os rins 
são os principais responsáveis por essa regulação. Os sistemas-tampão são 
formados por substâncias que funcionam como controladores de pH ao se ligarem 
reversivelmente a H+, fixam-se imediatamente com ácido ou base como forma de 
retroceder a variação excessiva dos prótons, não eliminando íons de hidrogênio do 
meio, mas ajustando seus níveis até que o equilíbrio seja reestabelecido. O sistema 
respiratório age rapidamente eliminando CO2 e, consequentemente, ácido carbônico 
do organismo. Embora mais letárgico que os outros dois sistemas, o sistema renal 
consegue ser o mais robusto dos sistemas ao reajustar o acúmulo de hidrogênio ao 
22 
 
excretar urina ácida ou básica, perdurando esse processo por horas ou dias 
(DEVLIN, 2011). 
O acúmulo de CO2 em resposta a disfunção orgânica dos sistemas renal e 
respiratório pode resultar em desequilíbrio da relação ácido-base. Como dito 
anteriormente, o equilíbrio entre a ingestão e/ou produção e a retirada de H+ do 
organismo é essencial para a homeostase (condição de equilíbrio necessária para 
realização de diversas funções adequadamente) (GUYTON, 2008). 
Varlaro et al. (2007) é claro ao dizer que a carboxiterapia deve ser 
contraindicada em casos de insuficiências renal, cardíaca e/ou respiratória, tendo em 
vista que a eliminação de CO2 e H+ (oriundo da metabolização do CO2) é realizada 
por rins e pulmões, e deficiências nesses órgãos ocasionaria o acúmulo excessivo 
desses elementos e, então, intoxicação ao organismo. 
O sistema-tampão mais importante é o sistema-tampão do bicarbonato, onde 
o hidrogênio liberado pelo ácido carbônico (ioniza-se com o meio liberando H+ e 
HCO3-) interage também com o bicarbonato liberado por um sal bicarbonato 
(predominantemente o bicarbonato de sódio), sendo o ácido carbônico (H2CO3) 
produzido no corpo através de reação entre CO2 e H2O (reação reversa 
CO2+H20H2CO3) com auxílio da enzima anidrase carbônica presente 
principalmente nos alvéolos pulmonares e túbulos renais. Como a reação de 
produção do ácido carbônico é reversível, quanto mais H2CO3 estiver sendo formado, 
maior também será a dissociação em CO2 e H2O, onde o CO2 em excesso precisará 
ser expelido através da respiração (GUYTON, 2006). 
Laboratorialmente, não é possível medir-se a concentração de ácido 
carbônico no sangue por este dissolver-se velozmente em CO2 e H2O ou em H+ e 
HCO3-, contudo, o CO2, que está contido no meio e é diretamente proporcional ao 
valor de H2CO3, é possível ser mensurado a partir da tensão/pressão parcial de CO2 
(PCO2) no sangue (NEMER, 2010). 
O acúmulo orgânico de bicarbonato é controlado pelos rins e a pressão parcial 
de CO2 é controlada pelo sistema respiratório. Quando elevada, a taxa respiratória 
promove a remoção de CO2 do meio; quando baixa, a taxa respiratória promove a 
elevação da PCO2. Quando este equilíbrio é quebrado, podemos concluir que um ou 
23 
 
ambos sistemas estão prejudicados, interferindo nos valores de bicarbonato e de 
PCO2, onde define-se como acidose metabólica os distúrbios que exercerem queda 
nos níveis de bicarbonato e alcalose metabólica em situações que promovam a 
elevação do bicarbonato; acidose respiratória é causada por aumento na PCO2 e 
alcalose respiratória causada por diminuição da PCO2 (b.SOUZA, 2005). 
A hemoglobina (Hb) também funciona como importante tampão ácido-base. 
De forma geral, H+ e HCO3- difundem-se transmembranarmente de forma lenta e em 
baixas quantidades, mas atravessam as hemácias mais facilmente e atingem 
rapidamente a igualdade entre os íons do líquido intracelular e extracelular ao se 
ligarem à hemoglobina – H+ + Hb  HHb (a variação do pH intracelular está 
intimamente ligado à variação do pH extracelular). O CO2 difunde-se rapidamente 
através de todas as membranas celulares (b.SOUZA, 2005). 
A redução significativa de glóbulos vermelhos (eritrócitos) em situação de 
anemia severa, por exemplo, se traduz na queda da presença de hemoglobina e 
sugere, então, acúmulo de CO2, tendo em vista que esta proteína intracelular 
também é a principal carreadora desse composto químico. Dentro dessa situação, a 
disponibilização de mais CO2, através do procedimento de carboxiterapia, poderia 
induzir hipercapnia (aumento do gás carbônico no sangue arterial) e acidose 
(VARLARO, 2007). 
Os pulmões também promovem a regulação ácido-base ao expelir CO2 
através da ventilação e, consequentemente, alterar a concentração de H+ 
(CO2+H20H2CO3H+ + HCO3-), onde uma maior ventilação resulta em maior 
eliminação de CO2 e menor PCO2, e uma menor ventilação resulta em aumento de 
CO2 e, assim, de H+, além de aumentar PCO2 também. Quando há aumento do pH 
do meio (decaimento dos níveis de H+ = alcalose) é promovida estimulação na queda 
na ventilação pulmonar para que não seja expelido o CO2 e haja, então, equilíbrioácido-base já que a presença maior do dióxido de carbono estimulará a formação de 
ácido carbônico (CO2+H2OH2CO3), ocasionando a redução do oxigênio (disputa 
com o CO2) e, consequentemente, da pressão parcial do oxigênio (PO2) no sangue. 
Contudo, este efeito também de queda nos valores de O2 e PO2 estimulam a 
ventilação, deixando de ser tão eficiente se comparado à situação de redução de pH 
24 
 
(aumento de H+ = acidose = maior frequência respiratória para eliminação de CO2 
mais rapidamente) (GUYTON, 2006). 
A excreção de urina, pelos rins, também é um processo de controle do 
equilíbrio ácido-base, onde a excreção de bicarbonato traduz em remoção da “base” 
do sangue e a excreção de hidrogênio significa remover o “ácido” do sangue. Quando 
necessário, o sistema renal retira da circulação principalmente ácidos não 
elimináveis pelo sistema pulmonar, não são H2CO3. Contudo, reter bicarbonato 
(HCO3-) se resume como uma tarefa mais importante do que eliminar tais ácidos, e 
isto se dá com a utilização do hidrogênio secretado para formação de H2CO3 e, então, 
reabsorção do anteriormente HCO3- filtrado. Em situação de alcalose, não há como 
reabsorver o bicarbonato por conta da escassez de H+, levando na remoção de 
HCO3- e, deste modo, elevação de H+ para os níveis normais. Em acidose, o 
bicarbonato não é excretado, mas, sim, reabsorvido para produção de novo 
bicarbonato e redução de H+ (H+ proporcionalmente excretado para cada HCO3- 
reabsorvido) (GUYTON, 2006). 
Determinadas patologias conseguem interferir diretamente no equilíbrio ácido-
base, levando a acidose ou alcalose respiratória ou metabólica. Interferências na 
ventilação pulmonar resultam no aumento da PCO2 do fluido extracelular, 
concentrando H2CO3 e H+ no meio, finalizando em acidose respiratória, uma vez que 
a disfunção está associada ao sistema respiratório. A acidose respiratória pode ser 
causada por interrupções na troca gasosa entre o sangue e o ar alveolar, obstrução 
de vias respiratórias, infecções pulmonares, enfisema ou qualquer outra condição 
que interfira na capacidade de eliminação de CO2 por parte dos pulmões, havendo 
compensação lenta através dos tampões dos líquidos corporais e funcionamento 
renal. Já a alcalose respiratória é rara dada a necessidade de extremo aumento na 
ventilação pulmonar para excessiva perda de CO2 na expiração. (BRASILEIRO 
FILHO, 2011). 
A acidose metabólica se dá a partir de interações além das envolvendo CO2 e 
ventilação pulmonar, como insuficiência renal (deficiência excreção de H+ e/ou na 
reabsorção de bicarbonato), perda excessiva de bicarbonato nas fezes em estado 
diarreico, vômito de conteúdos intestinais (apesar da perda de conteúdo gástrico 
25 
 
conter quantidade significativa de ácido e sua perda ocasionar alcalinização do meio, 
a perda do conteúdo intestinal provoca a acidose por ter-se grande perda de base), 
diabetes (tanto tipo I quanto tipo II, há uma atuação ineficiente da insulina, seja por 
sua ausência total ou por redução na sensibilidade celular, respectivamente; os 
tecidos, então, passam a usar ácidos acetoacéticos, originários dos triglicerídeos, 
como fonte de energia no lugar da glicose, resultando em cetoacidose caso os níveis 
do ácido se elevem demasiadamente) e ingestão de ácidos (determinadas drogas, 
como acetilsalicílicos, podem gerar acidose metabólica) (MITCHEL, 2006). 
A alcalose metabólica se instala quando a perda de íons de hidrogênio 
ultrapassa a normalidade e/ou quando há abundância de bicarbonato no líquido 
extracelular, fatores que podem ser atingidos ao ingerir-se produtos alcalinos (como 
o próprio bicarbonato de sódio), ingestão de diuréticos e vômito de conteúdo gástrico 
(perda de HCl) (MITCHEL, 2006). 
A alternância do pH interfere diretamente na funcionalidade de inúmeras 
proteínas, por conseguinte, no funcionamento do organismo como um todo (DEVLIN, 
2011). 
Para fins de análise qualitativa do sistema orgânico do cliente, podemos 
destacar os exames de hemograma (para determinar, principalmente, qualidade 
eritrocitária e da hemoglobina), EAS (qualificar basicamente a função de excreção 
renal para assegurar a atividade de controle de pH) e a gasometria, a fim de constatar 
a real situação do equilíbrio ácido-base e eventuais ocorrências de acidose ou 
alcalose metabólicas (NEMER, 2010). 
 
 
4.3. EXAMES LABORATORIAIS 
 
Os autores Cohen (2003), Varlaro (2007), Kede (2009) Borges (2010) e Maio 
(2011) são taxativos quanto à necessidade de se manipular cautelosamente o dióxido 
de carbono durante determinados procedimentos, como é o caso da carboxiterapia, 
tendo em vista as condições fisiológicas necessárias para processamento e posterior 
eliminação do gás carbônico infundido. Com isso, podemos destacar a indispensável 
26 
 
realização de exames laboratoriais como pré-requisito para realização da técnica 
estética de terapia com CO2. 
A lei nº 12.842, de 10 de julho de 2013, reconhecida publica e popularmente 
como “a lei do ato médico”, determina o exercício da medicina em todo território 
brasileiro. Esta dá as diretrizes necessárias para definir as competências 
profissionais do graduado em medicina e delimita a atuação de diversas outras 
profissões. O artigo 4º, da referida lei, estipula as atividades privativas ao médico, 
destacando-se o inciso III, onde traz a “indicação da execução e execução de 
procedimentos invasivos, sejam diagnósticos, terapêuticos ou estéticos, incluindo 
acessos vasculares profundos (...)”. No mesmo artigo, também podemos destacar o 
inciso X que reconhece como exclusividade médica a “determinação do prognóstico 
relativo ao diagnóstico nosológico”. O primeiro parágrafo esclarece, ainda, que o 
“diagnóstico nosológico é a determinação da doença que acomete o ser humano, 
aqui definida como interrupção, cessação ou distúrbio da função do corpo, sistema 
ou órgão (...)”; o parágrafo quarto caracteriza como “invasivo” os procedimentos que 
se enquadrem na situação de “invasão dos orifícios naturais do corpo, atingindo 
órgãos internos”. (BRASIL, 2013). 
Dentro dessas condições, não há impedimentos legais para que o profissional 
biomédico esteta solicite determinados exames laboratoriais a fim de se certificar das 
condições fisiológicas imprescindíveis aos clientes que serão expostos ao CO2; 
condições tratadas, especialmente, por Varlaro (2007) em seu texto. 
Dentre todas as análises possíveis, considerando a bioquímica apresentada 
previamente, as interações orgânicas e as contraindicações descritas pelos diversos 
autores, este trabalho apresenta a realização do hemograma, da gasometria e da 
bioquímica urinária/EAS como pré-requisitos sugestivo para realização da 
carboxiterapia. 
 
 
 
 
27 
 
4.3.1. HEMOGRAMA 
 
O hemograma é um exame composto pelo eritrograma, leucograma, 
contagem de plaquetas e análise microscópicas das respectivas células. No 
eritrograma encontramos dados quantitativos e qualitativos sobre os eritrócitos 
(células vermelhas), o leucograma (análise dos leucócitos – células brancas) e a 
contagem de plaquetas apresentam informações quantitativas sobre tais células. O 
hemograma traz a totalidade de hemácias, de hemoglobinas e o hematócrito 
(porcentagem do volume de hemácias presentes em uma amostra de sangue total); 
os índices hematimétricos avaliam matematicamente o tamanho, a forma e as 
características físicas das hemácias, onde o VCM (volume corpuscular médio) indica 
o tamanho médio dos eritrócitos, o HCM (hemoglobina corpuscular média) mostra 
referência sobre o conteúdo hemoglobínico em cada eritrócito, a CHCM 
(concentração de hemoglobina corpuscular média) representa percentualmente a 
concentração de hemoglobina totalitariamente (especificamente para determinado 
hematócrito) e o índice de anisocitose eitrocitária (RDW) que calcula o grau de 
variação do tamanho das hemácias (b.SOUZA, 2005). 
Nesta análise, podemos determinar umavisão antecipada sobre as condições 
biológicas do cliente, enfocando nos eritrócitos e conteúdo hemoglobínico por ser um 
dos mecanismos de transporte e metabolização de O2 e CO2 (parte da rede de 
equilíbrio ácido-base), ocorrendo comprometimento principalmente na eliminação de 
CO2 caso haja déficit nesses componentes hematológicos. Redução dos níveis 
séricos ou ineficiência constatada através deste exame indica circunstâncias 
contrárias à realização da terapia estética com emprego do gás carbônico 
(VARLARO, 2007). 
 
 
4.3.2. GASOMETRIA 
 
Há dois tipos de exames gasométricos, o arterial e o venoso. A gasometria 
arterial é um exame onde se analisa o sangue colhido de uma artéria, fornecendo 
28 
 
dados sobre a relação ácido-base do tecido sanguíneo que atravessará os tecidos e 
a qualidade da sua oxigenação (avaliação de gases oxigênio e carbônico), e pH. Já 
a gasometria venosa, realizada com sangue colhida de uma veia, fornece aspectos 
qualitativos sobre a oxigenação dos tecidos e, também, avalia o equilíbrio ácido-
base. (a.SOUZA, 2006). 
O controle do equilíbrio ácido-base, pH, O2 e CO2 é realizado por uma 
interação complexa entre os sistemas cardiopulmonar e renal (GUYTON, 2006) e 
falhas no funcionamento desses sistemas orgânicos fornece um cenário de 
contraindicação à carboxiterapia (VARLARO, 2007). 
Segundo Souza (a. 2006), o exame laboratorial de gasometria com coleta de 
material arterial é o mais indicado para obter-se um panorama real sobre o pH 
sanguíneo, a oxigenação sistêmica e o sistema tampão orgânico (estabilidade ácido-
base), tendo em vista que identifica problemas respiratórios/pulmonares, renais e 
metabólicos de forma precisa. 
Contudo, por ser necessária realização de acesso profundo para coleta de 
sangue específico, a lei nº 12.842/13 (BRASIL, 2013) restringe a prescrição do 
exame de gasometria arterial e atribui como exclusividade médica, como disposto no 
inciso III do Artigo 4: “indicação da execução e execução de procedimentos invasivos, 
sejam diagnósticos, terapêuticos ou estéticos, incluindo os acessos vasculares 
profundos, as biópsias e as endoscopia”. Por ter material sanguíneo adquirido 
superficialmente, por punção venosa, a gasometria venosa não se enquadraria, 
então, na restrição estipulada pela legislação e poderia ser requisitada pelo 
biomédico para avaliação pré-carboxiterapia. 
Os valores de referência usualmente utilizados para os parâmetros da 
gasometria venosa são 20-30mmol/l de HCO3-, 40-50mmHg de PCO2, 95-100mmHg 
de PO2 e 7,36-7,41 de pH (LIMA, 2008). 
A leitura é resultado da comparação realizada entre os parâmetros da amostra 
analisada com os padrões internos do gasômetro, sendo imprescindível conhecer a 
origem da referida amostra, se de sangue arterial ou de sangue venoso para 
resultado preciso (NEMER, 2010). 
 
29 
 
4.3.3. EXAME DE URINA / EAS 
 
O exame de urina é composto por análise física, química e microscópica da 
amostra biológica. É na análise física onde se classifica a amostra quanto a sua 
coloração (que varia, em situações de normalidade e dependendo do grau de 
concentração, entre amarelo-citrino e amarelo-avermelhado), de acordo com seu 
aspecto (recém-coletada, de pH normalmente acidificado, é cristalina e translúcida; 
urina turva remete à alcalinidade), quanto ao seu odor (apresenta odor característico 
pela presença de ácidos voláteis; odor fétido é resultado da amônia gerada pela 
hidrólise bacteriana da ureia) e registra-se o volume excretado (NEMER, 2010). 
Este exame traz o quadro sobre o estado fisiológico do sistema renal e 
também sobre algumas extra-renais, sendo de grande importância para realização 
da carboxiterapia, como pode ser percebido através do estudo da homeostase 
quanto ao equilíbrio ácido-base (GUYTON, 2006). 
Visto como um exame extremamente valioso na análise clínica, é um 
procedimento simples, de baixo custo e de fácil aquisição da amostra biológica para 
estudo (LIMA, 2008). 
Segundo Lima (2008), a análise química/bioquímica, realizada geralmente por 
fita quimicamente reativa, elucida pontualmente características determinantes para 
análise da condição fisiológica do sistema orgânico, no qual traz informações sobre: 
 pH  determinante para estudo da capacidade renal de secretar ou 
reabsorver ácidos ou bases; 
 Densidade  expressa a concentração da urina (1.000 é o valor 
mais baixo, se equiparando à densidade da água, ou seja, quanto 
mais diluída da urina por ingesta líquida, mais próximo ao valor 
1.000 ela estará); 
 Hemoglobina  se presente, anuncia a instalação de quadro 
patológico relacionado à hemorragia, como infeção urinária, 
tumoração, litíase renal, etc; 
 Nitrito  produto da conversão de nitrato por bactérias, 
normalmente ausente na urina; 
30 
 
 Proteínas e glicose  ausentes em urinas normais; 
 Corpos Cetônicos  produzidos por metabolização lipídica após 
jejum prolongado ou em pessoas diabéticas (cetoacidose é a 
patologia determinada por grandes quantidades de corpos cetônicos 
no organismo, com redução drástica do pH); 
 Bilirrubina  promove coloração amarelada à urina, é produto da 
degradação da hemoglobina; em grandes quantidades sugere 
desequilíbrio/patologia hematológica e/ou hepatológica; 
 Urobilinogênio  obtido através da quebra da bilirrubina, em 
resultados elevados aponta para doenças do sangue (hemolíticas) 
e do fígado. 
A microscopia do sedimento resultante da centrifugação da urina também 
evidencia diversas características complementares as fornecidas pela análise 
bioquímica. É possível constatar a presença de leucócitos decorrentes de processos 
inflamatórios e infecciosos, hemácias, células epiteliais (distinguíveis entre si por 
suas morfologias) e cristais. Determinados cristais surgem em meio a disfunções 
metabólicas, como oxalato de cálcio e uratos amorfos que surgem em urinas ácidas 
e carbonato de cálcio e fosfatos amorfos em urinas alcalinas. Também é possível 
verificar a presença de bactérias e formações cilíndricas (esta é normal até certo 
ponto) (LIMA, 2008). 
 
 
5. CONCLUSÃO 
 
O procedimento de carboxiterapia vai muito além de somente mais uma 
prática estética. Foi possível criar um enredo que demonstre o tamanho da 
responsabilidade ao infundir gás carbônico por via subcutânea em uma pessoa. O 
estudo, mesmo que superficial, da fisiologia humana nos traz uma visão generalizada 
dos mecanismos mínimos de atuação e interação metabólica do CO2 com o 
organismo, e aponta os caminhos que devemos percorrer para que o recurso 
31 
 
terapêutico em questão seja eficiente e, ao mesmo tempo, extremamente seguro à 
saúde do cliente, sem expô-lo à riscos desnecessários, incluindo o risco de vida. 
Como visto, o excesso de CO2 em um organismo pode desencadear uma 
cascata de reações fisiológicos que podem atingir níveis inimagináveis de prejuízos 
metabólicos ao cliente, mesmo que este, a priori, esteja bioquimicamente estável. Os 
exames aqui descritos, os mais basais para a verificação das condições funcionais 
do corpo seguindo as necessidades da carboxiterapia, devem ser expressos como 
minimamente necessários no cotidiano do biomédico esteta para concretização da 
terapia. 
Os dados bibliográficos organizados impostam, então, o quão necessário se 
faz a legalização e o incentivo da prescrição biomédica de exames laboratoriais com 
a finalidade de se constatar o correto funcionamento dos sistemas fisiológicos do 
cliente a ser infundido com CO2 e evitar quaisquer transtornos e intercorrências que 
podem ocorrer durante ou após as infusões de dióxido de carbono, frente a licitude 
em regulamentar a prática por ausência legislação proibitiva ao considerar-se todas 
as normativas determinadas pela lei 12.842/13, citada e reescrita anteriormente. Esta 
nova prática não se qualificaria como prática de diagnóstico nosológico uma vez que 
haveria apenas o diagnóstico laboratorial (enão uma DETERMINAÇÃO) de doença 
instalada ou distúrbios, caracterizada pelo diagnóstico clínico-laboratorial restrito, 
então, ao profissional médico pela referida lei. 
É importante salientar que o termo “determinar” tem como significado, 
segundo o dicionário de língua portuguesa Michaelis, “delimitar, demarcar, localizar; 
indicar com exatidão, definir, estabelecer, precisar; identificar e classificar (alguma 
coisa)”, e nenhuma dessas definições se encaixa/encaixaria na real finalidade da 
prescrição biomédica de exames complementares que é/seria a de certificar-se sobre 
a estabilidade orgânica de seus clientes para que haja sucesso no tratamento e, 
principalmente, para que não haja prejuízo à saúde dos mesmos. 
Entretanto, verificando-se a relevância do assunto deste trabalho, 
investigações mais profundas, sejam por originalidade ou revisão literária, devem ser 
desenvolvidas de forma a modular novos protocolos para realização da terapia com 
gás carbônico e outros tantos procedimentos estéticos. 
32 
 
6. REFERÊNCIAS 
 
AIRES, M. M. Fisiologia. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008. 
 
AZULAY, R. D. Dermatologia. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2015. 
 
a.BIOMEDICINA, Conselho Federal. Resolução 002, de 31 de julho de 1984. Código 
de Ética. Diário Oficial, Brasília, DF, 27 ago 1984. 
 
b.BIOMEDICINA, Conselho Federal. Resolução 197, de 21 de fevereiro de 2011. 
Dispõe sobre as atribuições do profissional Biomédico no Exercício da Saúde 
Estética e Atuar como Responsável Técnico de Empresa que Executam 
Atividades para fins Estéticos. Diário Oficial, Brasília, DF, 22 fev 2011. Seção 1, n. 
37, p. 114. 
 
c.BIOMEDICINA, Conselho Federal. Resolução 200, de 01 de julho de 2011. Dispõe 
sobre critérios para habilitação em Biomedicina Estética. Diário Oficial, Brasília, 
DF, 25 jul 2011. Seção 1, n. 141, p. 147. 
 
d.BIOMEDICINA, Conselho Federal. Resolução 214, de 11 de abril de 2012. Dispões 
sobre atos do profissional biomédico e insere-se no uso de substâncias em 
procedimentos estéticos. Diário Oficial, Brasília, DF, 11 abr 2012. Seção 1, n. 70, 
p. 195. 
 
e.BIOMEDICINA, Conselho Federal. Resolução 241, de 29 de maio de 2014. Dispõe 
sobre atos do profissional biomédico com habilitação em biomedicina estética 
e regulamenta a prescrição por este profissional para fins estéticos. Diário 
Oficial, Brasília, DF, 09 jul 2014. Seção 1, n. 129, p. 45. 
 
BORGES, F. S. Dermato-funcional: Modalidade Terapêutica nas Disfunções 
Estéticas. 2. ed. São Paulo: Phorte, 2010. Cap. 24, p. 586-604 
33 
 
BRASIL. Lei n. 12.842, de 10 de julho de 2013. Dispõe sobre o exercício da 
Medicina. Diário Oficial da República Federativa do Brasil. Brasília, DF, v. 132, n. 
155, p. 01. 11 jul. 2013. Seção 1. 
 
BRASILEIRO FILHO, G. et al. Bogliolo Patologia. 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara 
Koogan, 2011. 
 
CARVALHO, A. C. O.; VIANA, P. C.; ERAZO, P. C. Carboxiterapia – Nova Proposta 
para Rejuvenescimento Cutâneo. In Yamaguchi, C. I Annual Meeting of Aesthetic 
Procedures. São Paulo: Santos, 2005. 
 
COHEN, R.V. et al. Alterações Sistêmicas e Metabólicas da Cirurgia 
Laparoscópica. Rev. Bras. de Videocirurgia, São Paulo. Abr/Jun 2013, 1(2), p. 77-
81. 
 
CORSINO, J. Bioquímica. Campo Grande, MS: Editora UFMS, 2009. 
 
DEVLIN, T. M. Manual de Bioquímica com correlações clínicas. Tradução de Dra. 
Yara M. Michelacci [et al]. 7. ed. São Paulo: Blucher, 2011. 
 
Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa Michaelis. Disponível em: < 
http://michaelis.uol.com.br/>. Acesso em 18 de junho de 2016. 
 
DURÃES, E. F. R. et al. The effect of carbon dioxide therapy on composite graft 
survival. Acta Cirúrgica Brasileira, São Paulo. Ago 2013, 28(8), p. 589-593. 
 
FABRY, R. et al. Thermal treatment in arterial diseases: an expensive placebo 
or an effective therapy? Therapie, França. 01 mar 1995, 50(2), p. 113-122. 
 
GOLDMAN, M. P. et al. Cellulite: Pathophysiology and Treatment. New York: 
Taylor & Francis Group, 2006. Cap. 13, p. 197-210. 
34 
 
GUYTON, A.C.; HALL, J. E. Tratado de Fisiologia Médica. Tradução de Barbara de 
Alencar Martins [et al]. 11. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006. 
 
KEDE, M. P. V.; SABATOVIC, O. Dermatologia Estética. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 
2009. 
 
LIMA, A. O. et al. Métodos de Laboratório Aplicados à Clínica – Técnica e 
Interpretação. 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008. 
 
MAIO, M. Tratado de Medicina Estética. 2. ed. São Paulo: Roca, 2011. Vol. III, Cap. 
94, p. 1129-1243. 
 
MITCHEL, R. N. et al. Robbins e Cotran – fundamentos de patologia: bases 
patológicas das doenças. 7. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006. 
 
NELSON, D. L.; COX, M. M. Princípios de Bioquímica de Lehninger. 6. ed. Porto 
Alegre: Artmed, 2014. 
 
NEMER, A. S. A. ; NEVES, F. J.; FERREIRA, J. E. S. Manual de Solicitação e 
interpretação de Exames Laboratoriais. 1. ed. Rio de Janeiro: Revinter, 2010. 
 
SPC Brasil, Sete em cada dez brasileiros acreditam que gastos com beleza são 
uma necessidade e não um luxo, aponta pesquisa. Disponível em: < 
https://docs.google.com/viewer?url=https%3A%2F%2Fwww.spcbrasil.org.br%2Fwpi
mprensa%2Fwp-
content%2Fuploads%2F2016%2F06%2Frelease_pesquisa_mercado_beleza_vF6-
1.pdf>. Acesso em 03 de julho de 2016. 
 
a.SOUZA, M. H. L.; ELIAS, D. O. Fundamentos da Circulação Extracorpórea. 2. 
ed. Rio de Janeiro: Centro Editorial Alfa Rio, 2006. 
 
35 
 
b.SOUZA, M. H. L.; ELIAS, D. O. Manual de Instrução Programada - Princípios 
de Hematologia e Hemoterapia. 2. ed. Rio de Janeiro: Centro Editorial Alfa Rio, 
2005. 
 
VARLARO, V. et al. Carboxytherapy: effects on microcirculation and its use in 
the treatment of severe lymphedema. Acta Phlebologica, Itália. Ago 2007, 8(2), p. 
79-91. 
 
XAVIER, R. M. et al. Laboratório na prática clínica – consulta rápida. 2. ed. Porto 
Alegre: Artmed, 2010. 
 
SCORZA, F. A.; BORGES, F. S. Carboxiterapia: uma revisão. Revista Fisioterapia 
Ser. out/nov/dez 2008, 3 (4).

Continue navegando